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segunda-feira, 1 de abril de 2019

H.Olhos alerta para a prevenção da cegueira infantil na campanha Abril Marrom


Especialista do H.Olhos - Hospital de Olhos ressalta a importância do cuidado com os olhos dos bebês para prevenir a cegueira


Neste mês, a campanha Abril Marrom tem o objetivo de alertar sobre os cuidados necessários para a prevenção da cegueira, além da importância de buscar um diagnóstico médico ainda na infância para evitar a condição. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 80% dos casos poderiam ser evitados ou tratados caso fossem diagnosticados com mais antecedência.


A cegueira infantil

A visão, desde o nascimento, é responsável por 85% das informações processadas pelo cérebro. Por isso, é preciso ter máxima atenção também com a saúde dos olhos dos bebês durante toda sua formação. Além disso, as mães devem ter uma gestação saudável, mantendo uma alimentação rica em ácido fólico e vitaminas do complexo B. Estes cuidados complementam a formação do sistema nervoso e dos olhos da criança.

“Alguns problemas podem ser identificados e prevenidos logo após o nascimento da criança, como micro-organismos advindos do canal do parto, catarata congênita e algumas alterações retinianas”, explica o Dr. Fabio Pimenta de Moraes, especialista em estrabismo e oftalmopediatria do Grupo H.Olhos. Com base nas estimativas da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, existem cerca de 29 mil crianças cegas no Brasil.


Compromisso do hospital

Após o nascimento do bebê, é necessário realizar a higienização correta e imediata da área externa dos olhos. O nitrato de prata, utilizado na forma de colírio, é usado para exterminar quaisquer micro-organismos e bactérias. Esse procedimento é obrigatório e deve ser seguido por todos os hospitais do Brasil.

O teste do olhinho (teste do reflexo vermelho) também deve ser realizado na maternidade. O exame é capaz de analisar o globo ocular do bebê por meio de um oftalmoscópio, equipamento dotado de lentes e um foco de luz que reflete diretamente na retina, tornando possível uma avaliação inicial sobre a saúde dos olhos.


Cuidado em casa

“O recém-nascido não consegue manter os olhos muito abertos e não responderá de imediato a alguns estímulos visuais, com o crescimento vai se manter cada vez mais atento e perceptivo. O cuidado e atenção dos pais são essenciais durante toda a fase de crescimento, estando sempre atentos caso os bebês apresentem reações diferentes ao esperado, como evitar olhar em determinada posição e girar a cabeça para focar e procurar pessoas ou objetos e também, um movimento constante de “vai-e-vem” dos olhos, como um tremor, que pode ser diagnosticado como nistagmo. Outras doenças também podem ser percebidas nesta fase inicial de desenvolvimento das crianças e devemos observar, principalmente, a posição dos olhos e se a criança apresenta dificuldades para enxergar”, afirma o Dr. Fabio.


Dicas do especialista:
  • A atenção com os olhos deve começar desde o nascimento, com a realização do teste do reflexo vermelho (Teste do Olhinho), capaz de identificar catarata congênita e alguns problemas retinianos. Uma avaliação de rotina com um oftalmologista também é recomendada durante os primeiros três meses de vida. Depois deste período, as consultas podem acontecer anualmente.          
     
  • Entre os seis meses e cinco anos, a principal doença que pode se desenvolver nos olhos é o estrabismo. Sua principal característica é o desequilíbrio na função dos músculos oculares, que provoca um desalinhamento dos eixos visuais. Se estes sintomas não forem corrigidos, o estrabismo pode afetar o desenvolvimento da visão, além de causar uma ambliopia, que diminui a acuidade visual dos olhos.
     
  • Dos oito até os 14 anos, os erros de refração, como a miopia e a hipermetropia, podem se desenvolver com maior frequência. Estes problemas podem atrapalhar o desempenho escolar e a interação da criança com outras pessoas, afetando seu desenvolvimento cognitivo e sociabilidade.

Alerta para toda a vida

O cuidado com a cegueira infantil deve ser prioridade em toda a infância, mas também devem se estender durante toda a vida adulta. “As pessoas possuem o hábito de concluir que seus olhos são saudáveis pelo simples fato de estarem enxergando bem. Quando sentem dificuldades e buscam atendimento oftalmológico tardio, muitos podem apresentar patologias graves já em estado avançado, que podem ter consequências irreversíveis”, completa o especialista.


Especialista do Hospital América de Mauá explica as principais doenças do outono e como preveni-las


Se por um lado o tempo fica mais agradável, por outro temos uma mudança climática com a redução da umidade relativa do ar; a inversão térmica (responsável pelo acúmulo maior de poluentes na atmosfera); a maior concentração de pessoas em locais fechados e pouco arejados; e também o uso de casacos de lã e cobertores, que ficam guardados no armário por longos períodos e acumulam poeira e ácaros. Essas condições propiciam a ocorrência de afecções (doenças), principalmente das vias respiratórias, com processos inflamatórios e alérgicos. A seguir, o Dr. Claudio Roberto Gonsalez, infectologista, prestador de serviços no Hospital América de Mauá, destaca as principais características de cada doença, para ajudar na identificação e como preveni-las!

  • O resfriado é uma infecção viral do trato respiratório superior (nariz e garganta) e pode ser causado por vários tipos de vírus. A maioria das pessoas se recupera entre 7 e 10 dias. Os sintomas do resfriado são os mesmos da gripe, mas aparecem de maneira mais leve. A pessoa com resfriado pode apresentar, entre outros sintomas, coriza intensa, dor de garganta, tosse, congestionamento nasal, dores no corpo ou leve dor de cabeça, espirros, febre baixa e mal-estar.

  • A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais e pode ocorrer após o resfriado. Essa inflamação dificulta a drenagem e causa acúmulo de muco. A sinusite pode provocar congestão ou obstrução nasal, que causa dificuldades respiratórias pelo nariz, inchaço e pressão ao redor dos olhos, corrimento amarelo ou verde no nariz ou na parte posterior da garganta, dor de cabeça e facial.

  • A otite é mais comum em crianças. É uma infecção no ouvido causada por uma bactéria ou vírus. Geralmente, essa infecção é resultado de uma gripe ou resfriado, por isso, é mais comum no outono e inverno. A poluição e o tabaco também são fatores de risco para a doença. Dor de ouvido – especialmente quando deitado –, perda de equilíbrio, febre, dor de cabeça, drenagem de fluido pelo ouvido e audição diminuída são alguns dos sintomas.

  • A pneumonia é um processo infeccioso ou inflamatório que atinge os pulmões e é causada por bactérias, vírus ou fungos. Os sinais e sintomas da pneumonia variam e podem incluir dor no peito ao respirar ou tossir, tosse com catarro, fadiga, febre, transpiração e calafrios com tremor, náusea e dificuldade para respirar.

  • A rinite é uma inflamação do nariz e estruturas adjacentes ocasionada pela exposição aos alérgenos e caracterizada por espirros em salva, coriza, prurido (coceira) nasal e congestão nasal. Tanto a Asma, quanto a Rinite, são doenças com determinação genética influenciadas por fatores ambientais.

  • A bronquite, cujo termo genérico refere-se a uma inflamação dos brônquios, pode ser ocasionada por infecções, agentes irritantes e alergia. No nosso país, a população frequentemente chama de bronquite o que na verdade é asma.

Como prevenir!

  • Lavar as mãos várias vezes ao dia;
  • Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir;
  • Higienizar as vias aéreas superiores (fossas nasais) frequentemente com solução salina;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Não fumar e evitar ambientes com fumantes;
  • Usar umidificador de ar quando o tempo estiver muito seco;
  • Higienizar os brinquedos das crianças frequentemente;
  • Ter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes;
  • Antes de utilizar roupas de frio, guardadas no período mais quente, higienizar adequadamente para evitar a permanência excessiva de ácaros;
  • Evitar exposição a mudanças bruscas de temperatura agasalhar-se;
  • Se hidratar muito durante o dia;
  • Vacinar-se contra diversas doenças reduz significativamente a ocorrência de algumas doenças infecciosas, como a gripe (a vacina previne contra o vírus Influenza e também o H1N1 – gripe suína), pneumonia, coqueluche, meningites e sarampo.


Sobre as vacinas

As vacinas são processos artificiais que simulam no organismo da pessoa uma condição semelhante a do contato natural desse indivíduo com um agente biológico agressor específico (germe). Dessa forma, é induzida uma infecção simulada no organismo que, frente a essa circunstância, desenvolverá mecanismos de defesa contra o agente agressor induzido pela vacinação. Esse processo permite que o indivíduo constitua uma condição de defesa, que o protegerá contra aquele agente agressor, quando for exposto naturalmente a ele. Com isso, quando o indivíduo for exposto, agora de forma natural ao agente infeccioso, ficará imune às doenças contra as quais foi vacinado, podendo não desenvolver a doença ou, mesmo desenvolvendo-a, será de forma mais branda e com menores consequências. Considerando que o organismo dependerá de um tempo entre a vacinação e o desenvolvimento de proteção contra essas doenças, concluímos que a vacinação deverá ocorrer antes do período de risco, no caso do outono e do inverno. As vacinações seguem a calendários específicos que devem ser obedecidos para maior benefício das pessoas vacinadas, e isto sempre antes do período mais frio.






Dr. Claudio Roberto Gonsalez - Infectologista e prestador de serviços do Hospital América de Mauá | CRM –SP   57.166 | Membro do Serviço de Controle de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde do Hospital América.


O que é esporão calcâneo


Muita gente acha que esporão só dá na sola do pé, mas hoje vamos falar sobre o esporão que ocorre na parte de trás do calcanhar.


O que é a síndrome de Haglund?

Síndrome de Haglund é uma deformidade do calcanhar (osso do pé). É também conhecido como "esporão dorsal do calcâneo". A condição ocorre quando a região posterior óssea do calcanhar, em que o tendão de Aquiles é localizado, aumenta de volume, causando dor e deformidade. O uso de sapatos, sobre essa região coloca pressão sobre o tecido na parte de trás do calcanhar, causando inflamação e dor. Eventualmente, pode cursar com tendinite do Aquiles e bursite do retropé, daí o nome de síndrome de Haglund.

Bursite é a inflamação de uma bolsa de fluido que separa o tendão do osso. Quando o calcanhar se torna inflamado, pode levar à calcificação do osso do calcanhar. Isso faz com que a colisão se torne ainda mais proeminente e aumente a dor.

Haglund pode se desenvolver em qualquer pessoa. No entanto, é mais comum em pessoas que usam sapatos com pouca absorção de impacto e que fazem sobrecarga.


Causas

A síndrome de Haglund é o resultado da pressão frequente do seu calcâneo contra os sapatos rígidos e apertados na parte posterior. Pode ser causada também pelo excesso de impacto e sobrecarga no retropé. 

As pessoas têm diferentes níveis de risco para desenvolver Haglund pois depende da forma do osso do calcanhar


Quais são os sintomas da síndrome de Haglund?

A síndrome de Haglund é muito dolorosa. Pode desenvolver-se em um ou ambos os pés. Os sinais e sintomas do Haglund podem incluir: 

- uma saliência muito visível na parte de trás do calcanhar; 

- dor intensa na área onde o tendão de Aquiles se insere no calcanhar

- inchaço na parte de trás do calcanhar;

- vermelhidão perto do tecido inflamado do calcâneo.  


Diagnóstico

Haglund pode ser difícil de diagnosticar porque os sintomas são semelhantes a outros problemas de pé, como a artrite e tendinite do calcâneo.

Por vezes, os médicos podem diagnosticar a doença pelo aparecimento da saliência óssea do calcanhar. Se houver suspeita de Haglund, um raio-X do osso do calcanhar ajudará o médico a determinar se há um osso do calcanhar é proeminente (esporão) associado com a doença. Em alguns casos, exames complementares de partes moles são solicitados para analisar o comprometimento dos mesmos. 

Os exames também podem ajudar o médico direcionar a confecção de órteses para aliviar a dor no calcanhar. Palmilhas podem ser feitas para estabilizar o pé e também diminuir a pressão. 


Tratamento

O tratamento para Haglund geralmente se concentra em aliviar a dor com métodos fisioterapêuticos, analgésicos e cicatrizantes (magnetoterapia, laser, US, etc.) medicamentos, acupuntura, e tirar a pressão do osso do calcanhar.  

Opções não cirúrgicas incluem:

- o uso de sapatos de salto-aberto, como tamancos;

- gelo de 20 a 30 minutos por dia para reduzir o inchaço;

- iontoforese, o qual utiliza uma corrente elétrica fraca para ajudar a drogas anti-inflamatórias penetram na pele.  

A cirurgia também pode ser utilizada para tratar esta condição se métodos menos invasivos falharem. Durante a cirurgia, o médico irá remover o excesso de osso do calcanhar. Isso reduz a pressão sobre a bolsa e tecido mole.
Como prevenir a síndrome de Haglund

Você pode reduzir o risco de Haglund cuidando bem de seus pés. Tente:

- evitar sapatos com saltos duros apertados;

- usar sapatos sem costas (abertos na parte posterior);

- usar meias acolchoadas com solas antiderrapantes;

- realizar exercícios de alongamento e fortalecimento para evitar a compressão do tendão de Aquiles;

- evitar correr em superfícies duras ou montanhas se estiver com dor.
Bons treinos!





Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.


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