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domingo, 2 de dezembro de 2018

Perda auditiva por exposição a ruído é um dos maiores riscos no trabalho


Perigo de surdez no ambiente ocupacional afeta principalmente quem atua em indústrias; medidas de prevenção ajudam a evitar o problema


Lembrado sempre pelo incentivo ao diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mês de novembro também é marcado pela prevenção e o combate à surdez. A perda auditiva por exposição ao ruído é um dos mais frequentes riscos ocupacionais. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para evitar esse problema no ambiente de trabalho.

A perda é lenta e geralmente não leva à surdez total, mas ocorre uma redução significativa e irreversível da capacidade auditiva. As fontes mais frequentes de ruído nos ambientes de trabalho são as máquinas. As indústrias, portanto, são ambientes potencialmente perigosos, em especial a da construção, a metalmecânica e a da madeira (veja abaixo quadro das 12 principais ocupações com casos de perda auditiva).

Outros ambientes que podem elevar o risco de perda auditiva são os aeroportos, por causa das turbinas dos aviões, e restaurantes, boates e estabelecimentos de entretenimento com música e sistemas de som em alto volume.

O trabalhador com perda auditiva pode receber auxílio-doença caso fique afastado por período superior a 15 dias. Nessas condições, ele tem estabilidade de um ano após o retorno ao trabalho.


Prevenção – De acordo com o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Jeferson Seidler, o uso do protetor auditivo, como Equipamento de Proteção Individual (EPI), é indispensável em muitas situações, mas não é a melhor maneira de prevenir o problema e não pode ser a única.

“O empregador tem que identificar as fontes de ruído e procurar atenuar o barulho – se possível, isolar completamente – na fonte e na trajetória. Somente enquanto está implantando essas medidas de proteção coletiva, ou naquelas situações em que esse isolamento é inviável, é que o EPI deve ser utilizado. É possível também usar o EPI como uma proteção a mais em exposições de curta duração”, diz Seidler.

A Norma Regulamentadora nº 07 (NR-07) determina que todos os trabalhadores com exposição a ruídos acima de 85 decibéis (dB) devem ser submetidos a exame de audiometria no momento da admissão. O teste deve ser refeito seis meses após a entrada no emprego e, anualmente, a partir de então.

É importante que trabalhadores e empregadores estejam atentos também a sintomas como zumbidos, dificuldade para compreensão da fala durante conversas, dificuldade para saber a origem da fonte sonora, dificuldade de atenção e concentração na execução das tarefas, dores de cabeça frequentes, tonturas, irritação e ansiedade, entre outros.


Redução – Os registros de perda auditiva relacionada ao trabalho têm diminuído nos últimos anos. Em 2017, foram 366 casos em todo o Brasil, sendo 344 com Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e 22 sem CAT. No ano anterior, foram 440 casos (399 com CAT e 41 sem CAT).

A queda é ainda mais significativa quando se incluem os dados de 2015. Naquele ano, houve 690 afastamentos por perda auditiva (639 com CAT e 51 sem CAT). Nos últimos cinco anos, o Brasil teve 2.838 casos – sendo 2.3617 com CAT e 221 sem CAT.

É importante lembrar que os números não refletem a realidade. Como a perda auditiva não costuma gerar afastamento do trabalho e pode ser adquirida ou agravada fora do ambiente laboral, a emissão da CAT nem sempre é realizada.

“Ocorre que a comunicação deve ser feita também nos casos suspeitos, ou seja, sempre que um trabalhador exposto a ruído apresentar a chamada perda auditiva neurossensorial, ou tiver perda agravada de acordo com os critérios da NR-07, a CAT deve ser registrada e a exposição ao ruído no trabalho e fora dele, controlada”, declara Seidler.


Publicações – A Fundacentro, instituição ligada ao Ministério do Trabalho voltada para o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho, disponibiliza publicações sobre saúde auditiva e normas para as empresas. Você pode baixar os materiais gratuitamente pela internet.



Perda Auditiva - Afastamento do Trabalho (mais de 15 dias)

CAT
Sem CAT
Total
2013
602
55
657
2014
633
52
685
2015
639
51
690
2016
399
41
440
2017
344
22
366
Total
2.617
221
2.838
Fonte: Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho - AEAT


Ocupações com mais casos de afastamento por perda auditiva
(nos últimos cinco anos)

 





Fonte: Levantamento a partir de dados das CAT fornecidos pela Secretaria de Previdência ao MTb.


Ministério do Trabalho

O mal do tártaro: gengivite pode levar à perda de dentes



A gengiva inflamada pode evoluir para a periodontite,quando a doença começa a afetar a inserção óssea da dentição



 
Forma-se o tártaro, ocorre a gengivite e pode evoluir para uma periodontite. As doenças periodontais são graves e quando não tratadas rapidamente, podem levar à perda dos dentes. Uma gengiva saudável, por exemplo, não sangra, e esse pode ser o primeiro sinal de que há algo errado na boca do paciente, diz o Dr. Rafael Puglisi, cirurgião-dentista especialista em odontologia estética.

“O tártaro não vai gerar nenhum sintoma, mas a gengiva inflamada pela presença dele, sim. É possível ter dor ou sensibilidade na gengiva e sangramentos. Também podemos encontrar sinais como vermelhidão e inchaço na gengiva”, afirma o dentista.

No Brasil, os números assustam, segundo o Ministério da Saúde, 82% dos adultos de 35 a 44 anos sofrem com algum tipo de doença periodontal. O problema ainda atinge quase metade dos jovens entre 15 e 19 anos (49,1%) e quase a totalidade da população idosa no país (98,2%), com idade entre 65 e 74 anos.


Mas afinal, o que é o tártaro?

  1. O que é tártaro?
É a calcificação da placa bacteriana, formando uma placa amarelada e endurecida na superfície dos dentes.

  1. Como surgem os tártaros nos dentes?
O tártaro surge da placa bacteriana (biofilme, presente na cavidade oral) que se adere a superfície do dente, e quando não removido, ocorre a calcificação.

  1. Como prevenir?
Para prevenir o tártaro é necessária uma boa higiene oral. A correta escovação dos dentes e o uso do fio dental são os melhores métodos para a prevenção.

























Tártaro


Após a calcificação da placa bacteriana, forma-se o tártaro, o qual não é possível remover apenas com escovação e o uso do fio dental. De acordo com o especialista, apenas o cirurgião-dentista pode removê-lo com instrumentos apropriados.

“Quando essa remoção (raspagem e profilaxia) não é realizada, pode ocorrer a inflamação da gengiva (gengivite). A gengivite é reversível e o cirurgião-dentista é capaz de realizar o correto tratamento. Caso o paciente não realize este tratamento, essa gengivite pode evoluir para a periodontite, quando a inflamação começa a afetar a inserção óssea dos dentes”, esclarece Puglisi, famoso por atender diversas celebridades como Neymar, Marina Ruy Barbosa, Giovanna Ewbank, entre outros.

Puglisi ainda alerta que além do problema ósseo local da gengivite não tratada, a cavidade oral (boca) é a porta de entrada para o corpo todo, levando assim altos números de bactérias para todo o sistema do corpo humano. Para o especialista, a maneira mais eficaz de evitar o tártaro é a higiene oral, conforme o cirurgião dentista indicar para cada paciente.

A periodicidade das consultas ao cirurgião dentista também é individual, existem pacientes que devem retornar a cada 3 meses, outros a cada 4, ou 5 meses. “A maioria deve retornar a cada 6 meses. O ideal é que cada cirurgião-dentista indique essa periodicidade para cada paciente”, finaliza Puglisi.








Dr. Rafael Puglisi - cirurgião-dentista e atua como coordenador clínico e de planejamento digital oral. Ele também é diretor do departamento de pesquisas do Instituto Odontológico Guy Puglisi, o IGP. Apaixonado por sorrisos, buscou a especialização em odontologia estética, adquirindo o domínio de inovadoras técnicas de próteses em cursos no exterior. Participa constantemente de congressos internacionais, sempre trazendo as últimas tendências da área para o Instituto Guy Puglisi, onde também ministra o Curso Lentes de Contato V.I.P, para dentistas voltados à imersão em estética oral (arte e conceito). Além disso, o especialista possui o seu próprio curso de especialização em odontologia estética, reconhecido pelo MEC, tendo formado mais de 2.000 alunos nos últimos anos.


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