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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O daltonismo das marcas


Consumir ficou confuso porque escolher passou a doer. Há muito tempo consumir como ato de escolher não era símbolo de lado, posição, decisão, mas agora é! Novamente esquerda e direita. Novamente polarização. O nacionalismo ressurge como resposta à crise de identidade global. Os imigrantes, páreas da globalização desenfreada e mal orquestrada, aparecem como vilões. O mundo certamente não é mais um lugar facilmente decifrável.

No diapasão da mudança de era em que vivemos, nós, indivíduos-cidadãos-consumidores, estamos perdidos. Nosso único lastro, para nossa perdição adâmica, parece ser nós mesmos. As igrejas e as religiões em geral, as doutrinas políticas e filosóficas antes tão terra-firme, e mesmo a família, seja lá o que se configure como tal, não dão mais as respostas confiáveis que precisamos. Lutamos tanto pela liberdade disso tudo, que agora ficamos sem nada!

A sociedade fluida, com suas relações fluidas, inexiste como sociedade propriamente dita; e o ajuntamento irracional de pessoas domina em forma e em expressão. As culturas históricas estão sob risco, e com elas, os valores mais significativos e definidores dos grupos humanos.

De um lado o cultivo do bom, dos valores positivos, como amor, acolhimento, aceitação, colaboração, proteção, reconhecimento... de outro, discórdia, desavença, desinteresse e, acima de tudo, individualismo. Sim, estamos no mundo do pseudo: pseudolíderes, pseudointelectuais, pseudo-religiosos, pseudo-celebridades... killfie, bullying, terrorismo?!

Mas bom e ruim é preto e branco; é dicotômico, é maniqueísta... E, nós, seres humanos, estamos pintados de cinza... em cinco milhões de tons. Não é fácil ser e é mais difícil ainda não ser!

Não bastasse tudo isso, ainda há o fator instantâneo, digital, compartilhado. 

Sim, a revolução de fato não foi televisionada, mas só porque ela está sendo disseminada exponencialmente! Na verdade, não há uma revolução propriamente dita e sim o efeito mutante derivado de infinitas nano-revoluções, promovidas por infinitos indivíduos – reais, virtuais, robóticos e avatares - que deixam sua marca no ecossistema digital e em suas rebarbas de mundo real.

Nesse contexto, em que errados estão certos, certos estão errados e todos estão certos e errados ao mesmo tempo, a relação do indivíduo com seu processo de consumo, baseado em seus valores, aspirações, necessidades e possibilidades – e nas multi-influências que sofre a todo momento – passa a ser cada vez mais mutável, flexível e variante. Fidelidade? Lealdade? Experimentação sim, porque a sociedade é trans.

Marcas são marcas porque marcam, devem marcar, assim como pássaros devem voar e peixes nadar. Compõe seu círculo de latência natural, sua finalidade existencial, seu DNA, seu reason-why darwinista... Etimologicamente marcar (o que faz a marca) significa "deixar cicatrizes", idealmente boas cicatrizes... memórias, confortos, mimos, experiências, prazeres, concordâncias, pertencimento na mente, no coração e na alma daqueles que por ela escolhem ser e/ou são marcados.

Só que agora, nessa nossa sociedade etérea, as marcas sofrem como pássaros em desertos; simplesmente não há árvores para pousar, repousar e aninhar. Não há corações confiáveis.

Eis então o novo desafio das marcas: Que corações marcar? Como encontrar? 

Como ser relevante e ressignifcar as relações? Como enredar histórias? Como existir com finalidade e assim perdurar? Como sobreviver à mudança de era se adaptando darwinisticamente ao seu hospedeiro, o consumidor e seu tão volátil coração? E quem olha pra isso nas empresas? Aliás, que consumidor pensa nisso quando consome?

Consumo hoje é frio e coisificado. Só há o ato, quase sem reflexão, de se usar. Esse é o verbo da moda... usar e deixar-se ser usado. As marcas deixam de marcar e passam a ser usadas. E também usam. Pervertem a razão existencial da relação de consumo a que se propuseram, passando a expressar a instantaneidade da preferência... geralmente circunstancial e infiel.

Consumidores mudam de marcas; mas marcas também mudam de consumidores. Divergência, distanciamento, logo agora que tudo ficou digitalmente mais próximo, mais gutural. Esse é o paradoxo: distantemente perto, longinquamente presentes, proximamente desinteressados, se vê sem enxergar, se ouve sem escutar, se toca sem sentir. É a histeria auto-enganadora dos que não acreditam no que vêem, mas defendem o que ouviram dizer nas recomendações e nas avaliações de outros consumidores histéricos. É fluido e é frio, apesar dos likes, dos emoticons, das carinhas pasteurizadas.

O que são as marcas? O que os indivíduos consomem? Agora somente a sensação do momento, a solução da angústia pontual, a resolução do "tenho que ter". Como efeito, está se perdendo mais esse elo, em prol do volume global, do estar em tudo e em todos, meio que como o mito de Prometeu.

Conhecimento gera certeza, que gera confiança, que gera segurança. Só que malucamente não. Nunca soubemos tanto; e nunca tivemos tanta desconfiança e tanta falta de confiança... nunca fomos tão inseguros. E tão sozinhos, mesmo sendo reis e rainhas nessa colméia social de seguidores, fãs e haters.

Qual será o papel das marcas então? Seja qual for a resposta, ela terá que lidar com o ser humano mutatis mutandis. Temos enorme dificuldade de lidar com a finitude, com barreiras, com o vazio, assim como temos enorme problema em aceitar simplesmente o simples. Relativizamos demais. Precisamos de alguns absolutos. Parece que esquecemos – ou fingimos esquecer – que alguns pretos são e serão para sempre pretos e alguns brancos, simplesmente brancos.

Sua marca consegue ser preta ou branca nesse universo digitalmente cinza? É certo que ela quer ser colorida. E parecer colorida e atraente. Mas ela consegue ser identificada simplesmente como preta, ou como branca? Ela é inovadora? Ela exige sua transpiração? Ficam os questionamentos, mas que venham as práticas.






Daniel Domeneghetti - especialista em Estratégia Corporativa, Marketing & Branding Strategy, Digital Practises e Relacionamento com Clientes é CEO da DOM Strategy Partners, consultoria 100% nacional focada em maximizar geração e proteção de valor real para as empresas.

Você trata as tarefas da empresa como importantes ou urgentes?





Crédito: iStock



Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", lista diferenças entre os dois tipos, e ensina a otimizar o tempo no dia a dia profissional

Priorizar as tarefas de trabalho nem sempre é fácil e, mesmo com anos de experiência no mercado, é comum encontrar profissionais que ainda têm dificuldade neste quesito. No final do ano, com muitas empresas entrando em férias coletivas, é comum "correr contra o tempo" para deixar tudo em ordem antes do descanso. Mas, por onde começar em meio a tantos afazeres?

A especialista em desenvolvimento humano, Susanne Anjos Andrade, autora do best-seller "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil" (Ed. Gente), explica que o tempo é a coisa mais valiosa que os seres humanos têm e, por isso, deve ser muito bem aproveitado. "Colaboradores muitas vezes deixam de produzir o quanto deveriam simplesmente por não saberem determinar urgências e importâncias nas tarefas corporativas", pontua.

Susanne ainda explica que, quando as tarefas são organizadas devidamente por prioridades, é possível produzir mais em menos tempo. "Não precisamos pegar mais horas do dia para complementar aquelas atividades que não deram tempo de terminar. É importante deixar claro que, amar o que faz é um fator que ajuda consideravelmente na hora da organização, pois quanto mais feliz é o colaborador, mais fácil é a rotina de trabalho", ressalta.


Tarefas urgentes x importantes

As tarefas importantes costumam ser aquelas que não têm prazo estabelecido ou cujo deadline ainda está longe, mas que precisam de uma certa atenção e devem ser realizadas com cuidado. "Nesses casos, o ideal é criar um planejamento ou um cronograma para ser seguido. Como ainda não exigem urgência e nenhuma data que esteja em cima da hora, tudo pode ser realizado de uma maneira mais fácil, por meio de metas e esforço dos profissionais", explica Susanne.

"Se, por exemplo, eu tenho um relatório de resultados para entregar ao cliente daqui a duas semanas, eu consigo me programar para realizá-lo, nem que seja um pouco por dia ou em uma determinada hora dentro do tempo. Mas, se eu não me planejar e deixar para fazer um dia antes da entrega, corro o risco de transformá-lo em urgente e não entregar. Quando há planejamento, o que é importante não se torna urgente, pois quando chegar perto da data, a tarefa já vai ter sido executada", avalia Susanne

Já as tarefas urgentes são aquelas que, por algum motivo, têm um prazo curto para serem realizadas. Ou porque o planejamento não foi respeitado anteriormente ou também pelo fato de o cliente passar uma informação de última hora, sem dar tempo para a pessoa executá-la e buscar bons resultados. "Se tudo for tratado como urgente sempre, vai existir um momento em que o urgente será o padrão. São nesses casos, que o colaborador se sente insatisfeito, sobrecarregado, dando início a problemas como ansiedade, estresse e depressão no trabalho", comenta ela.

Para Susanne, essas tarefas podem ser evitadas no dia a dia dos colaboradores. Dessa forma, não haverá 10 atividades urgentes em um único dia. "Minha dica é: deixe sempre um espaço para receber novidades de última hora do cliente, e use uma agenda para se organizar e priorizar as tarefas mais importantes. O segredo é não deixar que tudo se torne urgente.", finaliza a especialista.






Susanne Anjos Andrade - Autora dos Best-Sellers "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", recém-lançado pela Editora Gente, "O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro digital "A Magia da Simplicidade". É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) em disciplinas sobre carreira, coaching e liderança. Também é sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil Comportamental", e parceira da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP). Confira também livros e treinamentos.



Candidatos com nível superior podem tomar posse em cargos de concursos que exigem nível técnico



A Defensoria Pública da União (DPU) conseguiu decisão judicial, válida para todos os concursos públicos federais em andamento e futuros, no sentido de impedir a União de reprovar ou negar posse a candidatos que ostentem qualificação superior a exigida em edital.

Apesar de a aprovação nestes casos já ser considerada legal pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, existe uma conduta sistemática da União em reprovar candidatos em concursos públicos ou obstar a posse quando apresentam qualificação superior à prevista no certame.

A Ação Civil Pública da Defensoria visa casos nos quais o edital exige curso técnico, mas o candidato aprovado possui curso superior na especialidade exigida, sendo eliminado por não possuir o curso técnico. 

A Justiça considerou que, como o objetivo maior do concurso público é o de selecionar os melhores candidatos, não se afigura razoável restringir a qualificação apenas a títulos de nível médio, quando o candidato aprovado possui diploma de nível superior na mesma área de atuação exigida no edital (bacharelado) e, portanto, com maior capacitação. 

"Além de tutelar os direitos de todos os candidatos prejudicados, o fiel cumprimento da sentença por parte da AGU evitará o abarrotamento do Poder Judiciário múltiplas demandas individuais para (re)apreciação desse mesmo tema, permitindo a apreciação mais célere de causas outras urgentes, o que interessa à toda sociedade", afirmou o defensor regional de direitos humanos no Distrito Federal, Alexandre Mendes Lima de Oliveira, subscritor da ação.

A sentença é válida para todos os concursos públicos federais em andamento e futuros, devendo a Advocacia Geral da União (AGU) promover a orientação jurídica vinculante às autarquias e fundações públicas federais nesse sentido, inclusive quanto à elaboração dos editais de concursos públicos para prever tal possibilidade. 

Sobre a Defensoria Pública da União

A DPU é uma instituição permanente e autônoma, funcional e financeiramente, criada para resguardar o direito das pessoas hipossuficientes no âmbito da Justiça Federal, Militar e Eleitoral. Atua, também, perante grupos socialmente vulneráveis, como pessoas em situação de rua, índios, quilombolas e catadores de recicláveis.

Assessoria de Comunicação Social 

BLACK FRIDAY 2018



A Black Friday é anualmente comemorada sempre na última sexta-feira do mês de novembro. Obedecendo ao calendário norte-americano, país no qual se originou, ela é realizada sempre no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças dos Estados Unidos, que, por tradição centenária, é sempre celebrado na 4ª quinta-feira desse mesmo mês.
A data e seu nome contam com diversas teorias acerca de sua origem e motivação. Entretanto, todas essas teorias convergem no sentido de que o período marca o início da temporada de compras de Natal, com promoções substanciais em todas as espécies de lojas e comércios, especialmente os varejistas, físicos ou online, tornando-se dia de enorme incremento no faturamento dos negócios.
A atratividade e popularidade da Black Friday decorrem do fato de que muitos dos descontos oferecidos pelos lojistas são considerados pelos consumidores como superiores, mais benéficos e mais atrativos do que aqueles concedidos por ocasião do próprio Natal, razão pela qual aproveitam a ocasião para também adiantar as compras de seus presentes natalinos.
A data espalhou-se pelo mundo, face ao seu evidente apelo comercial. No dia, lojas abrem mais cedo e fecham mais tarde; sites de vendas têm movimento multiplicado, tudo diante do maior número de consumidores interessados nas ofertas. O evento não tem regulamentação, nem organização centralizada. Qualquer lojista, virtual ou físico, pode fazer promoções com o nome Black Friday.
No Brasil, a primeira Black Friday ocorreu no ano de 2010. A de 2018 ocorrerá no dia 23 de novembro. A data, todavia, exige atenção, tanto dos lojistas quanto dos consumidores.
Já houve relatos no Brasil, por exemplo, de comerciantes que aumentaram deliberadamente o preço dos produtos antes da Black Friday para, no dia do evento, anunciá-los por um preço mais baixo, induzindo o consumidor a acreditar que estava fazendo uma boa compra.
Atento a esta questão, visando impedir tais práticas fraudulentas, o Procon de diversos Estados, além de sites como Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br) e Consumidor (www.consumidor.gov.br, ligado ao Ministério da Justiça), fornecem informações acerca de estabelecimentos com restrições e reclamações referentes à esta época do ano. Assim, é sempre recomendável, antes de finalizar a compra, pesquisar sobre o histórico do fornecedor, e se a empresa em questão respeita ou não o consumidor.
Neste aspecto, o Procon-SP divulga desde 2013 uma lista de empresas online não confiáveis, cujos sites devem ser evitados, por já terem sido objeto de reclamações de consumidores e, mesmo após notificadas pelo Procon, não responderem, ou não terem sido encontradas.
Para as compras online, outro exemplo interessante é o selo Black Friday Legal, concedido pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), iniciativa que reúne diversas empresas nacionais, inclusive as de grande porte. Esse selo identifica os fornecedores (lojistas, produtores, etc.) que aderiram ao Código de Ética da Câmara e que têm comprometimento com o integral cumprimento das disposições de defesa do consumidor.
Mas mais importante é saber que na Black Friday, em empresas físicas ou online, para garantia dos consumidores e lojistas, o Código de Defesa do Consumidor é integralmente aplicável.
Assim, para compra realizadas fora do estabelecimento comercial, ou não presenciais (internet, telefone, via catálogo ou em domicílio), o consumidor sempre terá o prazo de 7 (sete) dias, contados do recebimento do produto ou do serviço, para arrepender-se da compra, sem ônus e sem necessidade de justificativa, nos termos do artigo 49 do CDC. Isso porque, nessas hipóteses, o consumidor não teve condições de avaliar mais aprofundadamente o produto ou o serviço na hora da aquisição.
Nesses casos, o reembolso ao consumidor deve ser imediato e integral, ou seja, além de tudo o que pagou, o consumidor dever receber de volta todo e qualquer custo extra, como fretes, taxas de entrega ou de instalação, entre outros.
É altamente recomendável, em caso de arrependimento, que o consumidor documente, ou seja, registre o seu desejo pela devolução do produto adquirido, via escrita. Já nas aquisições feitas em lojas físicas, o fornecedor não é obrigado a efetuar a troca de produtos ou serviços por mero arrependimento do consumidor.
Em pontos de venda físicos ou online (nesta última, não sendo caso de arrependimento) mesmo na hipótese de defeitos, o fornecedor não é obrigado a substituição imediata, tendo o prazo de 30 (trinta) dias para os reparos necessários. No entanto, não consertado o produto ou o serviço nesse prazo, o consumidor pode exigir a substituição do bem por outro idêntico em perfeitas condições, a devolução integral do valor pago atualizado (sem prejuízo de eventuais perdas e danos) ou o abatimento proporcional do preço, tudo nos termos do artigo 18 do CDC.
As lojas não são obrigadas a efetuar a troca voluntária de produtos e serviços, como no caso do consumidor não gostar da cor de um presente, por exemplo. Entretanto, a troca por conveniência tornou-se política comercial largamente aceita pelo mercado, na busca de cativar clientela.
Por fim, é essencial que consumidores e lojistas tenham relacionamento transparente, fundado no respeito mútuo e às regras do CDC, em especial as que preveem o atendimento facilitado, eficaz e adequado; a publicidade verdadeira, com informações completas das condições reais e integrais do negócio; a existência de mecanismo seguro de pagamentos e proteção de dados; o cumprimento dos prazos de entrega prometidos; a vedação de propaganda e práticas enganosas ou abusivas.




André Lopes Martins - sócio do escritório Guimarães & Lopes Martins Advogados Associados, especialista em Direito Processual Civil e em Responsabilidade Civil e Direito do Consumidor.


FecomercioSP orienta empresários do e-commerce sobre direitos do consumidor nas vendas durante a Black Friday

  Entidade ressalta que o consumidor tem direito a atendimento facilitado, informações detalhadas sobre os produtos e serviços e devolução das mercadorias em até sete dias
 


Com a proximidade da Black Friday, no próximo dia 23, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do Conselho de Comércio Eletrônico, preparou orientações jurídicas importantes para os empresários que vendem online.

Todas as regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC) valem também para e-commerce, com algumas especificidades. O Decreto n.º 7.962/2013, que regulamentou o CDC sobre as questões específicas do comércio eletrônico, prevê regras importantes a respeito da contratação online, garantindo que o cliente receba informações claras sobre produtos e serviços e tenha atendimento facilitado e direito ao arrependimento.

A Federação lembra que o site do e-commerce deve informar o CNPJ e o nome do fornecedor responsável pela oferta do produto ou serviço, a localização e a forma como o consumidor pode fazer contato com a empresa vendedora para tirar dúvidas, formalizar pedidos e reclamações e fazer cancelamentos.

O empresário deve garantir que o cliente tenha acesso fácil a um canal de atendimento. A diversidade de canais de comunicação como chat, telefone, e-mail e uma equipe bem treinada para resolução eficiente das demandas pode fazer toda a diferença na qualidade e até contribuir para a fidelização do cliente.

As demandas e reclamações do consumidor devem ser atendidas em até cinco dias, e as transações financeiras, protegidas por mecanismos de segurança que diminuam os riscos de fraude.

A Federação alerta que, antes mesmo da compra, o cliente deve ter acesso a uma prévia do contrato com as condições gerais da oferta, em que haja um resumo da contratação com todas as especificações do produto, preço, condições de pagamento, promoções e prazo de entrega. Informações como características do produto que possam oferecer riscos à saúde ou à segurança do consumidor também devem ser previamente detalhadas. Logo após a compra, o consumidor deve receber confirmação do recebimento do pedido.

Outro direito previsto no CDC, que se aplica especificamente ao e-commerce, é o chamado “direito ao arrependimento”. Ele prevê a possibilidade de desistência da compra no prazo de até sete dias contados da data da assinatura do serviço, ou do recebimento do produto, sempre que a contratação for realizada fora do estabelecimento comercial. Portanto, vale para as compras online, por telefone ou em domicílio.

A assessoria jurídica da FecomercioSP lembra que o direito ao arrependimento foi instituído para que o consumidor possa repensar a compra após a sua realização, já que ele não teve a oportunidade de avaliar e testar o produto na loja. Esse período não se confunde com o prazo de garantia, já que as mercadorias podem ser devolvidas pelo consumidor, mesmo que não tenha defeitos. Se ele optar pela devolução no prazo de até sete dias, o fornecedor deve reembolsá-lo pelos valores pagos, monetariamente atualizados. Entretanto, o consumidor também deve exercer seus direitos com bom senso e responsabilidade, devolvendo os produtos em perfeito estado.

A Entidade recomenda ainda que os empresários monitorem atentamente os relatórios de pré-chargeback e chargeback (cancelamento da compra online pela operadora de cartão de crédito). O aumento de vendas no período exige um controle de autorizações mais apurado para evitar que, no futuro, a empresa seja surpreendida com o estorno de valores de suas contas por chargeback.

A Federação lembra também que, com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que passa a vigorar em fevereiro de 2020, as empresas deverão observar regras específicas relacionadas à segurança e privacidade para a coleta e tratamento de dados pessoais dos seus clientes. É recomendável fazer uma revisão de políticas de privacidade e termos de uso para adaptação à nova legislação.



Comportamento e preferências da Geração Z são apontados em pesquisa realizada pela Atento


Empresa ouviu cerca de 500 jovens, com idades até 23 anos, moradores de diferentes regiões do País para traçar o perfil da nova geração de consumidores
Entre os entrevistados, 32% dão prioridade à consciência ambiental, 31% querem ser menos consumistas e 28% valorizam a transparência das companhias

A Geração Z, formada pelos nascidos entre 1995 e 2010, desperta o interesse das empresas por sua forma de pensar, de agir e, principalmente, de consumir, uma vez que, até 2025, representará 70% da força de trabalho em todo o mundo. Para entender melhor o comportamento deste novo consumidor, o Núcleo de Estudos e Tendências da Atento, uma das empresas líderes mundiais em serviços de gestão de clientes e terceirização de processos de negócios (CRM/BPO) na América Latina, realizou uma pesquisa com 500 jovens, com idades até 23 anos, moradores de diferentes regiões do País.

O estudo desvenda como esse grupo se relaciona, seus hábitos, comportamentos, bem como interage com as plataformas digitais e com as marcas. Quando o assunto é consumo, os entrevistados demonstram que valorizam muito a experiência que a marca oferece ao longo de todo o atendimento: 46% afirmaram que buscam melhores experiências e serem surpreendidos pelas empresas, enquanto 32% dão prioridade à consciência ambiental, 31% já se consideram menos consumistas e 28% valorizam a transparência das companhias.

O Respeito ao Consumidor também é uma preocupação deste público: 67% dos respondentes Z, contra apenas 47% Y ouvidos em uma pesquisa semelhante, em 2017, estão atentos a este ponto. Recém-chegados ao mercado de consumo, acima de tudo, eles valorizam um bom atendimento. O insucesso dessa jornada, inclusive, é o motivo para que 83% dos respondentes deixem de consumir determinado produto ou se relacionar com uma empresa.

De acordo com a pesquisa, a experiência positiva (73%) é o segundo fator que mais fideliza esse consumidor a uma marca, atrás somente do Custo X Benefício (79%). Esse dado da pesquisa é muito emblemático, uma vez que, para os Millennials, essa questão concentrou a resposta de 54%, uma diferença de 19% entre uma geração e outra.

Inovadores e práticos, os aplicativos móveis foram eleitos por 60% das pessoas como o melhor canal para se relacionar com as empresas. A mesma pergunta apontou o chat (50%), o telefone (48%) e presencial (44%), como boas opções. A surpresa, no entanto, ficou por conta da posição ocupada pelas mídias sociais, mencionada por 39%, em sexto lugar.

Os pontos mais valorizados por essa geração no relacionamento com uma empresa são Agilidade (83%) e Mobilidade (60%). O púbico Z prioriza poder falar com a empresa em qualquer canal e dispositivo, o que reforça ainda mais a sua preferência em um relacionamento via aplicativo - conforme mencionado acima -, ferramenta que permite o contato via dispositivos móveis, independentemente do horário ou localização do usuário.

"Trata-se de um público muito jovem, que vem trazendo ao mercado novas tendências e o amadurecimento de hábitos já adotados por seus antecessores, os Millennials. Esses resultados endossam a mudança de comportamento que vemos atualmente, em que os consumidores buscam cada vez mais as marcas que tenham alguma relação com seus valores. Eles escolhem por propósito e não somente por preço", destaca Regis Noronha, VP de Estratégia e Marketing da Atento.

Marcados pela necessidade de se comunicar com rapidez, os entrevistados afirmaram que o Whatsapp, aplicativo de troca de mensagens, é a plataforma digital mais utilizada por eles, com 94% das respostas. As redes sociais Instagram e Facebook vieram na sequência, ambas com 66%. O Youtube, embora não tenha sido o mais mencionado, já desperta mais interesse nesse público em comparação aos Millenials, tendo sido apontado em 58% das respostas. Na geração anterior, esse valor foi 10% menor.

O Youtube (46%), blogs e sites de influenciadores digitais (33%), por exemplo, são mais utilizados pela geração Z na hora de buscar informação, em comparação com os Millennials, que registraram 39% e 23%, respectivamente. 

"Os Millenials, por sua vez, preferem se informar por meio das redes sociais (87%), dos sites de notícia (65%) e da televisão (57%). 76% do público Z lançam mão das redes sociais para saber das notícias, enquanto 52% leem sites informativos e 48% assistem TV para saber das novidades", explica o executivo.
O interesse por novas tecnologias também foi destaque nas respostas da Geração Z, alcançando 94% dos entrevistados. Dessa população, 82% são interessados em Realidade Virtual, 55% por Inteligências Artificiais e 5% indicaram em Internet das Coisas, Energias Renováveis e Tecnologias Autossustentáveis.

"Toda essa mudança nos hábitos das gerações consumidoras promove uma transformação também nas empresas. Por isso, estamos sempre empenhados em desenvolver novas soluções, mais aderentes aos desejos dos consumidores, para garantir que a experiência no relacionamento seja sempre a melhor. Até porque as novas gerações cada vez mais conectadas desejam resolver tudo em poucos cliques", finalizada Noronha.






Médicos recém-formados interessados em participar do Mais Médicos terão prioridade de registro no Cremesp

            O Cremesp dará prioridade no atendimento para o registro profissional de médicos recém-formados interessados em participar do Programa Mais Médicos (PMM). O Conselho, preocupado com o prazo exíguo dado pelo Governo Federal — até o dia 25 de novembro, no caso dos médicos com CRM —, fará uma força-tarefa para agilizar a análise da documentação dos profissionais que solicitarem inscrição até esta sexta-feira, dia 23 de novembro. A intenção do Cremesp é que o devido registro esteja disponível até este sábado, oferecendo a possibilidade de que os médicos recém-formados possam participar da convocação para o Mais Médicos. 
            A prioridade de atendimento acontecerá exclusivamente na sede do Cremesp (Rua Frei Caneca, 1.282 - Consolação - São Paulo/SP), no horário normal de expediente, das 9h às 18h. 

Dificuldades na inscrição 
            O Cremesp também abriu um canal para apurar as reclamações de médicos que não estão conseguindo realizar o cadastro online no Programa Mais Médicos. Por meio do email dificuldadescadastromaismedicos@cremesp.org.br, o Conselho irá reunir e avaliar os questionamentos visando tomar as medidas cabíveis para que os médicos brasileiros não sejam prejudicados.
            Desde o anúncio da abertura das inscrições no Mais Médicos, no dia 21 de novembro, o Cremesp tem recebido mensagens de médicos que têm apresentado dificuldade ao tentar se inscrever pelo site do Programa. Alguns profissionais relatam que o site estava fora do ar ou que o serviço havia ficado indisponível durante o preenchimento da inscrição online. 

O 13º chegou!



Normalmente conhecida como 13º salário, a gratificação de Natal foi instituída no Brasil pela Lei 4.090, de 13/07/1962, e garante que o trabalhador receba o correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado.

Os empregados urbanos, rurais e domésticos, assim como os aposentados e pensionistas do INSS, têm direito a receber referida verba em até duas vezes, sendo que a primeira parcela (correspondente à metade) deve ser paga até o dia 30 de novembro e a outra metade até o dia 20 de dezembro.

A chegada do 13º salário é de extrema importância não só para o beneficiário em si ou para a sua família, mas também para a economia nacional, vez que bilhões de reais são injetados no mercado anualmente, incrementando principalmente o consumo. O 13º ainda causa muitas dúvidas, tentamos dirimir algumas delas aqui, ressaltando que a ajuda de um advogado é sempre recomendável.

Uma peculiaridade do 13º é que, ao receber a primeira parcela (em novembro), o trabalhador não poderá ser descontado em IRPF ou contribuições previdenciárias, sendo que esses descontos deverão acontecer somente em dezembro sobre o valor total da gratificação.

Uma dúvida recorrente dos empregadores é se há a possibilidade de diluir o pagamento do 13º durante o ano vigente, ou seja, pagar 1/12 a cada mês. Veja bem, não há na legislação essa previsão, além do fato de o pagamento mensal implicar em algumas questões problemáticas, tais como a integração dessa verba na remuneração do trabalhador em razão da habitualidade, cujo risco de em uma reclamação trabalhista o empregador ser condenado a pagar o 13º sob a remuneração do empregado considerando aquele 1/12 de salário, o que, no final, resultaria no pagamento da gratificação duas vezes no ano.

Outro ponto recorrente é se o empregado dispensado tem direito ao 13º salário. Pois bem, seja em caso de contrato de trabalho por prazo determinado, no pedido de dispensa pelo empregado ou na dispensa sem justa causa pelo empregador, o empregado terá direito à gratificação. Ela só não será devida no caso de dispensa por justa causa.

O empregado também terá a faculdade de receber a primeira parcela do 13º no mês de suas férias; contudo, para obter essa condição, deverá fazer uma solicitação por escrito ao empregador até o mês de janeiro do respectivo ano.

Por fim, com a chegada do final de ano e das festividades dessa época, cresce a expectativa pelo 13º salário, vez que grande parte dos trabalhadores conta com essa “renda extra” para incrementar suas ceias, garantir um presente especial ou então quitar as dívidas adquiridas ao longo do ano. Logo, seja qual for a destinação dada ao 13º, ele continua sendo a verba trabalhista mais aguardada do momento.





Claudio A. Santos Jr - advogado graduado em Direito pela Universidade de São Paulo - USP - na Faculdade de Direito de Ribeirão Preto e pós-graduando em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Escola Paulista de Direito - EPD. Foi membro do Grupo de Estudos sobre Internacionalização das Normas Trabalhistas da USP (GEINT) e foi conciliador do Setor de conciliação da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Médico Hospitalar, Planos de Saúde, Direito do Trabalho, Direito Processual do Trabalho e Gestão de pessoas.



Fonte: Battaglia & Pedrosa Advogados



quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Famosos aderem à Campanha Novembro Diabetes Azul


Ação busca dar luz à prevenção e tratamento da doença



Reinserido no calendário da saúde neste ano, o Novembro Diabetes Azul tem uma série de atividades para conscientização sobre a doença (confira aqui), considerada uma epidemia por muitos especialistas. Neste sentido, a cantora Ivete Sangalo, a apresentadora Luciana Gimenez e o cantor Luciano Camargo aderiram à campanha e gravaram vídeos sobre a importância da ação. O material pode ser conferido no site.

Para a Dra. Hermelinda Pedrosa, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, “é fundamental destacar os esforços das entidades e dos munícipes nas campanhas de prevenção e conscientização sobre diabetes, bem como mostrar o impacto no país, os fatores de risco, as complicações e o elevado custo da doença. Apenas com a união de diversos agentes e do poder público poderemos reverter este cenário do diabetes no país”, explica.

No mundo, mais de 425 milhões de pessoas têm diabetes – no Brasil, esse número é de 13 milhões. Os dados são da International Diabetes Federation (IDF), responsável pela campanha mundial que, para este ano, chama atenção ao papel do núcleo familiar para prevenção e controle da doença. A iniciativa mobiliza pessoas envolvidas no cuidado ao paciente que, em todo o mundo, atuam para difundir informação de qualidade e promover educação acerca da patologia.



Sobre a SBD

Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil.

Conheça nosso trabalho: www.diabetes.org.br



Coletivo #PodeContar, da Medley, chega a São Paulo com apresentação gratuita e aberta ao público


No próximo dia 27, no Centro Cultural Rio Verde, em São Paulo, será realizado o lançamento da turnê do Coletivo #PodeContar, primeiro coletivo de pessoas dispostas a mudar o cenário da depressão no Brasil. O intuito é abordar a empatia como uma forte aliada para romper o silêncio e incentivar a busca pelo diagnostico adequado.

De acordo com dados da Federação Mundial para a Saúde Mental, mais de 70%¹ dos indivíduos com depressão não falam ou conversam sobre a doença porque sentem vergonha de serem julgados e receio de sofrerem preconceitos. Na ocasião, o coletivo conduzirá um debate sobre a importância do estímulo da quebra do paradigma da depressão para engajar as pessoas a contarem sobre a doença para alguém de confiança, ressaltando também a importância do papel de quem pratica a empatia e está disposto a se colocar no lugar do outro.

A apresentação será aberta ao público e contará com o youtuber PC Siqueira, a cantora e compositora Uyara Torrente, a embaixadora cultural e de causas sociais, Juliana Luna, a criadora do blog Futilidades, Joana Cannabrava, a estilista e consultora de comunicação, Carol Burgo, o criador do portal de conteúdo potencial gestante, Hilan Diener e a educadora parental, Lua B. Fonseca. A Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Carmita Abdo e o professor titular do Instituto de Psiquiatria e Psicanálise da Infância e Adolescência, Dr. Kalil Duailibi, também participarão do debate.




Serviço

Data: 27/11
Local: Centro Cultural Rio Verde
Horário: 15h às 19h
Endereço: R. Belmiro Braga, 119 - Pinheiros
Entrada franca





Referências

World Federation for Mental Heatlh and World Organization of Family Doctors – The Painful Truth [acesso em 07 out 2018]. Disponível em: http://wfmh.global/wp-content/uploads/DEPRESSION-AWARENESS-PACKET-ENGLISH-2010.pdf




Medley



Referências
  1. Prêmio Folha Top Of Mind – Categoria de medicamentos Genéricos 2017.
  2. Prêmio Marcas de confiança - Revista Seleções 2017 – categoria medicamentos genéricos.
  3. Pesquisa realizada com o Instituto IBOPE Inteligência entre 1/10 e 10/11/2014 com 1.000 médicos, por telefone, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belém e Florianópolis.
  4. Prêmio Empresas que mais respeitam o consumidor 2017 – categoria Industria






Em São Paulo nascem 17.700 bebês prematuros por ano


A prematuridade é principal causa de mortalidade infantil no país
Mobilização nacional durante o Novembro Roxo busca ampliar a conscientização sobre o tema



De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS), em 2017 dos 169.350 bebês nascidos vivos na rede municipal, cerca de 17,7 mil são prematuros, ou seja, nasceram com menos 37 semanas de gestação. A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil no país com 53% dos óbitos registrados pelo Ministério da Saúde no primeiro ano de vida.

Gestação na adolescência, falta de cuidados pré-natais, tabagismo, obesidade e desinformação são alguns dos desencadeadores da prematuridade no Brasil, segundo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Com o objetivo de chamar atenção da sociedade à grande incidência de partos prematuros no país, na proximidade do Dia Mundial da Prematuridade (17/11), no próximo domingo, dia 25/11, um grupo muito especial vai vestir de roxo e tomar a avenida Paulista durante a 2ª Caminhada da Prematuridade de São Paulo. A concentração vai ser no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e a caminhada vai em direção à Avenida Consolação

Quem organiza a caminhada é a Residência Multiprofissional em Neonatologia do Hospital das Clínicas com apoio da ONG Prematuridade.com, referência sobre o tema no país. O objetivo é superar a adesão do ano passado quando cerca de 200 pessoas participaram do evento.

Com aproximadamente 300 mil bebês nascidos anualmente no país com menos de 37 semanas de gestação, Bebês com Muito Baixo Peso ao Nascer – MBPN - são frágeis do ponto de vista clínico e podem sofrer os efeitos de diversas complicações como malformação congênita, deficiências auditivas e visuais, disfunção reativa das vias aéreas (asma), deficiências de crescimento e distúrbios de comportamento. Cerca de 10% dos bebês com MBPN sofrem de paralisia cerebral.

"A caminhada contará com a participação de mães com seus bebês nascidos prematuros, além de adultos que também foram prematuros e hoje compartilham a experiência em prol da causa, bem como profissionais de saúde que atuam nas unidades neonatais. Esperamos os participantes vestidos de roxo, colorindo a Avenida Paulista com balões", comenta Luana Lima de Jesus, enfermeira formada pela Universidade Federal de São Carlos com especialização em enfermagem neonatal no Hospital Albert Einstein e residente do setor de neonatologia de enfermagem do Hospital das Clínicas e organizadora da caminhada.

O novembro roxo surgiu a partir da definição do dia 17 de novembro como Dia internacional de sensibilização para a prematuridade. A data foi escolhida para homenagear o nascimento da filha de um dos fundadores da Fundação Europeia para o cuidado da Criança Prematura, da sigla em inglês EFCNI. No mesmo ano a organização de caridade Mach of Dimes dos Estados Unidos escolheu o dia 17 para conscientização do tema. A cor roxa é a escolhida para colorir a causa porque representa renovação e transformação.

"A ação da ONG Prematuridade.com em São Paulo faz parte de uma mobilização nacional com caminhadas de conscientização em cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife e Santos. Queremos que cada vez mais pessoas se engajem na causa. Esperamos os participantes vestidos de roxo, colorindo a avenida Paulista com balões para ampliar a conscientização sobre o tema", comenta Aline Hennemann, vice-diretora executiva Prematuridade.com.


Novembro Roxo

O Novembro Roxo, reconhecido internacionalmente pela luta, ainda não ganhou representatividade no Brasil como tem no exterior. Para inserir a demanda na agenda pública brasileira, serão distribuídos materiais informativos em um trabalho de sensibilização com parlamentares e sociedade civil. Países como Estados Unidos da América, México, Alemanha, entre outros, juntamente com a Global Illumination Initiative, iluminam de roxo - cor símbolo da causa - prédios públicos e monumentos. Alguns exemplos são Empire State Building, Niagara Falls, Portão de Brandenburgo, entre outros.


Sobre a ONG Prematuridade.com

A Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – Prematuridade.com, nasceu em 10 de abril de 2011 com um blog sobre prematuridade e uma página no Facebook. Em novembro de 2014, a iniciativa foi além e nasceu a ONG Prematuridade.com. A Organização não é vinculada a nenhuma marca, empresa ou instituição, mas trabalha em parceria com esses para a realização de projetos voltados à prevenção do parto prematuro, educação continuada para equipes neonatais e a área da busca de implementação de políticas públicas voltadas à causa – "advocacy". 

Hoje a entidade está ligada as mais importantes organizações internacionais dedicadas à causa, a March of Dimes e a EFCNI – Fundação Europeia para o Cuidado dos Recém-nascidos, representando o Brasil na Rede Mundial de Prematuridade - World Prematurity Network. À frente da Associação Nacional Prematuridade.com Denise Suguitani fundadora e diretora-executiva e Aline Hennemann, vice-diretora executiva, e uma equipe de apoiadores das áreas de Comunicação e Conselhos Fiscal e Científico.



SERVIÇO:

O QUE: 2ª Caminhada da Prematuridade em São Paulo
QUANDO: Domingo, dia 25/11/2018
LOCAL: Concentração no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e chegada na Avenida Consolação
HORÁRIO DE CONCENTRAÇÃO: às 9:30 horas






Brasil: um país de olho na "vista cansada"


 42 milhões de brasileiros não enxergam bem; os avanços no tratamento da presbiopia serão abordados neste sábado (dia 24), em uma iniciativa pioneira no país, que acontece simultaneamente em 14 cidades


O Brasil tem 42 milhões de pessoas que não enxergam bem, o que representa 21% da nossa população. Levando em consideração que a população está envelhecendo e, depois dos 40 anos cerca de 90% das pessoas têm presbiopia (dificuldade para enxergar de perto), falar sobre opções de tratamento é questão de saúde pública. Ainda mais levando em conta que o perfil do “idoso” de hoje é bem mais ativo que num passado próximo.

Com o intuito de discutir os avanços no tratamento da presbiopia, a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (Soblec) promove neste sábado (dia 24), um evento nacional simultaneamente em 14 cidades brasileiras. Sob a coordenação do Clube da Lente de Contato, oftalmologistas vão dedicar um dia inteiro para conhecer o que há de novo no mercado de lentes de contato, acompanhar casos clínicos e adaptações ao vivo.

De acordo com o Dr. Paulo Ricardo de Oliveira, vice-presidente da SOBLEC e coordenador do evento, juntamente com a Dra Tania Schaefer e Dra. Izabela Godinho, no Brasil a principal prescrição para a correção óptica da presbiopia ainda é o bom e velho óculos. “Mas um universo muito grande pacientes poderia se beneficiar das vantagens que as lentes de contato têm em relação aos demais tratamentos da presbiopia”, aponta o oftalmologista.

“A população na faixa etária acima dos 40 anos cresce rapidamente, e logo todos vão precisar de correção para a presbiopia. O que é preciso levar em consideração é que os presbitas  de hoje são indivíduos  muito mais ativos, dinâmicos e preocupados com a estética. Elas não querem usar óculos, elas querem autonomia, mas muitos  ainda desconhecem as vantagens das lentes de contato atuais”, afirma a Dra Izabela Godinho.

Segundo a Dra. Tania Schaefer, além de mais prática e segura, a lente de contato é a indicação com o melhor custo benefício relacionada à correção da presbiopia. “No consultório percebemos que o perfil do paciente mudou. Eles querem reduzir a dependência dos óculos, aumentar a liberdade e mobilidade, e com isso ter mais qualidade de vida. Por isso é tão importante que os oftalmologistas conheçam as novas tecnologias, para indicar as lentes de contato considerando o perfil, o estilo de vida e os benefícios que elas podem trazer para cada paciente”, pontua a especialista.


Cidades participantes

Os eventos presenciais sobre presbiopia serão realizados simultaneamente e vão contar com interação ao vivo, pela internet. A ação nacional acontece nas cidades de Curitiba e Maringá (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo, Sorocaba e Ribeirão Preto (SP), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Manaus (AM), Vitória (ES), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Salvador (BA). Trata-se de uma iniciativa pioneira no país e que conta com apoio das principais indústrias do setor: ALCON, Menicon, Solótica e Mediphacos.


Números da presbiopia

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2012 haviam 1,8 bilhão de portadores de presbiopia no mundo. A estimativa é de que, em 2020, a população mundial será formada por 35% de présbitas, ou seja, 2,3 bilhões de pessoas. No Brasil, segundo dados do IBGE, 90% da população tem entre 45 e 70 anos, o que perfaz um número de 38 milhões de pessoas com dificuldade para enxergar de perto. Desse número, pelo menos 85%, ou 32,3 milhões são compatíveis para o uso de lentes de contato, mas apenas 100 mil são usuários de lentes de contato multifocais.




Cinco dicas para evitar problemas na coluna no trabalho



    Aprenda com especialista em coluna como adquirir mais qualidade de vida no ambiente de trabalho

    

Você sabia que as dores nas costas e a segunda maior causa de afastamento no trabalho por mais de 15 dias no país? Elas ficam atrás apenas de casos de fraturas. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, em 2017 foram 12.073 casos de dores nas costas – 6,13% de um total de 196.754 afastamentos.

A postura correta nas atividades do dia, que inclui o trabalho, ajuda a evitar dores nas costas. Pensando nisso, o ortopedista, cirurgião de coluna vertebral e professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, Dr. Luiz Cláudio Lacerda dá alguns conselhos para evitar que esse mal atrapalhe sua vida profissional e pessoal.

- Se você fica muito tempo sentado, faça intervalos de 10 minutos a cada 50 minutos para circular e aliviar a pressão nas costas e a tensão acumulada nos ombros e região  cervical;

 - Procure deixar o monitor a uma distância mínima equivalente ao comprimento de seu braço. “Já a regulagem da altura da tela deve ser entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão”, explica o especialista.

 - Caso fique muito tempo falando no telefone, evite apoiar o aparelho no ombro, isso força de maneira inadequada as estruturas do pescoço e coluna cervical. Segure sempre com a mão.

 - Na hora de pegar algo pesado, fique atento! “Para não prejudicar sua coluna nesse momento, o indicado é que você carregue até 10% do seu peso, jogue o peso nas pernas e dobre os joelhos para pegar o objeto, nunca levantando com as costas”, explica Lacerda.

- Se você trabalhe em pé, evite escorar sobre o balcão ou a mesa. Em caso de muito cansaço, o ideal é procurar um local para se sentar por alguns instantes.
 “Além de seguir essas dicas, é fundamental que o indivíduo mantenha uma vida saudável, realize atividades físicas regulares, evite sobrecarga na coluna, aumente a ingestão de água e procure atendimento médico caso apareça algum desconforto na região para uma avaliação clínica correta e completa”, finaliza o ortopedista.






Dr. Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues - Mestre em medicina pela Unifesp e especialista em ortopedia, traumatologia e cirurgia da coluna vertebral pelo Hospital Santa Marcelina. Aprimoramento em cirurgia oncológica da coluna vertebral pelo Instituto Ortopédico Rizzoli. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), professor da Faculdade de Medicina do Hospital Santa Marcelina e responsável pelo atendimento na Clínica L&L Ortopedia.

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