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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Engie previne motorista de ficar parado no meio da estrada em pleno feriado


“Mecânico virtual” instalado no carro analisa mais de 10 mil itens em tempo real e avisa pelo celular se alguma parte precisa de manutenção preventiva antes de o motorista viajar; veja itens que precisam ser checados


O dono de um carro desprovido de computador de bordo não precisa comprometer o feriado prolongado se estiver com a manutenção preventiva do veículo em dia. Hoje, a tecnologia permite até que o motorista se antecipe aos problemas elétricos e mecânicos bem antes deles surgirem.

Desenvolvido pela startup israelense de mesmo nome, que tem Uri Levine (criador do Waze e Moovit) entre seus cofundadores, o Engie utiliza a tecnologia para checar mais de 10 mil itens de um carro em tempo real e a distância, avisando pelo celular o motorista se tudo está em ordem ou se precisa levar o carro ao mecânico.

Para se ter uma ideia, dos 1.763 atendimentos realizados durante o feriado de Nossa Senhora Aparecida (12 a 14 de outubro), na CCR Nova Dutra, que liga São Paulo ao Rio, 51% corresponderam a atendimentos mecânicos. Outro dado da Polícia Rodoviária Federal mostra que as falhas mecânicas responderam por 4.645 ocorrências em todo o país, em 2017.

O Engie é uma espécie de “mecânico virtual” e pessoal que ajuda o motorista na manutenção do veículo, de forma que ele dirija com tranquilidade e dentro da sua total capacidade de eficiência.  Além de detectar o mau funcionamento de alguma parte do carro -- isso é feito por um dispositivo instalado à saída OBD2, que geralmente fica no painel abaixo do volante --, o Engie também fornece informações “real time” das condições do motor e da bateria, por exemplo.

No caso de alguma ocorrência irregular, o motorista pode checar pelo aplicativo do celular quais são as oficinas mecânicas credenciadas que atendem a região em que o veículo está e mesmo que o condutor não conheça o local ele pode pedir orçamento de serviços e peças, entre outras facilidades. Provido de informações fornecidas pelo Engie, o motorista pode chegar à oficina sentindo-se mais seguro para conversar com o mecânico.

“O mais importante é procurar uma oficina ou um mecânico de confiança para fazer manutenção adequada e substituir somente os itens corretos e necessários”, alerta Patrik Ricardo,  proprietário da oficina GFix Centro Automotivo, no bairro Brooklin Paulista, em São Paulo. Por isso, é recomendado escanear o carro com o Engie alguns dias antes da viagem -- o Engie está disponível para o sistema Android ou iOS (acesse o site aqui).

Patrick também indica aqui uma lista de itens do carro que o motorista precisa estar atento antes de pegar estrada. Veja a seguir:
               
1.    
                        Pneus: verifique a calibragem de acordo com o manual do carro, pois cada modelo possui uma calibragem diferente. Checar a profundidade dos sulcos para escoamento da água e desgaste irregular da banda de rodagem.

2.    
                        Rodas: procure por amassados, quebras ou trincas.
       
3.    
                        Suspensão: peça ao mecânico para verificar o alinhamento, o balanceamento e folgas no conjunto, que possam indicar desgaste das peças móveis. Fique atento a barulhos estranhos.    
       
4.    
                        Fluidos: checagem dos níveis dos fluidos e validade dos mesmos. Fique de olho em possíveis vazamentos.
       
5.    
                        Óleos: devem ser checados do motor, líquido de arrefecimento, óleo de transmissão, fluido de freio, óleo da direção hidráulica, nível do combustível no reservatório de partida a frio (caso tenha) e fluido embreagem.  
       
6.    
                        Sistema elétrico: checagem em lanternas, faróis, luz de indicação e painel.
       
7.    
                        Sistema de limpeza do vidro: verificar funcionamento das hastes do limpador, estado das palhetas, desembaçador traseiro (quando houver) e funcionamento do ar e do ar-condicionado.

       

8.    
                        Mecânica e motor: funcionamento do motor e possíveis falhas, vazamento de óleo, acionamento da embreagem quando mecânica, barulhos de rolamentos na rodagem do veículo e conjunto de freio.

Feriado à vista: proteja a saúde do seu animal de estimação antes e durante a viagem


 Passeios para o litoral demandam ainda mais atenção pelo risco de dirofilariose, conhecida como doença do verme do coração


(Foto: Pexels)


Quem pretende viajar com o animal de estimação no feriado de 15 e 20 de setembro deve ficar atento a alguns cuidados. A começar pela escolha do deslocamento. Em viagens de carro, os bichinhos devem ficar dentro de caixas de transporte e usar o cinto de segurança adaptado. Neste caso, não é apenas a proteção do seu melhor amigo que está em jogo. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, transportar animais no banco da frente, à esquerda do motorista ou entre os braços e pernas é considerado infração média e pode gerar multa.

Para uma viagem ainda mais confortável e sem estresse, planeje pausas a cada 2 a 3 horas. “Fazer paradas regulares é importante para o animal se hidratar, se movimentar e fazer suas necessidades. Ficar muito tempo sentado e com vontade de urinar, por exemplo, pode ser estressante tanto para cães como para gatos”, orienta o veterinário Alexandre Merlo, Gerente Técnico e de Pesquisa Aplicada para Animais de Companhia da Zoetis.

O destino escolhido também é motivo de alerta. Em cidades litorâneas, a combinação entre calor e tempo úmido favorece a proliferação de mosquitos transmissores da dirofilariose, que é uma doença parasitária provocada por vermes que se alojam, principalmente, nas artérias que saem do coração dos cães. As altas temperaturas são ideais para que as fêmeas de algumas espécies dos gêneros Culex e Aedes se reproduzam.  Cerca de 20% dos cães das regiões litorâneas da Bahia estão acometidos pela enfermidade, que chega a atingir 60% dos animais no litoral do Rio de Janeiro. Já em Recife, 36,7% dos cães podem estar infectados. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Zoetis e conduzida pela veterinária Norma Labarthe, em conjunto com os maiores especialistas sobre o tema no Brasil, incluindo reconhecidas universidades brasileiras.

“Em regiões de clima quente e úmido, a incidência de dirofilariose é maior. Por isso, recomendamos a prevenção, que pode ser feita por meio do ProHeart SR-12, uma injeção com dose única que mantém o animal protegido por 12 meses”, conta Alexandre Merlo. Com tecnologia inédita no mercado, o produto pode ser incorporado ao calendário anual de prevenção de doenças dos cães a partir dos seis meses de idade.

A dirofilariose pode levar à morte caso não seja tratada. Por essa razão, a prevenção é importante mesmo que o animal não viva em regiões litorâneas.
Assim como os seres humanos, os animais devem estar com a carteira de vacinação em dia, antes de encarar uma viagem. “Algumas doenças virais, como a parvovirose e a cinomose em cães e a rinotraqueíte e calicivirose em gatos, são de fácil transmissão”, alerta o Gerente Técnico e de Pesquisa Aplicada para Animais de Companhia da Zoetis.

Os tutores também devem ficar atentos ao chamado enjoo do movimento. O mal faz com que o cão vomite e sinta desconforto durante viagens de carro ou avião. “Para estes casos, indicamos o Cerenia. O medicamento evita o incômodo e previne o vômito por até 12 horas”, afirma o veterinário.






Zoetis
Atendimento ao consumidor Zoetis: 0800 011 19 19






Nove em cada dez compradores de imóvel desconhecem os tributos para a aquisição


Consultoria alerta sobre os valores das taxas de transferência, escritura e registro em cartório na hora de comprar a casa própria


Você achou o imóvel dos seus sonhos, o preço é acessível, conseguiu um crédito imobiliário com uma ótima taxa e uma prestação que cabe no seu bolso. Quando tudo parecia perfeito, veio a notícia de que, além dos recursos pagos como entrada ao vendedor e da primeira parcela do financiamento, terá de arcar com mais despesas pesadas antes de contratar o caminhão da mudança.

Para que o sonho da casa própria não se torne um pesadelo, a advogada Daniele Akamine, especialista em Economia na Construção Civil, alerta para que os compradores de imóveis procurem – antes de fechar o negócio – informações sobre os custos administrativos para a aquisição desse bem. São eles: taxa de transferência, escritura e registro do imóvel nos respectivos cartórios e órgãos públicos. “Considerando nossa base de clientes, nove em cada dez pessoas que compram um imóvel chegam aqui sem conhecer o tamanho ou a obrigação dessas despesas”, diz.

Segundo ela, a primeira dúvida dos compradores costuma ser quanto é preciso pagar para fazer a Escritura Pública. “Isso vai depender de cada caso”, alerta. “Primeiramente, é preciso saber se o imóvel foi financiado antes por algum agente financeiro. Se a resposta for sim, significa que esse documento não será necessário, uma vez que o contrato emitido pelo banco tem força de Escritura Pública. No entanto, o comprador terá de arcar com as tarifas do banco para a avaliação do imóvel e análise jurídica – valor que pode chegar a cerca de 1,5% do total financiado, de acordo com a instituição financeira contratada.

Outro custo nesse processo é o ITBI-IV – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos, a ser pago para a Prefeitura local. Por se tratar de imposto municipal, o percentual também varia conforme a cidade.
Sobre o montante a ser pago ao Cartório de Registro de Imóveis – documento imprescindível para garantir a validade da transação perante terceiros por meio da publicidade –, o comprador terá de gastar aproximadamente 1% do valor de venda do imóvel.


É possível abrir mão dessas taxas? – O que poucos sabem é como se livrar dessas taxas ou mesmo a melhor forma de diluir tais pagamentos. Daniele explica que sempre haverá um desconto no pagamento do ITBI para imóveis financiados pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), desde que tenham valor igual ou inferior a R$ 1.500.000. O percentual do desconto pode variar de acordo com a Legislação Municipal.

“No caso de São Paulo, o comprador tem a alíquota reduzida de 3% para 0,5% sobre o valor financiado, desde que o crédito não ultrapasse R$ 88.714,99. O que passar desse teto é tributado em 3%”, ensina a advogada sócia da consultoria Akamines Negócios Imobiliários.

Para exemplificar, ela cita o exemplo de um imóvel de R$ 200.000, com financiamento de R$ 40.000 e R$ 160.000 pagos com recursos próprios. A alíquota reduzida seria aplicada sobre o valor financiado (0,5% de R$ 40.000 = R$ 200) somado aos 3% do restante do preço do imóvel (5% de R$ 160.000 = 4.800), resultando num ITBI de R$ 5.000 (200 + 4.800).

Já num exemplo em que o comprador do imóvel de R$ 200.000 financiou uma quantia maior (R$ 160.000) e usou menos recursos próprios (R$ 40.000), o cálculo seria feito aplicando o percentual com desconto de 0,5% sobre o montante financiado – neste caso, é preciso respeitar o teto de R$ 88.714 – somado à taxa de 3% do restante R$ 111.285.

Cabe lembrar que essa é uma regra da Prefeitura de São Paulo. Outros municípios calculam o desconto sobre todo o valor financiado sem teto máximo. Há também Prefeituras que oferecem isenções no pagamento do ITBI como, por exemplo, em Fortaleza onde todos os funcionários públicos municipais não detentores de imóvel têm direito à isenção dessa taxa.

Sobre os recursos reservados para arcar com as despesas do Cartório, esses também poderão ser menores, caso o imóvel tenha valor igual ou inferior a R$ 1.500.000 e seja o primeiro imóvel financiado adquirido pelos Compradores.


Porque tantas despesas extras? – Todos esses custos são obrigatórios. O ITBI, por exemplo, é um imposto que incide toda vez que ocorrer o chamado “fato gerador”, isto é, quando a transferência de um imóvel para outra pessoa gera um ganho para o contribuinte que deve pagar esse imposto.

Já o registro do contrato junto ao Cartório de Registro de Imóveis garante ao comprador a segurança jurídica. O registro público é o serviço estatal inteiramente comprometido com a consecução da garantia da autenticidade, segurança, eficácia e publicidade dos atos jurídicos.

Assim como o nascimento de um bebê é registrado em Cartório para garantir a essa pessoa todos os direitos e obrigações como cidadã, o registro do contrato de compra e venda no Cartório garante o direito de propriedade contra terceiros, assegurando a sua tranquilidade.


Como parcelar essas taxas – Outra dúvida constante diz respeito à possibilidade de financiar todos esses valores. Mais uma vez, isso depende de município. Na cidade de São Paulo, o prazo para o pagamento de ITBI é de 10 dias após a data do contrato, sujeito à multa se esse tempo for ultrapassado. “É sempre importante consultar a Prefeitura onde o imóvel se localiza para saber o custo, prazo e a forma de pagamento”, explica Daniele.

“O Cartório não estipula um prazo para a realização e, consequentemente o pagamento, do registro do imóvel. Mas o comprador precisa saber que, sem esse documento, ele estará sem a garantia de propriedade do imóvel”, acrescenta ela. Cabe ressaltar também que os contratos de Financiamento Imobiliário, via de regra, dispõem de prazo para o registro ser feito, mesmo nas situações em que possa haver cancelamento da operação.






Fonte: www.akamines.com.br




20/11 Dia da Consciência Negra


Sentimento de inferioridade em relação a outras raças tem a ver com contexto histórico, mas pode ser combatido com empoderamento e acompanhamento de profissional capacitado para o tema


“O racismo é, antes de tudo, inconsciente e involuntário. Não temos o controle sobre ele, senão por um processo constante de conscientização”. Com essa frase de efeito forte, o psicólogo Ronaldo Coelho, da capital paulista, conta que o racismo se define pela a ideia de que “algumas pessoas se sentem superiores às outras simplesmente pela raça ou cor de pele”. Por conta da nossa história de escravidão africana, a forma mais comum de racismo existente no Brasil é em relação a brancos e negros. “Os brancos, de forma inconsciente, se sentem superiores aos negros e os negros, também inconscientemente, se consideram inferiores aos brancos. É o que chamamos na psicologia de racismo internalizado”, explica Ronaldo Coelho.

Pouco discutido, o racismo internalizado é aquele que age silenciosamente dentro da pessoa, que faz com que o oprimido se sabote sem querer por achar que, numa disputa com alguém de outra raça, ele é inferior. “O racismo mata primeiro a alma”. Ele também se faz presente nas melhores intenções, como em frases ou até mesmo pretensos elogios que terminam por demonstrar essa concepção da desigualdade, como se fosse necessário um branqueamento da pessoa para poder elogiá-la: “preto de alma branca”, “você não é negra, é morena!”, “você não é tão negro assim”, ou na hipersexualização, que reforça a imagem como objeto: “mulata globeleza”, “negão fortão”, etc. “A pessoa pode não ter consciência de que está partindo de uma ideia de que o negro é inferior ao tentar negar a negritude do outro para elogiá-lo, mas isso é uma forma de preconceito. O racismo vai além da ofensa, da injúria, do crime”, diz Ronaldo.

E como combater isso?

O primeiro passo é reconhecer que o problema está também nos gestos “nobres” como a dó, a compaixão, a ajuda e o elogio por parte daqueles que se sentem (inconscientemente) superiores. Desse modo, o racismo pode ser “traduzido” como uma “personalidade fraca”, “incapacidade”, “vitimismo” ou “baixa autoestima” do outro. Ronaldo alerta que esse fenômeno é comum na clínica, composta majoritariamente por profissionais brancos, que tendem a compreender dessa maneira o sofrimento causado pelo racismo. Isso ocorre porque muitos desses terapeutas não possuem uma formação que tenha sido suficiente para que eles pudessem lidar com seus próprios sentimentos racistas. 

“A busca por um psicólogo que entenda de racismo faz toda a diferença no atendimento à população negra”, ensina Ronaldo.

O empoderamento também é importante, principalmente quando iniciado na infância. Isso pode ser feito com elogios que não aloquem a raça e a cor negra como inferior, com o cabelo que cresce cacheado como algo bonito, com o reforço de ações positivas ligadas à raça para que a criança cresça entendendo que ela não é inferior a ninguém por conta da sua cor de pele. “O racismo internalizado não é vitimismo e precisa ser combatido. É um trabalho árduo, mas totalmente possível”, reforça Ronaldo Coelho.







Ronaldo Coelho - Graduado em Psicologia (USP) e Mestre em Psicologia Institucional (USP). Foi professor de Psicologia Médica do curso de graduação de Medicina (UNIFESP) e preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde (UNIFESP). Trabalhou em hospitais como Hospital São Paulo e Hospital Universitário da USP, onde, além da assistência aos pacientes e familiares, realizava supervisão clínica de atendimentos psicológicos desenvolvidos por estudantes e psicólogos, orientação de pesquisas e aulas em Psicologia Hospitalar.
www.youtube.com/conversapsi




O uso da Inteligência Artificial na redução de perdas de estoque


Ao contrário do que pensa o senso comum, furtos e roubos, apesar de representativos, não são as principais causas das perdas em estoque. Os grandes vilões são vencimento e a avaria em produtos, que, somente no setor supermercadista, são responsáveis por 75% das perdas totais. No setor farmacêutico este índice chega a 60%.

Recentemente uma pesquisa da consultoria global Planet Retail RNG revelou que as perdas entre os varejistas giram em torno de 1,99% do faturamento. Outro estudo, do Labfin/Provar com a Fundação Instituto de Administração (FIA), apontou número semelhante, de 1,96%, em 2017.

Estes índices mercadológicos comprovam a necessidade de prestar atenção nas perdas, já que a sua prevenção é um tema recorrente em setores que o uso de estoque é intensivo, citando aí as indústrias de bens de consumo, alimentos, têxtil, varejo e comércio eletrônico. O mais preocupante é que em segmentos como o varejo por exemplo, nos quais as margens são apertadas, a perda pode ser proporcionalmente igual ao lucro líquido do negócio. Por isso, é comum que as empresas mantenham áreas dedicadas a resolver este problema.

Entre as três principais causas recorrentes de vencimento e deterioração de produtos estão: má organização dos estoques e não cumprimento do PVPS (Primeiro a Vencer é o Primeiro a Sair); compras acima da demanda para aproveitar descontos na aquisição de grandes volumes; e algoritmos de reabastecimento e lot sizing obsoletos.

No primeiro caso, o realinhamento dos processos internos e a capacitação da equipe mitigam o problema. Quanto às compras acima da demanda, o varejo passou a adotar a negociação de reembolso das perdas de avaria e vencimento junto aos fornecedores, por meio de ressarcimento financeiro, o que abate os resultados negativos. Já o terceiro item, é um problema estrutural e, atualmente, pode ser resolvido com as tecnologias disruptivas, como o Machine Learning.

No cenário atual, os algoritmos de reabastecimento e lot sizing dos varejistas geralmente vêm embarcados dentro dos sistemas de gestão, conhecidos como ERPs, como um módulo do sistema. Por não ser a principal especialização dos desenvolvedores de sistemas de gestão, as soluções geralmente são alicerçadas em alguns modelos estatísticos simplificados que são utilizados para uma infinidade de itens. Modelos simplificados que consideram poucas variáveis, geram sugestões de reabastecimento com baixa precisão, o que pode levar ao excesso de estoque – causa das avarias e vencimentos ou falta de estoque - causadora da ruptura de vendas.

Para calcular o tamanho desse problema, suponha um varejista com 200 lojas e 10 mil tipos de produtos. Cada produto possui um comportamento distinto de venda por loja. Logo, temos dois milhões de comportamentos distintos que deveriam ser tratados. Se este varejista tiver, na melhor das hipóteses, 100 modelos de reabastecimento e for aplica-los ao seu ambiente, seriam 200 milhões de testes. Na prática, a solução adotada é agregar os comportamentos, reduzir as variáveis analisadas e, por consequência, reabastecer mal os pontos de venda, gerando perdas e rupturas.

Modelos de inteligência artificial aplicados ao reabastecimento permitem que cada produto, de cada loja tenha uma análise única e customizada, baseada em variáveis endógenas e exógenas, gerando uma previsão de abastecimento singular e muito mais alinhada à realidade. Uma solução de Machine Learning é outra opção tecnológica visando reduzir rupturas nos estoques. O uso deste conceito já conseguiu reduzir 15% do estoque de um varejista aqui no Brasil, trazendo redução de 20% das perdas por vencimento e 30% das rupturas. Estes números podem representar a diferença entre a perda e a lucratividade do negócio.

As métricas mostram que esta solução é implementada com grande sucesso e diferencial. Porém, como toda a nova tecnologia, gera incertezas e desconfianças. Confiar na inteligência das máquinas ainda traz desconforto. É fato. A análise mais efetiva das técnicas, metodologias e tecnologias a utilizar deve considerar os resultados, afinal, os números falam por si só.






Rodrigo Castro - líder da Prática de Prevenção de Perdas da Protiviti, consultoria global especializada em Gestão de Riscos, Auditoria Interna, Compliance, Gestão da Ética, Prevenção à Fraude e Gestão da Segurança.

Protiviti




4 dicas para comprar em segurança na Black Friday


Com pesquisas e comparações, consumidor pode evitar fraudes e até receber dinheiro de volta


Considerada a segunda melhor data para compras, a Black Friday é originalmente um evento norte-americano de descontos e promoções que, neste ano, será comemorado na penúltima sexta-feira de novembro (23). Adotada pelo Brasil desde 2010, o dia é um dos mais aguardados por lojistas, que buscam aumentar consideravelmente suas vendas, e pelos consumidores, que querem encontrar as melhores condições de compras. Segundo uma pesquisa feita pelo Google em parceria com a Provokes, 91% dos internautas brasileiros planejam comprar na Black Friday. Apesar disso, o medo de cair em golpes e descontos de "metade do dobro" causam receio em 37% dos entrevistados. 

Confira algumas dicas do Ofli Guimarães, CFO do Méliuz, para evitar uma experiência negativa e ainda garantir vantagens:


1. Pesquise e acompanhe

Apesar do frenesi provocado pela data, é importante que o consumidor pesquise previamente a reputação das lojas e acompanhe a evolução dos preços dos produtos desejados. O Reclame Aqui é um site que indica a reputação das lojas e aponta a agilidade delas na resolução de eventuais problemas. Outra dica é conferir se o e-commerce possui o Selo Black Friday Legal, disponibilizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), que certifica a postura ética da marca e garante que as ofertas são verdadeiras.


2. Cuidado com os fretes

Ao descobrir uma grande promoção, é comum se empolgar para realizar a compra antes que o produto se esgote. Fique atento pois, em alguns casos, apesar do valor do produto estar abaixo da média, a diferença está embutida no valor do frete. Conhecida como "maquiagem de preço", a prática é uma das principais reclamações registradas pelo Procon.


3. Cuidado com promoções muito especiais

Desconfie quando o desconto oferecido pela loja é muito maior do que a maioria dos varejos está disponibilizando. Muitas vezes, o preço imperdível do produto pode ser chamariz para golpes.


4. Busque vantagens nas compras e confira os links

Alguns sites oferecem recompensas adicionais às ofertas das lojas. O Méliuz, empresa que devolve ao consumidor, em dinheiro, parte do valor gasto em compras (cashback), além de ser um meio do consumidor receber um benefício a mais, garante a veracidade do desconto e a reputação da marca - os links disponibilizados pela empresa são os originais das lojas mais buscadas pelos brasileiros na Black Friday.

Para receber cashback nas compras da Black Friday, basta se cadastrar gratuitamente no site ou app do Méliuz, pesquisar pela loja desejada, ativar o dinheiro de volta e concluir a compra de forma rápida e segura no site do parceiro. Ao acumular R$ 20 em seu extrato do Méliuz, o consumidor pode transferir o valor direto para a conta bancária. O serviço é totalmente gratuito.

Desde 2011, já foram devolvidos mais de R$65 milhões aos brasileiros.




Como Gastamos Nossa Energia?


É muito comum levarmos um baita susto ao receber a conta de luz em casa, por conta do valor estar mais alto que o esperado, e ficar em dúvida sobre o que está gastando tanta energia. Existem vários aparelhos e armadilhas na sua casa que podem influenciar para esse aumento do preço e, para a ajudar você a descobrir onde a energia está sendo consumida, a equipe da NET criou um infográfico que tem várias dicas de como podemos economizar e evitar o desperdício.





Fonte: NET

ESTUDO DA NIELSEN MOSTRA QUE 15 MILHÕES DE LARES ENTRARAM NA CRISE EM 2018


     50% dos brasileiros vivem em um ciclo vicioso, onde entram, saem e voltam à crise ano após ano;
     Novo perfil do consumidor: consome de maneira mais consciente; troca de marcas; recorre ao crédito; busca rendas alternativas (“bicos”) e recorre a mais canais de compra; 
●      Indústria tornou-se ativa, investindo em opções de valor agregado a patamares acessíveis, além das táticas costumeiras de preço e promoção.


A nova edição do 360º Consumer View, realizado anualmente pela Nielsen, maior empresa do mundo de gestão de informação, identificou que 15 milhões de lares brasileiros entraram novamente na crise em 2018, elevando o total de domicílios impactados para 27 milhões. Foi concluído pelo estudo que as famílias estão vivenciando essa insegurança em loopingnos últimos três anos, enfrentando desemprego, inadimplência e dificuldades orçamentárias.
O 360º Consumer View é o mais amplo e mais completo estudo para entender as tendências sobre o comportamento do consumidor brasileiro. Pela primeira vez, a visão do consumidor foi complementada pelas perspectivas também do varejo e da indústria. 
A parcela que permanece imune à crise soma 14 milhões de lares, estável em 26% do total da população desde 2017. Além disso, a análise mostrou que 12 milhões de lares conseguiram sair dela em 2018. A conclusão mais importante é que, apesar do número relevante de lares saindo, os que entraram representam uma parcela maior de famílias, reforçando o cenário de loopingque gera incertezas e dificuldades de forma mais duradoura. Esses lares que estão em um ciclo vicioso, segundo o Consumer 360º, têm nível socioeconômico médio, com crianças e são impactados pelo desemprego e queda na renda.
"Existe um novo consumidor no Brasil. Ele é mais cauteloso, faz mais planejamento, pois não sabe como será seu futuro. A crise é muito dura e moldou esse novo comportamento", afirmou Diretor do Painel de Lares da Nielsen Brasil, Ricardo Alvarenga. “Dessa forma, esse âmbito oscilante moldou um novo padrão de consumidor, que está mais aberto a troca de marcas, busca mais rendas alternativas, recorre ao crédito no mercado para ganhar poder de compra e amplia o número de canais de compra que visita, tudo para se adaptar a um orçamento restrito”, complementa o profissional. 
Dentro do grupo das famílias que entraram na crise, 38% passaram a trocar de marcas, 22% reduziram os gastos, 67% estão endividados no cartão de crédito, 12% recorreram ao crédito consignado. Além disso, a parcela que buscou rendas alternativas chegou a 68% neste ano, contra 58% em 2017. Entre as opções buscadas estão babás, diaristas, passeadores de animais de estimação, motoristas de aplicativos de mobilidade urbana, vendedores de catálogo de venda direta e de alimentos caseiros.
A prova que essas famílias vivem a instabilidade de forma cíclica é que, mesmo aquelas que saíram da crise e hoje não estão impactadas pelo desemprego e/ou contas atrasadas, também mudam de comportamento.Ou seja, 36% continuam trocando de marcas, 64% estão com dívidas no cartão de crédito e 24% recorrendo ao consignado.O estudo projeta ainda para 2018 uma retração de 1,6% a 2,4% no faturamento das categorias de consumo massivo auditadas regularmente pela Nielsen*. Apesar de negativo, o desempenho indica que será melhor que o verificado no ano anterior, com queda de 3,8%.
*Em média, 180 categorias que compõem o mercado de Alimentos, Bebidas, Limpeza Caseira, Higiene&Beleza. 
"Essa situação de entra e sai é muito difícil. O brasileiro tem que se planejar mais, fazer mais contas para conseguir adaptar seu orçamento", afirma Alvarenga. "Como ele está em looping, não retoma os padrões de consumo anteriores, pois não sabe se sua situação atual vai melhorar ou piorar", acrescentou.  
O Consumer 360º identificou que a indústria também se moldou, deixando para trás ações reativas de curto-prazo e dando espaço à propostas mais estratégicas a fim de construir valor no longo-prazo. Com esse raciocínio, as táticas convencionais de preço e promoção se mantiveram, porém a indústria investiu em novas ofertas de valor agregado, atendendo a demanda dos consumidores por produtos indulgentes e funcionais, que cresceram 5,2% e 1,4% respectivamente, contra quedas de 4,3% nos práticos e 4% nos básicos.
"Pode parecer um paradoxo, mas não é. O consumidor está em crise, mas reluta em diminuir seu padrão de vida. Busca todas as alternativas possíveis para tentar manter seu bem-estar. E como algumas indústrias se adaptam à essa realidade, ele encontra produtos de com benefícios adicionais, como os indulgentes e funcionais, com tamanhos, embalagens ou marcas acessíveis", aponta o profissional. .
Da mesma maneira, o varejo também procura atender as diferentes missões de compra desse novo consumidor, buscando caminhos para uma experiência cada vez mais personalizada e, consequentemente, mais satisfatória. Por meio da abertura de lojas em formatos mais bem definidos, oferecendo serviços e usando a tecnologia em favor de uma melhor relação dos clientes com o espaço físico, os varejistas tentam cumprir esse desafio e crescer. 
E o que esperar de 2019? A indústria e o varejo, nesse contexto, precisam atuar em colaboração para acessar esse consumidor, que está em constante mudança, de maneira ainda mais proativa e estratégica. “Não há mais espaço para esses dois gigantes do mercado atuarem apenas de forma reativa, com ações exclusivamente táticas e relacionadas a preço. Isso, além de impactar as margens de curto prazo, não ajudará o brasileiro a entender os benefícios e o posicionamento das marcas com as quais se relaciona”, conclui Alvarenga. 
Para o próximo ano, o estudo mostra que esse consumidor continuará com anseios de um desembolso mais qualificado, querendo ser impactado de maneira relevante e individual pelas suas marcas preferidas de indústria e varejo, mas, acima de tudo, carregando todo o aprendizado que teve dos momentos difíceis que ainda enfrenta.

Sobre o estudo -O 360º Consumer View é um estudo** realizado desde 2013 no painel domiciliar da Nielsen Brasil, composta por 8.240 lares. A análise reflete a realidade de 53 milhões de famílias e busca entender as tendências de renda, gastos e comportamento de consumo, ou seja, o share of wallet(parcela de orçamento que o consumidor investe para uma categoria de gastos específica) das famílias brasileiras.
**edição 2018 foi aplicada no mês de junho 



Nielsen



Taxa de juros Selic: o que é e como impacta na aquisição de um imóvel?


A compra da casa própria ainda é um dos principais sonhos de grande parcela da população brasileira. Contudo, adquirir um imóvel não é uma tarefa fácil. Um bom planejamento financeiro é necessário, para avaliar os principais fatores que possam impactar no preço final — esse é o caso da taxa de juros Selic.

Esse conceito é fundamental para o mercado financeiro. Podemos destacar, inclusive, que nos últimos meses houve uma retomada de investimentos no setor, bem como o aumento das vendas. Ambas as situações ocorreram concomitantemente com a redução da taxa.

Assim, há uma menor incidência de juros, o que aumenta a quantidade de crédito disponível no mercado e estimula novos investimentos. Porém, você sabe o que é a taxa de juros Selic e como ela impacta na aquisição de um imóvel? Não? Para esclarecer esse assunto, a Construtora Trisul explica as principais dúvidas:

Afinal, o que é a taxa de juros Selic?

A taxa de juros Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é considerada como o índice básico de juros de nossa economia. Essa consideração é válida pelo fato de ela ser utilizada em operações interbancárias e por influenciar os cálculos de juros em todo o país.

É importante destacar que essa taxa apresenta variações diárias, que são praticamente imperceptíveis. Essas flutuações sempre estão dentro do que é estabelecido pelo Conselho de Política Monetária (Copom), que determina, a cada reunião, uma meta para a Selic.

Como é o funcionamento da taxa de juros Selic?

Pode-se afirmar que a taxa de juros Selic é uma alternativa utilizada pelo Banco Central (Bacen) para controlar a inflação da economia. Em todo o mundo, os bancos centrais têm a liberdade de determinar a taxa básica de juros. Como influência o mercado, o Bacen sabe a quantidade de dinheiro circulando pelo território.

Assim, quanto menor for a quantia em circulação, mais altos serão os preços, o que ocasiona queda na atividade econômica do país. Para estimular o mercado, é necessário adotar políticas capazes de reduzir as taxas de juros e, assim, aumentar o fluxo de compras. Até porque, a alta da Selic é capaz de inibir o consumo das pessoas.

Como a taxa de juros Selic é definida?

É válido afirmar que o aumento e a diminuição da Selic também influenciam no dia a dia das pessoas e de vários setores de mercado nacional, como um todo. 

Tanto é que ela é conhecida como a "taxa básica" da Economia. Por conta disso, o Brasil criou o Copom, em 1996, para poder manter os juros sob controle.

Como um meio transparente e confiável para decidir os rumos de nossa economia, o Conselho é o responsável pela avaliação da Selic. Anualmente, são realizadas oito reuniões para definir as metas da taxa — uma a cada 45 dias, aproximadamente.

Qual a relação dessa taxa com o mercado imobiliário?

Como já destacamos, a taxa de juros Selic tem influência direta na cobrança de juros pelas instituições financeiras e isso afeta inúmeros setores da economia. Obviamente, não seria diferente com o mercado imobiliário. Podemos afirmar que, se a Selic sobe, outros índices também começam a aumentar.

Em contrapartida, se ela cai, as demais taxas tendem a acompanhar a flutuação. Quando levamos em consideração que o principal produto do mercado imobiliário é extremamente sensível ao crédito — por conta do alto valor de investimento —, fica mais fácil compreender sua influência.

Como essa taxa influencia na hora de comprar um imóvel?

É válido dizer que a redução da taxa Selic é sinônimo de aquecimento do mercado, por conta da quantidade de dinheiro circulando na economia. Então, haverá uma chance maior de adquirir um imóvel. O aumento dos juros apresenta efeito contrário: as taxas de financiamento também sobem e a compra de propriedades e de outros bens é dificultada.

Uma forma fácil de compreender o efeito da taxa Selic se dá por uma análise das vendas de novas construções nos últimos anos. Entre 2014 e 2016, por exemplo, a taxa estava apresentando altos marcadores, o que foi crucial para a redução no índice de compra de imóveis.

Financiamentos de imóveis

Imagine, por exemplo, que uma pessoa esteja economizando uma quantia mensal para utilizar como entrada em um financiamento imobiliário. Visando encontrar as melhores taxas, ela faz uma pesquisa e verifica qual é a instituição bancária com condições mais vantajosas.

Entretanto, durante esse período, o Copom decide aumentar a taxa de juros Selic. Assim, os juros de financiamento também aumentam e, como consequência, todo o planejamento realizado por essa pessoa se torna obsoleto. Ela terá a necessidade de realizar ajustes para a compra do imóvel.

Dessa forma, podemos dizer que o setor imobiliário anda "de mãos dadas" com a Selic: quanto maior for a taxa, maior será o custo do financiamento e mais complicado o acesso ao crédito para os consumidores. Já quando há queda — como atualmente — as condições para compra de imóveis são mais convidativas.

Existe um histórico de queda da taxa Selic?

Sim. A taxa Selic começou a cair em outubro de 2016, quando o Copom optou por mantê-la em 14%, frente a taxa de 14,25% vigente desde julho do ano anterior. Essa foi uma das primeiras medidas tomadas para reduzir a inflação e tentar restabelecer a economia. Por isso, novos cortes aconteceram nos meses seguintes.

Em dezembro do mesmo ano, o índice já se encontrava em 13,75%. Em 2017, a Selic manteve a queda, respaldada pelo reaquecimento de vários setores da economia. Nas últimas semanas de dezembro, a taxa estava na casa de 7%, ou seja, uma redução de quase 50%. A inflação oficial, por sua vez, foi de 2,95% (menor índice desde 1999).

No início de 2018, a Selic ainda apresentou novos cortes, menos acentuados. Desde março, a taxa está estagnada em 6,5%, quando completou a 12ª redução. A tendência dos próximos meses é a manutenção desse valor, sem previsão de reajuste por parte do Copom.

Quais os benefícios de comprar um imóvel com a taxa de juros Selic em baixa?

A redução da taxa de juros Selic é extremamente favorável para o mercado imobiliário. Então, podemos afirmar que esse é um momento excelente para a compra de imóveis. O setor está demonstrando certo aquecimento desde o segundo trimestre de 2017, quando o volume de venda de propriedades novas cresceu 59%.

A redução nos juros é de grande valia para o mercado imobiliário, pois além de impactar as condições de financiamento, também interfere no custo dos materiais que são utilizados nas obras. Do mesmo modo que os compradores, as construtoras também se beneficiam, pelo fato de haver economia no montante necessário para investir em novas unidades.

Isso será repassado aos consumidores de certa forma, já que poderão encontrar imóveis de qualidade e com menores preços. Não podemos deixar de mencionar que a Selic em baixa também é sinônimo de aumento no número de empréstimos realizados pelos bancos, pois será necessário um número maior de clientes para obter a mesma rentabilidade.

Viu como a mudança de um "simples" índice pode trazer inúmeras consequências? Há uma expectativa no mercado que a baixa seja mantida até março de 2019. A projeção é que a taxa de juros Selic suba para 6,75%, atingindo 8,0 ao final do ano. Então, é preciso aproveitar o momento para não perder essa oportunidade.




Três lições do esporte para o mundo dos negócios


André de Almeida, advogado e autor do livro "A Maior Ação do Mundo" - a história da ClassAction contra a Petrobras, mostra que o esporte também pode servir como aprendizado na vida profissional



Após conseguir 7º lugar no Campeonato Pan-americano de ciclismo no Chile, André de Almeida ainda competiu em dois campeonatos mundiais, um em Colorado Springs, nos Estados Unidos e outro em Atenas (Grécia) e quase foi para as Olimpíadas de Barcelona, na Espanha. O quase é devido a um acidente, alguns meses antes que o afastou das pistas e da sua bicicleta. Mas uma vez atleta, sempre atleta! Os ensinamentos e a disciplina apreendidos durante muitos anos nos velódromos e nas competições pelo mundo marcaram sua vida e permanecem na rotina profissional do advogado até hoje.

Em outras palavras, o conhecimento das pistas teve forte convergência com o mundo corporativo em que atua atualmente. De atleta profissional, André passou a trabalhar em grandes escritórios primeiro no Brasil e, tempos mais tarde, em Nova York. Com espírito empreendedor, fundou sua própria firma, o escritório Almeida Advogados – que apresentou crescimento exponencial, contando atualmente com mais de 250 profissionais e sócios espalhados por São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Recife.

André considera o esporte um importante elemento na socialização e na formação das pessoas, uma vez que ensina lições essenciais, úteis em todas as fases da vida, inclusive no ambiente corporativo.


Confira três lições que o esporte pode ajudar para quem deseja empreender:
Disciplina

Os atletas possuem uma rotina planejada e metas definidas, no mundo dos negócios não pode ser diferente. André de Almeida conta que é necessário ter disciplina para os treinos, assim como para lidar com o ambiente corporativo. "A perseverança para mentalizar os desafios e superá-los terminava por compor os requisitos necessários para um atleta e profissional de alta performance, essa mesma obstinação deve ser utilizada no dia a dia do ambiente corporativo", aconselha.

Ainda de acordo com André, o esporte foi fundamental quando estava a frente da ClassAction, processo movido por acionistas contra a Petrobras nos EUA, que gerou um acordo de reparação de US$ 2,95 bilhões, valor mais alto já pago a título indenizatório por uma empresa brasileira. "No começo, a ideia da ClassAction era revolucionária e ousada, mas os argumentos foram sendo fortalecidos e cada vez mais, com foco e disciplina, fomos mostrando como a falta de governança corporativa e más práticas de gestão da Petrobras fizeram que ela se tornasse vítima e perdesse valor de mercado", indica Almeida.


Criatividade

Como já afirmou Steve Jobs, "a criatividade consiste em conectar o que aprendemos no passado para criarmos algo novo". De acordo com o autor e advogado, no mundo corporativo isso não é diferente e a criação é uma ferramenta valiosa e converge nos dois ambientes, tanto do esporte como dos negócios. "Pelo esporte tive a medida exata de como o trabalho duro e a criatividade são fundamentais para a obtenção de resultados e como a competição saudável, o controle emocional e a capacidade de lidar com a pressão são desafios inerentes para quem busca superar limites", revela André.


Autoconhecimento

Shimon Peres, ex-presidente de Israel e vencedor do Nobel da Paz afirmava que "a civilização começou com a invenção do espelho". De acordo com André de Almeida a frase, aparentemente simples, tem significado profundo. "Sintetiza a ideia de que apenas por meio da correta auto percepçãoque nós conseguimos fazer avaliações sobre como devemos evoluir. O aperfeiçoamento, portanto, começa pelo autoconhecimento", reflete.







André de Almeida - advogado e ex-ciclista profissional, é CEO &FoundingPartner do Almeida Advogados, escritório fullservice com atuação em todo o Brasil. Trabalhou em grandes escritórios no Brasil e em Nova York, foi advogado interno da OEA – Organização do Estados Americanos, em Washington, D.C. Com grande espírito empreendedor, Almeida fundou sua própria firma – que apresentou crescimento exponencial e hoje conta com mais de 250 profissionais e sócios espalhados por São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Recife. Entre suas principais áreas de atuação estão: Direito Societário, Direito Comercial, Fusões e Aquisições, Compliance e Direito Concorrencial.


SOBRE O LIVRO
O livro "A Maior Ação do Mundo", traz um retrato minucioso da batalha judicial realizada na corte americana, a ação teve por objetivo reparar os danos causados aos investidores da estatal após crimes revelados pela Operação Lava Jato. Almeida relata desde o momento que entrou no edifício de 27 andares onde fica a Corte do Distrito Sul de Nova York carregando, em sua pasta, uma ação de 38 páginas movida por acionistas contra a Petrobras até o momento em que a ação resultou num acordo de reparação de US$ 2,95 bilhões, valor mais alto já pago a título indenizatório por uma empresa brasileira.


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