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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

57% dos infartos no Brasil poderiam ser evitados com o controle adequado do colesterol alto


Exercícios regulares e uma boa alimentação são ideais para equilibrar os índices de LDL e HDL


Na próxima quarta-feira, 8 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para a importância de manter os níveis de LDL controlados. Segundo a pesquisa InterHeart, que investigou os principais fatores de risco para infarto agudo do miocárdio na América Latina, 57% dos casos de infarto no Brasil poderiam ser evitados se o colesterol alto fosse adequadamente tratado. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), estima que, somente no Brasil, o aproximadamente 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência das doenças cardiovasculares. O colesterol-LDL elevado, popularmente conhecido como colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco à saúde do coração, assim como hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo.

O colesterol é um álcool dissolvido em gorduras e é fundamental para o funcionamento do organismo, pois ajuda na produção de vitamina D, de hormônios sexuais e do Cortisol (hormônio do metabolismo de proteínas), sendo importante no processo de regeneração celular. Além de ser produzido pelo organismo, ele pode ser encontrado em alimentos de origem animal como nas carnes vermelhas e em ovos.

De acordo com o Dr. Fábio Lario, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é fundamental que as pessoas conheçam quais são os seus índices de colesterol, sobretudo se possuírem parentes de primeiro grau com história de infarto ou de colesterol muito elevado. "O ideal é que até os 20 anos de idade as pessoas já tenham dosado os níveis de colesterol. Assim, caso os índices estejam alterados, o paciente pode ser orientado e encaminhado para o tratamento mais adequado", afirma Lario.

Segundo o cardiologista, além do fator genético a alimentação incorreta, rica no consumo de gorduras de origem animal e gordura saturada, também é considerada um fator importante para o aumento dos índices de LDL no sangue. 

Cerca de 70% do nível de colesterol no sangue de uma pessoa tem origem genética e 30% está relacionado a fatores alimentares e comportamentais.

Dado o diagnóstico, apenas um especialista poderá indicar o tratamento mais adequado, que envolve a mudança de hábitos alimentares, prática regular de atividade física e, em casos determinados, o uso de medicamentos. O profissional ainda alerta para a necessidade de construir uma relação de confiança com seu médico. "Existe muita informação disponível na internet hoje em dia. Boa parte sem base científica adequada, tanto para benefícios, quanto para malefícios. 
Portanto o paciente deve conversar com seu médico e entender os fundamentos e objetivos do tratamento e evitar suspendê-lo por conta própria. Isso é ainda mais importante para as pessoas que já tiveram problemas cardíacos", diz o cardiologista.




Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 www.hospitalalemao.org.br


Pacientes em tratamento oncológico devem ter ainda mais cuidado com a saúde durante o inverno


Segundo oncologista do HCor, medicamentos utilizados em quimioterapia costumam acentuar a sensibilidade às baixas temperaturas e reduzir a imunidade, o que pode desencadear, com mais facilidade, infecções respiratórias, como gripe, resfriado e sinusite   


Este mês, os termômetros na capital paulista têm registrado temperaturas cada vez mais baixas. Segundo o oncologista do Hospital do Coração (HCor), Dr. Auro Del Giglio, as baixas temperaturas, além de aumentar os riscos para o coração, contribuem com a maior incidência de infecções respiratórias, como gripe, resfriado e sinusite. Por isso, o médico alerta que pacientes em tratamento oncológico devem ter ainda mais cuidado com a saúde. “Medicamentos usados em quimioterapia costumam acentuar a sensibilidade ao frio e reduzir a imunidade. Portanto, o risco do contágio de doenças respiratórias entre os pacientes que passam por esse tipo de tratamento é maior”, revela o médico.   

O Dr. Del Giglio explica que a prevenção está em redobrar a atenção com atitudes simples, como lavar bem as mãos, várias vezes ao dia, e evitar ambientes fechados e climatizados. Pacientes em tratamento, principalmente os internados, também não devem ficar em contato com pessoas que estejam com sintomas de gripe e resfriado. “Vale lembrar que neste período os pacientes que pretendem viajar devem, antes de tudo, consultar o seu médico. Caso obtenham permissão, é fundamental que continuem a seguir todas as recomendações médicas e não se esqueçam de levar todos os medicamentos prescritos pelos profissionais que os acompanham. Isso porque o tratamento não deve ser interrompido, a menos que haja indicação clínica”, ressalva o oncologista.  

O Dr. Del Giglio acrescenta que o aumento da sensibilidade ao frio provocado por alguns dos medicamentos quimioterápicos também pode desencadear a sensação de formigamento ou choque principalmente nos pés e nas mãos. “Manter-se agasalhado e adotar o uso de acessórios que protegem as extremidades do corpo, como luvas, gorros, tocas e meias mais grossas, ajudam a aliviar estes sintomas. O consumo de chás e de outras bebidas quentes também ajuda a manter a temperatura corporal, o que é importante para a saúde durante o frio”, recomenda o oncologista.   

Outra recomendação do Dr. Del Giglio é o consumo de alimentos frescos, de boa procedência, e, principalmente, o cuidado com a hidratação por meio da ingestão regular de líquido. Isso porque, de maneira geral, pacientes oncológicos apresentam maior fragilidade. Portanto, precisam ter mais cuidado com o sistema digestivo e com o risco de infecções cutâneas, caso desenvolvam rachaduras na pele em função do tempo seco neste inverno. “O uso de filtro solar (do fator 15 em diante) também é recomendável, uma vez que, mesmo com o frio, temos contato com raios solares”, explica. ”Com todos estes cuidados, é possível passar por esta estação sem prejuízos à saúde”, finaliza o oncologista do HCor.


Temperatura baixa favorece problemas cardíacos



Especialista dá oito dicas para manter a saúde no inverno

A exposição a baixas temperaturas ocasiona várias mudanças fisiológicas no corpo, tais como: vasoconstrição (estreitamento da artéria), com consequente elevação da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e da viscosidade sanguínea decorrente de incremento do fibrinogênio plasmáticos, aumentando taxas de tromboses em vasos sanguíneos.

O médico Leonardo Piazza, cardiologista do Hospital VITA, de Curitiba, conta que em pacientes que já sofrem de problemas cardíacos, todas essas mudanças podem elevar o risco de algumas complicações cardiovasculares: infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e hipertensão arterial. Em estudo publicado pelo BMJ (British Medical Journal – Heart), em novembro de 2017, revelou o aumento de admissões hospitalares por doenças cardiovasculares em geral de 9%, de infarto agudo do miocárdio (IAM) em 29% e de AVC em 11% quando comparados a períodos com temperaturas brandas e quentes.

Segundo o cardiologista, os principais problemas que ocorrem são: aumento da pressão arterial (prejudicando o controle em pacientes hipertensos), elevando as chances de desenvolver IAM, AVC e angina do peito (dor torácica) decorrente da vasoconstrição da artéria coronária (artéria que irriga o miocárdio).

Os sintomas da elevação da pressão arterial podem, na grande maioria das vezes, ser silenciosos, ou seja, a pessoa não sente nada. Porém, caso atinja níveis tensionais muito elevados, pode gerar cefaleia, pressão torácica, tontura e mal-estar. “A angina do peito e o IAM, cursam com dor forte em região torácica, que por vezes irradia para os braços e garganta, associado à falta de ar, com piora ao esforço e certo alívio ao repouso”, acrescenta Dr. Leonardo.


Prevenção 

- Estudo publicado pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA), mostrou que alguns tipos de vírus causadores de gripe estão associados a um aumento da formação de eventos trombóticos (formação de coágulos no sangue). Portanto, a vacina da gripe, tem seu papel na prevenção de doenças cardiovasculares no frio;

- Mantenha o ambiente aquecido. Em pesquisa desenvolvida pela British Heart Foundation, o ideal é manter a temperatura acima de 18°C;

- Limite a exposição ao frio. Se assim for necessário, utilize roupas adequadas. 

- Pratique atividades físicas em locais fechados, mantendo-se aquecido constantemente;

- Alimente-se de líquidos e comidas quentes, tanto para fornecer energia ao corpo, quanto para auxiliar no controle da temperatura;

- Cubra o rosto. Estudo publicado no veículo americano Medline Plus (U.S. National Library of Medicine), evidenciou que cobrir nariz e boca ao se expor a baixas temperaturas, permite o aquecimento do ar que adentra aos pulmões, evitando assim a manutenção de receptores de termorregulação;

- Evite o consumo de álcool antes de se expor ao frio. A bebida expande os vasos sanguíneos da pele, fazendo com que a pessoa se sinta aquecida enquanto na verdade retira o calor dos órgãos vitais,

- Mantenha o “coração em forma” ao longo do ano, com alimentação saudável, prática de atividades físicas e realizando, regularmente, consultas médicas de rastreio e identificação precoce de algum fator de risco cardiovascular. Isso permite ao paciente passar o inverno mais seguro.






Hospital VITA 

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