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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Você sabe o que é a metacognição?



Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação infantil, explica o que é e a sua importância em sala de aula

 
Você sabe o que é a chamada metacognição? Não? Vamos dar um exemplo. Quando você assiste à televisão e coloca seu lado crítico em evidência, você está exercendo uma atividade metacognitiva. Ou seja, a metacognição é o conhecimento que a pessoa apresenta sobre aquilo que armazenou na memória e aprendeu para a realização das atividades do cotidiano, estando consciente de suas habilidades e limitações.

Segundo Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, a metacognição possibilita a identificação dos conhecimentos necessários para a realização e a análise de uma situação dentro das possibilidades da pessoa, de maneira que ela esteja cada vez mais consciente de suas escolhas, e de como realiza e processa cada aprendizagem construída.

No âmbito da educação infantil, quando trabalhada de maneira adequada pelos professores, ela possibilita e encoraja as crianças a explorar de maneira significativa suas habilidades. “Dentro de uma perspectiva que compreende a importância das crianças tomarem consciência de suas aprendizagens desde cedo, é possível ressaltar que para elas estarem aptas a tomar grandes decisões é necessário que os professores estejam preparados e em suas práticas pedagógicas estejam referenciados a lecionar com atitudes metacognitivas, sendo esse um passo importante ao facilitar o processo de amadurecimento de seus posicionamentos”, comenta a especialista.

Segundo Ana Regina, essas crianças ingressam na escola com um conhecimento prévio de mundo e das relações estabelecidas com os seus pares. E a partir daí que os professores devem se dedicar a desenvolver a metacognição em sala, fazendo isso o docente auxilia na construção de uma aprendizagem consciente e controlada, nas quais pode ser visível o significado de cada decisão.
Quando a professora ou professor acompanham a aprendizagem da criança, mediando este processo, favorecem um ensino voltado à construção da autonomia de sentido e significado das informações, assim como a autoconfiança por parte de quem aprende. “A criança quando revela suas habilidades e limitações, também demonstra para o professor/professora em sala de aula os aspectos que precisam ser mais elaborados para que o seu desenvolvimento e aprendizagem aconteçam significativamente”, explica.

No entanto, a psicopedagoga alerta que uma das dificuldades presentes em sala de aula, é o tempo disponível para esse trabalho, o que acaba não possibilitando que o desenvolvimento da metacognição aconteça diariamente. “O professor/professora em sua prática, por vezes, está direcionado ao papel de manter a criança em determinada tarefa, sem a preocupação de observá-la mais de perto e verificar se ela está ativa em sua aprendizagem”, completa.

Para finalizar, Ana Regina lembra que a presença da metacognição como atitude docente é primordial para a diferença em sala de aula. O exercício metacognitivo favorece uma ação voltada tanto ao processo como ao resultado das aprendizagens. É o início de um movimento em direção a uma prática pedagógica reflexiva, autônoma e de qualidade.


Trabalhar a Inteligência Emocional nas crianças faz com que elas se tornem adultos mais empáticos


Contar histórias, nomear sentimentos e estimular diálogos, são algumas das ferramentas importantes para trabalhar essa capacidade desde a infância


Inteligência Emocional (IE) é a habilidade de reconhecer os seus sentimentos e emoções com maior facilidade, canalizando-os sem grandes traumas ou sofrimentos. "As emoções nos conduzem a uma ação, que pode ser tanto adaptativa e funcional, como o seu contrário. Ao aprender articular o afeto (o que eu sinto), com uma representação (o que isso significa), eu consigo gerar respostas mais congruentes", explica a Segundo a Psicóloga e Instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), Roberta Coelho.
Durante a infância, é de suma importância que a habilidade de autoconhecimento seja estimulada pela matriz familiar, já que esta é responsável pelo primeiro contato entre a criança e o mundo. "Só a partir do momento em que conhecermos nossas emoções, seremos capazes de (re)conhecê-las em nós mesmos e nos outros. Dito de outra forma, não há reconhecimento sem antes, o conhecimento" comenta.
Outro fator indispensável para o desenvolvimento da Inteligência Emocional durante a infância, é legitimar o comportamento da criança a partir do ponto de vista dela e não do adulto. De acordo com a psicoterapeuta, a compreensão da intenção genuína por trás do comportamento manifestado pela criança, gera uma mensagem de acolhimento e confiança e a partir desse momento, é possível conduzi-la na construção de respostas mais funcionais. "Por exemplo, se uma criança bate no amigo porque ele pegou o seu brinquedo, o adulto primeiro nomeia que o que ela está sentindo é raiva e, posteriormente, diz que é ela (a raiva) quem vem quando algo que não querermos acontece (legitima a intenção genuína). Feito isso, o próximo passo é ajudar a criança na construção de um comportamento mais adaptativo, sugerindo, por exemplo, que ela peça de volta o brinquedo pedindo, e não batendo no seu colega.".
A instituição de ensino também é responsável pelo desenvolvimento emocional de seus alunos, tendo em vista que atualmente, as crianças passam a maior parte do tempo dentro das salas de aula. "O próprio contexto escolar gera mais dinamismo a esse processo de aprendizagem, ao mesmo tempo em que, na interação com outras crianças, há possibilidade maior de um autoconhecimento não apenas a partir do contexto de vida dela, como também dos seus pares", explica Roberta.
O incentivo ao desenvolvimento da Inteligência Emocional desde a infância pode trazer inúmeros benefícios para o futuro da criança, tendo em vista que desde pequena ela será conduzida ao autoconhecimento. "Estabelecer uma articulação coerente entre esses dois mundos, o interno e externo, nos conduz para a construção de um repertório emocional e comportamental mais funcional rumo a uma interação mais adaptativa, melhorando a qualidade das relações tanto intra como inter psíquicas" completa.
A IE deve ser trabalhada de acordo com a idade. Segundo a Psicóloga e Instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), com as crianças muito pequenas, deve-se nomear as emoções quando forem manifestadas. Já com as mais velhas, pode-se inserir os conceitos de vergonha, ou até mesmo ansiedade, já que a capacidade de discriminação aumenta conforme crescemos. Contar histórias é outro recurso eficaz para o desenvolvimento da inteligência emocional, pois promove uma construção do significado a partir do sentir. "Uma recomendação que eu faço é sugerir aos pais (ou cuidadores) que, ao lerem uma história, apontem para um determinado personagem do livro e pergunte "o que será que ele está sentindo?", "E porque você acha isso?", "E o que será que ele poderia fazer para mudar isso?", e assim por diante. Interações como essa promovem não apenas um melhor entendimento sobre esse repertorio emocional, como também trabalha o princípio da relação empática", finaliza Roberta Coelho.




SBPNL - Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística


Saiba quais alimentos são “amigos” ou “inimigos” da saúde no combate ao colesterol


Para conscientizar a população no Dia Nacional de Combate ao Colesterol, quarta-feira, 08 de agosto, gerente de Nutrição do HCor ressalta que uma alimentação balanceada, rica em vegetais, frutas, laticínios desnatados, carnes magras e cereais integrais é ideal para manter os níveis de colesterol normais 


Vital para o organismo, o colesterol é um composto que desempenha diversas funções no organismo, como transporte das gorduras, manutenção da permeabilidade das células, síntese de hormônios e de vitamina D. Apenas 30% do colesterol total são provenientes do consumo de alimentos de origem animal (origem exógena). Os outros 70% são fabricados pelo fígado (origem endógena). “Existem vários tipos de colesterol, mas em geral destacamos dois: o bom e o mau. O colesterol bom é conhecido por HDL, enquanto o mau é chamado de LDL (veja quadro), cujo o excesso é justamente o que está associado ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares”, explica a nutricionista, Rosana Perim, gerente do Serviço de Nutrição do Hospital do Coração (HCor).      
       
Para conscientizar a população sobre os riscos do acúmulo do LDL no organismo, em prol do Dia Nacional de Combate ao Colesterol, nesta quarta-feira, 08 de agosto, a gerente de nutrição do HCor explica que fatores genéticos podem estar relacionados ao aumento de colesterol sanguíneo, mas na maioria dos casos ocorre por meio de hábitos alimentares incorretos, influenciados pelo elevado consumo de alimentos ricos em colesterol, gorduras saturadas e gordura trans. “Uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais é indicada para todos os indivíduos, especialmente para aqueles que pretendem manter os níveis de colesterol no sangue desejáveis”, recomenda a nutricionista. 


Dieta equilibrada  

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os valores ideais de colesterol devem ser: LDL abaixo de 130mg/dL, HDL acima de 40 mg/dL e colesterol total abaixo de 190 mg/dL. Por isso, Rosana ressalta que é muito importante ficar atento ao tipo de alimentação que adotamos em nosso dia-a-dia. “A base de uma dieta saudável e balanceada para quem está com o colesterol aumentado está na diversificação e na escolha correta dos tipos de gordura presentes nos alimentos. Isso, claro, sempre de maneira equilibrada e sem exageros”, lembra a nutricionista. 


Amigos e inimigos da saúde 

Para que possamos compor uma dieta mais saudável, Rosana destaca quais alimentos são “amigos” e “inimigos” da saúde no combate ao colesterol ruim. Entre os amigos, temos verduras e legumes; frutas; cereais integrais; aveia; laticínios desnatados; margarinas cremosas; peixes – de preferência salmão, sardinha, anchova e atum –; azeite de oliva; azeitona; óleos vegetais de soja; milho; girassol ou canola; e oleaginosas, como castanhas, nozes, amêndoas, amendoim; e linhaça. 

Já entre os inimigos, temos carnes gordurosas, como costela, picanha, contrafilé e pernil; frutos do mar, como camarão, lula, marisco e lagosta; manteiga e margarinas duras; embutidos, entre os quais estão salsicha, linguiça, mortadela, salame, bacon, torresmo; banha de porco, azeite de dendê; leite integral e derivados; queijos amarelos; biscoitos amanteigados e croissant; aves com pele; vísceras, como coração de frango, miolo, fígado; doces com cremes e chantilly; chocolate ao leite; polpa e leite de coco.


Consumo de ovos

Por algum tempo, o ovo foi considerado vilão, pois acreditava-se que o colesterol existente na gema poderia elevar os níveis de colesterol no sangue. Porém, os resultados de diversas pesquisas recentes mostraram que a lecitina presente nos ovos funciona como emulsificante natural de gordura, o que inibe a absorção do colesterol presente no alimento, quando ele chega ao intestino. “Esse processo, por sua vez, impede, naturalmente, que o colesterol aumente, mesmo que os ovos sejam ricos nesta substância”, explica Rosana.

Segundo a nutricionista, a inibição da absorção não ocorre 100%, mas a quantidade é significativa e suficiente para comprovar que o consumo de ovo não contribui para elevação do colesterol sanguíneo. “Estudos realizados na última década evidenciam claramente os efeitos benéficos dos ovos, indicando que é possível consumir uma unidade por dia sem que haja riscos. Portanto, usando o bom senso em relação a quantidade, o alimento pode ser consumido sem grandes preocupações e deve ser alternado com outras fontes de proteínas como as carnes magras, aves sem pele e peixes”, conclui a gerente de nutrição do HCor.


LDL X HDL


LDL Colesterol (mau)
HDL Colesterol (bom)
Transporta o colesterol do fígado para as células. Se estiver em excesso, pode acumular-se nas paredes das artérias, impedindo a passagem do sangue, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Para manter a saúde do nosso coração, devemos manter o nível do “colesterol mau” baixo.
Transporta o colesterol até o fígado onde posteriormente é eliminado. Funciona como um sistema de limpeza nas artérias. Este tipo de colesterol ajuda a manter a saúde do nosso coração e devemos mantê-lo elevado.

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