Pesquisar no Blog

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Disfunção erétil é mais temida que câncer; especialista explica sintomas e tira dúvidas sobre a prótese peniana


Estudos indicam que cerca de 10 milhões de brasileiros apresentam a condição e muitos ainda passarão pela situação ainda este ano;

Segundo problema de saúde mais temido pelos homens pode ser tratado com medicamentos ou com o implante de prótese;


A disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual, é o segundo problema de saúde mais temido pelos homens, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). As doenças cardiovasculares e o infarto estão em primeiro lugar, mas o medo da impotência ficou na frente do receio por doenças como câncer de próstata, diabetes e câncer de pulmão. Esta condição atinge, em algum grau, cerca de 50% dos brasileiros acima dos 40 anos.

No Brasil, os índices de disfunção erétil são altos. Estudos indicam que cerca de 10 milhões de homens apresentam problemas de ereção no país e muitos vão se defrontar com a condição ainda este ano. A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem, em relação à autoestima, e consequentemente, atinge a qualidade de vida da família, que se relaciona com o paciente.

Segundo o urologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Archimedes Nardozza Jr., a dificuldade de se conseguir uma ereção pode estar associada a diversos fatores, como problemas vasculares – no caso de quem sofre de diabetes – efeitos colaterais de alguns tipos de medicamentos, estresse, diminuição da testosterona entre outros. A queda da testosterona pode estar relacionada ao envelhecimento masculino (DAEM), ou andropausa e pode ser tratada com reposição hormonal. "Para o tratamento da disfunção erétil dispomos de medicações via oral, injeções intracavernosas e tratamentos definitivos como a colocação de um implante", explica o urologista.


Prótese peniana
 
Ainda de acordo com o especialista, existem dois tipos de próteses, a maleável e a inflável. A prótese peniana maleável é composta de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. São mais acessíveis, por terem cobertura dos convênios, e mais fáceis de manusear, mas podem causar constrangimentos sociais, por manter o pênis sempre ereto.

Já a prótese peniana inflável simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis, permitindo uma ereção totalmente rígida durante a relação sexual e depois a flacidez completa. Ela é composta por dois cilindros, um reservatório de soro contido no corpo e uma bombinha localizada dentro do saco escrotal. Para obter uma ereção, o homem aperta a bombinha e o soro do reservatório é transferido para o pênis, causando a ereção. Após a relação sexual, o homem aciona a bombinha e o pênis volta para o estado de flacidez.


Tratamento inadequado do diabetes afeta 18% dos idosos nos EUA; quadro é semelhante no Brasil

Doença atinge uma em cada quatro pessoas com mais de 65 anos e incidência é maior nas com baixa escolaridade


Aproximadamente 18% dos idosos com diabetes nos Estados Unidos são tratados de forma inapropriada; ou por excesso de medicamentos ou por subtratamento, revela um estudo publicado recentemente no Journal of General Internal Medicine. A pesquisa foi feita com base nos dados de 78 mil pacientes com mais de 65 anos em dez estados dos EUA – as informações são do Medicare, programa de assistência médica do governo federal americano.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dr. João Eduardo Nunes Salles, afirma que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose. “É fundamental atentar-se às particularidades que tangem o tratamento do diabetes, não apenas medicamentoso, mas comportamental e nutricional. Além do avanço do sedentarismo e da obesidade, o envelhecimento populacional também tem grande impacto no aumento dos casos de diabetes”, avalia.

No Brasil, segundo levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017, atingindo 7,1% dos homens adultos. Contudo as mulheres ainda são as principais vítimas da doença, com 8,1% no último ano. A SBD estima que 16 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a doença.

Salles alerta também para a importância do controle da doença, sobretudo para diminuir o risco de cardiopatias – segundo a International Diabetes Federation, pessoas com mais de 60 anos e portadoras de diabetes tipo 2 têm um risco de três a quatro vezes maior de morrer por doenças cardiovasculares.

“Há alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e suas complicações. Conhecimento e acesso a tratamentos adequados são fundamentais para preservar a doença no idoso, aumentando sua expectativa e qualidade de vida”, atesta o especialista.

O geriatra Renato Bandeira de Mello, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), faz uma ponderação e explica a necessidade de avaliação ampla ao idoso diabético para racionalizar tanto o diagnóstico como o tratamento dessa condição. “Saber avaliar o idoso de forma multidimensional é fundamental para o processo de tomada de decisões clínicas. Por exemplo, em pacientes com Doença de Alzheimer com comprometimento cognitivo importante ou quando há limitações e vulnerabilidade físicas em decorrência de outras doenças graves, o excesso de exames e tratamentos, assim como o controle rígido do diabetes podem aumentar o risco de complicações e prejudicar a qualidade de vida desses pacientes”.

O especialista também destaca que, por meio da Avaliação Geriátrica Ampla, é possível identificar em outro extremo os idosos robustos, em que a idade isoladamente, mesmo quando superior a 80 anos, não limita a indicação dos tratamentos com objetivo de controle de complicações a médio e longo prazo. “Nos idosos plenamente funcionais, mesmo que longevos, não se deve restringir tratamentos somente pela idade em si. Este é um equívoco que pode levar ao subtratamento de condições controláveis”. Sendo assim, recomenda-se que as indicações de exames, procedimentos e tratamentos sejam ponderadas individualmente de acordo com a funcionalidade daquele idoso.

A SBGG, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, aponta que o controle rígido dos níveis glicêmicos em idosos frágeis pode trazer mais riscos do que benefícios, sobretudo quando há hipoglicemias graves ou recorrentes. Baseado nesta ponderação, recomenda-se não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários.











Sobre a SBD
Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil.









Sobre a SBGG
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), fundada em 16 de maio de 1961, é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo principal congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento. Além disso, visa promover o aprimoramento e a capacitação permanente dos seus associados.
 

Saiba como identificar e tratar a desidratação



 Muitas vezes o cansaço, a dor de cabeça e até mesmo o mau-humor parecem a chegada de um resfriado ou uma doença causada por vírus e/ou bactéria. Isso pode levar a uma diarreia ou vômitos, e uma das consequências pode ser a desidratação, que é basicamente a perda da água do corpo, incluindo eletrólitos vitais como sódio, cloreto e potássio.
A água é tão essencial que representa cerca de 60% do peso corporal em adultos e até 75% do peso corporal em bebês1. “Precisamos dela para funções importantes como a regulagem da temperatura do corpo, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma”, afirma Patrícia Ruffo, nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil.
A desidratação em um estágio mais elevado pode causar complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e queda no volume de sangue, o que consequentemente afeta a pressão arterial do indivíduo.

SAIBA QUEM ESTÁ EM RISCO

·         Bebês e crianças: a desidratação pode afetar qualquer pessoa, não importa a idade — se mais velho ou mais jovem —, mesmo se forem completamente saudáveis. Algumas pessoas estão especialmente propensas à desidratação, como bebês, crianças jovens e idosos. “A desidratação se torna uma preocupação quando uma pessoa perde apenas 3% da água do corpo”, ressalta Patrícia. Para um bebê de 2,25 kg isso se traduz em apenas 236,5 ml (cerca de um copo de água pequeno), portanto, a desidratação pode acontecer rapidamente.

·         Adultos idosos: quando se trata de adultos idosos, eles podem ter um baixo volume de fluidos por vários motivos diferentes. “O primeiro é que eles podem simplesmente se esquecer de tomar água. Conforme a sensação de sede se torna menos aguçada com a idade, alguns podem até mesmo nem perceber que não beberam líquido suficiente”, lembra a nutricionista.

Existem outras causas de desidratação, como por exemplo: tomar medicações como diuréticos que acabam desidratando a pessoa ou evitar beber líquidos suficientes simplesmente para reduzir as idas frequentes ao banheiro. 

SINTOMAS SUTIS

Embora a desidratação possa tornar a maioria das pessoas irritáveis e letárgicas, outros sintomas podem variar de idade para idade. “Bebês podem não produzir lágrimas, ter a boca seca ou uma febre de baixo grau, e podem parar de molhar as fraldas. Os adultos podem apresentar tontura ou sentir sede, dor de cabeça, constipação ou pele seca, e a urina pode ser mais escura e concentrada do que o normal (geralmente transparente ou de cor amarela muito clara)”, alerta.
“Como os bebês são afetados rapidamente pela perda de fluidos, é fundamental ligar para o pediatra assim que suspeitar de uma desidratação e continuar com a alimentação normal, conforme necessário”, diz Patrícia.

FLUIDOS EM PRIMEIRO LUGAR – E ALIMENTOS CONTAM!

Caso as evidências apontem para a desidratação, um copo de água é um bom começo, mas também é possível prosseguir com uma solução de reidratação oral. “Quando perdemos fluido devido ao suor, ao calor, à diarreia e ao vômito, os corpos também perdem eletrólitos — como sódio, potássio e cloreto — necessários para manter o equilíbrio de fluidos e manter o sistema nervoso e músculos funcionando de forma adequada”, explica. A reidratação oral pode ajudar a restaurar estes eletrólitos perdidos.
“Também é importante ter em mente que a hidratação não se trata apenas do que bebemos. Os fluidos somam aproximadamente 80% da ingestão diária de água, enquanto os alimentos somam os 20% adicionais. Por isso, opte por alimentos ricos em água como frutas, vegetais, aveia, sopa, iogurte entre outros”, finaliza. 




Referências:

1.Barry M. PopkinKristen E. D’Anci, and Irwin H. Rosenberg. Nutrition Reviews. Water, Hydration and Health. 2010. Disponível em: https://academic.oup.com/nutritionreviews/article-abstract/68/8/439/1841926?redirectedFrom=fulltext

 

 

 

Posts mais acessados