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domingo, 1 de abril de 2018

Dermatologista explica porque a pele fica murcha em contato prolongado com a água


Fenômeno é natural e não prejudica a pele

Depois de algum tempo dentro da piscina, já notamos nossos dedos das mãos e dos pés com aparência murcha. Porém, bastam alguns poucos minutos fora da água e a pele volta ao normal. De acordo com o dermatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Fabiano Siviero Pacheco, este fenômeno é natural e acontece por absorção excessiva de água na epiderme, a camada mais externa de nossa pele.

Nos últimos anos, cientistas comprovaram que a alteração na pele ocorre justamente para que as pessoas consigam manusear objetos com mais facilidade embaixo d'água.

- O enrugamento da pele é mais evidente nas extremidades das mãos e pés e intensificado pela temperatura morna ou quente da água. Habitualmente a pele retorna a sua normalidade alguns minutos após a secagem, por evaporação da água de sua superfície – afirma o dermatologista.

Segundo o médico, existe um mito de que a pele fica murcha por falta de hidratação. Entretanto, as duas coisas não estão relacionadas. Assim, a hidratação da pele não modificaria o enrugamento temporário quando em contato com a água.





Mariana da Rosa


Câncer renal: saiba mais sobre essa doença silenciosa que atinge, principalmente, homens na faixa dos 50 anos



 
Tumores de rim são assintomáticos e podem evoluir para quadros de metástase no fígado e no pulmão se não for diagnosticado precocemente


De acordo com o Globocan, base de dados vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6.255 brasileiros receberam diagnóstico de câncer de rim em 2012. Destes, cerca de 3.761 eram homens e 2.494 mulheres¹, na faixa dos 50 aos 70 anos de idade. Além disso, este é o terceiro tipo de câncer mais frequente no aparelho genitourinário² e o 13º tipo mais comum de doença no mundo3.

O câncer renal é uma doença assintomática e, em muitos casos, o diagnóstico ocorre durante um check-up médico de rotina ou durante algum exame específico para outra enfermidade. A evolução da doença varia de acordo com o perfil de cada paciente sendo que em estágios mais avançados podem surgir sintomas como:

  • Sangramento na urina
  • Dores na região lombar
  • Palidez, cansaço e emagrecimento severo.

O primordial para controle da doença é a descoberta do tumor ainda no início. Sem tratamento adequado e o acompanhamento médico, a doença pode avançar para outros tecidos e para a corrente sanguínea. A evolução da doença é medida em quatro estágios:

  • Tumor no rim com até 7 cm
  • Tumor no rim com mais de 7 cm
  • Movimentação do câncer para outros tecidos ao redor do órgão – tecido gorduroso, veia renal e os linfonodos
  • Metástases em outros órgãos (pulmão, fígado e etc)³.
  
Nos primeiros estágios da doença, a cirurgia de retirada total ou parcial do órgão e o acompanhamento médico constante são as principais alternativas para controle do câncer.

Nos estágios mais avançados, a imuno-oncologia e a terapia-alvo são opções de tratamento. A imuno-oncologia, por exemplo, estimula o sistema imunológico a combater a doença e proporciona aos pacientes qualidade de vida com aumento das taxas de sobrevida.






Referências: 
  1. https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2017/06/22/noticias-saude,208487/pesquisa-aponta-que-brasileiros-desconhecem-cancer-de-rim.shtml
  2. https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-urologia/Paginas/cancer-rim.aspx
  3. https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-rim-tipos-de-cancer/cancer-de-rim-tratamento-2/

Herpes ocular: períodos de estresse intenso favorecem a doença


Diagnóstico representa um desafio, já que o problema pode levar à perda da visão


Apesar de haver tratamento para o herpes ocular, a doença ainda é incurável. Trata-se de uma infecção provocada pelo mesmo vírus do herpes labial, o herpes simplex (HSV). Existem mais de 80 tipos de vírus do herpes, mas uma coisa eles têm em comum: percorrem os nervos até se alojarem numa terminação nervosa, onde passam períodos de inatividade. Quando acomete lábios e pele, o diagnóstico do herpes é bastante fácil. Mas quando o vírus atinge os olhos, a doença pode ser mal diagnosticada e tratada indevidamente – aumentando os riscos, inclusive, de o paciente perder a visão.

De acordo com Renato Neves, médico oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, é preciso ter bom conhecimento para distinguir o herpes ocular do herpes zoster (causado pelo vírus da varicela), de determinadas infecções, e até mesmo de uma intoxicação ocular provocada por medicamentos. Assim como o herpes labial, que pode surgir novamente quando a imunidade da pessoa está em baixa, dados da Academia Americana de Oftalmologia (AAO) revelam que, depois do episódio inicial, há 27% de chance de acontecer novamente dentro de um ano, 50% em cinco anos e 63% em 20 anos.

“Infecções recorrentes incomodam muito os pacientes, já que a doença pode surgir na infância e voltar a ocorrer de tempos em tempos. Vale ressaltar que o herpes ocular pode acometer qualquer camada dos olhos, mas as manifestações mais comuns incluem blefarite (inflamação das pálpebras), conjuntivite folicular (causada por alterações da própria mucosa) e ceratite (inflamação da córnea). Outro ponto importante e que precisa ser esclarecido: o herpes ocular nada tem a ver com o herpes genital, que é uma doença sexualmente transmissível”, diz Neves.

O médico explica que geralmente a pessoa entra em contato com o vírus herpes simplex ainda na infância – mas a doença pode se manifestar muitos anos depois, em períodos de estresse intenso ou baixa imunidade. “Em determinados casos, a criança é tratada de uma infecção moderada. O vírus invade os olhos e chega ao gânglio trigeminal, onde encontra condições ideais para se instalar e se tornar latente. Ao longo da vida, principalmente quando a pessoa passa por episódios traumáticos, esse vírus faz o caminho de volta para a córnea e se manifesta como herpes ocular. O tratamento imediato com medicamentos antivirais específicos ou antibióticos interrompe a multiplicação do vírus e impede que a doença continue destruindo as células epiteliais”.

Embora o estresse seja um gatilho importante para a manifestação da doença, o oftalmologista afirma que problemas de saúde bucal, queimaduras de sol, traumas e períodos pós-cirúrgicos também podem desencadear novos episódios de herpes ocular. “Mais da metade da população mundial já entrou em contato com esse vírus. O importante é que a doença seja devidamente diagnosticada e tratada, a fim de não se agravar. Em casos mais severos, o tratamento indicado é o transplante de córnea.”





Fonte: Dr. Renato Neves - cirurgião-oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos  - www.eyecare.com.br

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