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domingo, 1 de abril de 2018

Medo de cair assombra idosos


 Quedas não são um rito de passagem que vem com a idade; com educação e conscientização, podem ser prevenidas. O problema é encontrar uma forma eficaz de propagar essa mensagem


Os números não mentem. Informações americanas apontam que um terço das pessoas com mais de 65 anos tem uma queda a cada ano. Somente em 2010, as quedas entre idosos representaram cerca de 3 milhões de atendimentos em emergência e quase 30 bilhões de dólares em custos médicos diretos. As autoridades americanas fazem uma previsão de que este número pode chegar a 67.700 bilhões de dólares em 2020.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, um em cada três indivíduos com mais de 65 anos sofre com as quedas. Desse total, um em cada 20 acaba fraturando algum osso  ou necessita de internação. E o risco de morte no ano seguinte à hospitalização em decorrência de uma queda pode chegar a 30%. “No pronto-socorro de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo, as quedas são responsáveis por 30% dos atendimentos, com uma média de idade de quase 70 anos entre os pacientes”, relata o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701), que trabalha neste hospital.
Entre os idosos com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Os que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. De acordo com o Centro de Estudos Ortopédicos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, 70% das quedas de idosos acontecem em ambiente domiciliar.
O American Recall Center afirma que muitas dessas quedas ocorrem devido a riscos ambientais, tanto dentro como fora de casa, incluindo a má iluminação, tapetes e carpetes, rachaduras na calçada e desordem geral. Embora a maioria dessas quedas pode não resultar em ferimentos graves, elas podem ter um grande impacto psicológico. Na verdade, cerca de 25% das pessoas com 75 anos ou mais restringem desnecessariamente suas atividades por causa do medo de cair.

“O medo de cair assombra muitos idosos, particularmente aqueles que já caíram. Mas a inatividade também não os protege de novas quedas, na verdade, aumenta a probabilidade de cair novamente porque a falta dos exercícios físicos levará a uma fraqueza muscular.  É importante que os idosos saibam que uma queda feia representa o ingresso mais rápido para a incapacidade física, perda da independência e, muitas vezes, uma casa de repouso. 90% de todas as fraturas de quadril (um dos eventos mais temidos que podem transformar uma vida em um piscar de olhos) acontecem durante uma queda, e até um quarto de todos os pacientes com fratura de quadril com mais de 50 anos de idade morre dentro de um ano”, afirma o  ortopedista Caio Gonçalves de Souza, Doutor em Ciências pela FMUSP.


Fatores de risco

Imprevisíveis, rápidas e potencialmente mortais, as quedas representam um risco que nenhuma pessoa idosa pode se dar ao luxo de ignorar, em pé de igualdade com outras grandes ameaças à saúde, como ataques cardíacos e derrames. “As quedas não podem mais ser vistas como trágicos acidentes, mas como um problema evitável. Para isso é preciso identificar os fatores de risco modificáveis e fazer as intervenções necessárias, visando a prevenção da queda”, defende o médico.

A seguir, o ortopedista enumera alguns dos fatores de risco mais comuns para as quedas na terceira idade:

·         Quedas anteriores; 

·         Deficiências cognitivas, tais como a doença de Alzheimer; 

·         Problemas de visão; 

·         Ingestão de vários medicamentos, especialmente sedativos e medicamentos hipotensores; 

·         Ter várias doenças;

·         Ter hipotensão postural;

·         Fraqueza nas pernas e pés;

·         Propriocepção reduzida;

·         Problemas de equilíbrio; 

·         Marcha anormal; 

·         Uso de uma bengala ou de outro dispositivo de auxílio, como um andador; 

·         Calçado inseguro; 

·         Riscos ambientais (tais como tapetes soltos, pisos ou calçadas irregulares); 

·         Ter mais de 80 anos de idade; 

·         História de desmaios;

·         Ter depressão; 

·         Ter problemas funcionais (dificuldade para sair de uma cadeira, subir escadas).

“Embora o simples fato de envelhecer não aumente o risco de uma pessoa cair (pelo menos até cerca de 80 anos), ele tende a aumentar o número dos fatores de risco. Quanto mais fatores, maior o risco de uma pessoa, até que, com quatro ou mais fatores de risco reunidos, a probabilidade de queda sobe para cerca de 80% em um ano. Problemas de equilíbrio e marcha, em particular, indicam pessoas com alto risco de queda. Embora nem todos os riscos sejam modificáveis, a maioria é, por isso vale a pena prestar atenção nesses itens”, informa Caio de Souza, que também é professor de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Uninove.

Todos os profissionais de saúde e seus pacientes idosos devem discutir a prevenção de quedas no consultório. “Apesar do crescente conhecimento sobre as quedas na terceira idade, muitos profissionais de saúde não conseguem ver uma queda como aquilo que ela realmente é: uma oportunidade para ajudar seus pacientes a evitar algo muito pior. Todos os pacientes idosos devem responder pelo menos uma pergunta sobre se eles caíram ou estão com medo de cair. Os mais idosos, dentro do perfil de risco, devem ser avaliados atentamente”, observa o ortopedista.

Qualquer pessoa que trabalha ou se preocupa com os idosos também deve estar ciente das novas orientações sobre quedas da American Geriatrics Society, que incluem avaliação e aconselhamento, avaliação de medicamentos, modificações na casa, exercícios ou fisioterapia e uso adequado de bengalas e andadores.

Um estudo mostrou que o aumento da consciência sobre os fatores de risco pelos profissionais de saúde (incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros) levou a uma redução estatisticamente significativa das quedas com lesões graves, como as que resultam em fraturas de quadril, além de custos menores para os pacientes, em comparação a um grupo controle. “Educar os médicos e os demais profissionais de saúde sobre as quedas na terceira idade é tão importante quanto a educação do público sobre o tema”, defende Caio de Souza.





 Caio Gonçalves de Souza
 

Ginástica do Cérebro para 3ª idade


Hoje, temos 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos, que representa 10% da população, mas a expectativa é que até 2025 teremos mais de 30 milhões, segundo a Organização Mundial de Saúde.

O fenômeno do envelhecimento populacional lança desafios para praticamente todas as esferas da sociedade. Hoje, tanto no Brasil como em diversas nações do mundo, as pessoas estão vivendo mais e com melhor qualidade. Essa nova realidade sintetiza uma série de avanços de natureza social, econômica e assistencial, o que culmina por ressaltar a relevância de uma atenção mais cautelosa, focada e especializada para esse novo segmento populacional.

Quando a pessoa atinge essa fase da vida, já passou grandes desafios: Já sofreu na infância, já teve que passar por severas transformações na adolescência, já encarou as dificuldades da fase adulta, do primeiro emprego, dos primeiros relacionamentos, a escolha da profissão, a faculdade, e muitas vezes, teve filhos em uma idade bem precoce, já passou pelo casamento, e muitas vezes até por separações, enfim, já foi possível desfrutar dos benefícios e dos malefícios da vida. As experiências que acumulou durante os anos, formam hoje uma vasta bagagem de sabedoria, que se bem trabalhada pode gerar excelentes resultados!

Nesse ponto, a Ginástica do Cérebro vem de encontro com essa necessidade de direcionar a sabedoria acumulada, e a partir dos pressupostos da ativação cognitiva, estará contribuindo com a qualidade de vida dessa faixa etária.

Os exercícios do nosso programa de cursos da Ginástica do Cérebro contribuem com a memória, coordenação motora, percepção visual, atenção, concentração, elevação da autoestima, habilidades para solucionar problemas de forma lúdica através dos jogos. O que se espera nessa idade, é realmente ter um cérebro saudável, para que possa fazer uso dos bens que acumulou de forma sábia, e evitar doenças que possam vir a atrapalhar esse momento.

“Nós temos três tipos de envelhecimento: psicológico, biológico e social. Para termos um envelhecimento saudável temos que cultivar amigos, ter prazer no que fazemos, sorrir, amar, se gostar e nunca se anular”, acredita Cristina Fogaça, presidente da Aufati (Associação das Universidades e Faculdades Aberta para Terceira Idade).

Para especialistas em gerontologia, participar de atividades e incluir o idoso ativamente na sociedade por meio de contato com amigos e familiares contribui significativamente para elevar a autoestima, então, busque o equilíbrio e uma vida saudável através da Ginástica do Cérebro, para que doenças como Alzheimer, não faça parte de sua vida!


10 Benefícios para os Idosos:

1)   Mantém a mente ativa;

2)   Promove a interação social visando ampliar os relacionamentos, e cuidando das emoções;

3)   Capacita todo o sistema imunológico pois, um cérebro saudável diminui a incidência à vírus;

4)   Previne doenças neurodegenerativas como o Alzheimer;

5)   Trabalha a coordenação motora fina;

6)   Trabalha o raciocínio lógico matemático para ativar conhecimentos que pode não estar mais em uso;

7)   Gera novas sinapses conhecendo jogos e atividades novas;

8)   Desenvolve a memória e a atenção;

9)   Libera endorfinas e dopaminas que promovem um estado de alegria e felicidade, gerando bem-esta;

10)              Promove uma melhoria na qualidade de vida e atrelado a uma boa alimentação e exercícios regulares farão com que a idade não seja um agravante nos processos do envelhecimento.



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