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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL APÓS A REFORMA TRABALHISTA



 A Lei 13.467/2017, sancionada no dia 11/07/2017, conhecida como Reforma Trabalhista, trouxe sensíveis mudanças para os setores nacionais, inclusive o setor rural, e tem gerado grandes dúvidas, inclusive aos proprietários de imóveis rurais, quanto à obrigatoriedade de pagamento da Contribuição Sindical Rural, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA.

Há que se informar que a cobrança da Contribuição Sindical Rural, instituída desde 1943, é cobrada compulsoriamente de todos os produtores rurais - pessoas físicas ou jurídicas - com fundamento no Decreto-Lei n.º 1.166, de 15 de abril de 1971, com a redação dada pelo artigo 5º da Lei nº 9701, de 18 de novembro de 1998, cumulada com o art. 589 da Lei 5.452 de 1º de maio de 1943 (CLT).

A denominada “Reforma Trabalhista” trouxe no art. 578 a faculdade ao proprietário rural em realizar a Contribuição Sindical Rural, uma vez que esta deixou de ser obrigatória. Agora, faz-se necessária a prévia e expressa autorização do contribuinte, como condição para a cobrança da contribuição sindical, in verbis:

Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas.

Portanto, nenhum produtor rural estará obrigado a realizar o pagamento das cobranças eventualmente emitidas pela Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e federações respectivas, salvo no caso de prévia sindicalização, com concordância expressa ao pagamento das contribuições sindicais.

É verdade, no entanto, que as entidades sindicais, preocupadas com seu financiamento, não têm aplicado o referido preceito e têm insistido com a cobrança, já emitida aos proprietários rurais pessoa jurídica, com vencimento para 31 de janeiro de 2018.

Tais cobranças têm sido realizadas sob o argumento de que a alteração legislativa supramencionada seria ilegal, dentre outros argumentos, porque não poderia a mudança tributária ter ocorrido por lei ordinária, mas dependeria de lei complementar, com rito legislativo e quórum próprios.

Para evitar a imposição de restrições cadastrais sob a alegação de falta de pagamento, sugerimos que aqueles que tenham recebido as cobranças respectivas apresentem impugnação do lançamento fiscal, mediante oposição expressa à cobrança, a ser formalizada no prazo de vencimento da cobrança.

O procedimento acima, de caráter meramente acautelatório deverá ser juridicamente fundamentado e devidamente instruído para que possa implicar na suspensão da exigibilidade de qualquer cobrança até que a questão seja dirimida pelos tribunais, nas ações que já tramitam perante os tribunais superiores.






Francisco de Godoy Bueno - sócio do Bueno, Mesquita e Advogados; Vice-Presidente da Sociedade Rural Brasileira; e Thais Alexandra Fontes, advogada da área contenciosa e consultiva Trabalhista.


Vacinas e dor: há como amenizar os efeitos?



Estudo liga medo de agulhas das crianças ao comportamento dos pais


Mais da metade das crianças tem medo de agulhas. Os pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, encontraram uma forte conexão entre esse medo antecipado e o comportamento dos pais durante as vacinas infantis.

Os cientistas investigaram fatores que contribuem para a ansiedade que as crianças experimentam antecipadamente à dor das vacinas. O estudo descobriu que o comportamento passado e presente dos pais é o maior motivo para esse sofrimento.

Eles observaram como as crianças se comportavam antes das vacinas com agulhas e depois delas, quando eram pequenas e pré-escolares. Também observaram como os pais interagiam com os filhos e o tipo de coisas que eles diziam às crianças, durante a infância e na idade pré-escolar.

“Para algumas crianças, o medo de agulhas e vacinações, antes de receber a injeção, é tão grave que elas experimentam mais dificuldades relacionadas à dor, logo após a vacinação, e também aprendem a evitar futuros procedimentos e compromissos médicos”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Os pesquisadores analisaram dados de 202 pais na região da Grande Toronto e 130 crianças entre quatro e cinco anos - essas crianças estavam entre as 760 que foram acompanhadas durante a primeira, a segunda, a quarta e a sexta imunização até os 12 meses.

O objetivo deste acompanhamento foi vincular a regulação da dor aos resultados de saúde mental, de acordo com os pesquisadores. O estudo para descobrir o que leva as crianças a desenvolverem o medo da agulha, intitulado "Previsão de dificuldade antecipatória relacionada à dor pré-escolar: a contribuição relativa de fatores longitudinais e concorrentes", foi publicado no jornal Pain.

Os pesquisadores estavam interessados em saber se o comportamento dos pais, durante a infância, refletia-se no medo de agulha das crianças, na pré-escola. Profissionais de saúde também foram observados, antes  de as crianças receberem as vacinas.

“Esta é uma grande preocupação de saúde pública e enfatiza a importância de entender o que leva ao medo da agulha em crianças pequenas e como podemos prevenir isso. As descobertas evidenciam a importância de intervenções para ajudar os pais a apoiarem e auxiliarem melhor seus filhos durante os procedimentos médicos doloridos, desde suas primeiras experiências com injeções, ainda bebês”, enfatiza o pediatra.


Reduzindo a dor durante a vacinação

Uma nova orientação canadense visa garantir que a dor durante a vacinação seja minimizada em crianças e adultos. A diretriz, publicada no CMAJ (Canadian Medical Association Journal), é direcionada a todos os prestadores de cuidados de saúde que administram vacinas.

“A dor das vacinas é comum e pode fazer as pessoas hesitarem em se vacinar novamente, mesmo adultos. Isso pode colocar as pessoas em risco de contrair doenças infecciosas que são em grande parte evitáveis ​​através da vacinação, afirma Chencinski.

Esta orientação ampliada e atualizada inclui recomendações para crianças e adultos. A orientação de 2010 era focada apenas em crianças. Um grupo multidisciplinar de 25 pessoas de todo o país (equipe HELPinKids & Adults) com experiência em dor, medo, vacinas, enfermagem, epidemiologia e outros campos relacionados revisou a literatura para desenvolver a diretriz.

“Muitas dessas recomendações podem ser usadas em uma variedade de configurações onde as vacinas são realizadas, seja no consultório de um médico ou num ambiente de saúde pública, como uma escola ou um local de trabalho”, defende o pediatra.


Principais recomendações:

Todas as idades:

  • A aspiração não deve ser utilizada durante injeções intramusculares em pessoas de todas as idades. (A aspiração é puxar para trás a seringa para garantir que a agulha não entre em um vaso sanguíneo);
  • Injete a vacina mais dolorosa durante consultas diferentes.


Crianças:

  • Crianças menores de 2 anos devem receber aleitamento materno ou fórmulas, durante a vacinação;
  • Abrace as crianças de 0 a 3 anos, durante as injeções, para proporcionar conforto;
  • Recomenda-se uma posição vertical para crianças e adultos com mais de 3 anos, porque proporciona uma sensação de controle e pode diminuir o medo. A retenção de crianças não é recomendada;
  • Aplique analgésicos tópicos antes da injeção em crianças menores de 12 anos;
  • Os pais de crianças com idade inferior a 10 anos devem estar presentes durante a vacinação para reduzir os níveis de angústia da criança.

Os autores também recomendam educar pais, crianças mais velhas e adultos sobre o que esperar da vacinação, o que podem sentir e o que eles podem fazer para gerenciar a dor.

“Nenhuma intervenção única nesta diretriz é capaz de prevenir toda a dor (ou seja, alcançar um nível de dor de "0"). As intervenções individuais podem ser combinadas, conforme apropriado, para melhorar o alívio da dor. Para crianças menores e em idade escolar, devido aos altos níveis de angústia em relação às vacinas, por meio de injeção, e maior potencial de danos, em longo prazo, (como, por exemplo, desenvolvimento de medo de agulhas e prevenção de cuidados de saúde), recomenda-se uma abordagem mais abrangente e consistente”, diz o médico.

No entanto, faltam evidências para grupos específicos. Houve uma diferença notável nas evidências de pesquisas para populações de adolescentes e de adultos. Os esforços devem se concentrar em tornar as campanhas de vacinação uma experiência de saúde mais positiva para as crianças.





Moises Chencinski

Site: http://www.drmoises.com.br

Email: fale_comigo@doutormoises.com.br

 

 

Conheça os agentes causadores da infecção alimentar



 Com o aumento da temperatura, os alimentos podem se transformar em um ambiente favorável para a multiplicação de bactérias e vírus


Durante o verão e períodos de altas temperaturas os mantimentos podem estragar rapidamente. Dessa maneira, os cuidados devem ser duplicados com o preparo, armazenamento e ingestão dos alimentos. Nas férias e feriados, muitas pessoas aproveitam para viajar e, inevitavelmente, comem fora de casa, aumentando o risco de adquirir uma infecção alimentar.

De acordo com o clínico geral Paulo A. Sampaio, do Hapvida Saúde, a infecção alimentar acontece ao consumir comidas e/ou bebidas com agentes patogênicos que incluem uma variedade de bactérias, vírus e parasitas que entram no organismo através do trato gastrointestinal.  “Os micro-organismos podem se propagar de diversas formas, por isso não é possível ter certeza da origem alimentar. E os sintomas mais comuns são: náuseas, vômitos, cólica abdominal e diarreia”, comenta Sampaio.

Na maioria das vezes, o problema é ocasionado pelas bactérias Campylobacter, E. coli O157:H7 e Salmonella, e também por um grupo de vírus chamado Calicivirus. Esta última provoca a doença gastrointestinal aguda, normalmente com mais vômito do que diarreia que não costuma ultrapassar dois dias. “Acredita-se que a forma de contaminação seja de um indivíduo infectado para outro, através do contato com alimentos”, explica o médico.

Já a Campylobacter vive no intestino de pássaros saudáveis e também pode ser encontrado em carnes de frango cruas, por isso, seu mau cozimento é o motivo mais comum da infecção. As evidências motivadas pela doença são febre, diarreia e dor abdominal.

A Salmonella, localizada no intestino de pássaros, répteis e mamíferos, pode infectar humanos por meio do consumo de diversos tipos de alimentos de origem animal. Quando o sistema imunológico está enfraquecido, a bactéria pode se espalhar pela corrente sanguínea e causar um tipo sério de infecção que exige tratamento por toda a vida.

Outro causador muito comum da infecção alimentar, a E. coli O157:H7, tem como hospedeiros o gado e animais similares. A infecção, geralmente, ocorre através da alimentação ou água contaminada com quantidades microscópicas de fezes de gado. “Os principais sintomas costumam ser diarreia grave com sangue, cólicas abdominais fortes e sem muita febre. Em alguns casos, há uma complicação chamada síndrome hemolítica urêmica, que pode surgir várias semanas depois das sintomatologias iniciais. A implicação inclui anemia temporária, sangramento forte e falha renal”, afirma o clínico geral.

Vale ressaltar a importância de procurar um médico se a diarreia durar mais de três dias e se for acompanhada dos sintomas: febre alta; sangue nas fezes; vômito prolongado que impeça manter líquidos ingeridos; sinais de desidratação como, diminuição de urina, boca ou garganta seca e tontura ao levantar-se.

“Não fique surpreso se o médico preferir não receitar antibióticos, pois alguns não têm efeito em vírus e podem causar mais mal do que bem se usados sem necessidade. Outros tratamentos podem aliviar os sintomas e lavar as mãos constantemente pode prevenir que a infecção se espalhe em outras pessoas”, conclui.



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