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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Câncer de Pele - Dicas que podem salvar vidas no carnaval



O autoexame é uma das práticas saudáveis para prevenir a doença. O câncer mata oito milhões de pessoas ao ano no mundo


Os dias mais longos e as altas temperaturas de verão durante o feriado de carnaval atraem as pessoas para as praias e atividades ao ar livre. Mas o convívio nesse ambiente saudável exposto ao sol exige um cuidado especial para proteger a pele e evitar o surgimento do câncer de pele, doença que atinge 5.670 brasileiros ao ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A mais grave forma de câncer de pele, o melanoma, pode levar à morte a partir de uma simples e pequena pinta. No mundo são cerca de 
200 mil novos casos de melanoma ao ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A exposição exagerada ao sol é o principal fator que pode comprometer definitivamente a nossa saúde. O problema pode, porém, ser facilmente evitado se alguns cuidados forem observados.




PROTEJA-SE 

• Além de óculos de sol, use chapéus e bonés de abas largas e proteja as partes mais expostas. Não são raros os melanomas que surgem como pequenas pintas nos pés ou nas costas. 

• Evite ficar sob o sol entre as 10 e 16 horas, quando a irradiação de ultravioleta é maior.

• Conheça o histórico de problemas de pele na sua família. Ele pode indicar a necessidade de cuidados especiais. 

• Abuse do protetor solar em todas as partes do corpo. Repita a aplicação diversas vezes e não apenas no início da atividade. E lembre-se: protetor solar bloqueia somente até 55% dos raios ultravioleta que danificam a pele. 

 

ATENÇÃO AOS ALERTAS DA SUA PELE 

Os principais sinais de alerta são pintas ou lesões novas que surgem na pele. Por isso, um autoexame rotineiro é fundamental.



TRATAMENTO

Quando o melanoma é identificado precocemente, faz-se cirurgia no local. Mas se o melanoma se espalha para outras partes do corpo, o tratamento pode ser realizado com medicamentos de última geração.






Dia Internacional da Luta Contra o Câncer na Infância é celebrado no próximo dia 15



Referência no tratamento de câncer infantil, Centro Infantil Boldrini destaca a importância do diagnóstico precoce, da completa infraestrutura hospitalar para o tratamento, terapias de suporte, cuidados paliativos, reabilitação  e do incentivo à pesquisa na área

 
Instituído em 2002 pela ICCCPO (International Confederation of Childhood Cancer Parent Organizations ou Confederação Internacional de Pais de Crianças com Câncer), o Dia Internacional da Luta contra o Câncer na Infância é comemorado dia 15 de fevereiro. A ideia é promover a conscientização global sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil, para maiores chances de cura e menos sequelas após o tratamento. 

Referência no tratamento de câncer infanto-juvenil em toda a América Latina, o Centro Infantil Boldrini dedica-se, há quatro décadas, à prestação de serviços de saúde voltados à criança e ao adolescente e suporte às famílias dos pacientes. O Boldrini oferece modernas tecnologias na área do diagnóstico do câncer, e tratamento de doenças onco-hematológicas, desenvolvendo pesquisas científicas nas áreas clínicas e laboratoriais, além da formação profissional de médicos, de outros profissionais da saúde e de pesquisadores nas áreas da Biologia e Biomedicina. Atualmente, cerca de 70 a 80% dos pacientes oncológicos da instituição são curados – índices que equivalem aos dos países desenvolvidos.

Recente publicação (30 de janeiro de 2018) do Grupo de Trabalho  CONCORD 3 – www.thelancet.com (http://dx.doi.org/10.1016/50140-6736(17)33326-3),  mostra modestas melhorias no Brasil no período de 2000-2014, dos resultados de sobrevida em 5 anos do câncer pediátrico (inferior a 50%), comparativamente às significativas taxas de cura da ordem de 80-90% nos países desenvolvidos.

Ao longo dos 40 anos de atuação, o Boldrini já atendeu cerca de 30 mil pacientes. Destes, 8 mil deles diagnosticados com tumores malignos – dos quais mais de 6 mil estão vivos e fora de terapia. Para a Dra. Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini, a maior conquista até hoje foi a criação do Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia na Infância (GBTLI). “Este grupo, inicialmente vinculado à Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH), posteriormente ligado à Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), simplesmente mudou no país, não somente os critérios diagnósticos, mas sobretudo a filosofia do tratamento dos pacientes portadores da leucemia linfoide aguda (LLA), alcançando taxas progressivamente ascendentes de cura”.

O GBTLI foi fundado pelo Boldrini em 1979 e, desde então, coordenou seus estudos clínicos prospectivos em leucemia (LLA-80, LLA-82, LLA-85, LLA-93, LLA-99 e LLA-2009), desenvolvidos em diversas instituições do país.

Para se ter uma ideia, em 1978, as chances de cura da LLA estavam em torno de 5%. Com o estudo clínico LLA-80, as chances de cura resultaram em 30%, acrescendo progressivamente, nos estudos subsequentes, para 70-80%.  É notável que a atuação e liderança do Boldrini estimulou e propiciou, em nível nacional, a capacitação e treinamento de profissionais de diferentes estados, nas novas tecnologias de diagnóstico e de tratamento da leucemia da criança.

Atualmente, o Boldrini é o único representante do Brasil em Estudo Epidemiológico sobre o Câncer da Criança, a convite do ICCCC (International Chilhood Cancer Cohort Consortium)/WHO, para, ao lado de diversos outros países, buscar fatores relacionados ao desenvolvimento do câncer na criança.

Outro grande destaque dá-se para o Boldrini em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. “Os nossos pesquisadores, em parceria com a UFSC descobriram uma nova droga conta o câncer pediátrico há cerca de oito anos. É um novo quimioterápico que está em tempo de espera para conseguir a patente internacional, para subsequente registro no Brasil”, ressalta o pesquisador do Centro Infantil Boldrini, José Andrés Yunes.

O maior desafio no Brasil, explica a Dra. Silvia, é alcançar taxas de sobrevida da LLA da criança, iguais àquelas obtidas pelos pacientes registrados no GBTLI. “Cerca de 3-5% das crianças com LLA participam destes estudos clínicos, obtendo chances de sobrevida livre da doença (SLD) em 5 anos, da ordem de 70-80%. As demais crianças brasileiras com o diagnóstico de LLA, que seguem diferentes esquemas terapêuticos, alcançam a taxa de SLD em 5 anos, da ordem de 47%, conforme dados publicados pela OPAS, OMS e INCA”. Para comparação, nos Estados Unidos e Alemanha, a participação das crianças com LLA em estudos clínicos é quase de 100%. Nestes países, as taxas da SLD em 5 anos são da ordem de 80-90%.

Apesar dos avanços em relação à cura do câncer infantil, isto ainda não é o bastante. Pensando em ampliar a área de pesquisa do Boldrini, neste ano será inaugurado o Instituto de Engenharia Celular e Molecular Zeferino Vaz. Para a Dra. Silvia, esta será uma importante consolidação da parceria técnico-científica entre o Centro Infantil Boldrini, não somente com a Unicamp, como também com outros Centros de Pesquisa nacionais e internacionais. Será o maior centro de pesquisas em câncer pediátrico no Brasil e na América Latina. “O Instituto deverá contar com cerca de 40 pesquisadores, na busca de novos quimioterápicos e nas terapias gênicas no combate ao câncer. A gente precisa se incomodar com o fato de que 30% dos pacientes com câncer ainda morrem. Os investimentos em pesquisa são essenciais para que, logo, possamos alcançar a cura plena”, enfatiza a médica.

Outro ponto que vale ressaltar neste dia de combate ao câncer infantil é que hoje, vivenciamos no Brasil, o problema recentemente divulgado pela Organização Mundial de Saúde (2017), sobre as "Fake Drugs" distribuídas nos países pobres e em desenvolvimento. Dentre as três primeiras categorias destas drogas problemáticas, estão os medicamentos contra o câncer. A LeugiNase produzida em Beijing, usada no tratamento da LLA, foi um recente exemplo. O novo produto Leucospar, produzido em Chengzhou-Qianhong, China, também surpreende por não ter estudos clínicos que comprovem a eficácia e segurança deste medicamento na LLA de crianças. Além disso, outro problema grave que estamos vivenciando há quase um ano, é o chamado "desabastecimento" de alguns quimioterápicos utilizados em oncologia pediátrica, como por exemplo a Actinomicina D. “Todo processo de importação é oneroso, extremamente burocrático e demorado. Não podemos retroceder a duas décadas, no tratamento do câncer da criança”, finaliza.


DADOS GERAIS SOBRE O CÂNCER INFANTIL:

- O número de casos de câncer infantil aumentou em 13% nos anos 2000, em relação aos anos 1980, de acordo com os dados do estudo elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS);

- A leucemia é o tipo de câncer mais frequente nas crianças e corresponde a quase um terço dos casos, de acordo com o estudo que analisou 300 mil casos diagnosticados em 62 países. Em seguida, aparecem os tumores no sistema nervoso central (20%) e os linfomas;

- Entre os adolescentes, os principais tipos da doença que se manifestam são o linfoma, (23% dos casos), seguido de carcinomas e dos melanomas (cânceres de pele, 21%); 

Um dos motivos apontados pelo estudo que motivaram o aumento do número de caso de câncer entre crianças foi a melhoria no diagnóstico da doença;

- Outras razões seriam influências externas e ambientais. Infecções ou certas substâncias contaminantes presentes em certos ambientes; 

- Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos;

- De acordo com o INCA, estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em crianças e adolescentes no Brasil por ano;





Centro Infantil Boldrini



59% dos brasileiros não usam preservativos como medida de prevenção ao câncer



 Segundo estudo da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, quase 30% da população desconhece a importância do sexo seguro na prevenção da doença


Com a proximidade do Carnaval, época em que multidões se reúnem para aproveitar as festividades que ocorrem em todo o Brasil, aumenta a importância de alertar a população sobre a prática de relações sexuais seguras como medida de prevenção a doenças e infecções sexualmente transmissíveis – que, no caso do vírus HPV, aumenta o risco de desenvolver o câncer. Entretanto, apesar das campanhas de conscientização e da facilidade de acesso ao preservativo, boa parte da população ainda faz sexo sem proteção. Segundo constatou pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), 59% dos brasileiros não usa preservativos como medida de prevenção à doença.

Ainda de acordo com a pesquisa, a relação entre o sexo desprotegido e câncer também não é conhecida pelos brasileiros: entre os 1500 entrevistados, quase 30% dos brasileiros não imaginam que usar preservativos pode reduzir o risco de desenvolver câncer. “Os preservativos estão comumente relacionados à proteção contra o HIV – vírus causador da AIDS- entretanto, também são o modo de combate primário a diversas outras doenças, incluindo formas de tumor que possuem relação com o vírus HPV, como colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus, boca e garganta. No câncer de colo do útero e pênis, por exemplo, o mero contato com a mucosa e pele da região genital e perineal pode infectar o (a) parceiro (a). Assim, o uso do preservativo, desde o início da relação sexual é essencial, afirma Dra. Andreia Melo.


Vacina que também previne contra a doença tem baixa adesão

Outra forma simples de prevenção ao câncer é a vacina contra o vírus HPV. Entretanto, ainda de acordo com a pesquisa, 14% da população do país discorda, em maior ou menor grau, que vacinas contra Hepatite B e HPV são eficazes para evitar o desenvolvimento de variedades da doença.

“Há anos, a rede pública de saúde do país oferece os meios necessários para que a população se proteja de doenças e infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o vírus do HPV: preservativos são fornecidos e vacinas estão disponíveis gratuitamente para meninas e meninos entre 9 e 13 anos. Porém, sem a conscientização adequada, o que se percebe é a baixa adesão da população às medidas necessárias. Praticamente metade da população diz não usar preservativos (41%) e nem aderir a campanhas de vacinação (46%), sendo que uma parcela relevante – 13% e 10%, respectivamente –, afirma que não pretende fazê-lo no futuro próximo”, diz Andreia Melo, Diretora da SBOC.


SBOC prepara ação de conscientização durante o pré-carnaval de São Paulo

Para gerar conscientização junto à população sobre a importância de uso de preservativos e da vacinação contra o HPV como medidas fundamentais na prevenção do câncer, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, distribuirá cinco mil preservativos para os foliões durante o pré-carnaval de São Paulo. 



Serviço:
Quando:
Sábado, 03 de fevereiro
Onde: Avenida Hélio Pellegrino, a partir das 11h30
Blocos: Unidos da Ressaca do Diabo, Bloco Só Alegria, SáTurnalia e Coletivo Missa


Para a população das demais regiões do país, a SBOC disponibiliza cartilha online com orientações sobre como adotar medidas e hábitos saudáveis que ajudam na prevenção do câncer. Para isso, basta acessar: https://goo.gl/ZveqUh





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