Estudo da Unicamp revela que cerca de 80% da população
feminina sofre ou já sofreu com os efeitos da tensão pré-menstrual
A
duração da tensão pré-menstrual (TPM) varia: algumas mulheres vivem apenas dois
“daqueles dias”, enquanto outras sofrem até dez. Mas especialistas concordam
que a mulher brasileira vive, em média, sete dias ao mês com ela. Multiplique
isso por doze meses e pasme – a danada toma até 84 dias do ano. Estudos
conduzidos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reforçam que a
brasileira está entre as mulheres mais impactadas pela tensão pré-menstrual, já
que mais de 80% delas já experimentaram seus sintomas.
Embora
a maioria dos casos seja considerada saudável, uma parte da população sofre
grandes perdas na qualidade de vida devido à TPM. Estudos indicam que 11,63%
das faltas de mulheres ao trabalho se devem aos efeitos da tensão
pré-menstrual. “De 3% a 8% delas têm sintomas tão intensos que exigem mudanças
em suas atividades diárias, comprometendo a rotina, as relações interpessoais e
a produtividade”, afirma a ginecologista e obstetra Thalita Russo Domenich, da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Os
sinais mais comuns são cólicas, irritabilidade, dores de cabeça e nas mamas,
inchaço abdominal e a temida acne. A especialista lembra que cada mulher pode
apresentar um grupo específico de sintomas, já que existem mais de 200
listados. “O importante é atentar-se ao impacto que eles trazem ao dia a dia.
Se a mulher deixa de sair com os amigos, precisa faltar no trabalho com
frequência ou muda sua rotina toda vez que está de TPM, é sinal de que é
preciso procurar um médico”, orienta.
A boa
notícia é que, atualmente, existem soluções para amenizar ou mesmo acabar com
os sintomas da TPM, trazendo mais qualidade de vida à mulher. Além do tratamento,
que pode ser indicado pelo ginecologista, algumas mudanças no estilo de vida
também podem ajudar a combater os incômodos desse período. Confira algumas
dicas abaixo!
Procure
seu médico
Se os
sintomas passarem dos limites, vá ao ginecologista. Ele poderá avaliar, de
acordo com o seu perfil, a possibilidade de administrar um anticoncepcional. A
contracepção contínua, por exemplo, ajuda na estabilização dos níveis
hormonais, combatendo os sintomas da TPM e trazendo mais tempo para você curtir
a vida.
Escolha
bem os alimentos
Priorize
a ingestão de fibras e nutrientes encontrados em frutas, grãos, legumes e
verduras. Evite consumir cafeína, alimentos com gordura saturada e sódio,
geralmente encontrados em produtos industrializados. Também passe longe de
bebidas alcoólicas nesse período.
Mexa-se
mais
Pratique
exercícios regularmente, principalmente os aeróbicos, que liberam endorfinas,
resgatando a sensação de bem-estar e aliviando a irritabilidade típica da TPM.
Durma
direito
Uma
noite mal dormida já pode ser o suficiente para aumentar o estresse e a
ansiedade. Por isso, a boa qualidade do sono é importante para regular o humor,
principalmente quando os hormônios estão à flor da pele.
Pratique
o que te faz bem
Escolha
um dia para sair da rotina e fazer aquilo que mais gosta. Adotar hobbies também
pode ajudar a combater os efeitos psicológicos da TPM. Meditação, aulas de
dança e esportes são algumas opções.
Mantenha-se
hidratada
Beba
muita água, para estimular o trabalho dos rins e evitar o inchaço que ocorre
nesse período. Também vale consumir frutas ricas em água, como melancia, melão
e abacaxi, entre outras. Chás sem cafeína também são uma boa pedida.