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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Entenda como o aumento de libido e de pornografia podem ser sintomas de um transtorno do humor.



 O psiquiatra Dr Diego Tavares do Hospital das Clínica de SP comenta o tema.

Toda vez que pensamos em bipolaridade temos em mente a imagem de uma pessoa que oscila de humor entre dois polos: euforia e depressão, certo? Aí que muita gente se engana.  Essa é apenas na forma mais grave e rara (apenas 1%) de transtorno bipolar em que os pacientes apresentam quadros maníacos graves a ponto das pessoas à sua volta perceberem que está fora da realidade e com comportamentos bizarros, a antiga psicose maníaco-depressiva (PMD).
Pacientes com bipolaridade leve quando estão na fase de cima da doença não ficam eufóricos como os bipolares graves. Na verdade, o humor elevado na bipolaridade leve será de entusiasmo e mais desinibição, ficam mais corajosos para fazerem o que desejam e agem muitas vezes impulsivamente, sem prever os riscos e consequências de seus comportamentos. “E entre os sintomas de aumento de impulsos cada paciente pode expressar isso de uma maneira diferente: alguns aumentam o consumo de jogos, outros aumentam o consumo de bebidas e drogas, outros de comportamentos compulsivos de gastos e assim por diante”, explica o médico psiquiatra e pesquisador do Programa de Transtornos afetivos (GRUDA) do Hospital das Clínicas da USP.
Além destes, existem os pacientes cujos sintomas de impulsividade aparecem na esfera sexual. “São pacientes com histórico longo de depressões e que entre as crises depressivas ou mesmo em vigência da depressão (quando na depressão clássica a libido cai vertiginosamente) apresentam aumento de libido, pensam em sexo, buscam sexo arriscado e perigoso, se masturbam excessivamente e durante os picos ficam com comportamentos compulsivos por sexo, um verdadeiro vício e busca pelo prazer”, fala o especialista que acrescenta “toda vez que um comportamento sexual excessivo for observado, é importante entender como o humor oscila e qual o histórico familiar do paciente. Pessoas com transtorno bipolar leve normalmente possuem muitos familiares com depressão, com história de suicídio, de dependências químicas e de instabilidade e agressividade”.
As formas leves de transtorno bipolar são muito comuns e podem chegar a 10% de prevalência em estudos populacionais. Se pensarmos que a depressão é uma doença que tem uma prevalência na população de 20%, seria algo como que dizer que cerca da metade dos deprimidos possam pertencer a uma outra doença que também tem depressão, a bipolaridade”, completa o psiquiatra e pesquisador Dr. Diego Tavares.




FONTE: Dr. Diego Tavares - Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FMB-UNESP) em 2010 e residência médica em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP) em 2013. Psiquiatra Pesquisador do Programa de Transtornos Afetivos (GRUDA) e do Serviço Interdisciplinar de Neuromodulação e Estimulação Magnética Transcraniana (SIN-EMT) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP) e coordenador do Ambulatório do Programa de Transtornos Afetivos do ABC (PRTOAB).






Colesterol alto não é doença exclusiva de quem está acima do peso



Os níveis altos de gordura no sangue, tão indesejados, não são problemas exclusivos dos obesos. Muitas vezes silencioso, o colesterol elevado também acomete pessoas magras. A endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Vivian Estefan, explica que a doença pode até ser ocasionada por questões hereditárias.

Quando o paciente apresenta alterações no colesterol, três frações devem ser analisadas, de acordo com a especialista, além do valor total. O HDL, popularmente conhecido como bom, o LDL e o VLDL, que não são benéficos à saúde em níveis elevados.

“Temos que levar em conta quais frações estão elevadas. Se for o HDL sozinho, ótimo. Às vezes o paciente tem o valor total alto em decorrência do HDL, e isso é muito comum. Quando a elevação é no LDL e no VLDL, é aí que mora o perigo.”

Vivian Estefan salienta ainda que, quando os níveis estão alterados nas duas frações ruins em pessoas magras, muitas vezes pode ser uma doença familiar, que consiste em um defeito do metabolismo dos lipídios. Nesta situação, é preciso verificar alguns fatores para concluir se o paciente deve ou não fazer um tratamento.

“Cada caso deve ser analisado individualmente, levando em conta os fatores de risco de o indivíduo desenvolver uma doença arterial, que geralmente ocorre em coronárias ou no cérebro. Quando se constata uma doença arterial por obstrução das artérias coronárias, o paciente está sujeito a um infarto do miocárdio. Já quando ocorre no cérebro, está propenso a desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC)”, esclarece.

Entre os fatores estão os antecedentes familiares, hábitos de vida, como ser fumante, sedentarismo, doenças associadas, como diabetes e hipertensão, e a circunferência abdominal alta, que pode ser detectada até mesmo em pessoas magras, segundo a endocrinologista.

Apesar da questão hereditária influenciar nas alterações, a má alimentação é um fator que piora substancialmente esse quadro. A especialista sugere que é preciso realizar uma reeducação alimentar para aprender a comer os alimentos certos e, assim, melhorar os índices de colesterol.

“Devemos aprender a ingerir os alimentos corretos, como laticínios desnatados, carnes sem gordura, evitar frituras e ingerir fibras”, recomenda a médica.





Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

“O que os adolescentes querem saber sobre sexo?”



Nesta fase, jovens têm muitas dúvidas sobre o tema; a indicação é que pais e responsáveis abordem o assunto na adolescência, estejam interessados na curiosidade do filho e controlem reações e expressões de reprovação ao escutá-lo, para só então orientar e expressar suas opiniões e valores. 


A sexualidade na adolescência é uma característica do ser humano nesta etapa do desenvolvimento. Sua manifestação é sinal de um desenvolvimento saudável e desejado e não deve ser negada, nem omitida, mas orientada e acompanhada pelos pais e responsáveis. Muitos se perguntam qual a melhor hora para falar sobre sexo com os filhos, sobre “como”, “quando” e o “que” falar.

“O momento certo para abordar o assunto, a princípio, é na adolescência, que tem seu início com a puberdade. Mas é preciso usar de toda sensibilidade e percepção para cada caso de acordo com as diferenças no desenvolvimento que varia de pessoa para pessoa”, explica Karin Kenzler, orientadora educacional do Ensino Médio do Colégio Humboldt - instituição bilíngue e multicultural (português/alemão), localizada em Interlagos (SP).

A orientadora afirma que os jovens de hoje são expostos ao tema muito cedo e de maneira desordenada por diversos meios da mídia, como a televisão e a internet, e que vivemos numa cultura na qual a sexualidade é muito exposta e, de certa forma, banalizada. Também ocorre uma erotização precoce dos jovens e de suas relações. Por outro lado, as dúvidas sobre o tema ainda permanecem para os filhos. “Isso tudo dificulta determinar o momento certo de iniciar o diálogo sobre o tema, pois este não segue mais apenas o curso natural do amadurecimento biológico. É necessário estar atento à curiosidade dos filhos, mudanças de comportamento e interesses para dar abertura a uma conversa. Atender sempre à demanda das perguntas dos filhos é a melhor maneira de acompanhar esta fase”, pondera.

Outra boa forma de abordar o assunto minimizando a vergonha e o constrangimento tanto do pai como do filho é falar de fatos relacionados ao tema veiculados na mídia.
“O comportamento sexual dos jovens hoje é muito diferente do de 50 anos atrás e um possível choque cultural na hora de falar do assunto pode ser inevitável. Os jovens estão muito mais familiarizados com o tema pela constante exposição por meio das mídias, e se vão procurar os pais para conversar a respeito vai depender principalmente da postura e atitude dos mesmos diante do assunto. Os pais precisam controlar suas reações ao escutar os filhos e conter expressões de reprovação e censura num primeiro momento, priorizando uma postura curiosa e interessada para manter a abertura do canal de comunicação. Uma vez estabelecida essa relação de confiança e intimidade, os pais poderão e deverão orientar e expressar suas opiniões e valores”.

A orientadora também alerta que muitos pais temem abordar o assunto com medo de precipitar a curiosidade e iniciação sexual. “Mas o acesso a informações não precipita a iniciação sexual, pelo contrário, torna o jovem mais apto a tomar suas próprias decisões e precauções e a fazer frente às pressões do grupo e da sociedade”, diz Karin. “Os pais precisam se preparar para esta fase e buscar as informações que precisam, assim como se inteirar do universo e cultura jovem para poder interagir, orientar e intervir”.

Perguntas relacionadas ao tema, como a origem dos bebês e da diferença dos sexos, podem surgir já na primeira infância. Portanto, novamente, os pais precisam estar preparados desde cedo e munidos de naturalidade e simplicidade para responder. “Na hora de dar uma orientação ou responder a uma pergunta é importante checar o grau de conhecimento do jovem ou criança, devolvendo a pergunta ou questionando a origem da informação ou da dúvida, para não cometer o erro de dar a resposta errada ou informações indevidas para aquele momento”, continua a orientadora. “É importante lembrar que o filho só vai expor-se na mesma medida que o pai o faz. A intimidade precisa ter certa reciprocidade com as devidas adequações à faixa etária. Contar ou apenas lembrar-se de sua própria adolescência, pode ser uma luz no caminho para o diálogo”, conclui Karin.




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