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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Cuidados podem ajudar a prevenir trombose em viagens longas



Viagens de avião aumentam em até três vezes a probabilidade de se desenvolver tromboembolismo venoso (TEV)[i], soma de trombose e embolia pulmonar


A maior parte das pessoas já ouviu falar sobre trombose ou conhece alguém que tem a doença, que é relativamente comum. No Brasil, cerca de 180 mil novos casos surgem a cada ano[ii]. A trombose venosa profunda (TVP), popularmente conhecida apenas como trombose, ocorre quando o sangue tem a sua circulação interrompida, formando um coágulo – também chamado de trombo – na parte inferior do corpo, sendo mais comum nas veias das pernas. O quadro formado quando esse coágulo se desloca para as artérias pulmonares, atrapalhando a passagem de sangue para o pulmão, é chamado de embolia pulmonar, que, somada à trombose, recebe o nome de tromboembolismo venoso (TEV).

Os sintomas da trombose incluem dores nas pernas – principalmente nas panturrilhas, podendo se estender até os pés e os tornozelos –, sensação de queimação na região afetada, inchaços e mudança de coloração da pele, que pode adquirir um tom avermelhado ou azulado em função da concentração de sangue. Embora a doença seja bastante conhecida – estima-se que um ou dois a cada 100 mil habitantes sejam afetados por ela e pela embolia pulmonar[iii] –, muitos não sabem que, em pessoas que já têm uma predisposição genética, ela pode ser desencadeada por situações corriqueiras.

Em geral, circunstâncias em que passamos muito tempo sentados, sem movimentar as pernas, configuram um fator de risco para o desenvolvimento da condição. Por isso, o surgimento da trombose está fortemente associado a viagens longas de automóvel e, principalmente, de avião, em que a pressão da cabine e umidade do ar são baixas. O espaço restrito da aeronave também contribui para que passageiros não se movimentem durante o voo, especialmente os que escolheram assentos junto às janelas, nos quais a mobilidade é ainda mais reduzidai. No meio do ano, devido às férias escolares, o fluxo de viagens das famílias costuma aumentar. O período, portanto, é propício para o surgimento de novos casos, sobretudo para viagens internacionais.


Cuidados e Prevenção

Embora a trombose possa provocar complicações sérias e sequelas permanentes, alguns cuidados simples podem ser adotados para ajudar a preveni-la e garantir uma viagem segura e férias tranquilas. De acordo com o Dr. Ivan Casella, cirurgião vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, “Prevenir a trombose é muito mais fácil do que tratá-la. Para os que têm viagens marcadas ou costumam viajar com frequência, recomendamos que o passageiro se levante e realize pequenas caminhadas de hora em hora e procure movimentar as pernas enquanto estiver sentado. Usar roupas confortáveis, meias de compressão e manter-se hidratado também são medidas importantes”.

Para os que já têm a doença, recomenda-se exercícios frequentes dos membros inferiores e a adoção dos mesmos cuidados indicados para a prevenção, além do acompanhamento e tratamento orientados por um especialista. “Os tratamentos para a trombose costumam ser feitos a partir de medicamentos anticoagulantes, que “afinam” o sangue, diminuindo sua capacidade de coagulação, e impedindo a formação de trombos”, afirma o Dr. Ivan.

Devido a essa propriedade dos medicamentos, alguns profissionais que prescrevem o uso de anticoagulantes orais de forma contínua têm receio de que pacientes não consigam controlar sangramentos em caso de acidentes ou cirurgias de emergência[iv]. De acordo com o Dr. Ivan, no entanto, as últimas tendências em terapêutica anticoagulante prometem garantir ainda mais segurança para médicos e  pacientes. “Tecnologias inovadoras têm sido incorporadas aos tratamentos anticoagulantes orais no mundo inteiro. Em breve, teremos, no Brasil, agentes reversores para esses medicamentos, que devolvem ao sangue seu efeito coagulante em minutos, garantindo maior segurança mesmo em situações emergenciais”, afirma.



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[i] Ferreira, Rita, et al. "Profilaxia do tromboembolismo venoso em viagens de longa duração." Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 31.5 (2015): 314-24.

[ii] Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV SP), em http://sbacvsp.com.br/trombose-venosa-profunda-tvp/, 2014. [Último acesso em 07 de julho de 2017].

[iii] Dados do Governo Federal, disponíveis em http://www.brasil.gov.br/saude/2014/09/dia-nacional-de-prevencao-e-combate-a-trombose-e-nesta-terca-16, 2014. [Último acesso em 07 de julho de 2017]

[iv] Sen, Souvik, and Katherine Willett Dahlberg. "Physician's fear of anticoagulant therapy in nonvalvular atrial fibrillation." The American journal of the medical sciences 348.6 (2014): 513-521.





Robôs digitais e fake news podem ser armadilhas para empresas



Massificação infla as audiências de publicidade; falto tráfego é chamado de NHT

Atualmente, as chamadas ‘fake news’ - ou ‘notícias falsas’ – e os robôs digitais – ou ‘bots’ - têm ganhado espaço na internet e podem prejudicar, e muito, uma empresa sem que ela se dê conta do que está acontecendo. De acordo com Bernardo Lorenzo-Fernandez, da consultoria de Inteligência Digital Folks Netnográfica, esta relação merece muita atenção, pois as empresas podem estar jogando dinheiro fora ou arriscando sua imagem sem saber.

Mas, o que são fake news e bots? Que fake news não é notícia verdadeira, todo mundo sabe, mas pouca gente sabe que é também um ótimo negócio. São geradas a baixo custo, em alta velocidade, com títulos chamativos, em grande quantidade. “Existem muitas páginas de notícias deste tipo, com alta audiência. Têm aparência de portais noticiosos independentes, podem até ter um editor, sempre com perfil falso. Todas são  desenhadas para atrair tráfego. Oferecem espaços de exibição de publicidade a baixo custo e conseguem enganar os otimizadores de mídia. Quando são descobertos, os donos, que são difíceis de identificar, fecham a página imediatamente e abrem outra similar em outro endereço, normalmente fora do Brasil”, explica Lorenzo-Fernandez. 

Já os robôs são programas que agem de forma autônoma na internet, simulando o comportamento humano. “São perfis falsos nas redes sociais. Bots ficam amigos de outros bots, e também de pessoas reais que não sabem da existência deles. São programados para visitar todo tipo de destino na internet, inclusive os portais de notícias falsas e as redes sociais. Simulam uma multidão de pessoas conversando ou vendo seu anúncio, só que é tudo artificial. Agem freneticamente: tanto para difundir opinião e fake news  por meio de massificação (cut/paste), a serviço de algum interessado, que paga os programadores; bem como para inflar as audiências de publicidade, enganando os otimizadores de compra de mídia. ”. Esta avalanche de tráfego falso é chamada de NHT, isto é, tráfego não humano, na sigla em inglês. 

E é tudo isso que transforma estes dois temas em uma armadilha para o mercado empresarial.  O executivo alerta ainda que cada vez mais verbas do orçamento de Marketing das empresas têm sido alocadas para o Digital. Mas os algoritmos de compra de mídia não distinguem adequadamente robôs de humanos e nem os portais idôneos dos de fake news. “Sua empresa pode estar pagando por audiência falsa, jogando dinheiro fora. Sua publicidade pode estar patrocinando portais de fake news, e sabe-se lá que tipo de interesses escusos por trás deles. O risco de associar sua imagem e marca a páginas falsas e seu orçamento a tráfego não humano não pode ser ignorado”, revela.

Lorenzo-Fernandez alerta que as empresas devem estar conscientes dos riscos. Ao associar sua publicidade ao lado de conteúdos inadequados, sabe-se lá que tipo de interesse a empresa estará inadvertidamente patrocinando; e quanto dinheiro estará desperdiçando com audiências falsas. “Para o bem e para o mal, é impossível entender a sociedade de hoje sem levar em consideração cuidadosa os impactos do Digital. Trata-se de um mundo novo, nem sempre admirável.  Juntamente com as oportunidades do Digital, vieram também novas ameaças”, conclui. 




Baixa umidade no Brasil agrava olho seco



Mulheres têm o dobro da doença. Saiba como proteger seus olhos.


A previsão do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é de até final de setembro a baixa umidade do ar vai predominar na maior parte do país com probabilidade de chuva em nível normal só no sudeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul neste período.  Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier em Campinas significa que a população deve redobrar a atenção com a lubrificação dos olhos. Isso porque, explica, a produção do filme lacrimal sofre influência da umidade do ar e tende a diminuir nos períodos de seca. O olho seco, observa, predispõe a quadros de alergia ocular, conjuntivite, inflamação na córnea e até aberrações na sua superfície que comprometem a qualidade da visão.

O oftalmologista afirma que a lágrima alimenta, protege, oxigena e limpa a superfície dos olhos, além de manter lisa a córnea, lente externa do olho responsável pela refração. Para se ter uma ideia da influência da estiagem na lubrificação ocular, o especialista conta que os prontuários do pronto socorro do hospital mostram que nos últimos 40 dias os diagnósticos de síndrome do olho seco saltaram de 10% para 15% das consultas.

“Isso acontece porque o tempo seco facilita a evaporação da camada aquosa da lágrima que também tem uma camada de gordura e outra de muco ou proteína”, afirma. Os sintomas da síndrome são coceira, queimação, olhos vermelhos e irritados, visão borrada que melhora com o piscar, lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz, desconforto após ver televisão, ler ou trabalhar em computador.


Outros fatores de risco

Queiroz Neto destaca que outros fatores ambientais como o excesso de uso do computador, ar condicionado e a poluição, além de fatores fisiológicos e outras doenças contribuem com o aparecimento do olho seco. Isso explica porque o relatório de um workshop internacional que acaba de reunir pesquisas de 50 especialista classifica o olho seco como uma doença multifatorial. Os pesquisadores afirmam que a síndrome pode estar relacionada a muitas doenças. Entre elas, as disfunções na glândula de Meibômio que causam terçol ou calázio quando sofrem obstrução, ou a presença de doenças autoimunes como a síndrome de Sjögren, síndrome de Stevens Johnson, lúpus e até as alergias. 


O dobro em mulheres

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a mulher tem o dobro de olho seco que o homem. Entre elas a   prevalência é de 6,6% contra 2,8% entre eles. Queiroz Neto explica que os hormônios sexuais femininos são o principal motivo dessa diferença. Isso porque, durante o ciclo menstrual, gravidez e menopausa ocorrem várias alterações na córnea. As principais são:  variações de espessura, hidratação, curvatura, sensibilidade, pigmentação endotelial, tolerância à lente de contato e flutuações na acuidade visual. 
Além disso, comenta, o estrogênio e a progesterona fazem o  corpo da mulher produzir mais anticorpo. Isso explica a maior prevalência de doenças autoimunes que facilitam o aparecimento do olho seco entre elas.


Lente de contato

O oftalmologista ressalta que o uso mais frequente de lente de contato pela população feminina também contribui para que a prevalência do olho seco seja maior entre elas. Isso porque, o desgaste da lente aumenta em até três vezes o risco de desenvolver olho seco por abreviar o tempo de ruptura do filme lagrimal, aumentar a evaporação da lágrima e a degradação da camada de mucina. 


Diagnóstico e tratamento

O especialista afirma que 4 em cada 10 brasileiros só procuram por atendimento médico depois de usar o primeiro colírio que encontram para aliviar o desconforto nos olhos. É um erro porque pode mascarar problemas graves. O diagnóstico do olho seco não é invasivo. Pode ser é feito através da contagem da produção lacrimal com um papel milimetrado e pelo teste de rosa bengala ou lissamina verde. O tratamento é feito com colírio lubrificante. A dica é dar preferência aos medicamentos sem conservante ou com conservante virtual que evapora em contato com o olho para evitar irritação. Para aumentar a estabilidade doa lágrima e diminuir a evaporação a recomendação é incluir na dieta alimentos ricos em ômega 3 como a sardinha, bacalhau e nozes, ou  tomar uma cápsula de semente de linhaça diariamente. 


Prevenção

Por se tratar de uma doença multifatorial, dificilmente é possível prevenir todos os fatores de risco. As principais dicas do oftalmologista para evitar o ressecamento dos olhos são:

·                    Quem usa lente deve ter também um par de óculos para descansar os olhos.

·                    Procure piscar na frente do computador e coloca ruma vasilha de água no ambiente

·                    Avise seu médico sobre medicamentos e colírios em uso. Todo remédio tem efeitos colaterais e pode ser que você precise se proteger mais.

·                    Procure dormir de 6 a 8 horas/dia

·                    Evite fazer reposição hormonal por conta própria

·                    Nas atividades externas proteja os olhos com óculos escuros.





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