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domingo, 2 de julho de 2017

Cirurgia de catarata: laser de femtossegundo supera técnica convencional



De acordo com o Ministério da Saúde, são realizadas quase 600 mil cirurgias de catarata por ano no Brasil. Segundo Renato Neves, cirurgião-oftalmologista e presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, a proporção de cirurgias a laser e de facoemulsificação ainda é de 1:5. Mesmo assim, o especialista afirma que o laser de femtossegundo aumenta a precisão e a segurança do procedimento – o que também implica em ganhos para o paciente.

No Brasil, pelo menos metade da população de idosos sofre de catarata e cerca de 1,5 milhão perdeu completamente a visão por causa dessa doença em que a lente do cristalino vai ficando esbranquiçada até a pessoa não enxergar mais nada. A cirurgia para remoção da catarata, seguida do implante de lentes intraoculares (LIOs), não só possibilita ao paciente voltar a enxergar, como ainda rejuvenesce a visão e aumenta a segurança na locomoção.

A técnica mais utilizada ainda é a facoemulsificação, que remove a catarata através de uma cirurgia com pequena incisão. O paciente recebe anestesia tópica, à base de colírios, e depois disso é feita uma incisão em degrau de cerca de dois milímetros na esclera (parte branca do olho) ou na córnea clara (no limite entre a córnea e a esclera). Com o ultrassom, a catarata é fracionada em partículas microscópicas e, posteriormente, aspirada. Na sequência, é implantada uma lente intraocular (LIO).  Neves explica que a incisão em degrau faz com que o olho permaneça completamente selado pela pressão natural externa.

Mas a grande conquista nesse campo é o uso do laser de femtossegundo, que garante mais precisão em cada uma das principais etapas envolvidas na cirurgia. De acordo com o cirurgião, os excelentes resultados obtidos desde o início em que se começou a usar o laser de femtossegundo nas cirurgias de catarata compensam de longe os altos investimentos no equipamento. “Enquanto na cirurgia tradicional a incisão na córnea é feita manualmente, neste novo procedimento as estruturas do olho são analisadas por um tomógrafo de coerência óptica tridimensional e as incisões e a fragmentação da catarata são realizadas com uso do laser, garantindo uma recuperação mais rápida para os pacientes”.

Neves afirma que a utilização do laser de femtossegundo simplifica a retirada da catarata e permite um perfeito posicionamento da lente intraocular. “Não se trata de algo novo, mas ainda são poucos serviços de saúde ocular que fazem uso desse tipo de laser, já que exige grandes investimentos. A Oftalmologia, inclusive, foi a primeira especialidade da Medicina a empregar o laser com fins terapêuticos. Em constante evolução, podemos aguardar mais novidades em breve em termos de aplicações diagnósticas e tratamentos cada vez mais precisos e eficazes”.










Fisioterapeuta Pélvica explica caso da atleta que defecou em luta de MMA



A incontinência fecal está relacionada à funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico


O episódio da lutadora que evacuou durante uma luta de MMA vem chamando atenção. Justine Kish não conseguiu segurar as fezes após realizar um grande esforço para se livrar de um golpe de sua oponente, a lutadora Felice Herring. Mas, esse não foi um caso isolado. Segunda a fisioterapeuta, especializada em Saúde da Mulher, Eliana do Nascimento, da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, atletas de alto rendimento têm sido protagonistas de cenas como essa em diferentes modalidades. “Isso ocorre devido à um aumento exagerado da pressão intra-abdominal que sobrecarrega os músculos do assoalho pélvico. O caso já ocorreu em outros atletas como corredores, halterofilistas e judocas. Esses músculos são responsáveis por manter a continência, tanto urinária, quanto fecal”, diz.

É comum associar a incontinência à fraqueza muscular. Então, por que um atleta, que possui músculos fortes e bem definidos, apresentaria incontinência? A resposta é simples, nem sempre uma musculatura forte é funcional. “Quando falamos que um músculo é funcional, queremos dizer que ele está desempenhando sua função de forma correta e trabalhando em sinergia perfeita com outros músculos e estruturas. No caso do assoalho pélvico, essa sinergia deve ocorrer entre a musculatura profunda abdominal e o diafragma respiratório, mantendo assim a estabilidade e contendo a pressão intra-abdominal, para que não haja sobrecarga”, explica Eliana. 

Em atividades de alto impacto os músculos do assoalho pélvico precisam ser trabalhados na mesma proporção dos grandes grupos musculares para que não ocorra falha na ativação dessa musculatura, predispondo a incontinência urinária ou fecal.

Existem diversos recursos fisioterapêuticos que podem auxiliar na melhora da perda fecal em atletas, como exercícios terapêuticos específicos, eletroestimulação, biofeedback, entre outros. Portanto, prestar atenção na musculatura profunda estabilizadora é fundamental nas atividades de grande impacto e o auxílio de um profissional especializado evita a piora do caso.





Perda da visão no trabalho dispara



Relatórios da Previdência mostram que em cinco anos a  visão subnormal e cegueira cresceram mais de 5 vezes nas empresas. Saiba como prevenir.


O serralheiro José Márcio Anchieta (62) não cabe em si de contentamento por ter recuperado a visão em recente cirurgia de catarata realizada pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier. 

 "A cegueira fez meu mundo ficar pequeno. Tive de parar de dirigir, trabalhar e até visitar os amigos. Quando o curativo foi retirado do olho fiquei maravilhado com a nitidez da minha visão. Enxergar não tem preço. Agora posso retomar minha vida", diz emocionado. 

Queiroz Neto afirma que a catarata já tinha deixado o cristalino de Anchieta completamente branco. Por isso, não era possível avaliar o fundo de olho por fundoscopia para checar se a retina estava saudável. Decidiu operar assim mesmo porque a cirurgia que substitui o cristalino opaco pelo implante de uma lente é o único tratamento. Sem a operação, o serralheiro estaria condenado à cegueira permanente e passando por ela poderia voltar a enxerga,r como aconteceu.


Acidentes no trabalho

Anchieta conta que além da catarata no olho operado,  uma perfuração com chave de fenda fez com que ficasse definitivamente cego do outro. Este tipo de intercorrência é mais comum do que se possa imaginar. As estatísticas anuais da Previdência mostram que em 2015, último levantamento divulgado, 56% dos acidentes oculares no trabalho foram causados por corpo estranho. 

Os acidentes ocupacionais na região dos olhos teve um crescimento de 36% de 2010 para 2015. A comparação entre os relatórios dos dois anos também mostra que a visão subnormal e a cegueira aumentaram em mais de 5 vezes neste período. Passaram de 0,75% dos acidentes registrados em 2010 para 3,8% em 2015.

De acordo com Queiroz Neto, nem sempre uma perfuração leva à perda da visão. Depende das lesões que causa. "Quando atinge o fundo do olho aplicamos laser para estancar o sangramento e evitar a cegueira. Mas, se a lesão atingir a mácula, parte central da retina, causa visão subnormal ou cegueira irreversível",  explica. Para ele que não conhecia Anchieta na época do acidente, deve ter sido isso que aconteceu quando o olho dele foi atingido pela chave de fenda. 

Prevenção de acidentes
O oftalmologista afirma que o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) evita 90% dos acidentes oculares. A escolha dos óculos de proteção leva em conta a atividade e o ambiente de trabalho. As principais dicas do médico são:

Proteção lateral total  - Óculos indicado para impedir partículas multidirecionais e penetração de radiação UV (Ultravioleta) 

Protetor com perfuração – Permite a ventilação e é ideal para não embaçar a lente em ambientes quentes. 

Protetor fixado em tela de aço – Indicado para evitar perfuração ocular por partículas mais pesadas.

Proteção lateral fixa - Para atividade de baixo risco como supervisores e dentistas que precisam manter boa visão periférica.


Como adiar a catarata

Queiroz Neto ressalta que ninguém escapa da catarata - turvamento do cristalino provocado, na maioria dos casos, pelo envelhecimento dos olhos. Mas,  recomenda não deixar amadurecer demais para que a cirurgia seja mais segura. 

Os primeiros sinais da catarata elencados pelo médico são: mudança frequente do grau dos óculos, perda da visão de contraste, dificuldade de enxergar à noite ou em ambientes escuros e aumento da fotofobia (aversão à luz).

As dicas do oftalmologista para adiar a doença são:

• Usar óculos de segurança no trabalho e na prática de esportes que evitam em 90% os traumas oculares  

• Fazer exercícios físicos para diminuir o estresse.

• Usar óculos com lentes que filtrem 100% da radiação UV emitida pelo sol mesmo em dias nublados, lembrando que as lentes transparentes dos óculos de grau também podem ter esta proteção.

• Não fumar,  já que o hábito provoca o envelhecimento precoce inclusive dos olhos.

  Manter o diabetes sob controle. Oscilações daglicemia favoreçam a aglomeração de proteínas no cristalino.

• Dar preferência â pílula anticoncepcional com baixa dosagem de hormônio 







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