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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Grávidas e parturientes devem se vacinarem contra a gripe



No próximo dia 13 de maio, acontecerá o dia D, de mobilização nacional para a Campanha de Vacinação contra Gripe, em todo país, disponibilizada pelo Ministério da Saúde nos postos de saúde. Gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto) fazem parte do grupo prioritário que receberá a vacina. Isso porque elas têm maior risco de desenvolver complicações causadas pela doença e, ao contrário do que se pensa, é mito acreditar que grávidas não devem ser vacinadas.

“A participação das gestantes nesta campanha contra a gripe é de extrema importância e não há problema algum que a futura mamãe seja vacinada, uma vez que o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, é fundamental realizar a imunização no período da campanha para garantir a proteção antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai de final de maio a agosto”, afirma Dr. Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, autor do livro Gestação – Mitos e Verdades sob o olhar do obstetra.

Já o Dr. Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra, autor do livro “`Parto Sem Medo” acrescenta que, “logo após a vacinação ocorre imediatamente a imunização passiva do bebê, que passa a ser protegido até os seis meses de idade”, destaca o médico.

A campanha, que iniciou no último dia 17 de abril, vai até o dia 26 de maio e protegerá a população contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A proteção dura um ano e o objetivo da campanha é reduzir o número de hospitalizações e riscos de morte devido à gripe.




Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e Pós-Graduado Residência Médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Ligado às maternidades Santa Joana e Maternidade Pró-Matre Paulista.


Dr. Alberto Guimarães - lidera o Programa Parto Sem Medo, novo modelo de assistência à parturiente que defende que o parto é um procedimento pelo qual a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis, no Rio de Janeiro, e mestre pela Escola Paulista de Medicina, atualmente exerce o cargo de gerente médico do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM) em maternidades municipais de São Paulo para o Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana.




Violência explode nos consultórios, clínicas e hospitais 6 em cada 10 pediatras de São Paulo já foram agredidos por pacientes e familiares



Os dados são oficiais, da própria Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
Em pesquisa respondida por 345 de seus associados, 7,5% da amostra questionada, foi registrado que 64,64% já sofreram algum tipo de agressão durante o exercício da medicina.

A sondagem foi realizada entre novembro e fevereiro últimos, por meio de questionário estruturado, enviado via on-line, com consolidação eletrônica. A violência se manifesta das mais diversas formas: psicológica (57,39%), seguida de física (6,38%), cyberbullyng (1,45%) e assédio sexual (1,16%).

“O quadro requer atenção máxima e atitude das autoridades da Segurança Pública e da Saúde”, pondera Claudio Barsanti, presidente da SPSP. “Chamo atenção a um índice que, a princípio parece menor, mas não é: cyberbullyng. Os episódios têm aumentado demais nos últimos anos e pautados em inverdades e destemperos. São situações que podem destruir a carreira de um profissional, pois as redes sociais admitem tudo e ainda não possuem regulação adequada para coibir abusos. A Sociedade de Pediatria lutará pela segurança e para resguardar os pediatras de São Paulo”.

Outro fato preocupante é que 75,65% dos pediatras já presenciaram cenas de violência contra profissionais da saúde, sendo que 38,26% deles afirmaram ter acompanhado agressões simultâneas a mais de um.

A despeito dos números alarmantes, 54,20% dos pediatras não reportaram às diretorias clínica ou técnica a agressão sofrida ou presenciada. Sobre aqueles que deram queixa, 82,61% relatam não terem recebido apoio efetivo, o que, claramente, desmotiva outros médicos a denunciarem.

Com foco ainda nas denúncias, 83,19% dizem não ter feito queixa para a Polícia
ou em órgãos públicos. Aliás, 93,33% dos pesquisados desacreditam que tais autoridades estejam empenhadas em resolver o problema da violência
sofrida pelos profissionais da saúde.

Por fim, quase 97, 7% dos pediatras creem que a violência contra o profissional da saúde vem aumentando nos últimos anos.



Enfrentar a fase metastática do câncer é um desafio para diminuir a taxa de mortalidade da doença



As perspectivas sobre câncer são objetivas quando destacam a importância da prevenção: quanto mais cedo a descoberta do tumor, mais chances de cura da doença. Porém, a fase avançada da doença enfrenta grandes tabus. O motivo para o alerta são as taxas de mortalidade da doença, que é responsável por uma em cada seis mortes no mundo, segundo os dados divulgados em 2017, pela Organização Mundial da Saúde¹. A entidade aponta que, mesmo com o aumento de rastreamento, no Brasil, os casos de óbito aumentaram 30% entre 2000 e 2015 no País².
 
O grande desafio do tratamento do câncer é a detecção do tumor antes da migração das células cancerígenas pelos vasos sanguíneos ou vasos linfáticos para outras áreas do corpo, processo conhecido como metástase. Segundo o médico, Gilberto Amorim, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia, este processo muitas vezes acontece antes dos primeiros sintomas da doença. “O câncer é uma doença silenciosa em seus estágios iniciais, é comum que a metástase acabe dando os sintomas críticos, que fazem o paciente buscar ajuda médica e descobrir a doença, mesmo que tardiamente’”, explica o oncologista.
 
Um exemplo é o câncer de mama, que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, depois do câncer de pele não melanoma. Apesar de se atentar aos sintomas devidamente divulgados nas campanhas de conscientização, Amanda da Silva Santos Pinto, de 37 anos, do Rio de janeiro, descobriu a doença devido a dores que sentia nas costas.  Ao consultar o médico descobriu que estava com duas vértebras por conta da metástase óssea de um tumor na mama HER2 positivo, responsável por 15%-20% dos diagnósticos de câncer de mama.  “Quando descobri a doença, entre 2013 e 2014, acabei fazendo tratamento em três lugares diferentes, na coluna, bacia e seio. Tinha um filho de cinco meses e um de 10 anos, foi muito difícil, mas há mais de um ano parei o tratamento para fazer manutenção e tenho uma rotina comum”.
 
O controle da doença da Amanda aconteceu por meio do sistema privado, por meio de terapias individualizadas focadas no câncer metastático. Com o avanço da medicina, os casos avançados de câncer deixaram de ser uma sentença de morte. Contudo, muitas vezes, os tratamentos adequados não estão disponibilizados no sistema público de saúde. “Há terapias inovadoras para o tratamento da metástase, mas as burocracias para chegar no paciente no momento certo são muitas e esse é uma barreira que aumenta a taxa de mortalidade ou a perspectiva de maior sobrevida. É importante ampliar o acesso, vidas estão sendo ceifadas precocemente”, afirma Dr. Amorim.
 
No caso do câncer de mama, a metástase é comum em órgãos como cérebro, fígado, osso e pulmão e depende do tamanho e localização do novo tumor para que hajam sintomas. Há também casos em que, quando a metástase é encontrada, após o término do tratamento, é considerado recidiva à distância, que acontece quando células cancerosas que se desprendem do tumor primário e sobreviveram ao tratamento.

O oncologista ressalta que, ao contrário da forma de enfrentar a fase metastática no passado, atualmente, já é possível controlar a evolução da doença e promover mais qualidade de vida para essa paciente para que tenha uma rotina o mais normal possível. “ Quem sabe, num futuro próximo, o câncer metastático cada vez mais, possa se tornar uma doença crônica”, finaliza Dr. Amorim.   








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