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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Hábitos facilitam doenças oculares, diz pesquisa



Pesquisa inédita do Ministério da Saúde  aponta crescimento de doenças crônicas que afetam a visão. Saiba como prevenir.


A pesquisa Vigitel 2016 recentemente divulgada pelo Ministério da Saúde alerta para o crescimento da obesidade, hipertensão e diabetes no Brasil. De acordo com  oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o levantamento indica que a população deve estar mais atento à saúde ocular e fazer exames oftalmológicos anuais. Isso porque, estas alterações podem causar graves danos à visão.


Retinopatia por hipertensão arterial

O oftalmologista observa que o crescimento da obesidade em 60% nos últimos 10 anos, apontado pela pesquisa,  facilita o aparecimento da retinopatia hipertensiva. Isso porque, o excesso de gordura predispõe à hipertensão arterial que segundo a Vigitel teve um crescimento de 14% no mesmo período. Queiroz Neto ressalta que a soma da obesidade com a hipertensão arterial eleva o risco de contrair retinopatia hipertensiva. A doença, explica,  é caracterizada pela  obstrução dos vasos e  artérias da retina, membrana no fundo do olho que grava as imagens transportadas ao cérebro pelo nervo óptico. "No início a retinopatia hipertensiva não tem sintomas" afirma. Ainda assim, pondera, o exame de fundo de olho pode revelar o estreitamento das artérias da retina antes de surgir qualquer alteração na visão.  Os primeiros sinais da retinopatia hipertensiva são visão turva e diminuição do campo visual, mas só aparecem quando já avançou bastante. 

Para prevenir a evolução que pode levar à perda da visão o oftalmologista  recomenta acompanhamento oftalmológico anual,   manter a pressão arterial sob controle através de atividades físicas, medicamento para hipertensão arterial e consumo moderado de sal .

Os efeitos da  hipertensão mal controlada sobre a retina são a diminuição da circulação, enfraquecimento das paredes das artérias,  hemorragia e edema na mácula, porção central responsável pela visão de detalhes, pontua o especialista. 

O tratamento de edemas e déficits de visão inclui aplicação de laser e injeções intravítreas de corticóide.



Catarata

Queiroz Neto adverte que o brasileiro  consome o dobro de sal/dia que os 5 gramas preconizados pelo OMS (Organização Mundial da Saúde). Este consumo, ressalta, é  ainda maior nos meses mais frios. O excesso de sal na dieta aumenta o risco de desenvolver hipertensão arterial e  faz a catarata aparecer cada vez mais cedo no país. A doença, afirma, é a maior causa de cegueira tratável no mundo. Só no Brasil responde por 49% dos casos de perda da visão. Embora não possa ser evitada por também estar relacionada ao envelhecimento, pode ser adiada. O único tratamento é a cirurgia que substitui o cristalino opaco por uma lente que é implantada no olho. O sal, explica, regula os fluídos e substâncias extracelulares no nosso organismo. O consumo abusivo antecipa a catarata porque dificulta a manutenção da pressão osmótica entre as células da lente natural do olho e forma  depósitos que a tornam opaca. 

Outro inimigo do cristalino apontado pelo oftalmologista e pela Vigitel é o excesso de açúcar. Só para se ter uma ideia, a pesquisa mostra que o diabetes cresceu quase 62% em 10 anos e hoje atinge cerca de 9% dos brasileiros. Queiroz Neto afirma que o diabetes é multifatorial. Pode estar relacionado à genética, estresse,  excesso de bebidas alcoólicas, obesidade, hipertensão, dieta muito calórica que inclui alto consumo de açúcar, entre outros. O médico afirma que o diabetes também acelera a catarata por degenerar as células do cristalino.


Retinopatia diabética

Outra doença ocular  que geralmente surge após 10 anos de convívio com a hiperglicemia é a retinopatia diabética, importante causa de perda da visão na terceira idade. O especialista diz que o diabetes lentamente obstrui os vasos da retina. Inicialmente leva à diminuição da visão e à formação de manchas quando atinge parte da mácula.  Conforme evolui pode levar à formação de novos vasos. Por serem mais frágeis, estes neovasos podem romper e causar grande hemorragia no fundo do olho que leva à cegueira definitiva.  

Queiroz Neto alerta que alguns alimentos aumentam o risco de obstrução dos vasos e artérias. São os que combinam glicose e frutose, como por exemplo os refrigerantes, sucos industrializados, entre outros. Isso porque, explica, quando este coquetel cai no fígado é convertido em gordura. Para manter a visão, recomenda manter a glicemia sob controle e  checar a composição dos alimentos. Sempre que combinar açúcar e frutose representa um risco maior para a circulação, inclusive dos olhos.




Câncer colorretal: como prevenir da doença que atinge mais de 30 mil brasileiros por ano



Sociedade de Gastroenterologia de São Paulo orienta sobre hábitos e necessidade de exames para detecção precoce


Considerado o terceiro tipo de câncer que mais acomete as mulheres, perdendo apenas para o de mama e o quarto tipo que mais atinge os homens, o câncer colorretal é uma doença caracterizada por tumores que se desenvolvem no intestino grosso, conhecido como cólon e também no reto. A boa notícia é que se diagnosticado precocemente, a chance de cura do paciente aumenta em 70% dos casos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão é que mais de 34 mil pessoas sejam diagnosticas com a doença ainda este ano.

Segundo o presidente da Sociedade de Gastroenterologia de São Paulo, José Celso Ardengh, o sucesso do tratamento consiste em realizar uma varredura no intestino grosso (o cólon) e o reto, por meio do exame de colonoscopia para que os pólipos (espécie de verrugas), não se desenvolvam para um câncer no futuro. “O câncer colorretal é uma doença silenciosa e assintomática, por isso é importante que pacientes a partir dos 50 anos ou com histórico da doença na família façam o exame para investigação da doença”.

Quando o assunto é a prevenção da doença, os hábitos saudáveis precisam estar na rotina do indivíduo. A alimentação rica em frutas, legumes e fibras, além da prática de atividades físicas estão entre eles. O consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar devem ser evitados.

                                                           
Sobre a colonoscopia
Com o paciente sob sedação, é possível visibilizar o interior do reto, cólon e parte do íleo terminal (final do intestino delgado). Um tubo flexível, com uma minicâmera é introduzido no ânus do paciente, onde imagens são transmitidas em uma TV, sendo possível registrar fotos ou vídeos.



Incluir hábitos simples no dia a dia alivia sintomas do estresse



O estilo de vida e o estado emocional e psicológico são fatores preponderantes na manutenção da saúde. A medida que houver consciência que o modo de viver é, a curto prazo, prejudicial a saúde física e mental, haverá a necessidade em romper esses hábitos e padrões totalmente desfavoráveis. Daí a necessidade de avaliar diariamente os hábitos e rotina. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população mundial sofre com estresse. O distúrbio, por sua vez, pode ser causado por uma série de fatores. Sendo assim, o estresse em nível alto leva a hábitos nocivos e alguns tipos de vícios, os quais surgem como forma de encontrar prazer e relaxamento imediatos.

Diante disso, a psicóloga, escritora e palestrante, Marilene Kehdi, destaca que é preciso tirar o foco dos problemas e buscar alternativas saudáveis para melhor qualidade de vida e, nos casos graves, buscar a psicoterapia como auxílio.

De acordo com a especialista em doenças psicossomática, há inúmeros tipos de estresse, entre eles, o estresse psicológico, o estresse social, o estresse físico, o estresse emocional, o estresse profissional, o estresse crônico e estresse pós-traumático. Por consequência, seja qual for o tipo de estresse que o indivíduo vivenciar com frequência, este irá desencadear alguns sintomas e até dores. Deste modo, todos que sofrem de estresse crônico, ao longo da vida, desenvolvem, em maior ou menor grau, diversas doenças ou então cronificam os diagnósticos já existentes.

Com base nisso, é necessário aliviar o estresse do dia a dia e controlar a ansiedade, caso contrário, o indivíduo torna-se extremamente vulnerável a diversas doenças, inclusive, psicossomáticas. Contudo, a abordagem psicossomática não descarta nenhum fator no surgimento de uma patologia, sendo elas hereditária, biológica e genética, mas prioriza o aspecto psicológico e emocional no surgimento de vários sintomas e doenças. Ninguém consegue ser saudável física, mental e emocionalmente se não houver empenho neste sentido. O esforço próprio é fundamental.

Para amenizar o impacto do estresse na saúde é preciso tirar o foco dos problemas, reduzir a tensão, manter a autoconfiança, ter uma visão positiva a seu respeito, melhorar a qualidade do sono e da respiração. Toda pessoa agitada, ansiosa em nível alto, que vivencia com muita intensidade alguns acontecimentos da vida, apresenta problemas respiratórios, em alguns casos, crônicos.

Marilene explica que é preciso ter momentos de relaxamento, parar alguns minutos e respirar profundamente. Como por exemplo, fazer alongamento com o corpo e depois observar ao redor e alongar novamente. Essa pratica traz de volta o foco para o corpo e seus movimentos. Agindo desta forma, as consequências serão benéficas ao físico, mente e alma.

Evitar implicar com as situações e pessoas, ser flexível, erradicar qualquer manifestação de irritação ou raiva e até o simples fato de pensar em algo mínimo que afeta o humor são hábitos que inibem o transtorno. Do contrário, atinge e afeta o cérebro, desencadeando uma reação de estresse.

Sendo assim, há diversas formas, atitudes positivas, que ajudam aliviar o estresse. Como por exemplo, realizar exercícios físicos diariamente, de acordo com o nível de cansaço suportado pelo corpo. Segundo Marilene Kehdi, a prática da atividade física atua no cérebro de forma positiva, produzindo e liberando hormônios que causam sensação de prazer, felicidade e bem-estar, além de regular a sensação da dor.

Manter uma alimentação saudável, com tranquilidade, também é recomendável. Neste caso, é preciso ingerir alimentos que não sejam desencadeadores de problemas gástricos, alérgicos e que causem enxaquecas. Para isso, é preciso que haja auto avaliação e saber reconhecer o que faz bem e o que o corpo rejeita.

Outro gatilho para aliviar o transtorno é a meditação. De acordo com a psicoterapeuta Marilene, esta opção ajuda a direcionar pessoas ansiosas e inquietas ao equilíbrio, uma vez que, na prática, atua auxiliando a encontrar um modo tranquilo para resolver os problemas do cotidiano e situações adversas. 

Possui também papel terapêutico, pois ensina a prestar mais atenção às emoções e ao corpo, a lidar de forma diferenciada com o estresse, a manter uma atitude mental positiva diante dos desafios e, também, promove profundo relaxamento, o qual é essencial para uma vida de qualidade.

Contudo, a psicoterapia é eficaz para o autoconhecimento e também elaboração de fatos que insistem em assombrar e inquietar a mente e a alma do indivíduo que sofre com o estresse. Nessa linha de tratamento, o paciente é conduzido para o despertar novos (e melhores) comportamentos, além de obter a assistência para restabelecer o equilíbrio emociona. Em suma, o tratamento psicológico é fundamental para a busca do equilíbrio das emoções e ajustar para a um novo estilo de vida, no caso, menos estressante. Ainda assim, se na contingência o paciente vivenciar estresse novamente, o tratamento psicoterapêutico auxilia e orienta a melhor forma de reação, dentro do quadro psicológico, a fim de não desencadear crises.



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