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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Ortopedista comenta os malefícios do uso de mochilas com excesso de peso



 Em média, 74% de crianças e adolescentes apresentam algum tipo de dor na coluna cervical, ombros e lombar


Na volta às aulas é recorrente as crianças e adolescentes utilizarem mochilas pesadas, carregando excesso de livros e cadernos entregues no começo do semestre, todos os dias. Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida (CQV), Dr. Marco Paulo Otani, o sobrepeso da mochila muda o centro de gravidade do corpo, deformando a curvatura fisiológica da coluna, afetando a postura e causando doenças a curto ou a longo prazo. “Crianças e adolescentes podem desenvolver patologias como escoliose, hiperlordose, hipercifose, pinçamento do nervo e hérnia de disco, portanto, é imprescindível que os pais fiquem atentos ao peso das mochilas de seus filhos, que não devem ultrapassar 10% do seu peso”, explica o especialista.

Estatísticas mostram que a média de peso transportado nas mochilas é de 15% em relação ao peso do jovem, que ultrapassa o recomendado. Estima-se que 74% de crianças e adolescentes sintam algum tipo de dor na coluna cervical, ombros e lombar e os principais sintomas de que alguma doença está se desenvolvendo é quando o jovem passa a inclinar o corpo para frente ao transportar a carga pesada. “Geralmente, eles começam a apresentar dores na coluna cervical associadas a enxaquecas, e podem sentir dificuldade até para realizar tarefas do cotidiano, como pentear os cabelos. Deve-se procurar um especialista urgente assim que os pais percebam esses sintomas nos filhos, para que o melhor tratamento seja indicado”, enfatiza Dr. Marco Paulo Otani, que dá dicas para o uso da mochila de forma correta:

  • Procure usar sempre as duas alças de ombro para manter o peso da mochila melhor distribuído nas costas e ajuste as correias de ombro para manter a carga perto da parte posterior da coluna;
  • Ao levantar a mochila, dobre os joelhos;
  • Leve na mochila apenas os itens que são necessários para o dia. Deixe os demais livros em casa ou na escola;
  • Remova ou organize os itens mais pesados, embalando as coisas mais pesadas e carregando-as na parte mais baixa da mochila, no centro.

Se possível, opte por utilizar uma mala com rodinhas, ao invés da mochila nas costas


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

UM ANO PERDIDO?



Já é tradição na virada do ano que os analistas se debrucem sobre o balanço dos doze meses que se passaram e arrisquem previsões para período dos 365 dias que se inicia. Também é praxe que a grande maioria pince os eventos, dados e resultados mais sombrios do ano que passou e usem os mesmos óculos acinzentados para projetar o futuro imediato. 

Entretanto, como em tudo na vida, é necessário usar uma boa dose de equilíbrio tanto ao olhar o passado quanto ao que se esperar no novo ano. Senão, vejamos. Parece que 2016 dificilmente se librará do estigma que o marca como o pior ano da história recente do país, carregando uma bagagem extremamente negativa: impeachment da presidente da República, enxurrada de denúncias de corrupção e de prisão de lideranças políticas e empresariais, taxas recordes de desemprego, aumento da violência, além de trágicos acidentes, como a queda do avião da Chapecoense.

Mas essa marca calcada sobre 2016 será justa? Terão sido mesmo doze meses somente de más notícias? A resposta é não, pois é preciso colocar na balança fatos como a tranquila eleição de novos prefeitos e vereadores, com surpresas que podem se revelar benéficas. Isso, se se concretizarem as promessas de cortes de despesas supérfluas e busca de eficiência no serviço público. Vale também incluir na cesta dos pontos positivos a desaceleração da inflação; a ação da justiça contra a corrupção e a sangria dos cofres públicos; o sucesso da Olimpíada do Rio. E o envio ao Congresso de reformas há muito reivindicadas por quem quer ver o Brasil ingressar na tão sonhada fase de desenvolvimento sustentável. Entre elas, a fixação de um teto para adequar os gastos públicos à receita dos municípios, estados e União; a mudança no currículo do ensino médio, com um olhar para o mercado de trabalho; as alterações para conter o crescente déficit da Previdência Social. Como se vê, 2016 não foi um ano totalmente perdido, pois os primeiros passos foram dados rumo à direção correta. Mas o caminho é longo e ainda há muito chão a percorrer.   



Luiz Gonzaga Bertelli - presidente do Conselho de Administração do CIEE



Desafios de 2017 - flexibilização trabalhista é o caminho?




Vivemos um período de nova cultura e de mudanças na postura dos profissionais. Assim, se torna fundamental o debate sobre a possibilidade de mudanças nas leis trabalhistas, modernizando as relações, buscando também combater a atual crise econômica. Infelizmente nossa legislação ainda é complexa na relação entre empregadores, sindicatos e empregados.

Existe uma tendência no mercado de trabalho de maior participação dos profissionais nos resultados e ganhos, em detrimento de garantias que muitas vezes se mostram obsoletas. Com isto, as negociações deveriam estar focadas muito além do simples desejo de obter vantagens na negociação, mas sim criar mecanismos de sustentabilidade desse acordo, entendo que existe uma interdependência nas relações, sendo necessário o equilíbrio econômico e garantia de ganhos e lucros.

Flexibilizar alguns critérios de negociação, o ganho pelo resultado e a composição justa de uma remuneração total pode ser o caminho fundamental para esse equilíbrio, onde todos obtêm resultados pela importância que possuem no processo produtivo.

Hoje, infelizmente, a legislação tributária é implacável e a trabalhista em alguns pontos dificultam a criação de novas possibilidades de acordos. Pilares devem ser mantidos, como FGTS, 13º salário ou férias. Entretanto, o mundo mudou, as relações mudaram e as necessidades são outras.

Temas como remuneração, carga horária e até mesmo os direitos garantidos pela legislação, podem ser cumpridos de forma mais adequada para as necessidades de trabalhadores e empresas. Exemplos seriam encargos menores em ganhos por resultado (não somente no PLR), férias com maiores possibilidades de fracionamento, entre outros.

Assim, uma reforma trabalhista se mostra importante para modernização das empresas e para suportar momentos de instabilidade econômica, possibilitando a realização de acordos que sejam compatíveis com a necessidade de mercado, evitando situações de demissão em massa ou quebra de empresas como ocorridas recentemente.

Um caminho é focar a flexibilização nas estruturas de acordos coletivos e contrato de trabalho. O que é saudável mantendo os direitos principais, isto é, não suprimir, e sim ajustar a forma de cumpri-los. Ampliar a capacidade de negociar e fazer com que todos sintam parte do processo. Esta mudança é muito ligada ao bom senso das partes, deixando de lado a ideia de “levar vantagem em tudo”, que algumas pessoas possuem.

No modelo que temos hoje leva todos questionamentos trabalhistas para processos jurídicos, o que ocasiona um grande desgaste entre as partes envolvidas e trazendo prejuízos a todos. Assim, se mostra necessária de debate sobrea possibilidade de acordos livres, obedecendo uma regra mínima dentro de uma realidade.

Essa mudança ajudará na redução de processos na Justiça do Trabalho e aumentará a velocidade na tomada de decisão e nos resultados de ganhos tanto para as empresas como aos empregados.

Enfim, a mudança na nossa legislação trabalhista, por mais que a priori possa parecer problemática, se mostra fundamental e requer uma análise profunda. Só assim se terá uma evolução nas relações, onde todos os lados podem definir e ajudar a sustentabilidade de mercado, gerando empregos e ganhos justos de acordo com a performance de todos os envolvidos.




Celso Bazzola - especialista em recursos humanos e diretor executivo da Bazz Estratégia e Operação de RH.

Financeira
Avenida Paulista, 726, conjunto 1205 - 12º andar, Bela Vista/SP. Telefone: 11 3177-7800



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