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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Castelo da Fiocruz ganha iluminação amarela em alerta ao suicídio



O Castelo da Fiocruz ficará iluminado de amarelo durante todo o mês de setembro. O objetivo é valorizar a vida e chamar a atenção para o suicídio que, apesar de ser responsável por 32 mortes por dia no Brasil, ainda é tratado como tabu pela sociedade. Para a Fiocruz, este é um problema de saúde pública e a estatística somente será reduzida com esclarecimento e prevenção.

A campanha é uma parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV).  Um marco importante para colocar em pauta a questão foi a definição de 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Na data, profissionais de saúde e movimentos organizados se movimentam pela causa.         

A Fiocruz incluiu esta questão em sua agenda multidisciplinar de pesquisas, que são realizadas por especialistas de unidades como a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict). Os estudos abordam desde o suicídio entre idosos, adolescentes, indígenas e policiais até os relacionados às drogas, ao cyberbullying e às doenças incapacitantes, tais como Aids, esclerose múltipla, lúpus, hanseníase e câncer. A instituição durante o mês de setembro, entre outros eventos, vai promover palestras abordando os diversos aspectos do tema.       

“A instituição, seguindo outras iniciativas de prevenção e recomendações da OMS, entende que é preciso colocar a prevenção do suicídio na agenda de saúde mental da saúde pública brasileira, observando cuidados imprescindíveis como jornalismo responsável, arquitetura segura e  transporte cidadão”, ressalta o psiquiatra e psicanalista Carlos Estelita-Lins, pesquisador da Fiocruz e coordenador do Grupo de Pesquisa de Prevenção ao Suicídio da Fiocruz.        
                                                                       
Números
Segundo o relatório da OMS, o Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. O relatório revela que, anualmente, mais de 804 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo, o que representa uma morte a cada 40 segundos. Cerca de 75% dos casos ocorrem em países de rendas média e baixa. De acordo com especialistas, uma das maiores causas de tentativas de suicídio são os transtornos do espectro depressivo. Os estudiosos observam ainda que quem tenta suicídio pede ajuda.

A OMS afirma que é possível prevenir suicídios - mais de 90% poderiam ser evitados, segundo a agência. Para isso, defende, entre outras iniciativas, a adoção de uma abordagem multisetorial abrangente, já que muitos países não têm uma estratégia nacional de prevenção. No Plano de Ação de Saúde Mental 2013/2020 da OMS há uma meta de reduzir em 10% os índices de suicídio.

Em relação às faixas etárias, segundo os dados do relatório, o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 29 anos. O   documento, porém, mostra que as taxas de suicídio são maiores entre os que têm mais de 70 anos.

Mapa da Violência 2014/Jovens no Brasil
Nas capitais, o crescimento dos suicídios na população total do período 2002/2012 foi menor do que o dos estados como um todo: 33,6% para os estados e 21,9% para as capitais. Na população jovem, essa diferença é maior ainda: 15,3% de aumento nos estados e para 1,8% nas capitais. 

Esse contraste, de acordo com o mapa, indica, primariamente, que os polos dinâmicos do suicídio se encontram fora das capitais e, também, fora das grandes regiões metropolitanas, formando parte de um fenômeno global, denominado “interiorização da violência. Ainda assim, capitais como Salvador mais que quadruplicam o total de suicídios. Já em outras, como Boa Vista, Porto Velho, Maceió, Natal e Florianópolis os casos mais do que duplicam.

Chama também atenção no Mapa da Violência 2014, o fato que alguns desses municípios que aparecem nos primeiros lugares nas listas de mortalidade suicida são locais de assentamento de comunidades indígenas, como São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Tabatinga, no Amazonas, e Amambai e Paranhos e Dourados, no Mato Grosso do Sul.







DIA INTERNACIONAL DA CARIDADE




CVV - CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA











SETEMBRO LILÁS: A IMPORTÂNCIA DO COMBATE E PREVENÇÃO DO CÂNCER NOS ANIMAIS


sábado, 3 de setembro de 2016

Fraturamento hidráulico


Um estudo publicado recentemente na revista Seismological Research Letters, mostrou que o processo Fracking para extração de óleo e gás, conhecido como Fraturamento Hidráulico, causou, nos últimos 40 anos, aproximadamente 60% dos terremotos de magnitude acima de 3 na Escala Richter no Texas.

Esse processo consiste em uma perfuração vertical de 1,5 a 4,0 mil metros de profundidade; a seguir, a broca é girada 90º e continua perfurando na horizontal por 2,0 a 3,0 mil metros. Depois são injetados milhões de litros de água sob alta pressão, misturada com centenas de produtos químicos. Em seguida são detonadas cargas de explosivos ao longo da perfuração horizontal. 

Essa técnica fratura o subsolo e petróleo e gás começam a ser liberados para a superfície, onde uma refinaria os separa e descarta a água contaminada, que vai para o solo. Centenas de produtos químicos são utilizados, alguns muito tóxicos e cancerígenos, na proporção de 0,5% na água pressurizada.

Esse fraturamento também pode deslocar materiais radiativos para o solo e autoridades ambientais dos Estados Unidos já documentaram mais de 260 casos de contaminação desde 2005. Essa técnica é responsável pela contaminação do solo, aumento de doenças respiratórias, câncer de diversos tipos e terremotos. De acordo com geólogos dos Estados Unidos, a região do Texas, Nebraska, Kansas e Oklahoma, teve mais de 250 tremores de terra, dentro de um raio de poucos quilômetros em torno dos poços de fraturamento, sendo que a frequência e intensidade tem aumentado a cada ano.

Regiões estáveis agora apresentam terremotos, a cada ano mais fortes, devido a esse processo. Nos Estados Unidos, essa técnica tem isenções ambientais devido a uma Política de Energia de 2003, assinada pelo antigo presidente George W. Bush, um dos grandes magnatas da indústria de petróleo e gás.

Esse fraturamento hidráulico é questionado em todo o mundo e diversos países da Europa proíbem essa técnica, como é o caso da Alemanha, França, Bulgária, Espanha, Romênia, Irlanda e muitos outros, por riscos ao meio ambiente, saúde pública e provocação de terremotos.

A imagem pode conter: atividades ao ar livre e uma ou mais pessoas Aqui no Brasil, desde 2013, a ANP realiza rodadas de licitações para permitir a exploração por fraturamento hidráulico, sem transparência e consultas à sociedade, colocando em risco a vida de milhões de brasileiros. Esperamos que os órgãos governamentais não permitam em nosso solo essa técnica de alto risco e que a mídia divulgue todas as informações aos brasileiros.


Celio Pezza

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Lar para aliviar o estresse



A rotina do dia a dia nos deixa cada vez mais estafados e, por isso, a nossa casa precisa ser um refúgio de paz e tranquilidade


Com plantas, pedras, luz natural, o arquiteto Júnior Piacesi criou um ambiente cheio de referências naturais e que é um verdade alívio ao estresses diário. Foto: Gustavo Xavier

Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Internacional de Controle de Estresse, o brasileiro é o segundo povo que mais sofre de estresse no trabalho. Por conta disso, é imprescindível que a casa tenha a função de acolhimento e um poder relaxante para eliminar a exaustão cotidiana.

De acordo com o arquiteto Junior Piacesi, a casa precisa ter leveza para proporcionar ao morador um espaço onde descansar de fato. Para ele, a casa precisa desestressar, e ser um local para recarregar energias. “O ideal é que a casa te abrace e, para isso, os principais elementos a serem trabalhados são luz, verde, ventilação e cores. Cores bem claras conseguem deixar as pessoas mais tranquilas”, indica.

A integração com a natureza, visando o relaxamento, é uma das principais características de seu ambiente, “Suíte Master – Quarto de Hotel”, na Casa Cor 2016. O espaço conta com uma caixa de vidro, no box do banheiro, que vai do teto ao chão, permitindo a entrada de luz natural durante o dia. Além do uso de vidros, o arquiteto destaca a composição dos ambientes com flores, distribuídas dentro da casa, e o uso de materiais naturais, que ajudam a trazer boas sensações.  “Materiais como pedras ou outros elementos naturais são tendências. Eles têm essa intenção de aproximar esse homem estressado da natureza. As cores também podem ser aliadas. A minha aposta é sempre no branco que é uma cor atemporal e que não cansa”, afirma Piacesi.

Para a designer de interiores Melina Mundim, é possível transformar os ambientes da casa em espaços voltados ao relaxamento, com um mobiliário adequado, que permite ao morador descansar e aproveitar o seu lar. Exemplo disso é o ambiente “Suíte Master”, projetado para a Casa Cor 2016, onde a profissional inseriu, elementos que ajudam a deixar o estresse bem longe de casa. “Ao mesmo tempo que é um ambiente cheio de concreto, contemporâneo, não quis deixar de lado essa questão de torna-lo um espaço de descanso. A poltrona ao lado da cama, como um puff, permite a pessoa relaxar no quarto, sem ser deitado na cama. O canto da poltrona, por exemplo, com a escrivaninha, proporciona um momento de relaxamento com leitura e escrita e, até mesmo, para um breve cochilo. A iluminação mais focada também cria um ambiente acolhedor”, descreve Melina.


​Já a designer de interiores Iara Santos, afirma que é possível se desvincular do estresse que o trabalha traz, criando, em casa, um home office leve e acolhedor. Assim como sugere o seu espaço Home Oficce, projetado para a Casa Cor 2016. O ambiente não possui um layout de design corporativo, justamente para as pessoas que buscam trabalhar em casa com mais leveza. “O mobiliário (escrivaninha, cadeira, aparador) possui detalhes em couro, o que proporciona sensação deliciosa ao toque. O tapete de cor neutra, feito de lã, e a cortina de camurça, dão um toque acolhedor ao espaço. O divertido móvel volante com gavetinhas que giram, juntamente com as obras de arte, ajudam a criar uma atmosfera mais suave ao espaço destinado ao trabalho”, finaliza.

Fugindo do ambiente frio das corporações, o home office da designer Iara Santos mostra como é possível trabalhar em casa de maneira mais relaxante. Foto: Daniel Mansur
 

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