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terça-feira, 5 de julho de 2016

ATIVIDADE FÍSICA MELHORA A QUALIDADE DO SÊMEN, REVELA ESTUDO DO INSTITUTO VALENCIANO DE INFERTILIDADE (IVI)



 Conclusão preliminar do estudo realizado na Espanha por uma clínica de fertilidade do grupo IVI, indica que a prática de exercícios físicos de intensidade alta melhora os parâmetros de qualidade seminal.

HELSINKI, Manter a forma pode melhorar a qualidade dos espermatozoides, inclusive a prática de exercícios intensos, algo que até o momento dividia as opiniões dos especialistas. O estudo realizado pela clínica espanhola IVI Bilbao foi apresentado hoje no 32º Congresso Europeu de Reprodução Humana e Embriologia, que está acontecendo na Finlândia.

As conclusões sobre a relação entre a atividade física e a qualidade do sêmen foram feitas a partir da quantificação das atividades físicas dos candidatos com o critério de unidades energéticas (MET), que estabelece o gasto metabólico da atividade e determina o desgaste energético do corpo em função do tempo empregado na mesma. Após contagem, os grupos foram divididos por níveis de atividades físicas: baixa, moderada, alta e muito alta.

“Apesar do estudo estar limitado a jovens de 18 a 35 anos e, portanto, pode não se aplicar para idades mais avançadas, é válido afirmar que realizar atividade física de qualquer nível ao menos três vezes por semana é considerado um estilo de vida saudável e pode inclusive servir para
prevenir a esterilidade” analisa Dra. Genevieve Coelho, especialista em fertilidade e diretora da clínica IVI Salvador, do mesmo grupo de medicina reprodutiva que realizou o estudo.

Segundo o Dr. Fernando Quintana, diretor do laboratório de andrologia do IVI Bilbao, “com este estudo percebemos que a atividade física intensa, até então considerada prejudicial, não apenas careceu de efeitos adversos na qualidade do sêmen, mas inclusive foi associada a melhores parâmetros de qualidade seminal”.

A
literatura científica tem apresentado resultados contraditórios quando se trata de relacionar a qualidade do sêmen em função da atividade física. Na prática, na hora de aconselhar o nível ideal de exercícios para o homem, os especialistas não dispõem de argumentos incontestáveis para recomendar uma mudança de hábitos de condicionamento físico para os casos em que o casal apresenta problemas reprodutivos e quer melhorar suas chances de engravidar.

Para identificar os benefícios do esporte na contagem de espermatozoides, 85 candidatos a doadores de sêmen responderam o questionário internacional de atividade física (IPAQ) que estabelece um parâmetro estandardizado para considerar os diferentes níveis de intensidade para as atividades físicas. A pesquisa foi coordenada pelos especialistas em reprodução humana Dr. Marcos Ferrando, Dr. Roberto Matorras e Dr. Fernando Quintana.

Considerando a necessidade de avançar na pesquisa com uma maior amostra de esportistas de alta performance de nível amador, ou seja, excluindo esportistas de elite (profissionais ou maratonistas), IVI Bilbao desenvolveu uma nova pesquisa para avaliar o impacto de atividades físicas de intensidade quase excessiva, que atualmente acredita-se que são prejudiciais à fertilidade masculina. “Além disso - afirma Dr. Fernando - para a próxima Bilbao Night Marathon, pretendemos analisar amostras de sêmen dos participantes dessa maratona e estudar seus hábitos de treinamento antes da corrida para identificar se os
níveis de treinamento que podemos considerar excessivos impactam na fertilidade masculina”
 

Sobre o IVI
Com sede em Valência, na Espanha, o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) iniciou suas atividades em 1990. Possui mais de 50 clínicas em 11 países, incluindo Brasil, e é líder em medicina reprodutiva. O grupo conta com uma Fundação, um programa de Docência e Carreira Universitária

JULHO VERDE



CAMPANHA DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Mais de 5 mil mulheres serão diagnosticadas com Câncer da Tireoide
em 2016

Na semana passada, a imprensa noticiou que a EX-BBB Cacau Colucci foi submetida a uma tireoidectomia – cirurgia para a retirada total da glândula da tireoide – devido a um câncer na região.  O câncer da tireoide já é o quinto mais frequente entre as mulheres, sendo o maior risco de incidência na fase reprodutiva.

“A cirurgia para a remoção dos nódulos anormais (tireoidectomia) é uma das principais formas de tratamento”, explica o médico cirurgião de cabeça e pescoço, Dr. Erivelto Volpi, membro do Comitê Internacional da Campanha Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço – Julho Verde da International Federation of Head and Neck Oncologic Societies.

As estimativas levantadas e divulgadas pelo INCA apontam que em 2016 serão registrados mais de 6 mil novos casos de câncer da tireoide no Brasil: 84% em mulheres (5.870) e 16% em homens (1.090). A boa notícia é que o diagnóstico precoce aumenta significativamente a chance de cura. “Esse tem sido um grande desafio para os especialistas, por isso a importância de campanha de prevenção. Atualmente, certa de 60% dos pacientes com câncer da tireoide recebem o diagnóstico já em estágio avançado, porque, muitas vezes, os sintomas acabam passando despercebidos ou confundidos com outros problemas de saúde”, alerta Dr. Volpi. 

Riscos - Dentre os fatores de risco para esse tipo de câncer estão o histórico familiar e a exposição à radiação. Na última década, a incidência do câncer da tireoide em todo o mundo cresceu 10% em todas as faixas etárias. 
Segundo Dr. Volpi, o fato se deve ao maior acesso ao diagnóstico. Porém o especialista diz que há estudos recentes sobre disruptores endócrinos - substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de comunicação do sistema endócrino -, e que podem ser uma das causas do aumento da incidência do câncer da tireoide. 

Nova classificação – Há quatro tipos classificados de câncer da tireoide: o Papilífero, o Folicular, o Medular e o Anaplásico. Recentemente, estudo realizado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz sobre o carcinoma papilífero folicular encapsulado não invasivo, considerado até então maligno, recomendou que seja classificado como benigno. “Com o desenvolvimento do conhecimento e com a mudança dos conceitos, pode ser que daqui a algum tempo, talvez, nem seja necessário operar esse grupo de paciente”, acrescenta Dr. Volpi. 

Sobre Câncer de Cabeça e Pescoço - O câncer de cabeça e pescoço é a quinta neoplasia mais comum no mundo. A incidência global chega a 780 mil novos casos por ano. Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer - INCA, em 2015 foram registrados no Brasil 11.280 novos casos de câncer de cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres, além de 6.870 casos de câncer de laringe em homens e 770 em mulheres. O câncer de cabeça e pescoço pode atingir boca, garganta, laringe (cordas vocais), nariz, seios nasais e ao redor dos olhos. O câncer de cavidade oral, conhecido como câncer de boca, já é o quarto tipo mais frequente entre homens das regiões Sudeste e Nordeste, sem considerar os tumores de pele não melanoma.

Estudos do INCA  apontam que 70% das pessoas com câncer de cabeça e pescoço são diagnosticadas tardiamente. Isso porque os sintomas são geralmente vagos. Porém, é preciso ficar atento aos seguintes sinais:

• Câncer de seios nasais: feridas que não cicatrizam, sangramento nasal ou obstrução nasal.

• Câncer de nasofaringe: nódulos ou massas no pescoço em 90% dos casos; otites crônicas, cefaleia, alterações neurológicas.

• Câncer de cavidade oral: feridas ou elevações que não cicatrizam, alterações dentárias, dificuldade em fixar próteses dentárias.

• Câncer de laringe: rouquidão, tosse.

• Câncer de orofaringe: nódulos no pescoço, dificuldade de engolir alimentos, dor no ouvido.


Dr. Erivelto Volpi – membro do comitê científico da Campanha Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço (Julho Verde) da International Federation of Head and Neck Oncologic Societies. Dr. Erivelto é médico da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMUSP e cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital.

Quer ajudar uma criança com câncer? Doe plaquetas



Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica reforça necessidade da doação de aférese para auxiliar tratamento de crianças e adolescentes à base de quimioterapia

A doação de sangue auxilia muitas pessoas: vítimas de acidentes, quem enfrenta hemorragias, cirurgias, tratamentos de doenças ligadas ao sangue entre outros. Porém, ainda pouco conhecida pela população brasileira, a doação de plaquetas, que é feita de uma maneira diferente, por “aférese”, também tem papel fundamental no resultado do tratamento e recuperação de crianças e adolescentes com câncer. As informações e orientações são da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). 

“O sangue é composto por hemácias, glóbulos e plaquetas, essas últimas responsáveis por coagular o sangue e parar sangramentos. A produção de todos os elementos do sangue para quando uma criança recebe quimioterapia, pois os medicamentos não agem somente sobre as células cancerígenas. No combate ao câncer as células sadias também têm sua produção comprometida e com muita frequência as crianças precisam de transfusões de sangue”, explica Adriana Seber, oncohematologista pediátrica da SOBOPE. 

Infelizmente, nas doações comuns, o número de plaquetas é muito pequeno. Já com a ajuda do equipamento de aférese, é possível coletar o numero de plaquetas que seis a oito pessoas teriam que doar pela maneira convencional. Além disso, as plaquetas só continuam a trabalhar por poucos dias depois que são doadas, fazendo com que o estoque tenha que ser continuamente renovado. Imaginem o problema que as crianças enfrentam em feriados prolongados como carnaval ou natal.  Plaquetas facilmente podem faltar. 

O equipamento de aférese separa as plaquetas das hemácias e do plasma e o procedimento de coleta dura uma a duas horas. O sangue é coletado da veia do braço, separado, e só as plaquetas são coletadas; todo o resto é devolvido para o doador. 

Para a aférese, a preparação é a mesma que a de doação de sangue: estar descansado, fazer refeições leves, não consumir bebidas alcoólicas. A única diferença é que não é permitido o consumo de ácido acetilsalicílico (aspirina) 24 horas antes da aférese. Com cada doação de sangue você vai poder salvar muitas vidas, pois estará doando em algumas horas o mesmo que 6 a 8 doadores comuns juntos. 

“A doação pode ser recebida por qualquer pessoa que esteja em tratamento oncológico à base de quimioterapia, principalmente as crianças que precisam de transplante de medula óssea, cujo tratamento quimioterápico é mais agressivo”, ressalta a médica que atua na pediatria.  

Adriana alerta que o melhor doador de sangue é aquele voluntário e sempre há necessidade de mobilização quanto a doação, pois a demanda é grande e urgente de plaquetas. “O brasileiro é muito solidário. Sempre que alguém conhecido precisa de sangue, faz a doação. Porém, a doação voluntária e repetida acontece muito pouco, principalmente a de plaquetas, que é pouco conhecida, mas fundamental para pacientes que estão em recuperação de doenças graves como o câncer”, explica. 

Não há obrigatoriedade de compatibilidade sanguínea para a doação de plaquetas, embora seja preferível. A doação, segundo a RDC 34 de 11 de junho de 2014, determina que a doação de plaquetas por aférese seja repetida, se necessário, com intervalo mínimo de 48 horas, e no máximo quatro vezes por mês, 24 vezes ao ano por indivíduo. Para doar, procure o hemocentro mais próximo e informe se esse tipo de procedimento é realizado.



Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE)
A SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infantojuvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica, visando à divulgação e troca de conhecimento científico da área em âmbito multiprofissional.

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