Especialista utiliza data
comemorativa para alertar as mulheres
Neste mês vamos comemorar o Dia Internacional
da Mulher. Esta data tem como objetivo discutir o papel da mulher na
sociedade atual, mas que também serve para estimular o auto-cuidado e a
saúde do público feminino já que exames de rotina e prevenção são as melhores
maneiras de evitar doenças e salvar vidas.
No entanto, de acordo com o ginecologista do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, apenas 40% das mulheres vão ao ginecologista com frequência, enquanto mais da metade procuram assistência médica apenas quando já estão doentes, o que dificulta muito o sucesso nos tratamentos.
Conheça os principais problemas que mais atingem as mulheres e veja como lidar com eles de acordo com o especialista, Maurício Sobral:
- Câncer
de mama: É o câncer que mais causa a morte de mulheres em todo o mundo,
com cerca de 520 mil mortes estimadas por ano, de acordo com o Instituto
Nacional do Câncer (INCA). Os sintomas podem variar, porém, os mais comuns são:
nódulo único endurecido, inchaço e vermelhidão da pele, sensação de massa ou
nódulo em uma das mamas ou axilas, espessamento ou retração da pele ou do
mamilo, secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos, inchaço do braço ou dor
na mama ou mamilo.
-
Endometriose: O problema dessa doença está no
funcionamento do endométrio, tecido que reveste o útero e descamam todo mês no
período da menstruação, que pode voltar pelas trompas e cair na pelve, ao invés
se de manter no lugar correto. Dessa forma, essas “células perdias” também
sangram causando lesões e cistos na cavidade pélvica, ovários e intestino
originando ciclos super doloridos. O melhor tratamento é bloquear o ciclo
menstrual ou ainda a laparoscopia, cirurgia que retira às lesões.
- Mioma
Uterino: Trata-se de um tumor benigno formado de um músculo
uterino que cresce dentro ou fora do útero podendo alterar o formato do órgão à
medida que se desenvolve. O problema costuma afetar 80% das mulheres
e são mais comuns em mulheres obesas, que já tiveram o problema na família,
que ainda não tiveram filhos e de etnia negra.
- Perda da
libido: A falta de desejo sexual atinge cerca de 50% das mulheres.
As disfunções mais comuns que levam a este problema são: anorgasmia,
quando mulher se sente excitada e desejada, porém não consegue atingir o
orgasmo; vaginismo, acontece uma contração involuntária dos músculos ao redor
da vagina, causando dor, dificuldade e até mesmo a impossibilidade de
penetração e a dispareunia, dores durante a relação sexual que envolva
penetração, mais comum em mulheres de meia-idade, entre 40 e 45 anos, ou
após o parto. Sessões de terapia e medicações conseguem resolver a situação.
- Câncer de
ovário: É o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e
o de menor chance de cura. Isso porque a doença evolui discretamente. Os
sintomas são, geralmente, dor e aumento do volume abdominal, alteração na
menstruação e emagrecimento. É imensamente importante ir regularmente ao
ginecologista, ainda mais as mulheres que estão nos grupos de risco: histórico
familiar; antecedentes pessoal de câncer de mama, útero e intestino; pacientes
com imunidade baixa e sem filhos; ou mulheres na faixa de 47 anos. O câncer de
ovário pode ser diagnosticado por exames clínicos como a ultrassonografia,
ressonância nuclear magnética, marcador no sangue (CA 125) e biópsia.
- Câncer
do colo do útero: Alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV) provocam
infecções persistentes que podem alterar as células da região e evoluir ao
câncer. Não é toda ferida no colo do útero que significa
câncer, contudo, é preciso sempre procurar um especialista para tratá-las, já
que, principalmente as causadas por HPV que podem evoluir para o tumor.
Normalmente, a detecção é feita pelo exame Papanicolau. Há alguns
sinais no corpo que indicam alguma ferida no colo, tais
como: secreção vaginal e sangramento na relação sexual. Se detectada, o
tratamento é feito conforme a causa, podendo ser por bactéria ou vírus.
“É fato que doenças
descobertas no início geralmente têm maiores chances de cura, por isso é tão
importante visitar o médico regularmente”, finaliza o especialista.
Doutor Maurício Luiz Peixoto
Sobral, CREMESP 90722 - é especialista em Mastologia,
Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em
Ginecologia eObstetrícia (TEGO) e Título de Especialista
em Mastologia (TEMA). É preceptor de
ginecologia e obstetrícia do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, em
São Paulo. Realizou mais de 10.000 partos e cirurgias ginecológicas
ao longo dos 17 anos de formado. Tem larga experiência em Obstetrícia no
atendimento público e privado em grandes Hospitais. Além
de Sócio-diretor da Aclimed - Clínica Médica Aclimação Ltda.