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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Dia Mundial de combate ao Câncer





Número de casos de câncer de tireoide esperado para 2016 é 5x maior em mulheres do que em homens, aponta INCA

Segundo o órgão, tipo de câncer é o mais comum na região da cabeça e do pescoço

Dos mais de 500 mil novos casos de câncer estimados para 2016 pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), 6.960 serão de câncer de tireoide. Esse 1% pode representar pouco diante da incidência de outros tipos, porém é o necessário para dar atenção a um problema que muitas vezes passa despercebido pela maioria das pessoas, principalmente das mulheres.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), nódulos na tireoide irão afetar cerca de 60% da população brasileira durante algum momento na vida. "Mesmo que 90% desses nódulos tireoidianos sejam benignos, qualquer alteração deve ser investigada. Havendo algum tipo de anormalidade, o paciente poderá iniciar o tratamento necessário mais rapidamente", afirma Dra. Ana Hoff, Chefe da unidade de endocrinologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e endocrinologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês.
É importante ressaltar que as mulheres são mais afetadas pela doença. Do total de casos estimado pelo INCA para 2016, 84% dos casos acometerá o sexo feminino. Aponta-se para 5.870 casos em mulheres, número cinco vezes maior do que o estimado para os homens no período - 1.090.
A tireoide é uma glândula situada na base da garganta e que produz e libera hormônios responsáveis por regular a função de diversos órgãos, como rins, cérebro, coração e fígado. Mesmo sem um estudo específico para isso, médicos afirmam que este tipo de câncer é mais comum em mulheres do que em homens devido aos fatores hormonais característicos do organismo feminino. Seu principal grupo de risco são mulheres acima dos 35 anos, mas ele também pode ser observado em jovens e em idosos - dos 25 aos 65 anos - e em pessoas expostas à radiação no pescoço e na cabeça.

Diagnóstico precoce aumenta chances de cura
Cerca de 60% dos pacientes com câncer recebe o diagnóstico já em estágio avançado. Isso porque, as vezes os sintomas acabam passando despercebidos ou confundidos com outros problemas de saúde.  "A investigação precoce de um nódulo maligno pode ser decisiva na vida do paciente, levando em consideração que, quando tratado no início, o câncer de tireoide tem ótimas chances de cura e evita que as células cancerígenas se espalhem para outras partes do organismo. É importante ficar atento a situações, como: dificuldade de engolir, problemas respiratórios, tosse persistente, nódulo ou inchaço na região do pescoço, rouquidão ou alterações na voz que não se dissipam", reforça a especialista.
De acordo com a SBEM, aproximadamente 85% dos pacientes com a doença diagnosticada em fase inicial e com acesso ao tratamento correto, conseguem retornar a rotina normalmente sem impacto no seu bem-estar. Os autoexames são a principal forma de detectar um nódulo. Caso exista algum caso de câncer de tireoide na família, relatos de exposição à radiação ou algum outro fator de risco, a atenção deve ser redobrada. Se identificado o nódulo, um endocrinologista precisa ser procurado para que seja indicado quais os exames deverão ser feitos para confirmar ou descartar a presença de câncer.

Tratamento
Ao longo dos anos, a mortalidade desse tipo de câncer, apesar da contínua incidência, vem caindo devido ao progresso do tratamento. A cirurgia para a remoção dos nódulos anormais é a principal forma de se buscar a cura. Após a cirurgia, o paciente passa a tomar hormônios para substituir os que não podem mais ser produzidos pela tireoide. Dependendo da avaliação médica, o tratamento é estendido com terapias contendo iodo radioativo.
Nos tipos mais agressivos e estágios mais avançados da doença, com metástase, as lesões podem ser resistentes a esses tratamentos e quimioterapia. Para os pacientes que apresentam resistência à iodoterapia, há opções de tratamento com o sorafenibe (Nexavar®, da Bayer), que inibe o crescimento do câncer e reduz a formação dos vasos sanguíneos que o nutrem. 

Bayer - www.bayer.com.br.


Conheça os 3 tipos de câncer do aparelho digestivo que mais acometem os brasileiros





Câncer colorretal, câncer de estômago e câncer de esôfago são os vilões

A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta sobre a importância do diagnóstico precoce nos três cânceres que mais acometem o aparelho digestivo em referência ao Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro. São eles: o colorretal, mais incidente, estima-se que em 2016 a incidência seja de 34.280 novos casos no país; de estômago, com incidência estimada em 20.520; e de esôfago, estimados 10.810, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
É essencial que a população conheça os sintomas desses três tipos de cânceres e procurem seu médico caso sinta algo diferente, como alteração do hábito intestinal, dor abdominal e declínio geral da saúde, por exemplo.
Confira abaixo os sintomas e possíveis meios de diagnósticos para os três cânceres que mais acometem o aparelho digestivo:

1º maior vilão - Câncer colorretal. Abrangendo tumores que agridem o cólon e o reto, segmentos do intestino grosso, o câncer colorretal possui sintomas como sangramento anal, eliminação de sangue ou muco nas fezes e alteração do hábito intestinal. Para a doença ser diagnosticada é realizada uma colonoscopia, exame que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo terminal através de um tubo flexível introduzido pelo ânus, contendo em sua extremidade uma minicâmera de TV que transmite imagens coloridas, podendo ser fotografadas ou gravadas em vídeo.
Segundo Cláudio Rolim Teixeira, membro da SOBED, a colonoscopia é fundamental para o diagnóstico dos pacientes. “O procedimento é o padrão ouro dos métodos que se dispõem atualmente, esse exame é a melhor ferramenta no diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer colorretal”. 

2º mais incidente - Câncer de estômago. Conhecido também como câncer gástrico, a doença apresenta três tipos: adenocarcinoma, linfoma e leiomiossarcoma. Os sinais não são específicos, mas alguns sintomas relativamente comuns podem ser indícios da doença, como dor abdominal, fezes escuras, sensação de estômago cheio, dificuldade para engolir alimentos, declínio geral na saúde, perda de apetite, náusea e vômito, vômito de sangue, fraqueza ou cansaço e perda de peso involuntária. 
Para o diagnóstico da doença, o método mais eficiente é a endoscopia digestiva alta, pois com o procedimento é possível fazer uma avaliação visual da lesão, com realização de biópsias e a avaliação citológica. Apesar de existir exames que detectam o câncer de estômago, grande parte dos casos somente são diagnosticados em estado avançado, quando a possibilidade de cura é menor.

3º mais comum - Câncer de esôfago. Na maioria dos casos, se trata de um câncer silencioso que está em 6º lugar das doenças mais frequentes em homens e ocupa a 15ª posição quando se trata de mulheres, de acordo com dados do Inca. Responsável por 96% dos casos, o tipo mais comum é o carcinoma epidermoide escamoso, localizado na região superior do esôfago, trecho do sistema digestivo que conduz o alimento da boca ao estômago.
Na fase inicial não possui sintomas, entre os possíveis sinais, que consistem em indícios da doença já avançada, estão dor ao engolir, emagrecimento, tosse, pneumonia por refluxo e rouquidão. Para o diagnóstico é realizado uma endoscopia digestiva, exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo, realizando biópsias que confirmam diagnóstico. Segundo o endoscopista, Gustavo Andrade de Paulo, membro da SOBED, a importância está em realizar a endoscopia para o diagnóstico precoce. “A endoscopia digestiva deve ser realizada para o rastreamento porque se o paciente só fizer o exame quando estiver com sintomas, a doença já pode estar em um estágio avançado”.

Dificuldade de acesso a tratamento e medicamento é dificuldade na área da saúde no Brasil





Em 4 de fevereiro, é datado o Dia Mundial do Câncer. A ABHH alerta sobre precariedade do sistema público de saúde e problemas na aquisição de medicamentos

O Dia Mundial do Câncer, datado em 4 de fevereiro, é uma oportunidade de alerta para a sociedade sobre a dificuldade de acesso a tratamento e medicamento no Brasil. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular informa que substâncias importantes que não são aprovadas pela Anvisa ou mesmo com registro encontram dificuldade de acesso no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de doenças onco-hematológicas, ou seja, cânceres de sangue.
No Brasil, o processo de aprovação de novos medicamentos dura em torno de 18 meses, porém para o paciente esse tempo é elevado. Para Angelo Maiolino, diretor da ABHH, o problema de acesso no País é alarmante. “Em outros países, pacientes de mieloma múltiplo, tipo de câncer de sangue que atinge 30 mil pessoas, têm acesso a diversos medicamentos que ainda não foram submetidos à aprovação no Brasil devido ao entrave e burocracia da Anvisa”, explica o hematologista.
Alguns exemplos são carfilzomibe, bendamustina, daratumumab e pomalidomida, terceira geração da talidomida, aprovada no Brasil e com disponibilidade no SUS, mas com tempo determinado para pacientes, pois o uso prolongado causa neuropatias periféricas, ou seja, formigamentos nos braços e pernas. “Há quase dois anos, a lenalidomida, segunda geração da talidomida, está em aprovação na Anvisa. A justificativa do órgão é que não há comprovação científica que o medicamento proporciona benefícios aos pacientes. Mas o que intriga a comunidade científica é que 80 países aprovaram o medicamento, menos o Brasil, que tem exigências que são inaceitáveis”, explica Maiolino que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O mieloma múltiplo é um câncer originário da medula óssea, tecido formador de célula de sangue que está no corpo todo e pode ser assintomático ou sintomático, com sintomas que se manifestam - como anemia, fraqueza e dor nos ossos - ou não quando a doença é diagnosticada. Originária dos plasmócitos, células responsáveis pela produção dos anticorpos que são proteínas que identificam e destroem agentes infecciosos (imunoglobulinas), o mieloma é um câncer maligno.
Além dos não aprovados, entre os que estão disponíveis há uma grande restrição para pacientes do sistema público de saúde. “O bertozomibe é distribuído pelos planos de saúde, mas a distribuição na rede pública é irregular. Não conseguimos fazer um tratamento com planejamento com esse medicamento que é essencial para o tratamento devido à escassez”, relata.
Saiba mais sobre a ABHH
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) é uma associação privada para fins não econômicos, de caráter científico, social e cultural. A instituição congrega médicos e demais profissionais interessados na prática hematológica e hemoterápica de todo o Brasil. Hoje, a instituição conta com mais de dois mil associados.

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