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Há
menos de 30 dias para a largada da São Silvestre, considerada a mais
tradicional corrida de rua do Brasil, enquanto alguns corredores
profissionais entram na fase final de preparação, outros, mais amadores,
ainda correm contra o tempo para melhorar o rendimento a fim de completar o
percurso de 15 km pelas avenidas da capital paulista. Para o ortopedista Emerson Garms, coordenador do Centro de Ortopedia Especializado do Hospital Santa Catarina (SP), “a preparação adequada, aliada ao fortalecimento de músculos, assim como a alimentação apropriada e os treinos específicos, podem ser considerados os pontos-chave entre terminar a prova correndo ou, já sem forças, caminhando até a linha de chegada”. Especializado em ortopedia e traumatologia do esporte, Garms ressalta, ainda, cinco dicas para quem está ansioso e deseja completar o percurso:
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Vai correr a São Silvestre? Confira 5 dicas para completar o percurso
Mitos e verdades sobre os cuidados íntimos no verão
Durante a estação mais quente do ano é preciso tomar alguns
cuidados com a saúde íntima feminina, tanto em relação ao dia a dia, quanto na
hora de frequentar praias e piscinas. Para esclarecer o
que é mito ou verdade, o ginecologista e obstetra
do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, responde algumas dúvidas
sobre o tema.
Não posso entrar na piscina
menstruada?
MITO! Sim, é possível entrar na piscina menstruada, desde que seja
utilizado um absorvente. O ideal para esta ocasião são os internos, por serem
mais discretos e garantirem maior segurança, bem-estar e higiene durante o
contato com a água.
Ficar por muito tempo com o biquíni
molhado coloca em risco minha saúde íntima?
VERDADE! A combinação de calor e umidade que acontece quando se fica com o
biquíni molhado por muito tempo, contribui para o surgimento de doenças como a
candidíase e a vaginose bacteriana que podem causar ardor, coceira e
corrimentos.
Devo evitar o
uso de alvejantes e amaciantes nas calcinhas e roupas de banho?
VERDADE! Quando entram em contato com a pele, esses
produtos podem causar irritação. Por isso, dê preferência ao sabão de coco, neutro ou antialérgicos e
lembre-se de enxaguar bem, eliminando qualquer resíduo do produto na
peça. Na hora de secar opte pelos ambientes com bastante circulação de ar e
sol.
Muita higiene garante a saúde das
regiões íntimas?
MITO! O excesso de limpeza pode
causar um desequilíbrio na quantidade de microorganismos e favorecer o
aparecimento de outros mais oportunistas. O indicado é que essa área seja
higienizada no máximo três vezes ao dia com água e sabonetes específicos.
No verão devo usar roupas mais
leves?
VERDADE! Roupas muito justas como calças jeans e
meias-calças podem favorecer o surgimento de infecções nas genitais. O ideal é
optar por peças leves de algodão como vestidos e saias, que ajudam a manter a
área arejada.
Dr. Maurício Luiz
Peixoto Sobral - CREMESP 90722 - Especialista em
Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em
Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Título de Especialista em Mastologia
(TEMA). É médico preceptor dos residentes do Hospital Vila
Nova Cachoeirinha.
GLAUCOMA: Adesão ao tratamento pode despencar
Interrupção do fornecimento de colírio gratuito pelo
governo deve torna o tratamento inviável
para 20% dos portadores. Conheça as terapias que podem diminuir o uso dos
colírios.
Maior causa de cegueira no mundo, o glaucoma, responde por
12% das perdas de visão entre brasileiros de acordo com a OMS (Organização
Mundial da Saúde). Doença sem sintoma, geralmente surge depois dos 40 anos
e está em ascensão no Brasil por causa
do envelhecimento da população. A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de
Oftalmologia) é de que 1,2 milhão de brasileiros tenham glaucoma
Em 90% dos casos, a doença é caracterizada pelo aumento da
pressão intraocular. A principal terapia
é o uso contínuo de colírios que são caros. Por isso, segundo o oftalmologista
Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier muitos pacientes entrarem em
pânico com a interrupção do fornecimento de colírio gratuito a partir deste
mês, anunciada pelo governo. Isso
porque, o uso descontinuado da medicação causa cegueira irreparável. O médico
explica que a perda da visão não acontece de um dia para outro. É decorrente do
aumento da pressão intraocular que , dificulta a irrigação sanguínea da retina
e provoca a morte de suas células, bem como do nervo óptico. Não há
levantamento no Brasil sobre a atual adesão ao tratamento. Mas o especialista
lembra que antes do governo iniciar a distribuição gratuita dos colírios, mais
da metade dos portadores só usavam o primeiro frasco recebido durante o
diagnóstico. Como acontece em outras especialidades medicas um dos maiores
problemas é o engavetamento das receitas.
A boa notícia para quem tem glaucoma é que uma metanálise de
32 estudos recentemente publicada pela Cochrane mostra que a cirurgia de
catarata reduziu a pressão intraocular e
o uso de colírio entre pessoas que vinham fazendo o tratamento corretamente.
Queiroz Neto explica que isso acontece porque a catarata aumenta a espessura do
cristalino e dificulta a circulação do humor aquoso. "A substituição do
cristalino por uma lente intraocular flexível melhora esta circulação",
afirma. O especialista destaca que a cirurgia de catarata exige um rigoroso
controle da pressão intraocular nos meses que antecedem o procedimento, durante
a cirurgia e no pós-operatório, não podendo ser considerada uma alternativa
terapêutica para o glaucoma apesar do efeito benéfico sobre a doença.
Redução
Os estudos mostram que a cirurgia de catarata teve um efeito
moderado sobre a pressão intraocular e
uso de colírio. Os índices revelados pela Cochrane são:
Tipo de
Glaucoma
|
Redução da
pressão
|
Redução de
colírio
|
Glaucoma de ângulo aberto
|
13%
|
12%
|
Glaucoma pseudo-esfoliativo
|
20%
|
35%
|
Glaucoma agudo de ângulo fechado
|
30%
|
58%
|
Glaucoma crônico de ângulo fechado
|
71%
|
Raramente foi necessário
usar colírio
|
O oftalmologista ressalta que a pressão normal do olho é de
10 a 21 mmHg. Para cada milímetro acima disso o risco de lesões no nervo óptico
aumenta em até 13%.
Laser pode interromper
uso de colírio
Queiroz Neto afirma que a aplicação de laser também conhecida
como trabeculoplastia seletiva pode
diminuir e em alguns casos até interromper o uso de colírio para glaucoma. Ele
explica que o laser pode aumentar o escoamento do humor aquoso, líquido que
preenche o globo ocular. Por isso, diminui a pressão interna do olho. O
procedimento, comenta, é seguro, tem baixo custo e é realizado em apenas
cinco minutos por olho. O médico alerta
que o glaucoma pode ter recidiva em pessoas que a terapia elimina a doença. Por
isso. a recomendação para os maiores de 40 anos é consultar um oftalmologista
anualmente. Muitas doenças oculares só apresentam sintomas quando já estão bem
avançadas.
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