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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Vai correr a São Silvestre? Confira 5 dicas para completar o percurso





Há menos de 30 dias para a largada da São Silvestre, considerada a mais tradicional corrida de rua do Brasil, enquanto alguns corredores profissionais entram na fase final de preparação, outros, mais amadores, ainda correm contra o tempo para melhorar o rendimento a fim de completar o percurso de 15 km pelas avenidas da capital paulista.
Para o ortopedista Emerson Garms, coordenador do Centro de Ortopedia Especializado do Hospital Santa Catarina (SP), “a preparação adequada, aliada ao fortalecimento de músculos, assim como a alimentação apropriada e os treinos específicos, podem ser considerados os pontos-chave entre terminar a prova correndo ou, já sem forças, caminhando até a linha de chegada”.
Especializado em ortopedia e traumatologia do esporte, Garms ressalta, ainda, cinco dicas para quem está ansioso e deseja completar o percurso:
  • Prova de 15 km não é para amadores: a corrida de rua se tornou febre no Brasil, no entanto, a preparação para correr provas acima de 5 km exigem preparação especial. Embora sempre existam atletas amadores se arriscando e aumentando os treinos sem qualquer cuidado, os riscos de lesões podem colocar a “vida de atleta” em xeque;
     
  • Varie o percurso: a mais famosa prova de rua do Brasil possui percurso desafiador, com subidas acentuadas, que exigem atenção redobrada do atleta. Incluir ladeiras (de preferência no fim dos treinos) e correr pela manhã (caso esteja acostumado com treinos noturnos) pode melhorar muito a preparação;
     
  • Profissionalize a preparação: muitas vezes, o apoio profissional, seja de um especialista da área, ou, então, do médico de confiança, pode fazer a diferença em completar a corrida. Recomendações assertivas sobre a alimentação, a hidratação, e, por fim, os alongamentos e os exercícios musculares indicados são fundamentais para melhorar o desempenho e evitar traumas e lesões graves;
     
  • Corpo aquecido e fôlego no fim: apesar de esquecido por alguns atletas, o aquecimento dos músculos é vital para a saúde. Além dos exercícios indicados para cada parte do corpo (joelho, pés, braços, ombros etc.), aproveite o início da corrida para caminhar (em vez de correr) e aquecer o corpo, já que, devido o excesso de participantes, o espaço entre os atletas é muito reduzido;
     
  • Aproveite e divirta-se: caso sua meta seja completar o percurso – e não brigar pelo pódio -, aproveite para curtir o visual dos 15 km, que passam pelas vias mais tradicionais da cidade. Divertir-se com os demais corredores – que aproveitam os 15 minutos de fama para vestirem fantasias e trazerem alegria aos pelotões – é outro charme da corrida que encerra as atividades esportivas de 2015 e dá início a um novo e próspero ano.

Mitos e verdades sobre os cuidados íntimos no verão





 Durante a estação mais quente do ano é preciso tomar alguns cuidados com a saúde íntima feminina, tanto em relação ao dia a dia, quanto na hora de frequentar praias e piscinas. Para esclarecer o que é mito ou verdade, o ginecologista e obstetra do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, responde algumas dúvidas sobre o tema.
Não posso entrar na piscina menstruada?
MITO!  Sim, é possível entrar na piscina menstruada, desde que seja utilizado um absorvente. O ideal para esta ocasião são os internos, por serem mais discretos e garantirem maior segurança, bem-estar e higiene durante o contato com a água.
Ficar por muito tempo com o biquíni molhado coloca em risco minha saúde íntima?
VERDADE! A combinação de calor e umidade que acontece quando se fica com o biquíni molhado por muito tempo, contribui para o surgimento de doenças como a candidíase e a vaginose bacteriana que podem causar ardor, coceira e corrimentos.
Devo evitar o uso de alvejantes e amaciantes nas calcinhas e roupas de banho?
VERDADE! Quando entram em contato com a pele, esses produtos podem causar irritação. Por issodê preferência ao sabão de coco, neutro ou antialérgicos e lembre-se de enxaguar bem, eliminando qualquer resíduo do produto na peça. Na hora de secar opte pelos ambientes com bastante circulação de ar e sol.
Muita higiene garante a saúde das regiões íntimas?
MITO! O excesso de limpeza pode causar um desequilíbrio na quantidade de microorganismos e favorecer o aparecimento de outros mais oportunistas. O indicado é que essa área seja higienizada no máximo três vezes ao dia com água e sabonetes específicos.
No verão devo usar roupas mais leves?
VERDADE! Roupas muito justas como calças jeans e meias-calças podem favorecer o surgimento de infecções nas genitais. O ideal é optar por peças leves de algodão como vestidos e saias, que ajudam a manter a área arejada.

Dr. Maurício Luiz Peixoto Sobral - CREMESP 90722 - Especialista em Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Título de Especialista em Mastologia (TEMA). É médico preceptor dos residentes do Hospital Vila Nova Cachoeirinha.

GLAUCOMA: Adesão ao tratamento pode despencar




Interrupção do fornecimento de colírio gratuito pelo governo deve  torna o tratamento inviável para 20% dos portadores. Conheça as terapias que podem diminuir o uso dos colírios.

Maior causa de cegueira no mundo, o glaucoma, responde por 12% das perdas de visão entre brasileiros de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Doença sem sintoma, geralmente surge depois dos 40 anos e  está em ascensão no Brasil por causa do envelhecimento da população. A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que 1,2 milhão de brasileiros tenham glaucoma
Em 90% dos casos, a doença é caracterizada pelo aumento da pressão intraocular. A principal  terapia é o uso contínuo de colírios que são caros. Por isso, segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier muitos pacientes entrarem em pânico com a interrupção do fornecimento de colírio gratuito a partir deste mês,  anunciada pelo governo. Isso porque, o uso descontinuado da medicação causa cegueira irreparável. O médico explica que a perda da visão não acontece de um dia para outro. É decorrente do aumento da pressão intraocular que , dificulta a irrigação sanguínea da retina e provoca a morte de suas células, bem como do nervo óptico. Não há levantamento no Brasil sobre a atual adesão ao tratamento. Mas o especialista lembra que antes do governo iniciar a distribuição gratuita dos colírios, mais da metade dos portadores só usavam o primeiro frasco recebido durante o diagnóstico. Como acontece em outras especialidades medicas um dos maiores problemas é o engavetamento das receitas.
A boa notícia para quem tem glaucoma é que uma metanálise de 32 estudos recentemente publicada pela Cochrane mostra que a cirurgia de catarata reduziu  a pressão intraocular e o uso de colírio entre pessoas que vinham fazendo o tratamento corretamente. Queiroz Neto explica que isso acontece porque a catarata aumenta a espessura do cristalino e dificulta a circulação do humor aquoso. "A substituição do cristalino por uma lente intraocular flexível melhora esta circulação", afirma. O especialista destaca que a cirurgia de catarata exige um rigoroso controle da pressão intraocular nos meses que antecedem o procedimento, durante a cirurgia e no pós-operatório, não podendo ser considerada uma alternativa terapêutica para o glaucoma apesar do efeito benéfico sobre a doença.
Redução
Os estudos mostram que a cirurgia de catarata teve um efeito moderado sobre a pressão intraocular e  uso de colírio. Os índices revelados pela Cochrane são:
Tipo de Glaucoma
Redução da pressão
Redução de colírio
Glaucoma de ângulo aberto
13%
12%
Glaucoma pseudo-esfoliativo
20%
35%
Glaucoma agudo de ângulo fechado
30%
58%
Glaucoma crônico de ângulo fechado
71%
Raramente foi necessário
usar colírio
O oftalmologista ressalta que a pressão normal do olho é de 10 a 21 mmHg. Para cada milímetro acima disso o risco de lesões no nervo óptico aumenta em até 13%.
Laser pode interromper uso de colírio
Queiroz Neto afirma que a aplicação de laser também conhecida como trabeculoplastia seletiva  pode diminuir e em alguns casos até interromper o uso de colírio para glaucoma. Ele explica que o laser pode aumentar o escoamento do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. Por isso, diminui a pressão interna do olho. O procedimento, comenta, é seguro, tem baixo custo e é realizado em apenas cinco  minutos por olho. O médico alerta que o glaucoma pode ter recidiva em pessoas que a terapia elimina a doença. Por isso. a recomendação para os maiores de 40 anos é consultar um oftalmologista anualmente. Muitas doenças oculares só apresentam sintomas quando já estão bem avançadas.


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