A educação emocional é uma forma de trazer equilíbrio para a vida
de uma pessoa. Quanto mais as emoções são compreendidas, respeitadas e
direcionadas melhor será a vida.
Mas como fazer esse ciclo produtivo de primeiro
compreender, depois respeitar e por último direcionar?
Habitualmente, a sociedade tem uma forma que acredita ser a
mais “ adequada” de ensinar a evitar o contato com a emoção. Assim, existe a
ilusão de que uma pessoa está se preservando, ocultando com muito afinco o que
sente.
Depois, a descoberta acontecerá em perceber os desgastes
decorrentes deste comportamento, pois cada emoção contida pode gerar sintomas
desagradáveis através da ansiedade, depressão, desmotivação, tristeza e
ausência de propósito.
Esse comportamento pode ser ensinado através do exemplo, ou
como uma condição para virar um adulto com o controle das emoções. Gosto muito
de lembrar que quem quer ter o controle, vive o eterno temor do descontrole.
Nenhuma emoção, ou sentimento, existe para ser controlado. Afinal, são
informações importantes para considerar e agir.
Os jovens vivem a descoberta das emoções e suas forças, e
nessa etapa muitos são estimulados a iniciarem o controle das emoções, como se
elas fossem nocivas.
Para um jovem que está receptivo a várias sensações e
emoções, o aprendizado de controle pode ser exaustivo, além de proporcionar
pouca energia física.
Essa tensão que o jovem sofre ao se cobrar de controlar uma
emoção que passa pela mente e corpo pode trazer muitos resultados, um deles é a
depressão.
Eles possuem ainda pouca habilidade para lidar com as
oscilações, pois a variedade de emoções, sensações e objetivos são
desafiadores. E alguém sobrecarregado, independentemente da idade, pode
comunicar-se com uma depressão, uma das formas de ser ouvido e ouvir o próprio
corpo.
Hoje, boa parte tem síndrome do pânico, depressão, insônia e
outros comportamentos que mostram as emoções de forma intensa deslocadas. Uma
prova disto são os dados de 2014, onde 21% dos jovens de 14 a 25 anos
apresentam depressão e 5% tentaram suicídio. Será que ainda há dúvidas que
temos algo fora do lugar?
Quando pensamos que 28% destes jovens fazem uso de álcool ou
outras drogas e que o que impulsiona o uso são as emoções, crenças, distorção
do auto imagem e pouca segurança em relação ao autovalor.
Então a depressão passou também a compor a vida do jovem,
tirando a energia vital e gerando mais desencaixa.
Como lidar com essa situação cada vez mais presente?
Os jovens habitualmente têm muitas coisas para fazer e
conciliar e essa sobrecarga, somada a pressão por excelentes resultados, estão
cada vez mais presentes nesta faixa da população.
Os jovens vivem muitos dilemas que são gerados por
antecipação aos 15, ou 16 anos por isso é comum já nesta idade pensarem em como
será sua vida no futuro, se a profissão que irá escolher é a melhor, se irá
ganhar dinheiro suficiente, se terá sucesso e outras questões que estão
distantes do seu presente.
Acredito que tudo isso seja um convite para que esse jovem
queira se manter na infância, a qualquer custo, por sentir- se deprimido ao
pensar no futuro cheio de insatisfação, focado em ter mais do que ser, ou
repleto de cobranças porque cobrar é diferente de educar com responsabilidade.
Um dos principais fatores desse quadro é a intensa pressão
que muitos pais exercem por se sentirem receosos em relação ao futuro dos
filhos, e para solucionar intensificam uma jornada feita de mil atividades.
Às vezes, para compensar as ausências de tempo e
envolvimento, muitos pais cobram uma excelente performance custeando uma infra
estrutura muitas vezes pesada, com professores particulares, mil atividades na
escola e fora dela, para formar um adulto do mundo ou autônomo, como escuto
alguns pais falarem com orgulho.
Porém, para formar um adulto para o mundo é preciso, antes,
educar um jovem com respeito, compromisso e liberdade para escolher e se
responsabilizar pelas escolhas que faz.
Quando um jovem demostra o comportamento de depressão ele
quer sim realizar uma comunicação sobre algo que está desencaixado em suas
emoções, ou em sua educação e muitas vezes a ausência é de amor.
A melhor medida para que uma pessoa viva sem depressão e ter
amor!
Márcia Dolores Resende - criadora
do método engenharia da Felicidade. Diretora e coordenadora de
desenvolvimento do Instituto de Thalentos. Atua há mais de 29 anos em
desenvolvimento humano, corporativo e educacional. Responsável pela criação e
implantação do método de Coaching Eficaz com PNL dentro de diversas empresas.
Implementando o programa para CEO´s com métricas para o acompanhamento e
evolução. Criou a metodologia para implantação de Programas de Cultura
Corporativa utilizando os três C´s (Conhecimento, Compreensão, e
Comprometimento). Possui certificações Internacionais ICI e ICF Master
Coaching. Psicóloga pela UNG, consultora em desenvolvimento Humano, coach com
especialização em RH, larga experiência em Desenvolvimento e Treinamento
Gerencial. Para mais informações acesse http://www.institutodethalentos.com.br/ .