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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O seu rastro digital reflete os seus valores?




Recentemente fui questionado sobre os impactos das redes sociais em processos de recrutamento de profissionais jovens. Pergunta pertinente em um cenário onde cada vez mais as pessoas ficam vidradas em seus equipamentos digitais a ponto de não interagir com quem está ao seu lado.
Para poder responder foi preciso avaliar alguns aspectos e resgatar um comportamento praticado na minha adolescência. Quem tem mais de 40 anos deve lembrar que era comum crescermos em pequenas comunidades, onde éramos próximos dos vizinhos, brincávamos juntos, íamos para a escola juntos, conhecíamos as pessoas, seu caráter, seus modos, opiniões e, principalmente, a reputação de cada colega e amigo com quem convivíamos.
Isso deixa claros traços do nosso DNA, pois o ser humano tem a necessidade de viver em comunidade. Tem sido assim desde que temos conhecimento.
Com a evolução das coisas, saímos de nossas casas e perdemos o contato com os vizinhos de bairro para vivermos em edifícios e cada vez mais nos distanciamos das comunidades. As brincadeiras mudaram, os meios se transformaram em fins, os propósitos são outros e com isso os objetivos também mudaram. Nosso DNA, porém, não sofreu alteração e continuamos necessitando da vivência em grupos.
Dessa evolução surgiu a tecnologia e por meio dela as redes sociais, que reacenderam nossa necessidade de viver em comunidade. Aplicativos de todo tipo nos bombardeiam, ávidos por nossa atenção, e nos estimulam 24 horas por dia a interagir com as pessoas, só que de forma virtual.
A motivação sempre existiu, mas faltava algo mais fácil e rápido e também com maior abrangência para estimular esse relacionamento. Tiro o meu chapéu para a tecnologia, que nesta circunstância agregou valor, e se agrega valor o sucesso é certo. Aliás, fica a dica para profissionais de qualquer área: se você quer ter sucesso, faça algo que agregue valor, mas primeiro identifique qual valor predomina no mercado que você quer atuar.
Voltando à nossa necessidade de nos relacionarmos, o fato é que virtualmente não conseguimos ter uma percepção mais concreta da reputação de uma pessoa, não conhecemos seu comportamento, não presenciamos suas atitudes em determinadas situações.
Felizmente, alguns recrutadores estão começando a perceber que contratar pessoas “do pescoço para baixo” não contribui para o sucesso e os mais evoluídos passaram a buscar profissionais com valores associados aos seus próprios ou aos da empresa.
Como os valores são determinantes para o comportamento das pessoas, recorrer às redes sociais (mais uma ferramenta de seleção) para verificar se o candidato tem alguma conduta inadequada, seja por meio de uma postagem de foto ou comentário na internet, pode ser um fator limitador no processo de seleção, mas não deixará de ser considerado pelo recrutador.
Embora não possamos assegurar que uma foto ou comentário possa dizer absolutamente tudo sobre a reputação de uma pessoa, há casos em que não restam muitas dúvidas. Um exemplo recente é do site inglês que divulgou fotos de um político local usando drogas e um sutiã, que tornou público um comportamento até então desconhecido e arruinou sua reputação.
Mas isso é um caso extremo. O pouco de experiência que tenho, adquirida como selecionador e pai de dois filhos na geração Y, me dá uma certeza: o que você posta nas redes sociais demonstra os valores pessoais que você carrega e cada vez mais as empresas buscam pessoas com valores definidos, porque eles irão impactam e fazer muita diferença no comportamento desejado para cada atividade a ser executada.
Por isso, fique atento! Não deixe de ser você nas suas relações virtuais, mas enquanto não temos uma tecla “delete”, capaz de apagar tudo ou parte do que postamos na web, saiba que o seu rastro digital diz muito sobre você. Em certos casos, até mais que você mesmo em carne e osso.

Célio Pinto - consultor associado da Search Consultoria em Recursos Humanos

Homens realizam seis vezes menos exames do que as mulheres




No Dia dos Pais, médica alerta para a importância da realização dos exames periódicos e preventivos
Segundo o Ministério da Saúde, as mulheres realizam seis vezes mais exames preventivos do que os homens, apesar da proteção natural fornecida pelos hormônios femininos, como o estrogênio, presentes na idade reprodutiva. O homem, em contrapartida, além de fazer menos exames preventivos, tende a fumar e beber mais, além de ser mais sedentário e ter, em média, mais sobrepeso.
Segundo Dra. Regina Biasoli Kyiota, coordenadora de análises clínicas do Alta Excelência Diagnóstica, caso o homem fume, esteja acima do peso, tenha antecedentes familiares e seja sedentário, deve iniciar uma rotina de exames a partir dos 30 anos, com acompanhamento médico. Se os resultados estiverem dentro de índices normais, os exames devem ser repetidos a cada dois anos e, se alterados, a critério do especialista.
Para Dra. Regina, os homens, assim como as mulheres, devem se submeter a exames laboratoriais. “Os mais solicitados são a análise completa do sangue para verificar índices de lipídeos (como colesterol e suas frações, triglicérides), glicemia (para diagnóstico de diabetes), hemograma (para avaliar anemias e células de defesa), creatinina, ureia e eletrólitos (cálcio, potássio, magnésio e sódio) e radiografia de tórax, além dos exames de urina e de fezes.
A médica alerta para dois exames importantes para os homens: o de próstata e o testicular. O exame para investigação da próstata é o toque retal e a medida sanguínea do PSA (antígeno específico da próstata). Entretanto, apesar da importância dos exames preventivos, o pensamento atual de alguns segmentos está mudando porque alguns tipos de câncer podem ser apenas acompanhados, sem a necessidade de intervenções, até para garantir melhor qualidade de vida.
Contudo, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda rastreio do PSA e toque anualmente em homens acima de 50 anos. Mas, se houver diagnóstico de câncer de próstata na família ou para homens negros, o PSA deve ser medido a partir dos 45. Antes a recomendação era de, respectivamente, 40 e 45 anos. Outro exame de relevância é o testicular, já que este câncer é mais comum entre 15 e 35 anos e geralmente tem cura, especialmente se for detectado logo.
A avaliação cardiológica precoce é também de extrema importância quando houver antecedentes familiares de doenças do coração. Nas famílias em que há vários casos de infartos e derrames cerebrais, especialmente quando ocorreram com parentes mais jovens, é mandatória a investigação aterosclerose (deposição de gorduras nas artérias). Devem fazer parte dessa avaliação geral exames como eletrocardiograma, teste de esforço e ecocardiograma. Os resultados destes exames devem ser analisados pelo médico que assiste o paciente e que, conforme os resultados, continuam com avaliações e exames mais específicos.
A médica explica que a diferença entre preventivo e check-up é que os exames preventivos são específicos para determinadas doenças como, por exemplo, os preventivos de câncer (como o de próstata) ou o preventivo cardiológico, que abrange somente os exames ligados à saúde do coração. "O check-up é um conjunto de ações mais abrangentes, multidisciplinares, que envolvem o diagnóstico, orientação e também a prevenção de doenças. Abrange os ditos preventivos, sendo uma avaliação mais completa de saúde", define o médico.

O couro cabeludo tem o mesmo risco que a pele, quando o assunto é proteção solar




Os cabelos podem esconder uma lesão cancerígena na região e, por consequência, atrasar o diagnóstico e o tratamento. Por este motivo, dermatologista afirma que o couro cabeludo não deve ser ignorado e, assim como todas as áreas do corpo, ser examinado regularmente.

Todos sabem que principalmente no verão os índices de radiação atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos, onde ocorre exposição à radiação UVA/UVB E IR (infravermelho). Esta exibição, ao longo dos anos, pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa. Mas, uma região que muitas vezes é esquecida e também faz parte da pele e merece todo cuidado, é o couro cabeludo, que também pode apresentar lesões causadas pelo sol, até mesmo tumores. Eles podem aparecer em diferentes tamanhos e formas, por isso, a prevenção e a detecção precoce são os melhores caminhos para evitar complicações.
A incidência de tumor nessa área não é tão grande quanto em outras. Não há dados oficiais no Brasil, mas, estudo realizado pela Universidade Carolina do Norte, nos Estados Unidos, afirma que o câncer no couro cabeludo é mais perigoso para o paciente quando localizado nessa região, pois pode causar metástase para o cérebro. A equipe de pesquisadores analisou 50 mil casos e descobriu que os pacientes com câncer de pele nessa área têm o dobro de chances de falecer quando comparados com os que têm a doença nos braços ou pernas.
O problema é mais suscetível em pessoas com cabelos muito finos, ralos e principalmente em calvos. Claudia Marçal, dermatologista da Clínica Cariz, que já atendeu muitos casos, afirma que os cabelos são uma proteção natural contra as radiações solares, porém, na medida em que os cabelos vão escasseando, perde-se essa proteção. "Não há filtro solar especifico para o couro cabeludo. Contudo, indico aplicar um protetor solar em spray para alcançar a área. Caso a pessoa seja calva, ela pode utilizar o mesmo produto aplicado no rosto, com FPS de, no mínimo, 30 e PPD 10, reaplicando a cada duas horas. Além disso, principalmente para quem trabalha exposto ao sol, deve-se usar bonés e chapéus", recomenda a médica.

Faça o autoexame

Alguns aspectos diferentes no couro cabeludo podem ser decisivos para chamar a atenção. Basta alguns minutos, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar alguma mudança. "Normalmente, surge uma ferida pequena com casquinha que sangra facilmente. Consideramos que essa é a primeira etapa do problema, onde o próprio paciente pode pesquisar. Além disso, se a ferida for maior que seis milímetros, se houver coloração dupla ou tripla e se não cicatrizar em quatro semanas, é fundamental procurar o médico imediatamente para obter um diagnóstico preciso e tratamento adequado que, normalmente, é cirúrgico para retirada total da lesão e deve ser realizado o mais precocemente possível", afirma a dermatologista.

Fonte: Dra. Claudia Marçal
Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.

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