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segunda-feira, 2 de março de 2015

Igualdade Salarial entre homens e mulheres




O debate é constante, mas ainda é uma realidade distante no Brasil
Estamos em 2015 e muitos avanços já foram conquistados pelas mulheres na sociedade brasileira. No entanto, quando o tema se refere ao mercado de trabalho, a igualdade salarial entre gêneros ainda é uma realidade distante.
Segundo dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, em um ranking no qual compara a igualdade de gêneros entre os países, em 2014, no que se refere a equiparação dos salários, o Brasil ficou com a 71ª colocação, caindo nove posições em relação a 2013, quando estava na 62ª. De acordo com o relatório, o país apresentou uma "ligeira queda na igualdade salarial e renda média estimada" para o sexo feminino.
Esta realidade não se restringe apenas o Brasil. Quando subiu ao palco para receber o Oscar 2015 de melhor atriz coadjuvante pela atuação em "Boyhood", Patricia Arquette afirmou em seu discurso: "é nossa hora de ter igualdade de salários de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos". Da plateia, nomes como Merryl Streep e Jennifer Lopes apoiaram com entusiasmo. Fora do local da cerimônia, o apelo de Patricia também ganhou eco. Hilary Clinton, em pré-campanha eleitoral ainda sem ser candidata à Casa Branca e a Secretária de Trabalho dos EUA, demonstraram seu apoio às palavras de Arquette.
Para Maria Cecília Reis, especialista em recursos humanos da plataforma de empregos Job1, as mulheres brasileiras conseguiram alcançar a igualdade com os homens em quesitos importantes como saúde e educação mas, ainda que cheguem ao mercado de trabalho com o mesmo nível de preparo, enfrentam barreiras de todo tipo, sendo a mais grave a salarial.
De acordo com dados do relatório de Desigualdade de Gênero, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, os indicadores brasileiros colocam o Brasil entre os mais desiguais do mundo, no grupo dos países (acompanhado de Japão e Emirados Árabes) que fizeram investimentos importantes na educação das mulheres, mas que não conseguiram remover as barreiras à participação delas na força de trabalho.
Às vésperas da comemoração de mais um dia internacional da mulher, ainda existem muitos empregadores que pensam como o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) que, em uma entrevista recente ao jornal gaúcho Zero Hora, afirmou que não é justo a mulher ganhar igual ao homem, já que ela engravida: "A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? "Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade (...) Quem que vai pagar a conta? O empregador. (...) Por isso que o cara paga menos para a mulher!”, disse Bolsonaro.
Maria Cecília pondera que esta visão preconceituosa e dualista ainda está muito presente entre empregadores brasileiros, mas ela acredita que tende a perder espaço. “Cada vez mais os empregadores estão percebendo que as mulheres têm tanta capacidade quanto o homem no mercado de trabalho. As competências dos gêneros se complementam, uma vez que as características diferentes de cada sexo permitem que os profissionais olhem os desafios do trabalho por ângulos diferentes e encontrem soluções e possibilidade que poderiam passar despercebidas se olhadas apenas por uma determinada forma de enxergar as coisas”, explica.
E quando a questão da gravidez entra em pauta, a consultora de recursos humanos afirma: “Como mulher, eu poderia dizer que sem as mulheres não haveriam novas gerações, homens, maridos, filhos... Mas não vou recorrer a uma explicação simplista. Como profissional de RH acompanho o desenvolvimento profissional de diversas mulheres, nos mais variados setores, e posso afirmar que a mulher que retorna de uma gravidez adquire novas competências, novas habilidades e formas de enfrentar os desafios do mercado de trabalho que deveriam ser melhor exploradas, uma vez que só agregam diferenciais às suas funções anteriores.


Maria Cecília Reis - especialista em Recursos Humanos, em empresas Nacionais e Multinacionais e consultora em Desenvolvimento Organizacional e Gestão de Pessoas. É Graduada em Psicologia, com formação em Psicodrama e Síntese Transacional. Tem expertise em Recrutamento e Seleção, Treinamento, Desenvolvimento de Lideranças e Equipes, Avaliação de Performance, Clima Organizacional, Potencial Sucessor e Coaching. Analista de PI e FACET5, formação na abordagem de treinamento 6D’s. Consultora e gestora de Recursos Humanos, focada em Gestão de Mudanças para Processos de Outsourcing.
Job1 - www.job1.com.br

Serasa Experian dá 10 dicas para o consumidor se preparar para a recessão econômica




Fugir dos gastos desnecessários, do maior comprometimento da renda e contar com o apoio da família são algumas delas

O primeiro bimestre de 2015 já ficou marcado na vida da população brasileira pela série de aumentos e ajustes em produtos, serviços e impostos, que elevaram a inflação e acabaram diminuindo a renda e o poder de compra. Em janeiro, o índice de desemprego subiu e ocupou a pior posição desde 2013. Há ainda os recentes protestos dos caminhoneiros, que prejudicaram o abastecimento de alimentos em diversas cidades do país, e o risco de racionamento de água e energia elétrica.

Com a perspectiva de recessão econômica, a Serasa Experian dá dez dicas para o brasileiro preparar o bolso e evitar maiores prejuízos financeiros em tempos de incerteza.

1ª Planejamento: Faça um bom planejamento, anotando todos os compromissos financeiros existentes no momento. Coloque, inclusive, os pequenos gastos do dia a dia. Eles podem ter uma grande participação no orçamento ao serem somados no fim do mês. Uma planilha de orçamento doméstico pode ajudar: www.serasaconsumidor.com.br/planilhafinanceira ;

2º Família: Tenha uma conversa franca em família e compartilhe com todos da casa a atual situação econômica. O apoio e a conscientização são fundamentais para encarar qualquer tipo de dificuldade que possam encontrar;

3ª Encare o momento: Estabeleça uma sintonia entre a atividade econômica do país e o orçamento doméstico. Recue o quanto puder no consumo de supérfluos;

4ª Corte despesas: Analise o que pode ser cortado neste momento sem que haja grandes prejuízos no dia a dia. Fuja dos gastos desnecessários, centralizando o dinheiro apenas no que for essencial;

5ª Renda: Evite comprometer ainda mais a renda com financiamentos e parcelas longas. Com os juros mais altos, já está difícil de pagar todas as dívidas assumidas e o caminho para a inadimplência pode estar ficando cada vez mais curto;

6ª Cartão de crédito: Controle os gastos com o cartão de crédito. Ao receber a fatura com as despesas já assumidas, faça o pagamento integral, evitando a utilização do crédito rotativo;

7ª Cheque especial: Este deve ser visto como a última alternativa. Evite utiliza-lo como complemento do salário. Se estiver precisando de dinheiro, procure outras possibilidade, como o crédito consignado que, entre as opções de empréstimo pessoal, possui uma das menores taxas de juros;

8ª Alimentos: Com os recentes protestos dos caminhoneiros em todo o país, o abastecimento de alimentos está prejudicado. Tente substituir o que você não encontra para comprar ou que está mais caro por um produto que esteja com melhores condições. Muitos supermercados escolhem um dia da semana para fazer promoções dos produtos de feira. Aproveite;

9º Economize: Economize o quanto puder no dia a dia. Faça comparações e veja se é mais vantajoso fazer refeições dentro ou fora de casa, por exemplo. A mesma economia também deve valer para o consumo de água e luz. A energia elétrica já está mais cara em todo o país. Reaproveite a água para utilizá-la na limpeza da casa. Desligar os aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiver usando também ajuda a diminuir os gastos com energia;

10ª Inadimplente: Se já tiver caído na inadimplência, a orientação é renegociar a dívida. Explique ao credor a situação econômica e proponha valores e condições que caibam no bolso. A negociação pode ser feita com comodidade e segurança pela internet no serviço Limpa Nome Online. Basta entrar no site www.serasaconsumidor.com.br/limpa-nome-online e se cadastrar.

Após o nascimento do bebê, casais devem retomar a vida íntima




Reaproximação física é um grande fator para manter a cumplicidade e a felicidade da família
Por mais celebrada que seja a chegada de um bebê, ela mexe com as estruturas do casal. Se certas medidas foram negligenciadas, a vida íntima do homem e da mulher pode ficar insatisfatória. A mamãe, por estar em um momento bastante sensível, precisa de muita atenção e compreensão.
Uma forma de evitar um impacto negativo na vida a dois é combinar, antes do nascimento, como voltar à rotina o quanto antes. “Quando o casal estiver junto, é importante falar de assuntos que não envolvam o bebê. O marido deve estar muito presente na vida da esposa, elogiá-la, mostrar que é possível estar com ele e com o filho ao mesmo tempo, além de ter muito senso de humor e criatividade para deixar a situação mais leve”, afirma o Dr. Flávio Garcia de Oliveira, especialista em reprodução humana da FGO Clínica de Fertilidade.
O médico ainda recomenda que se retome a vida sexual de forma saudável, pois ajuda a mulher a perder peso, a comer melhor e a não se isolar. “A reaproximação física entre o casal deve ser prioridade. Apesar de não ser recomendável que a nova mamãe tenha relações sexuais antes de quatro semanas, por conta da cicatrização do parto, essa intimidade é fundamental para a felicidade de ambos e da família”, explica.
Nas primeiras semanas, a mulher sofre uma queda brusca dos seus níveis de estrógeno. Isso mexe com a libido e com a segurança em relação ao próprio corpo. O parceiro deve ser criativo nos momentos em que eles estão a sós e também ajudá-la a ter algum descanso e tempo para ela mesma. Além disso, é importante ajudar a preservar seu sono, pois sem isso ela pode desenvolver com mais facilidade depressão pós-parto e até mesmo psicose.

Você conhece os riscos do contorno completo?




Especialista alerta para os perigos que a depilação íntima completa pode acarretar para a saúde feminina
A depilação íntima completa é uma prática corriqueira por boa parte do público feminino. Conservar a pele lisinha pode ser a preferência de muitas mulheres, mas o que nem todas sabem é que a ausência de pelos pubianos pode ocasionar diversos problemas à saúde, incluindo inflamações e contaminação de doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo o ginecologista Elson Almeida, do Hapvida Saúde, os pelos servem como uma defesa para o organismo e a depilação íntima completa deixa esta região mais exposta ao ambiente externo, aumentando a possibilidade de contaminações. “Com a retirada dos pelos, bactérias têm acesso livre para região interior da pele podendo ocasionar inflamação ou infecção, que precisará de acompanhamento médico. O atrito direto com a calcinha e absorventes são outros fatores que aumentam a umidificação do local, responsáveis pela proliferação de bactérias”, explica.
Pelos encravados e alergia também são reações frequentes em peles mais sensíveis quando são expostas às depilações com cera quente ou lâminas. A lesão, em contato com outra pele danificada, pode ser transmissora de doenças sexualmente transmissíveis. “O recomendado é evitar relações sexuais após a depilação, pois a possibilidade de infecção aumenta quando há contato com uma pessoa infectada. Ceras reutilizadas e espátulas usadas para passar a cera também podem ser transmissores de vírus e bactérias, caso tenham sido utilizados em um cliente infectado”, alerta Elson.
Ao contrário do que muitos pensam, manter os pelos não é falta de higiene, mas o aconselhado é que eles sejam aparados regularmente para aeração genital: pelo com 2 cm de comprimento é o ideal. Para quem não quer abrir mão da depilação, seguem os conselhos do ginecologista:

Cuidados pré-depilação
  • Higienizar bem a área: pode-se lavar a região ou usar loções especiais pré-depilatórias, que ajudam na limpeza e na aderência da cera e eliminam bactérias;
  • Esfoliação: 3 dias antes da retirada dos pelos, esfoliar a pele ajuda a eliminar as impurezas e prevenir os pelos encravados.
Cuidados pós-depilação
  • Produtos: usar produtos calmantes logo após o procedimento evitam irritações. Evite os que possuem álcool ou cremes muito pesados;
  • Evitar roupas apertadas no local depilado: em regiões sensíveis como a virilha há maior tendência do pelo encontrar dificuldades para atravessar a pele, causando o encravamento.

CPI da Petrobras: será uma nova "melação premiada"?






A nova CPI da Petrobras, instalada na Câmara dos Deputados em 26/2/15, pode até surpreender e fazer um bom trabalho investigativo (do humano tudo podemos esperar), mas tem tudo para rebaixar ainda mais os já aviltados padrões da política "bananeira", porque já nasce corrompida. Ela poderia iniciar o processo de libertação do Brasil submetido ao jugo de uma repugnante cleptocracia (Estado "governado" por ladrões poderosos do mundo político, empresarial e financeiro), mas é mais provável que venha comprovar a sua inexpugnável força. H. M. (PMDB), seu presidente, teve 60% de sua última campanha pagas com recursos das empresas que ele deve investigar. L. S. (PT), relator dos trabalhos, recebeu dessas mesmas empresas 40% de seus gastos eleitorais em 2014. Vários outros membros da CPI também foram beneficiados com dinheiro da mesma origem criminosa (com aparência de legalidade, consoante o maleável e conivente sistema eleitoral pátrio). O mais triste é saber que nenhum deles foi escolhido por acaso. Porque o acaso não existe no gerenciamento das organizações criminosas, como a destapada pela Operação Lava Jato.
As CPIs têm sido um desastre quando escaladas para apurar crimes da cleptocracia brasileira (caso da empreiteira Delta, por exemplo). Não se pode nunca esperar boa coisa da farinha do mesmo saco. É decepcionante constatar que qualquer resultado positivo delas (muito raro nos últimos tempos) não representa independência e honestidade parlamentares, raios éticos em busca de um Brasil decente, senão a quebra da omertà (lei do silêncio, que rege a postura dos membros das grandes máfias). A cleptocracia brasileira é composta de uma grande rede de criminosos mafializados que se protegem com a mesma intensidade da volúpia com que perseguem lucros privados nas pilhagens do patrimônio público. As delações premiadas recentes constituem rachaduras nas estruturas dessa rede de proteção e de parasitismo.

Se a nova CPI não aprovar, logo nas primeiras sessões, a quebra dos sigilos de todos os agentes partidários e empreiteiras envolvidos no escândalo da Petrobras (Operação Lava Jato), ficará muito evidente (desde logo) que mais uma foi instalada para um jogo de cartas marcadas, voltado para proteger os corruptos e não os eleitores, a cleptocracia, não a democracia cidadã. O que se espera é que a nova CPI não faça como a anterior, que no dia 5/11/14 protagonizou uma das maiores evidências da roubalheira nacional: PT e PSDB fizeram um "acordão" para não quebrarem o sigilo das empreiteiras que financiaram bem como dos apadrinhados que gestionaram os dinheiros das campanhas.
No mesmo dia em que Aécio Neves (PSDB) discursava no Senado em nome de uma nova oposição "incansável, inquebrantável e intransigente", o PSDB firmava acordo com o "inimigo" PT para a proteção dos seus apaniguados e "patrões", confirmando a tradição de que basta um político falar em "moralizar" o país, e o tropeço vem logo em seguida. O PSDB "queimou a largada", disse a jornalista Dora Kramer, que completou: "foi feita uma "melação premiada", para evitar que a verdade da corrupção na Petrobras fosse descoberta; a oposição discursa cobrando investigação, mas quando há o risco de que os seus [seus companheiros ou seus financiadores] sejam envolvidos, dá o dito por não dito e embarca na operação abafa". O verdadeiro inimigo do povo, como se vê, é o sistema pouco visível espoliador e criminoso e integrado por praticamente todos os partidos políticos, grandes empreiteiras e potentes agentes financeiros.
A mesma jornalista (Dora Kramer) recordou que "O PSDB já havia padecido desse mal quando, em 2005, por ocasião da CPI dos Correios, não teve uma posição contundente quando se descobriu que o então presidente do partido, Eduardo Azeredo, usara o esquema de Marcos Valério [mensalão mineiro do PSDB] na tentativa de se reeleger em 1998. Os tucanos arrefeceram os ânimos e pagam o preço até hoje". E o que dizer da CPI do Carlinhos Cachoeira? Que foi aquilo? Começaram a investigar de verdade e, de repente, meio mundo empresarial, financeiro e político estava envolvido. Outro "acordão" entre PT, PSDB e PMDB arquivou a CPI rapidinho, num documento final de 2 páginas (os norte-americanos dizem que há bancos que são muito grandes para quebrar; no Brasil diríamos: há escândalos que são muito grandes para serem revelados e investigados). Em 2010, a propósito, Sérgio Guerra teria recebido R$ 10 milhões para "arquivar" outra CPI da Petrobras.
O Brasil é um país favorecido pela natureza como nenhum outro, mas vive flertando com o abismo e o suicídio (Mino Carta) em razão da natureza cleptocrata das lideranças nacionais favorecidas, que chegaram aonde chegaram em virtude da "servidão voluntária" da outra parte da nação. Até quando durará essa servidão voluntária, tão bem descrita por Boétie (Discurso da servidão voluntária: 38)?
"Pessoas miseráveis, povos insensatos, nações obstinadas no próprio mal e cegas quando se trata da própria felicidade! Deixais que se apossem diante de vossos olhos da parte melhor e mais segura de vossas rendas, pilhem vossos campos, roubem e despojem vossas casas dos objetos de vossos antepassados! Viveis de tal maneira que não podeis gabar-vos de que algo vos pertence. Parece que olhais agora como sorte grande que vos deixaram apenas metade de vossos bens, de vossa família e até de vossa vida. E todo esse prejuízo, toda essa desgraça, toda essa ruína não vêm dos inimigos, mas certamente de um inimigo [o sistema explorador], daquele mesmo que fizestes tão grande como ele é, daquele por quem fostes tão corajosamente à guerra, e para a grandeza do qual não vos recusastes a oferecer-vos a vós mesmos à morte" (Boétie).

Luiz Flávio Gomes - Jurista e Professor

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