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quinta-feira, 18 de maio de 2023

Melhor declarar o IR de forma incompleta ou pagar multa?

Quem for retificar precisará ter em mãos o número do recibo da declaração enviada e será preciso redobrar os cuidados para evitar a malha fina   

 

A entrega da declaração do Imposto de Renda tira o sono de muitos brasileiros. Avessos à burocracia, muitos deixam a obrigação para o último minuto, aumentando as chances de erro no preenchimento dos dados ou se deparando com a falta de documentos importantes e que precisariam constar na declaração. O que fazer nesta situação: entregar a declaração do IR 2023 de forma incompleta ou pagar uma multa pelo envio fora do prazo?   

Na avaliação de Valdir Amorim, coordenador técnico jurídico e tributário da IOB, smart tech que entrega conteúdo de legislação e sistemas de gestão contábil e empresarial, é melhor entregar incompleto e fazer um ajuste depois.  “Acredito ser importante observar que durante a retificação, se for realizada após o prazo de entrega, não é possível alterar o modelo de declaração entre simples e completa. E o contribuinte precisa ficar atento para não cometer erros neste ajuste. Caso contrário, é grande a chance de cair na malha fina”, alerta Amorim.    

Outra dica importante para quem não tem muita habilidade com o programa da Receita Federal é prestar atenção nas deduções legais permitidas. Se o contribuinte não tem muitas deduções, deve optar pela declaração com desconto simplificado. Já o contribuinte que tiver muitos recibos com gastos médicos, educacionais e dependentes pode acabar com uma restituição maior se optar pelo modelo completo da declaração, selecionando a opção “por deduções legais”. Por isso, durante o preenchimento, o contribuinte precisa ficar atento no menu ao lado esquerdo onde apresenta a “opção pela Tributação” e avaliar qual é a melhor opção.  

A multa por atraso na entrega do Imposto de Renda é de, no mínimo, R$ 165,74. A penalidade para o contribuinte que fizer a declaração fora do prazo pode chegar até 20% do imposto devido mais juros. O prazo para entregar a declaração do IR 2023 vai de 15 de março a 31 de maio. 

  

Saiba como retificar  

 Quem tiver que retificar precisará do número do recibo da declaração enviada. Ele pode ser encontrado no menu da declaração já enviada. Com essa informação é possível realizar a Declaração Retificadora no portal e-CAC no site da Receita Federal, ou mesmo pelo programa da Receita.  

É preciso buscar a seção "Transmitidas" e encontrar a declaração a ser corrigida. A retificação também pode ser feita no menu "Identificação do Contribuinte", onde haverá a opção de realizar a Declaração Retificadora.  

Vale lembrar que deve declarar o Imposto de Renda em 2023 qualquer pessoa que resida no Brasil e que recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ R$ 28.559,70 no ano passado, ou cerca de R$ 2.380 por mês, incluindo salários, aposentadorias, pensões e aluguéis; que recebeu rendimento isento, não tributável ou tributado exclusivamente na fonte acima de R$ 40 mil; e que obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto.  

No que diz respeito à atividade rural, também deve declarar quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50; quem pretenda compensar, no ano-calendário de 2022 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2022; e que tinha, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil. 

  

IOB - smart tech que reúne o melhor de dois mundos: conhecimento e tecnologia.

 

Dia Livre de Impostos: a importância da conscientização tributária


Me lembro de quando mais novo ter feito uma viagem aos EUA e, ao chegar, fui comprar jogos para meu então Nintendo 64. Eu tinha o exato valor indicado na gôndola. No entanto, no caixa, veio a surpresa. Fui apresentado ao sales tax, que é o imposto sobre vendas. Meu dinheiro foi insuficiente e fiquei aborrecido, já que, aparentemente, no Brasil, não havia nada daquilo. Mal sabia eu que a diferença é que a tributação norte-americana sobre o consumo é transparente, enquanto a brasileira é invisível, o que nos dá a sensação de que ela não existe, gerando uma baixa conscientização da população sobre o quanto se paga de impostos no país.

Por aqui, a alíquota padrão do ICMS é de 18%, podendo chegar à 25% em alguns casos. O PIS/COFINS, que também recaem sobre o consumo, possuem alíquota combinada de quase 10%, de modo que podemos estimar uma carga tributária de 25% sobre o consumo.

Para visualizar o impacto disso sobre as pessoas, é possível compararmos dois indivíduos, sendo um isento do IR ganhando até dois salários-mínimos e consumindo toda sua renda para viver, e outro ganhando R$ 15 mil ao mês, mas gastando R$ 5 mil para viver. Percebe-se que, apesar daquele que consome toda a renda não ter tributação sobre sua renda, todo seu consumo (que é igual a sua renda) está sujeito aos 25% a título de tributação sobre o consumo.

Por sua vez, o indivíduo que poupa, que paga o IR (19% considerando a dedução simplificada), acaba sujeito à uma carga tributária de 27%, dado que apenas parte de sua renda está sujeita aos tributos sobre consumo. Apesar disso, aquele que isento do IR tem a sensação de não estar pagando ou estar pagando muito menos impostos que o segundo – fenômeno que só é possível num sistema de tributos embutidos nos preços. em vez de transparente.

Por isso, o Dia Livre de Impostos (DLI), que acontece em 25 de maio, é tão relevante. A ideia é que, neste dia, os lojistas concedam desconto correspondente ao tamanho da carga tributária em seus produtos, fazendo alguns preços caírem em até 70%. A pauta é ainda mais importante porque se discute uma possível reforma tributária sobre o consumo (IBS), que consiste na unificação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS), uniformizando as alíquotas, permitindo a não-cumulatividade plena e acabando com o chamado cálculo por dentro (onde o tributo incide sobre ele mesmo), medidas que auxiliam na transparência do sistema.

O objetivo do DLI é mais amplo, já que chama atenção também para os tributos incidentes sobre a renda – como o IRPJ e a CSL – e propõe ainda a reflexão sobre o baixo retorno dos impostos arrecadados, o que está intimamente correlacionado com o mal uso do dinheiro público. Afinal, o cidadão precisa saber quanto paga de impostos para exigir que esse recurso seja bem empregado.

Podemos não chegar ao nível de transparência norte-americana, mas, certamente, o DLI auxiliará na importante missão de trazer transparência ao sistema tributário, viabilizando debates mais aprofundados sobre o tema.

 


Felipe Dias - sócio e head da área tributária no Arbach & Farhat Advogados.


Arbach & Farhat Advogados
https://arbachefarhat.com.br/

 

Má gestão, falta de recursos e juros altos: a combinação perfeita para demissões em massa

Nos últimos meses tem se intensificado a divulgação sobre demissões em massa, principalmente de setores da chamada nova economia, a economia digital (startups e fintechs). Esse fenômeno é digno de atenção. Milhares de postos de trabalho estão sendo eliminados em vários países, e aqui não é diferente. Empresas cortando dez, vinte, trinta e até cinquenta por cento da força de trabalho.

Inclusive muitos desses processos são realizados de maneira pouco respeitosa: demissões por chamadas de vídeo e em grupo se multiplicam. “Se você está nessa reunião, é porque seu contrato de trabalho com nossa empresa está sendo encerrado”.  Caramba, é assim mesmo? 

Na hora da contratação, presentinhos e carinhos devidamente registrados nas redes sociais,  as companhias gostam dessa propaganda disfarçada. Na hora da saída, uma chamada de vídeo! As equipes merecem mais atenção e respeito. Uma conversa de 15 ou 20 minutos, olho no olho com a pessoa responsável imediata é o mínimo que se espera de uma relação saudável entre empregador e empresa.

Esse é um ponto. A outra questão são os motivos desses grandes cortes. Temos dois principais. Os grandes investidores nacionais e internacionais dessas empresas, os fundos de Venture Capital, criados justamente para captar recursos de investidores e aplicá-los em novas companhias, que ainda não são públicas, estão com poucos recursos para continuar alimentando essa enorme quantidade de novos negócios criados nos últimos anos.

Por conta de um longo período com taxas de juros muito baixas no mundo todo, que começou após a crise de 2008, aquela dos imóveis nos EUA, que desestimulava as pessoas manterem o dinheiro parado e incentivavam que os investidores, principalmente institucionais (fundos de previdência, fundos de investimentos, bancos, famílias ricas etc.), colocassem seus recursos em novos negócios.

Esse fator contribuiu, inclusive, para que uma enxurrada de dinheiro fosse transferida para nós - países emergentes. E assim as novas empresas surfaram nessa maré, muitas com negócios ainda não testados suficientemente, algumas ainda no pré-projeto,  mas tudo bem, né? Afinal, os investidores queriam participar do novo ciclo e não perder o bonde. Todos em busca do novo Google, Facebook, Youtube, Amazon.

Então, em 2020, veio a crise da Covid-19, os juros baixos sumiram tão rápido quanto o álcool gel nas prateleiras das farmácias naquele período. A inflação voltou no rastro da confusão logística que se criou, quando vários países pararam muitas atividades, principalmente as estruturas de exportação. E as rodadas de investimento acabaram, ou quase. A opção das empresas que viviam dessa transfusão de recursos gigantes foi fazer uma parada de arrumação e cortar despesas. Lay-off neles. 

O segundo motivo está ligado ao primeiro, sempre né? As taxas de juros, agora nas alturas, que se seguiram como solução para baixar a inflação, fizeram com que ficasse muito caro para as empresas buscarem dinheiro nos bancos, e aí tiveram que cortar custos, senão as contas não fechavam.

Esses dois motivos parecem suficientes para explicar os cortes massivos de postos de trabalho. Mas não totalmente. Existe muita incompetência nesses processos. Gestores despreparados e inconsequentes, muitas vezes, contratam times em excesso, sem pensar no que vão fazer caso algo não funcione bem. E, como sabemos, muita coisa não funciona.

As ressacas não perdoam, e elas sempre retornam. Não muito tempo atrás você lia sobre CEOs, CFOs e outros diretores estrelados numa postura orgulhosa em entrevistas falando da quantidade de novos contratados e o gigantismo de suas equipes, como se isso fosse prova de sucesso. 

Numa corrida meio maluca por ver quem contratava mais. Prova de competência deveria ser não precisar demitir. Manter o time estável, com baixa rotatividade, sim, deveria ser uma métrica de saúde das empresas a ser buscada.

Tem ainda aquele pessoal que está em pleno lay-off e defende que a empresa está indo muito bem, com planos maravilhosos e que o sucesso é o único caminho a ser seguido. Vamos reduzir a conversa fiada. Lay-off nunca é bom. Porém se a empresa está em risco nas operações e precisar reduzir urgentemente despesas para manter e sobrevivência, seu uso pode ser justificado, para garantir a sobrevivência da companhia e dos empregos. 

Também é justificável quando a empresa compra outra companhia e tem sobreposição de áreas e departamentos. A redução no quadro de funcionários é natural. Os empregados já sabem que vai acontecer. O pessoal usa uma expressão para isso: criação de sinergias.

Agora, bater no peito e falar que está tudo ótimo, não dá, né?

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas pela Universidade e com MBA pela instituição.

 

Imposto de Renda: erros na hora de declarar podem levar à malha fina

A declaração do IR 2023 pode ser feita até dia 31 de maio. Especialista alerta que em casos de erros, além de não receber a restituição, é possível cair na malha fina.



A Receita Federal está de olho nos pequenos deslizes que os contribuintes podem cometer ao preencher a declaração do Imposto de Renda 2023. Qualquer dado incorreto pode ser suficiente para levar à perda do valor total da restituição e também à famosa malha fina, ou seja, quando o documento fica retido até que se esclareça possíveis erros. 

 

Neste ano, a declaração vai até 31 de maio e as restituições começam a ser feitas em maio e serão pagas em cinco lotes até setembro. De acordo com dados divulgados pelo Fisco, somente em 2022, mais de 1 milhão de pessoas caíram na malha fina da Receita Federal, e o principal motivo foi a omissão de rendimentos.

 

Debora Correa Rebellato, contadora e diretora da Contax Contabilidade e Planejamento Tributário, sobre os erros cometidos na hora da declaração que levam à malha fina. “A cada ano que passa o Fisco está conseguindo enquadrar cada vez mais contribuintes com o cruzamento de informações eletrônicas em relação aos rendimentos tributáveis e gastos pessoais”, explica. 

 

Por isso, a contadora alerta que neste ano os contribuintes precisam ficar atentos às novas mudanças estabelecidas pela Receita Federal. Uma das novidades deste ano é que o contribuinte poderá utilizar a declaração pré-preenchida, sem a necessidade de certificado digital. Essa nova opção está disponível no Programa Gerador de Declaração (PGD) e também na solução Meu Imposto de Renda. “Todo contribuinte com conta nível prata e ouro no Gov.br poderá usar o serviço. A medida tem como intuito minimizar erros e oferecer maior comodidade aos contribuintes”, explica. 

 

Ainda sobre essa novidade, a contadora revela que a declaração pré-preenchida possui informações relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais e que são alimentadas diretamente no programa do Imposto de Renda 2023. “O contribuinte fica responsável por verificar todos os dados pré-preenchidos na declaração e deve realizar as alterações, inclusões e exclusões das informações, se for o caso”, reforça. De acordo com a Receita Federal, o intuito é que  25% das declarações sejam feitas no modelo pré-preenchido neste ano. 

 

Outra novidade é que quem usar a declaração pré-preenchida ou optar por receber a restituição por pix terá prioridade nos lotes de pagamento. Debora ainda alerta sobre as mudanças relacionadas à venda de ações. “Quem vendeu ações cuja soma é maior que R$ 40 mil, é obrigatório a apresentação da declaração”. 

 

Além dessas novas regras, as de 2022 também se mantêm. “É obrigado a declarar, entre outros requisitos, quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2022. Além de quem tinha, até 31 de dezembro de 2022, posse ou propriedade de bens ou direitos de valor total superior a R$ 300 mil. Na atividade rural, a obrigatoriedade vale para receita bruta superior a R$ 142.798,50”, explica Debora. 


 

Fica atento na restituição do IR 2023 

 

Sobre a restituição deste ano, Debora explica que a pessoa que escolher um dos métodos de restituição - por pix ou fizer a declaração pré-preenchida - entra na lista de prioridade para receber a restituição pelo simples fato de evitar erros.

“A restituição começa a ser feita pela lista de contribuintes com prioridade legal que são idosos com idade igual ou superior a 80 anos, em seguida os idosos acima de 60 anos, pessoas com deficiência física, mental, moléstia grave e pessoas cuja maior fonte de renda seja o magistério”, relata.

Depois das prioridades, as restituições vão ser pagas de acordo com a forma escolhida, ou seja, declaração pré-preenchida, restituição via pix e, por fim, a data de envio da declaração. “Quanto mais cedo entregar, mais cedo o contribuinte pode receber o dinheiro da restituição”, alerta a contadora.  

O primeiro lote de restituição será pago em 31 de maio; o segundo lote, em 30 de junho; o terceiro, em 31 de julho; o quarto, em 31 de agosto, e o último em 29 de setembro.


Influência dos Aplicativos e os Conteúdos de Violência Entre Crianças e Adolescente

A Nova Face do Abuso e da Violência Extrema

 

Em um mundo em constante evolução, onde as demandas do trabalho nos mantêm ocupados durante todo o dia, é compreensível que a tarefa de supervisionar as atividades online de nossos filhos possa se tornar desafiadora.

 

No entanto, à medida que a tecnologia avança, é imperativo que estejamos cientes das influências prejudiciais que nossos filhos podem encontrar nas redes sociais e nos aplicativos que utilizam.

Tristemente, testemunhamos um aumento preocupante nas atrocidades cometidas por crianças e adolescentes, tanto contra si mesmos, quanto contra animais inocentes.

 

Um dos aplicativos que tem chamado a atenção é o Discord, amplamente popular entre os jovens. Infelizmente, esse espaço tem sido explorado por indivíduos mal-intencionados que promovem automutilação, pedofilia e crueldades contra animais. Conversas perturbadoras e transmissões ao vivo disseminam conteúdos alarmantes como "jogos" e “desafios” que incitam a violência contra si mesmos e contra os animais.

 

No mês de setembro de 2022 foi registrado em São Paulo, na região metropolitana, vimos o caso de uma adolescente de apenas 13 anos, que foi flagrada tentando sufocar um gato e inserir uma faca no animal. Essa atrocidade foi denunciada por uma veterinária e ativista pelos direitos dos animais.

 

“Infelizmente, a falta de monitoramento por parte dos pais agrava ainda mais essa situação alarmante. A maioria de nós desconhece os tipos de conteúdos aos quais nossos filhos estão expostos, bem como as influências negativas e as terríveis consequências que podem surgir” ~ Alerta a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em Neurologia (Harvard) e Psiquiatria, especializada em Saúde Mental, Neurodesenvolvimento e Tratamento Integral do Autismo.

 

Esses problemas não se limitam a um único país. Nos Estados Unidos, o Discord, juntamente com outros aplicativos, está enfrentando ações judiciais movidas pelos pais de uma menina que, aos 11 anos, foi vítima de exploração sexual nas redes sociais. O trauma vivenciado pela criança resultou em uma tentativa de suicídio. 

Pesquisas já indicam que o mal uso de celulares estão prejudicando a adolescência, e a associação civil Safernet, responsável por receber denúncias de violações na internet, também constatou um aumento preocupante da violência online.

 

“O crescimento da violência não se resume apenas ao aumento das denúncias de conteúdos extremistas na internet, mas também à crescente quantidade de material que demonstra sadismo e crueldade. Infelizmente, a fiscalização desses conteúdos ainda é precária”Diz a Neuropsiquiatra, Dra. Gesika Amorim, que atende diversos casos como estes de crianças em seu consultório.

 

Diante dessa realidade angustiante, é hora de agirmos. Como pais, temos a responsabilidade de proteger nossos filhos e garantir que cresçam em um ambiente seguro e saudável, tanto online quanto offline.

 

É fundamental que estejamos cientes das atividades virtuais de nossos filhos, estabelecendo limites claros e estando presentes para orientá-los. Compreendemos que nem sempre é possível estar ao lado deles o tempo todo, mas existem medidas que podemos adotar para minimizar os riscos: “Conversem abertamente com seus filhos sobre os perigos que podem existir na internet. A prevenção ainda é a melhor forma de evitar que casos extremos de violência e abuso ocorram.” – Finaliza a especialista. 



Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Instagram: @dragesikaautismo


Sírios lutam para ter acesso a cuidados de saúde em meio ao medo de deportações no Líbano

Atmosfera de intimidação fez com que muitos refugiados tenham receio de deixar a segurança de suas casas

 

Refugiados sírios que vivem no Líbano estão encontrando cada vez mais dificuldades para acessar serviços médicos vitais devido a relatos de deportações forçadas e restrições à liberdade de movimento. As equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) e seus parceiros ouviram de pacientes que a situação está sendo exacerbada pela retórica discriminatória contra refugiados, criando um ambiente de medo e preocupações em relação à segurança da população refugiada.

A atmosfera de intimidação deixou muitos refugiados com medo de deixar a segurança de suas casas, até mesmo para ir em busca de cuidados médicos essenciais. A situação é particularmente grave em Arsal, uma cidade isolada ao norte do Líbano, perto da fronteira com a Síria, onde equipes de MSF trabalham há mais de 10 anos.

“Todo mundo está estressado e fica em casa, paralisado pelo medo”, diz Farhat*, 75 anos, refugiado sírio que recebe tratamento para diabetes na clínica de MSF em Arsal há nove. “Ninguém tem coragem de se aventurar pelas ruas, mesmo para as necessidades básicas.” Ele tem medo de ser preso pelas autoridades e deportado do Líbano. Um receio que, segundo Farhat*, muitos outros também têm.


Impacto nos atendimentos de MSF

Nas últimas duas semanas, as equipes de MSF notaram um número crescente de pacientes que não foram às consultas, supostamente devido aos temores de enfrentar a deportação enquanto passam pelos postos de controle para chegar às unidades de saúde.

Os profissionais de MSF também relatam que o clima de medo está afetando a capacidade de realizar encaminhamentos médicos urgentes para hospitais. “Tivemos um paciente que, apesar de precisar de cuidados médicos urgentes, se recusou a ser transferido para um hospital. Ele estava aterrorizado com a possibilidade de deportação, já que não está registrado”, diz o Dr. Marcelo Fernandez, coordenador-geral de MSF no Líbano.


Dificuldades com meios de transporte

Por conta da recente aplicação rigorosa de políticas e de restrições em relação aos refugiados no Líbano, muitos sírios tiveram seus carros e motocicletas confiscados. Muitas vezes, esses veículos eram o único meio de transporte acessível após a crise econômica, que fez com que o custo dos táxis e do transporte público aumentasse.

Mahmoud*, de 56 anos, está recebendo tratamento para diabetes na clínica de MSF em Arsal, que fica a cinco quilômetros de sua casa. Ele é um dos muitos pacientes que agora lutam para ir até a clínica realizar exames e buscar seus medicamentos.

Muitos dos moradores de Arsal vivem em situação de vulnerabilidade social, enquanto os serviços e a infraestrutura na área são limitados. Tanto residentes libaneses quanto refugiados enfrentam desafios significativos no acesso a serviços essenciais, dentro e fora da cidade.

“A apreensão de veículos deixou muitas pessoas vulneráveis sem um meio de transporte disponível”, diz Dr. Fernandez. “Essa medida exacerbou os desafios enfrentados por indivíduos que já têm recursos e liberdade de movimento limitados, dificultando ainda mais o acesso a cuidados médicos essenciais”.

“Esta situação é insustentável”, completa Dr. Fernandez. “Nenhuma ação deve ser feita em detrimento da saúde das pessoas. Todos os grupos de pessoas devem ter acesso a cuidados de saúde em tempo hábil, de forma equitativa, independentemente de sua origem ou status social.”


*Os nomes dos pacientes foram alterados para proteger a identidade.

MSF é uma organização médico-humanitária internacional independente que oferece assistência médica gratuita para pessoas que mais necessitam, sem discriminação. MSF começou a trabalhar no Líbano em 1976 e suas equipes atuam no país sem interrupções desde 2008.

Atualmente, a organização trabalha em sete locais em todo o Líbano, oferecendo assistência médica gratuita para comunidades vulneráveis, incluindo cidadãos libaneses, refugiados e trabalhadores migrantes. Os atendimentos de MSF incluem serviços de saúde mental, saúde sexual e reprodutiva, cuidados pediátricos, vacinação e tratamento para doenças não transmissíveis, como diabetes. Com mais de 700 profissionais no Líbano, as equipes realizam cerca de 150 mil consultas médicas por ano.


App utilizado para medir diabetes pode ser a porta de entrada para ataques cibernéticos em hospitais

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 Uma das áreas mais visadas por grupos de ransomwares, o setor da Saúde teve inúmeros casos de ciberataques no último ano, com prejuízo para a saúde de milhares de pessoas

Ataque via aplicativo causou o vazamento de informações sigilosas de mais de 200 mil pacientes


Os grupos criminosos cibernéticos não têm limites em relação aos seus alvos. Não são apenas instituições financeiras, órgãos governamentais ou grandes corporações que sofrem com os agentes maliciosos. Um dos setores mais visados pelos cibercriminosos é o da Saúde, e isso causa seríssimos problemas que vão muito além de prejuízos financeiros.

Em seu mais recente relatório sobre o panorama de cibersegurança, a Apura Cyber Intelligence identificou, com base em dados coletados junto à sua plataforma, que o setor de Saúde foi o terceiro mais visado por grupos de ransomwares, que buscam invadir sistemas à procura de dados sigilosos e estratégicos e depois pedir resgate por eles. Atrás do setor de Engenharia/Arquitetura e Financeiro, o setor foi alvo de 7,9% dos ataques indexados pelo BTTng, sistema da empresa especializada em segurança cibernética e apuração em meios digitais.

“A saúde é um setor crítico, pois uma interrupção em sistemas de saúde pode ter consequências graves e afetar diretamente a vida das pessoas. Os dados confidenciais dos pacientes são altamente valiosos no mercado negro da dark web, o que torna o setor um alvo atrativo para cibercriminosos”, ressalta Sandro Süffert, CEO da Apura Cyber Intelligence.


Ataques cada vez mais inusitados: app de diabetes serviu de porta de entrada para os hackers

Nem mesmo um aplicativo que tem o objetivo de ajudar as pessoas a controlar a diabetes escapou da mira dos cibercriminosos. O Glic, primeiro app para diabetes e controle de glicemia do Brasil, desenvolvido pela GlicOnline em parceria com o Hospital de Clínicas da USP e Fapesp, foi alvo do grupo cibercriminoso de ransomware chamado SiegedSec, que publicou arquivos confidenciais sobre pacientes roubados do serviço GlicOnline. Houve o vazamento de informações sigilosas de mais de 200 mil pacientes e um arquivo compactado com mais de 200Mb que foi publicado em um serviço de compartilhamento de arquivos e baixado centenas de vezes. O grupo ainda terminou a postagem afirmando que haveria novos vazamentos.

Outro caso emblemático foi o do L’hospital Clínic Barcelona, localizado na cidade espanhola e que atende mais de meio milhão de pessoas por ano. Um ataque de ransomware às máquinas virtuais da casa de saúde em plena manhã de domingo afetou de forma severa o funcionamento da instituição. O ataque também interferiu no atendimento de emergência em outras três clínicas. Todos os aplicativos e sistemas de comunicação do hospital foram atingidos, o que fez com que informações de pacientes ficassem inacessíveis aos profissionais de saúde e o caos fosse instaurado. Cerca de 800 casos considerados urgentes tiveram que ser direcionados a outras instituições de saúde e cirurgias não urgentes, que aconteceriam na sequência, tiveram que ser canceladas, além de mais de três mil consultas. Segundo a apuração, o responsável foi o grupo RansomHouse, que surgiu no cenário em maio de 2022 e tem ligações com outro grupo de ransomware, o WhiteRabbit: ambos utilizam encriptadores que compartilham muitas semelhanças.

Em maio de 2022, o Ministério da Saúde suspendeu o acesso ao Conecte SUS, plataforma que contém toda a informação dos cidadãos brasileiros, inclusive com número de doses de vacina contra a Covid-19 que foram tomadas, e-SUS Notifica e SI-PNI, depois que um ataque foi identificado, o que causou um enorme transtorno para as autoridades federais e, também, aos próprios cidadãos.

Esses ataques mostram como os cibercriminosos estão mais criativos e inusitados em suas investidas. Os ataques cibernéticos são cada vez mais frequentes e sofisticados e podem causar grandes prejuízos, tanto financeiros como para a saúde e segurança das pessoas.


Prevenção e atenção

Segundo Süffert, é importante que as empresas e instituições de saúde estejam sempre atualizadas e adotem medidas de segurança robustas para evitar esses tipos de ataques.

Monitorar constantemente o espaço on-line nas várias camadas da internet, como a Deep e a Dark Web, em busca de ameaças, contar com a ajuda de experts em cibersegurança e adotar práticas de prevenção e resposta a incidentes são algumas das medidas que ajudam a minimizar os riscos e proteger os dados dos pacientes.

As plataformas de inteligência de ameaças e antifraudes são soluções para as instituições de saúde estarem preparadas para lidar com possíveis ataques. Não há limites para a ousadia dos grupos de fraudadores e hackers, e sem um acompanhamento constante, as vulnerabilidades serão exploradas.

 

Especialista dá dicas para profissionais da saúde não terem dor de cabeça com as finanças

Erros na contabilidade da clínica, consultório ou no lançamento de atendimentos podem trazer muitos prejuízos para médicos, dentistas e outros profissionais da área da saúde. Lamarque Santos, sócio da Conta Medical, explica quais são os erros mais comuns desses profissionais liberais em seus consultórios e clínicas. 

Um dos problemas mais comuns que desequilibram a saúde financeira de seus negócios é o desconhecimento do correto e mais proveitoso enquadramento tributário. Não saber qual é melhor regime de tributação é nocivo, porque isso determina quais impostos devem ser pagos pelas atividades desenvolvidas. E também impacta na apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Além de pesar no bolso, o enquadramento inadequado pode provocar problemas como autuações, multas e outras penalidades. 

Lamarque Santos, sócio da Conta Medical, alerta que também é comum esses profissionais não tratarem corretamente a organização societária. Caso o modelo de trabalho envolva a sociedade de um ou mais profissionais, é preciso estabelecer, além do contrato social, um acordo societário, e dar o devido lastro legal à integralização de capital (entrega dos valores prometidos na emissão do contrato social), evitando muitos transtornos. 

Já o campeão dos erros – e um dos que mais causam dor de cabeça aos profissionais da saúde – é misturar despesas da pessoa física (do profissional) com as da pessoa jurídica (consultório/clínica). Separar a personalidade jurídica da física pode parecer difícil e confuso, mas é extremamente necessário. Além de cumprir a legislação fiscal, permite que haja um controle mais apurado do resultado financeiro da empresa, garantindo um planejamento tributário mais efetivo para a diminuição de impostos.

 

Santos explica que o suporte de uma empresa de contabilidade

especialista na área da saúde ajuda “a mitigar melhor os riscos tributários, que vão além da desoneração tributária e demandam o cumprimento de obrigações acessórias ao Fisco”. O executivo da Conta Medical, empresa especializada em consultoria e assessoria fiscal e tributária, informa ainda que uma contabilidade analítica, realizada de forma ativa e preventiva, pautada em resultado e com expertise no segmento de saúde, auxilia na tomada de decisão “trazendo resultados financeiros reais, diminuindo custos e, muitas vezes, aumentando o lucro da prestação de serviço”.


Menos de um mês para as inscrições: o ENEM começa agora

A data de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio 2023 está chegando e os preparos se intensificam; Autor do Sistema pH e gerente do curso pH, Diogo D’Ippolito, dá dicas para os participantes desta edição


A edição de 2023 do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ocorrerá apenas no final do ano entre os dias 5 e 12 de novembro. Contudo, a abertura das inscrições para a prova já tem data marcada para o dia 5 do mês que vem e irá durar até o dia 16 de junho, sendo que o processo poderá ser feito na Página do Participante.

 

Além disso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), divulgou o Edital nº 30, referente ao ENEM deste ano, no dia 5 de maio. O órgão também disponibilizou a diretriz no site do Ministério da Comunicação.

 

Dedicação, planejamento e foco. No vocabulário do vestibulando, essas palavras são essenciais para quem está se organizando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Planejar-se com antecedência, criar um cronograma de estudos e, principalmente, usar o tempo disponível a favor do estudo são passos essenciais para todo estudante obter um bom desempenho na avaliação.

 

No intuito de ajudar os vestibulandos, Diogo D’Ippolito, autor do Sistema pH e gerente do curso pH, separou algumas dicas para ajudar os jovens a criarem bons hábitos de estudos para potencializar os estudos nos próximos meses. Confira a seguir:

 

Melhor performance nos dois dias de prova

Para os alunos que farão a prova pela primeira vez, a melhor dica, de acordo com Diogo, é treinar ao máximo as provas de anos anteriores. Simular provas antigas – inclusive se colocando em condições similares de tempo, recursos e espaço do dia oficial – traz segurança aos alunos e alunas. Trata-se de uma estratégia fundamental para entender o perfil das questões (enunciados e alternativas) e buscar as melhores estratégias para resolvê-las.

 

Novos hábitos para se dar bem

Segundo Diogo, a melhor dica para esses alunos é estudar a partir de seus GAPS de aprendizagem. “Como esses estudantes já tiveram um ano de vestibular anterior, é importante que eles façam uma análise da performance passada, pensando nos seus pontos fortes e, principalmente, nos seus pontos fracos. A partir dessa identificação, é preciso estudar de forma direcionada, praticando exercícios desses tópicos identificados como de maior dificuldade”, diz ele.

 

O foco no erro é outro hábito que precisa ser incentivado. Ele precisa ser visto como uma oportunidade de aprendizagem! “Quando a gente entende o porquê de ter errado alguma coisa, nos preparamos para transformar essa falha em um acerto no futuro. É importante que os alunos e alunas tenham, durante a semana, momentos específicos para verificação de seus erros, buscando entender o motivo da falha e o que eles precisavam saber para ter acertado determinada questão”, afirma o autor do Sistema pH. No longo prazo, essa cultura de foco no erro é capaz de trazer resultados surpreendentes!

 

Estude com propósito

O estudo não pode ser vazio de significados. Olhar para uma rotina de estudos com propósito para além de “passar de ano” faz toda diferença. Dedicar-se ao conhecimento traz diversas oportunidades profissionais e culturais, realiza sonhos e amplia a visão de mundo.

 

Métodos de preparação do Sistema pH

Alunos que se preparam com o Sistema de Ensino pH possuem diferencial no material e na quantidade de simulações ENEM oferecidas ao longo do ano.

 

Em relação ao material didático, trata-se de um recurso que possibilita aos estudantes um embasamento teórico completo, desde o ensino fundamental, sobre todas as competências e habilidades de cada área do conhecimento, além de trazer questões divididas por nível de dificuldade sobre cada tópico abordado.

 

As simulações do ENEM oferecidas pelo Sistema pH também fazem toda a diferença ao longo do ano de preparação, visto que levam em consideração a mesma formatação da prova oficial, com questões inéditas feitas pelos professores e sistema de correção TRI, o mesmo utilizado pelo ENEM.

 


Sistema de Ensino pH
www.sistemadeensinoph.com.br


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