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terça-feira, 16 de maio de 2023

Pedidos de recuperação judicial crescem 43,1% em abril, revela Serasa Experian

Empresas de micro e pequeno porte foram as que mais demandaram pelo recurso


Em abril, foram registrados 93 pedidos de recuperação judicial no Brasil. Em comparação com o mesmo mês de 2022 houve um aumento de 43,1%, de acordo com o Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian. As micro e pequenas empresas lideraram as requisições, com 64 pedidos, em seguida estavam os médios negócios (18) e os grandes (11). No no mesmo mês do ano anterior, os MPEs tinham 35 solicitações, seguidos pelas companhias de porte médio (19) e grande (11).

A análise também revelou que o setor de “Serviços” foi o que mais demandou por recuperação judicial, mostrando aumento na comparação anual. “Comércio” ficou em segundo lugar e, em sequência, estavam “Indústria” e o setor Primário. Confira na tabela a seguir os dados completos de cada segmento:



Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o cenário de inadimplência das empresas brasileiras está diretamente ligado ao aumento desse índice. “O constante crescimento da lista de companhias negativadas mostra que a instabilidade econômica ainda é um desafio para os empreendedores. Dessa forma, abalados financeiramente, é inevitável que muitos acabem recorrendo aos processos de recuperação judicial para tentar renegociar e evitar a falência, ainda que alguns acabem tomando esse fim de qualquer modo”.


Solicitações de falência crescem 12,3%

Os pedidos de falência registraram alta em abril deste ano, crescendo de 81 para 91 na comparação anual (abril/22 x abril/23), uma expansão de 12,3%. Também neste quadro foram as empresas de micro e pequeno porte que tiveram destaque, com 51 solicitações. Em relação aos segmentos, o de “Comércio” foi o mais afetado, com 31 pedidos. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui!


Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados. O indicador é segmentado por porte.


Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br



Como a IA está otimizando processos em diversas áreas

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem saído dos laboratórios e ambientes de pesquisa e aparecido cada vez mais no dia a dia das pessoas. Hoje percebemos que com a IA podemos otimizar processos e trazer ganhos significativos em eficiência e redução de custos, em diversas áreas como saúde, educação e negócios.

Na saúde por exemplo, a IA tem sido utilizada para melhorar diagnósticos e tratamentos, como é o caso da utilização de algoritmos de aprendizado de máquina em imagens de ressonância magnética para detectar lesões cerebrais de forma mais precisa. Esse processo, demorado e trabalhoso se realizado por um profissional, pode ser feito de forma mais rápida e eficiente pela IA permitindo que o tratamento adequado seja iniciado o mais rápido possível.

Em processos empresariais, a IA pode ser aplicada para analisar dados de comportamento de consumo para segmentar melhor o público e personalizar campanhas publicitárias, o que pode levar a um aumento nas vendas. Além disso, a IA pode ser usada para otimizar processos logísticos, como a programação de rotas de entrega, reduzindo os custos de transporte e aumentando a eficiência.

Na educação, a IA tem sido aplicada para personalizar o aprendizado dos alunos, adaptando o conteúdo às necessidades individuais de cada um. Um exemplo disso é o uso de plataformas de aprendizado que utilizam IA para criar um plano de estudos personalizado para cada aluno, levando em consideração seu nível de conhecimento e sua forma de aprendizado.

Temos também o Chat GPT, uma IA que é capaz de responder a perguntas de forma rápida e segura, dessa forma podendo ser usado para auxiliar os alunos como uma fonte de pesquisa, fornecendo respostas para suas dúvidas. Para o professor, o Chat GPT pode ser usado para auxiliar na construção de aulas e questões, diminuindo o tempo gasto nessas tarefas.

A IA tem se mostrado cada vez mais presente em nosso dia a dia, transformando a maneira como trabalhamos e vivemos. Com seu potencial de otimização de processos, essa tecnologia promete revolucionar diversas áreas, trazendo mais eficiência e redução de custos para empresas e uma melhor qualidade de vida para as pessoas.


Jorge Barreto - Mestre em Computação Aplicada e professor das disciplinas de Inteligência Artificial e Programação Estruturada do curso de Sistemas de Informação da Rede UniFTC.

 

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Coalizão Vozes do Advocacy realiza capacitação em diabetes de agentes comunitários de saúde em Fortaleza


Com o panorama de mais 16 milhões de brasileiros com diabetes no país*, sendo que cerca de 8 milhões deles desconhecem o diagnóstico, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, em parceria com: Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos, a Associação de Diabetes de Cambuí-MG (ADCMG),  a ADJ Birigui, a Associação Doentes Crônicos do Brasil promovem o Projeto Diabetes em Ação.

A terceira edição será no Espaço Multiuso da Secretaria de Saúde de Fortaleza, no dia 22 de maio, das 8h às 13h. A iniciativa tem o intuito de capacitar agentes comunitários de saúde a respeito de diabetes. A quarta edição acontecerá em Nova Friburgo (no interior do Rio de Janeiro). A primeira edição ocorreu em Birigui, no dia 27 de março, na sede da ADJ Birigui-SP e a segunda em Cambuí-MG, no dia 5 de maio.

Desde janeiro deste ano, as profissões de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias são reconhecidas como profissionais de saúde e cada vez mais se ampliam suas atuações junto à comunidade, pois são responsáveis por: identificar áreas e situações de risco individual e coletivo; encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre que necessário; orientar as pessoas, de acordo com as instruções da equipe de saúde; acompanhar a situação de saúde das pessoas, para ajudá-las a conseguir bons resultados.

Além disso, desde 2018, estes profissionais podem aferir a pressão e a glicemia da população e encaminhar as pessoas aos serviços de saúde, caso haja alteração em algum dos índices, tendo um papel relevante no diagnóstico precoce de diabetes e hipertensão. Mas para que estas tarefas possam ser executadas com êxito, os profissionais precisam ser treinados e autorizados legalmente.

Gastos relacionados com diabetes no Brasil chegaram a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões, considerando gastos do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos***.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio da Prefeitura de Fortaleza e da empresa Novo Nordisk.

 

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 


Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/relatorio-vigitel-2020-original.pdf
*** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).

 

Brasileiros regridem na atenção com a saúde mental, revela pesquisa YouGov


Entre 2021 e 2023, o número de brasileiros que dizem que é importante falar sobre saúde mental caiu mais de 3 pontos percentuais



Mesmo a saúde mental sendo um problema persistente em todo o país, a pandemia trouxe mais desafios. Até no final do ano passado, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), alertou que o Brasil estava enfrentando uma pandemia de saúde mental, impulsionada pelo isolamento social, pela perda de familiares para o COVID-19, pelo sentimento de medo do vírus e pela ansiedade causada devido à instabilidade nos empregos. 

 

E segundo dados recentes divulgados pela YouGov, multinacional especializada em pesquisa de mercado on-line, 67,9% das pessoas no país dizem que a doença mental é uma condição real. Embora esse número possa parecer alto, ele representa um declínio em relação aos 69% que se sentiam da mesma forma em 2022; e o número do ano passado é ainda menor em comparação com o 74,5%, em 2021. Portanto, nos últimos dois anos, houve uma queda de 7 pontos percentuais no número de brasileiros que levam a saúde mental a sério.



Esse não é o único indicador de que há uma clara tendência à queda na atenção ao campo da saúde mental. Em 2021, 80,5% dos brasileiros disseram que era importante discutir problemas de saúde mental. Já em 2023, o percentual é de apenas 77,2%, uma queda de mais de três pontos percentuais. 

 

Uma leve retração também pode ser observada entre este ano e o anterior no número de pessoas que consideram que os estigmas em torno da saúde mental estão desaparecendo, depois de terem crescido entre 2021 e 2022.

 

Mulheres e adultos mais velhos levam a saúde mental a sério

De modo geral, as mulheres e os adultos mais velhos no Brasil estão mais propensos a levar a sério a questão da saúde mental. Em comparação com 73,2% dos homens, 81,1% das mulheres brasileiras dizem que é fundamental falar sobre essas questões. 

 

Existe um contraste semelhante na comparação entre as idades, com apenas 68,8% dos jovens de 18 a 24 anos acreditando que a saúde mental deve ser discutida, em contraste com 8 em cada 10 pessoas que ultrapassaram os 55 anos de idade.

 

Esses dois grupos também são os mais propensos a rejeitar o fato de que as doenças mentais não são tão graves quanto as doenças físicas: 80,5% das pessoas com mais de 55 anos e 72,7% das mulheres discordam dessa afirmação, estatisticamente mais alta do que a média nacional de 67,9%. Os homens e os brasileiros mais jovens, por outro lado, são estatisticamente mais propensos a desprezarem essas doenças em comparação com a média.

 

Os brasileiros do sexo masculino e os mais jovens também são os mais convencidos de que os estigmas em relação à saúde mental estão se desfazendo lentamente. “Isso pode ser explicado pelo fato de que as mulheres e os adultos mais velhos, aqueles que, na verdade, estão mais abertos a discutir seriamente essa questão, estão mais conscientes de como é difícil conversar sobre estas adversidades no Brasil”, comenta David Eastman, diretor-geral da YouGov América Latina. 

 

A saúde mental, por si só, ameaça se tornar um risco crescente para o bem-estar dos brasileiros se a sua importância continuar a diminuir no ritmo dos últimos dois anos. Mas os dados da YouGov revelam que também há uma ligação entre a saúde mental e a saúde física. 

 

Aqueles que não consideram a doença mental como algo sério são estatisticamente mais propensos a também dizer que não se alimentam ou se exercitam adequadamente, não cuidam do seu bem-estar como deveriam, vivem sem dormir muito e sofrem de ansiedade recorrente, (51%, 61,3%, 52,5% e 58%, respectivamente, contra 30,7%, 55,5%, 27,3% e 52% daqueles que a consideram uma doença real).

 

Existe até uma ligação entre a seriedade com que os brasileiros levam a saúde mental e algumas ações e atitudes que podem se tornar problemáticas e até prejudiciais.

 

Aqueles que não acreditam que a doença mental seja real têm quase duas vezes mais chances de aceitarem serem compradores impulsivos do que aqueles que levam a questão a sério. Além disso, é três vezes mais provável que digam que bebem demais, duas vezes mais provável que manifestem que jogam demais e significativamente mais provável que afirmem que a publicidade afeta a sua imagem corporal.

 

“Essa relação é simples de explicar, pois os brasileiros que levam sua saúde mental a sério provavelmente estarão mais dispostos a procurarem ajuda médica profissional para tratar suas condições. E, ao fazer isso, ficam menos vulneráveis a outras ações e atitudes prejudiciais que podem afetar negativamente outros aspectos do seu bem-estar físico, mental e social”, finaliza David. 



Nesse sentido, a saúde mental e a conscientização sobre sua gravidade vão muito além das próprias condições. Portanto, é necessário que haja mais atenção por parte das autoridades e dos consumidores para essa questão.

 

YouGov - multinacional de origem britânica, pioneira em pesquisa de mercado on-line e ferramentas que integram o planejamento e o monitoramento de dados, garantindo informações mais precisas e ágeis de serem acionadas por seus clientes.

 

Odontopediatra dá dicas de como aliviar o desconforto dos primeiros dentes em bebês

Nesta fase, é comum que os pequenos apresentem irritabilidade, inchaço e até dificuldades para dormir 

 

Sensibilidade na gengiva, febre e dor…. Estes são alguns dos sintomas dos primeiros dentes nos bebês. Esta fase é um marco importante no desenvolvimento da criança, mas também pode trazer desconforto e irritação. Durante o processo, é natural que os pais fiquem preocupados e busquem maneiras de aliviar os sintomas para ajudar os pequenos a passar por esse momento de maneira mais tranquila. 

Segundo Ilana Marques, odontopediatra da clínica IGM odontopediatria, o cuidado odontológico precoce é essencial para garantir a saúde bucal do bebê. “Durante o nascimento dos dentinhos, é muito importante um acompanhamento com especialista, alguns sintomas podem ser bem desconfortáveis, como irritabilidade, inchaço nas gengivas, salivação excessiva e dificuldade para dormir", afirma a dentista.

 

Para ajudar a driblar esse desconforto, a especialista dá algumas dicas simples. Confira:

 

  • Mordedores refrigerados: Oferecer mordedores seguros e próprios para a idade do bebê pode ajudar a aliviar a coceira e a dor nas gengivas. Colocá-los na geladeira por um tempo para resfriá-los proporcionará um efeito calmante.

 

  • Massagem nas gengivas: Com um dedo limpo e suave, faça uma leve massagem nas gengivas do bebê. Essa pressão feita de leve pode ajudar a aliviar a dor e a estimular o surgimento dos dentes.

 

  • Alimentos frescos e texturizados: Ofereça alimentos seguros e adequados à idade do bebê, como cenouras ou maçãs cruas, que podem ser mordidos. A textura desses alimentos pode ajudar a massagear as gengivas e proporcionar alívio.

 

  • Laserterapia: Consulte um odontopediatra para obter recomendações sobre o uso da laserterapia para bebês. O procedimento ajuda no alívio imediato no desconforto do nascimento dos dentinhos. 

 

  • Aconchego e carinho: Durante essa fase, os bebês precisam de conforto e atenção extras. Acolha o seu filho nos seus braços, ofereça carinho e distração por meio de brinquedos adequados para a idade. Isso ajudará a desviar a atenção do desconforto e a proporcionar um ambiente tranquilo.

 

“É importante lembrar que cada bebê é único, e nem todas as estratégias funcionarão da mesma forma para todos. Caso o desconforto persista ou se torne preocupante, é fundamental consultar um odontopediatra para uma avaliação adequada e orientações personalizadas”, ressalta Ilana Marques.


"Assassino silencioso". Veja dicas para prevenção e controle da Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é um problema de saúde comum e, muitas vezes, assintomático. É um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Para o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, que acontece em 17 de maio, o médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo compartilha algumas dicas para ajudar a prevenir e controlar a hipertensão arterial.

 

A hipertensão arterial pode ser causada por vários fatores, incluindo obesidade, consumo excessivo de sal, falta de atividade física, tabagismo e estresse. Também pode ser influenciada por fatores genéticos e hereditários. A boa notícia é que a hipertensão arterial pode ser prevenida e controlada por meio de mudanças no estilo de vida e tratamentos médicos adequados.
 

Um alerta para gestantes
A hipertensão arterial pode ter implicações sérias durante a gravidez, incluindo pré-eclâmpsia e parto prematuro. As mulheres grávidas devem ser acompanhadas de perto por um médico para monitorar sua pressão arterial.
 

O Dr. Ronan Araujo sugere as seguintes dicas para ajudar a prevenir e controlar a hipertensão arterial:

1.Mantenha um peso saudável: manter um peso saudável é uma das maneiras mais eficazes de reduzir o risco de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares. Consulte um médico especialista para obter orientação sobre uma dieta saudável e equilibrada.

2. Faça atividade física regularmente: a atividade física regular pode ajudar a reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde cardiovascular. Tente fazer pelo menos 30 minutos de atividade física moderada todos os dias.

3. Reduza o consumo de sal: o consumo excessivo de sal pode aumentar a pressão arterial. Tente limitar a quantidade de sal adicionado aos alimentos e evite alimentos com alto teor de sódio.

4. Consuma alimentos saudáveis: inclua em sua dieta alimentos frescos, grãos integrais, peixes ricos em ômega-3, nozes e sementes, e alimentos com baixo teor de sódio, como feijão, lentilha e ervilha. Evite alimentos processados, fast food, carnes vermelhas e gordurosas, produtos lácteos com alto teor de gordura, alimentos fritos e doces com muito açúcar.

5. Limite o consumo de álcool e cafeína: o consumo excessivo de álcool e cafeína pode aumentar a pressão arterial em algumas pessoas.

6. Faça exames regulares: a hipertensão arterial muitas vezes não apresenta sintomas óbvios, portanto, é importante fazer exames regulares para medir a pressão arterial e monitorar a saúde cardiovascular.
 

"A hipertensão arterial é uma condição crônica que requer gerenciamento a longo prazo, mesmo quando os sintomas não são aparentes. É importante trabalhar em estreita colaboração com um médico para desenvolver um plano de tratamento adequado e eficaz." Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

Fortaleça sua imunidade, comendo!

Vida é movimento. Comida é combustível. O desenrolar dos dias é o resultado da soma do que você come à forma como seu organismo recebe e metaboliza o fruto das suas escolhas alimentares.  

A divisão é clara: há organismos aditivados e aqueles que carecem de revisão.  

Isso porque mais do que matar a fome, o que é consumido quando a vontade de comer vem impacta diretamente na cadência da engrenagem que constitui o corpo humano.  

Devidamente abastecida, a máquina mantém as funções em perfeito funcionamento – do levantar ao adormecer, incluindo tudo que ocorre nessa janela temporal, protegida pelo sistema imunológico, responsável por manter as doenças distantes.  

Só que a função de defesa depende dos nutrientes ingeridos durante as refeições.  

Para a imunidade funcionar com completude, desempenhando as reações químicas necessárias para defender o organismo dos patógenos, alguns nutrientes são necessários.  

O nutricionista especialista em nutrição clínica funcional e professor do Puravida PRIME, Paulo Mendes, listou o que considera ser os cinco principais:  

  • Fibras; 
  • Fontes de alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios; 
  • Selênio; 
  • Zinco; 
  • Vitamina C. 

Segundo o professor do PRIME, esses elementos pró-imunidade estão amplamente presentes em dois perfis de dietas: a Mediterrânea (eleita como a melhor dieta para 2023) e a plant-based. 

O cardápio dessas dietas é conhecido por incentivar o amplo consumo de vegetais, sementes, cereais, azeite de oliva, pescados e até vinho. Na plant-based, o foco é no consumo das proteínas de origem vegetal.  


Nutriente a nutriente 

Ponto forte em ambas, o alto consumo de fibras reverbera nas células do sistema imune e na melhora das saúdes neural, intestinal, cerebral e até mesmo muscular. 

A explicação está no efeito causado pelas fibras no intestino: como não são inteiramente absorvidas, as fibras estimulam a fermentação de um grupo de bactérias consideradas boas para a microbiota intestinal, reconhecidas pela grande capacidade imuno-positiva.  

Paulo Mendes defende que os adeptos dessas dietas se beneficiam da quantidade diária sugerida de consumo de fibras, superior à demanda mínima prevista pelas entidades de saúde.  

“Esses padrões alimentares têm consumo médio de 30 a 40 gramas de fibra ao dia. E o que a gente tem de guideline, de diretriz, é que você deve consumir, no mínimo, 20 gramas de fibra ao dia. Se você tiver algum desses dois padrões alimentares você, provavelmente, vai garantir mais que o consumo mínimo”, explica. 

Já os alimentos antiinflamatórios e antioxidantes subentendem o efeito por si: auxiliam o organismo na batalha contra as inflamações e os radicais livres, vilões no desgaste do sistema imunológico e no processo de envelhecimento.    

Com nome técnico de vitamina E, resveratrol e catequinas, os aliados nessa luta são as frutas, vegetais, legumes, castanhas e alguns tipos de peixes fontes de Ômega 3.  

“Consumindo esses alimentos, você estará garantindo melhor saúde metabólica e maior preservação do sistema imunológico”, pontua. 

Enquanto isso, zinco e selênio reforçam os leucócitos – que atuam na linha de frente da imunidade.   

Os minerais estão presentes nas ostras, carnes vermelhas, frango, tofu, em algumas leguminosas e ainda nas castanhas do Pará e de caju e na aveia.  

Para finalizar, o nutricionista destaca a vitamina C – essencial para a melhora na produção de colágeno, protegendo a pele ao mesmo tempo em que aumenta a eficiência dos linfócitos, as células do sistema imune adquirido. 

Na hora de escolher, Paulo sugere optar pelo camu camu, acerola, pimentão verde, amarelo e vermelho, caju, mexerica, couve, goiaba, laranja, mamão e, por último, o limão.   

E reitera: “esses são os alimentos pró-imunidade que têm uma maior valia para o fortalecimento do seu sistema imunológico”.   


Bom lembrar 

O sistema imunológico é abastecido pelos nutrientes entregues a ele por meio da alimentação.  

Manter o corpo protegido das doenças demanda uma dieta densamente nutritiva, com ênfase em cinco elementos: fibras, alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios, selênio, zinco e vitamina C.  

O consumo adequado desses alimentos garante a manutenção das células que atuam na linha de frente da defesa do organismo.  

Duas linhas conhecidas por ofertar esses nutrientes são as dietas Mediterrânea e a plant-based.  

Mas, independentemente de qual estilo alimentar você escolher, o essencial é focar nos alimentos in natura, com variedade de consumo de frutas, verduras, vegetais, sementes e proteínas – sejam elas de origem animal ou vegetal.  

A nutrição é um dos passos mais importantes na batalha contra as doenças.  

Invista na alimentação equilibrada e sinta os reflexos reverberarem em saúde, disposição e desempenho físico e mental. 

 

Puravida


Onfaloplastia: como o procedimento corrige o umbigo

A cirurgia pode ser feita isoladamente ou em conjunto com outras técnicas, como a abdominoplastia

 

O excesso de pele no abdome, a falta de tônus muscular e a flacidez dos tecidos locais são os principais responsáveis pelo chamado “umbigo triste” (ou umbigo caído). Nestes casos, pode ser indicada a onfaloplastia (ou cirurgia de umbigo), procedimento cirúrgico que pode ser estético ou reparador. 

“Nos casos de flacidez, associamos técnicas para o estímulo de colágeno, como a aplicação de bioestimuladores ou microagulhamento. Também pode ser indicada para corrigir deformidades específicas, como umbigo protruso (umbigo para fora), hérnias umbilicais ou outras condições que afetam seu formato”, explica Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo HCFMUSP e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). 

Segundo o médico, ela também pode ser indicada a pacientes que tiveram a região deformada pelo uso de piercings ou por cicatrizes de cirurgias anteriores; que tiveram perda excessiva e rápida de peso; que passaram por uma gestação ou efeito sanfona; ou apenas para o rejuvenescimento estético. 

“Não há um número exato de onfaloplastias realizadas no Brasil, até porque ela pode ser feita isoladamente ou em conjunto com outras técnicas, como a abdominoplastia. Caberá ao cirurgião plástico avaliar o caso e optar pelo procedimento que melhor atenda às necessidades da paciente”, afirma Luís Maatz.

 

Como a onfaloplastia é feita

A cirurgia é considerada uma intervenção relativamente simples, com duração média menor que uma hora. É feita por meio de pequenas incisões na cicatriz umbilical, o que resulta em cicatrizes discretas. O formato das incisões pode variar entre linear, quadrangular, circular ou em forma de cruz, dependendo do tipo de correção. 

O procedimento requer anestesia local, podendo ser associado com sedação; ou anestesia geral, dependendo da complexidade ou em caso de associação com outras cirurgias. 

“Por meio das incisões, remove-se o excesso de gordura e/ou pele, remodelando o umbigo, de modo a obter um resultado bem natural. O procedimento requer anestesia local, geralmente com sedação, ou anestesia geral, dependendo da complexidade ou em caso de associação com outras cirurgias”, relata Luís Maatz

 

Como é o pós-operatório

“O pós-operatório dependerá se houve ou não outras intervenções associadas, como a retirada da hérnia umbilical ou a realização da abdominoplastia, que exigem um tempo mais longo para a recuperação total. Em geral, é comum sentir dor leve e inchaço discreto, especialmente nos primeiros dias. Para minimizar esses efeitos, é preciso fazer uso de compressas frias e dos medicamentos prescritos pelo cirurgião”. 

A prática de exercícios físicos é proibida durante o período inicial de recuperação, assim como é essencial evitar movimentos bruscos e batidas na área operada. Durante os quinze primeiros dias, é necessário usar uma cinta modeladora, além de evitar o sol durante trinta dias, cuja exposição pode afetar a cicatrização. 

“Vale lembrar que é fundamental seguir todas as instruções e ir às consultas de acompanhamento. Isso vai reduzir o risco de complicações e garantir uma recuperação segura e eficaz, além de obter os resultados esperados”, finaliza Luís Maatz.

 

Cresce o número de doenças intestinais crônicas

Para chamar a atenção da população para a conscientização e para o diagnóstico precoce das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, o mês de maio ganhou a cor roxa. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já são mais de 5 milhões de pessoas com essas patologias. 

De acordo com o clínico geral Valdir Russo, do hospital Santa Casa de Mauá, essas doenças são silenciosas e mesmo sendo crônicas, sem cura, possuem tratamentos eficazes que garantem a boa qualidade de vida do paciente. “As causas são desconhecidas, mas sabe-se que estão ligadas a uma pré-disposição genética e a fatores ambientais, dieta e tabagismo. E, por não se conhecer a causa exata, o diagnóstico precoce é muito importante”, alerta o especialista. 

As doenças inflamatórias intestinais podem ser leves ou graves, evoluírem para o desenvolvimento de câncer de intestino e até levar à morte. Na doença de Crohn há a inflação intestinal crônica e o comprometimento de todo o sistema digestivo, da boca ao ânus, além do intestino delgado e o cólon.  

Entre os sintomas está a fraqueza, que ocorre em razão da dificuldade na absorção de nutrientes; dores abdominais, diarreia, perda de peso e febre. Nos casos mais graves são comuns as aftas, inflamação nos olhos, lesões na pele, pedras nos rins e na vesícula. 

“Assim que o paciente notar algum dos sintomas, é preciso procurar atendimento médico, pois não há um exame específico para o diagnóstico, o qual se baseará em histórico clínico, exames físicos, de sangue e de imagem, incluindo a endoscopia digestiva e a colonoscopia. 

Os sintomas da retocolite ulcerativa são parecidos com os da doença de Crohn e o diagnóstico ocorre da mesma forma. A doença ainda apresenta inflamação do cólon, diarreias frequentes com sangue e muco nas fezes. Nos casos mais avançados podem surgir anemia, fraqueza e febre. 

Ambas as doenças acometem homens e mulheres e são mais comuns em adolescentes e adultos jovens, de 15 a 40 anos. O tratamento varia conforme cada caso e envolve  controle do processo inflamatório e dos sintomas, com medicação e dietas à base de vegetais cozidos, carnes magras, frutas sem casca e cereais sem glúten – tais alimentos por terem digestão mais fácil aliviam a inflamação do intestino. No entanto, é aconselhável evitar alimentos gordurosos, com lactose, açúcar refinado, doces, bolos e leguminosas.  

“Um dos grandes vilões para essas patologias é o tabagismo e, inclusive, estudos apontam que fumar é um risco para o seu desenvolvimento e agravamento dos sintomas”, explica o clínico geral Valdir Russo.  

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/

 

Hipotireoidismo congênito pode causar sequelas neurológicas no bebê

 Doença é rara, mas grave, sendo uma das principais causas de deficiência mental em crianças

 

Celebrado todos os anos em 25 de maio, o Dia Internacional da Tireoide oferece uma oportunidade para destacar os múltiplos fatores genéticos, ambientais e outros, que contribuem para o desenvolvimento de doenças da tireoide. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a tireoide é uma glândula situada na região anterior do pescoço, cuja função é produzir dois hormônios: a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4), essenciais para a formação dos órgãos, para o crescimento, o desenvolvimento, a fertilidade e a reprodução. 

“Os hormônios também têm um papel fundamental na regulação de funções como batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo e metabolismo”, acrescenta Claudia Chang, doutora e pós-doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

 

Tireoide e gestação

Segundo Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO, especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, em Infertilidade pela FEBRASGO e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre; ao longo da gravidez, desde a concepção até o puerpério, a tireoide passa por importantes alterações. 

“O desenvolvimento neurológico fetal depende do hormônio tireoidiano. No entanto, a tireoide do feto só começa a ser formada a partir da 8ª semana de gestação. Enquanto isso, o bebê depende totalmente do hormônio materno. Isso significa que qualquer problema na tireoide da gestante pode afetar a evolução normal do bebê”, alerta Carlos Moraes. 

Na gestação, uma das disfunções tireoidianas mais frequentes é o hipotireoidismo (pouca produção hormonal). Em janeiro de 2022, a Nature Endocrine Reviews publicou uma revisão atualizada sobre o tema, revelando que o hipertireoidismo pode ocorrer em cerca de 2,4% das gestações, enquanto o hipotireoidismo chega a 4%.

 

Hipotireoidismo Congênito: como ele afeta o desenvolvimento do bebê

O hipotireoidismo congênito é uma doença rara, mas grave e silenciosa, que acomete 1 em cada 2.500 mil recém-nascidos, segundo o Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ele ocorre quando a tireoide não é capaz de produzir as quantidades adequadas dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4. 

“Estes hormônios são essenciais para a formação do sistema nervoso central do bebê, desde a fase embrionária até os dois anos de idade. Quando há ausência ou insuficiência deles, o desenvolvimento da criança fica comprometido, podendo causar deficiência intelectual e manifestações neurológicas, incluindo ataxia, incoordenação, estrabismo, movimentos coreiformes e perda auditiva”, explica Claudia Chang. 

“A maioria das crianças com hipotireoidismo congênito nasce sem manifestações clínicas aparentes. Alguns sinais surgem semanas ou meses após o nascimento: icterícia persistente, hipotermia transitória, choro rouco, dificuldade respiratória no momento das mamadas, intestino preso, grande sonolência e hérnia umbilical. Assim que estes sinais forem notados, a avaliação médica deve ser imediata”, complementa Carlos Moraes. 

A maioria dos casos de hipotireoidismo congênito ocorre isoladamente e não há histórico familiar. Há também causas ambientais/externas, como ingestão materna insuficiente ou em excesso de iodo durante a gestação, uso materno de medicamentos antitireoidianos, passagem de anticorpos maternos que bloqueiam o receptor de TSH pela placenta e grandes hemangiomas hepáticos. 

Além disso, cerca de 15-20% dos casos de hipotireoidismo congênito têm causas genéticas.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito pelo Teste do Pezinho, realizado através da coleta de gotas de sangue do calcanhar do bebê, sendo que o momento ideal para a coleta é entre 48h e 72h de vida. Para a confirmação, é necessário realizar a dosagem do hormônio T4 (total e livre) e do TSH em amostra de sangue. 

Segundo Claudia Chang, o hipotireoidismo congênito não tem cura, mas tem tratamento. Um dos principais é o uso do medicamento levotiroxina, que compensa a falta ou a insuficiência dos hormônios, e deve ser utilizado a vida toda. “O diagnóstico rápido e o início imediato do tratamento são fundamentais para prevenir sequelas neurológicas irreversíveis”. 

“Em suma, a tireoide da gestante precisa fazer parte do pré-natal, do início ao fim, com a realização de exames que avaliem as funções tireoidianas ao longo de toda a gravidez. Só assim será possível identificar e tratar qualquer disfunção antes que a doença se instale”, finaliza o ginecologista e obstetra Carlos Moraes.



Alergia alimentar: 5 dicas para prevenir reações alérgicas

15 a 19 de maio: Semana de Conscientização da Alergia Alimentar

 

“As alergias alimentares são imprevisíveis, podem ocorrer em qualquer fase da vida e mesmo quem nunca teve antes alguma reação alérgica ao ingerir um determinado alimento pode vir a ter alergia, especialmente se falarmos de crustáceos ou alimentos recentemente introduzidos em nossa dieta”. O alerta é da Dra. Ana Paula Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP.

 

Ela reforça que ainda há ainda muita necessidade de informação sobre o assunto. A começar pela diferença entre intolerância à lactose e alergia alimentar ao leite: a alergia é deflagrada pelo sistema imunológico e é a proteína do leite (ex: caseína) a que mais incomoda o sistema imunológico, que vai provocar uma resposta, que pode ser grave, levando até a anafilaxia. Os sintomas são variados: vermelhidão na pele, falta de ar, sangramento nas fezes. Mais frequentes na infância e com chances de curar na fase adulta. Geralmente, as reações alérgicas aparecem com pequenas quantidades de leite.

 

Quando há intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, os sintomas são gastrointestinais, na maioria das vezes em adultos, com tendência a permanecer pelo resto da vida. Dificuldade em digerir o leite, sensação de estufamento, gazes e diarreia são alguns dos sinais da intolerância. Diferentemente da reação alérgica, a intolerância não apresenta risco de morte.

 

“Se você desconfia que seu filho tem alergia à proteína do leite, não tire o alimento da criança. É preciso procurar o diagnóstico com um especialista para que a criança não tenha deficiência nutricional. Além disso, pode não ser uma alergia. O diagnóstico de alergia alimentar requer investigação criteriosa e é preciso ter certeza do diagnóstico antes de tomar qualquer atitude”, reforça Dra. Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia Clínica (doenças autoimunes, autoinflamatórias e imunodeficiências) e Endocrinologia.

 

O diagnóstico depende de história clínica muito bem avaliada pelo alergista associada aos dados de exame físico, que podem ser complementados pelo teste de provocação oral, considerado padrão ouro no diagnóstico. “É importante dizer que exames de detecção de IgG para proteínas alimentares, que são disponíveis comercialmente, não configuram o diagnóstico de alergia alimentar. É preciso muito critério para esse diagnóstico”, explica a médica alergista.

 

Pessoas com rinite, asma e dermatite atópica estão um pouco mais predispostas à alergia alimentar, mas isso varia e não configura uma regra. A reação alérgica mais grave é a anafilaxia, e entre os sintomas estão: urticária gigante, geralmente acompanhada de angioedema (inchaço), falta de ar, chegando à insuficiência respiratória, cólicas, vômitos e diarreia agudos, hipotensão e choque, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir para morte.

 

Abaixo a médica alergista da Clínica Croce deixa 5 dicas para ajudar na prevenção de uma possível reação alérgica causada por alimentos:

 

– Se você já sabe que tem alergia a algum alimento, evite-o.

– Leia sempre os rótulos de produtos industrializados para se certificar da ausência do alérgeno.

– Cuidado com a contaminação cruzada em restaurantes, causada pelos utensílios usados em diversos alimentos (ex: colher que mexeu no camarão foi usada no arroz).

– Para quem já apresentou reações graves anteriormente, tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável, já que pode acontecer exposição acidental.

– O alergista e imunologista é o profissional que faz o diagnóstico da alergia alimentar, portanto, siga sempre as recomendações de um especialista.

 


Clínica Croce
www.clinicacroce.com.br


Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para combater a Hipertensão Arterial

Condição de saúde crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas adotar mudanças positivas no estilo de vida pode contribuir para um futuro mais saudável e livre de complicações

 

No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, instituído em 17 de maio, é essencial abordar sobre suas causas, pois essa condição de saúde crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais origens das doenças vasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações graves.

O bom funcionamento do sistema circulatório é fundamental para o bem-estar geral e qualidade de vida, uma vez que é responsável por transportar o oxigênio e os nutrientes para todos os órgãos do corpo.

Os níveis pressóricos elevados da pressão arterial podem causar lesão direta no revestimento interno dos vasos, chamados de endotélio, e levar a disfunção desse segmento tornando-o mais suscetível a formar placas de ateroma, assim como aumentando a chance de desenvolver processos trombóticos, além de outras doenças.

Conforme o diretor Científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo, Dr. Marcone Lima Sobreira, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), quando não controlada, pode levar a complicações graves, como doença arterial periférica, que tem como consequência à amputação de membros, aneurismas, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal, e lesão na retina que pode ocasionar a diminuição da acuidade visual, inclusive levar à cegueira.

A úlcera hipertensiva, que também é uma consequência da HAS, é uma situação em que ocorre abertura de úlceras nas extremidades inferiores, que aparecem na face lateral da perna e costumam ser rasas, com fundo limpo, mas é uma doença extremamente dolorosa. Essa condição pode ser tratada com controle rigoroso da pressão arterial (PA), além de outras medidas clínicas e com acompanhamento médico.

A pressão pode ser medida manualmente por meio de manguito, geralmente fixado no braço, com o estetoscópio, ou com aparelhos digitais que fazem a leitura e aferem a PA com boa precisão. Segundo Diretrizes Brasileiras da Hipertensão Arterial – 2020, o valor considerado normal da PA é 120 x 80 mmHg. Acima de 140x90 mmHg é considerado hipertenso e o valor intermediário de 130-139 x 85-89 mmHg é classificado com pré-hipertensão.

O avanço da idade, obesidade e o tabagismo, e a presença de fatores já citados, são riscos adicionais que somam ao prejuízo já causado pela HAS e podem acelerar e agravar doenças e lesões vasculares. É importante reforçar a adoção de hábitos saudáveis como a atividade física periódica, que ajuda a controlar os níveis glicêmicos e o diabetes, colabora para baixar os níveis de colesterol e o controle do peso. A dieta equilibrada, com baixos níveis de sal, gordura e de açúcares são benefícios potencializados para controlar a pressão arterial, além auxiliar no controle de outras comorbidades. Evitar o consumo de tabaco, em suas diferentes formas, e bebida alcoólica em excesso também são primordiais para proteger a saúde.

Hoje, especialistas têm observado que pessoas mais jovens também estão sendo acometidas com HAS e doenças cardiovasculares com mais frequência e crescente. Geralmente, o início dos sintomas sugere risco de evolução mais grave das doenças. “Provavelmente o estresse diário associado a outros fatores como sedentarismo, má alimentação e doenças preexistentes, quando presentes, podem ser justificativas para o comprometimento das faixas etárias mais jovens”, conclui Dr. Marcone.

Cuidar da pressão arterial e da saúde vascular é essencial para manter uma vida saudável e prevenir complicações em longo prazo. É fundamental realizar check-ups regulares e seguir as orientações médicas, especialmente para quem tem histórico familiar de hipertensão ou outras condições de doenças vasculares. Vale lembrar que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na saúde e a recomendação é sempre consultar o especialista para orientações e cuidados personalizados.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
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