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sábado, 13 de maio de 2023

Uma estratégia da OMS visa Zerar a Hanseníase como problema de saúde pública no mundo até 2030

No Brasil, o teste já está disponível no SUS

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 2º país com maior incidência de hanseníase no mundo, ficando atrás apenas da Índia. Dados preliminares do Ministério da Saúde apontam que, em 2022, mais de 17 mil novos casos de hanseníase foram diagnosticados no país. 

 

Uma estratégia da OMS visa Zerar a Hanseníase como problema de saúde pública no mundo até 2030 (zero infecção, zero doença, zero incapacidade, zero estigma, zero discriminação). Isso significa reduzir a ocorrência da doença para menos de um caso por 10.000 habitantes. 

 

Para alcançar esse objetivo, a estratégia se concentra em quatro pilares: diagnóstico precoce e tratamento oportuno; prevenção de incapacidades; combate ao estigma e discriminação; e fortalecimento do sistema de saúde. Com a sua implementação, também espera-se melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

 

O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, por isso ao observar os primeiros sinais e sintomas, é indispensável buscar orientação médica. Neste contexto, O Brasil é o primeiro país do mundo a ofertar o teste rápido facilmente aplicável em laboratórios. 

 

O teste rápido, BIOCLIN FAST ML FLOW HANSENÍASE, surgiu em decorrência do trabalho realizado pela professora e pesquisadora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG, Samira Bührer, junto a colaboradores, no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR) e já está disponível no SUS para pessoas que tenham tido contato com pacientes reconhecidamente positivos. Ele foi viabilizado pela transferência de tecnologia para a Bioclin, em parceria com a multinacional alemã Merck, que é a empresa química e farmacêutica mais antiga do mundo, tendo sido fundada em 1668.

 

PRINCIPAIS SINTOMAS DA HANSENÍASE

perda de sensibilidade; 

manchas na pele;

nódulos no rosto;

feridas ou queimaduras indolores;

formigamento dos pés e/ou das mãos;

perda da força muscular;

SOBRE A BIOCLIN

 

Empresa brasileira focada na produção e desenvolvimento de kits de diagnóstico in vitro para laboratórios de análises clínicas, a Bioclin é uma das maiores companhias do segmento em toda a América Latina. Presente no mercado há 46 anos, a empresa apresenta mais de 300 produtos em seu portfólio. 

 

Atualmente, a Bioclin tem focado sua atuação na evolução contínua e no aprimoramento tecnológico, contando com uma equipe de pesquisa altamente capacitada, composta por mestres, doutores e pesquisadores. Além disso, mantém parcerias com diversas instituições de pesquisas públicas e privadas em todo o país e no exterior. 

 

 

Bioclin
www.bioclin.com.br
@bioclinglobal

O poder das ervas medicinais no cuidado com a saúde

Marcela Araújo, nutricionista da MedSculp e autora do livro Fitoterapia Aplicada à Nutrição, explica os benefícios e o modo de usar as folhas, raízes e sementes

 

Planta medicinal é toda planta ou parte dela que contém substâncias ou classe de substâncias responsáveis por ação terapêutica. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as plantas medicinais são aquelas com tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade, e que são capazes de aliviar ou curar enfermidades. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 80% da população de países em desenvolvimento adere a práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais.

A ingestão das plantas medicinais é eficaz. Após a comprovação científica da base empírica desenvolvida por comunidades e grupos étnicos ao longo do tempo, o interesse acadêmico sobre plantas medicinais e seus usos têm crescido. Com isso, a fitoterapia foi inserida em cursos de graduação da área da saúde e programas de pós-graduação passaram a ter as plantas medicinais como linha de pesquisa.  

De acordo com Marcela Araújo, nutricionista da MedSculp e autora do livro Fitoterapia Aplicada à Nutrição, as plantas medicinais em geral são usadas em preparações caseiras, como chá (infusão, decocção ou maceração), suco, xarope caseiro, compressa, cataplasma, garrafada medicinal, banhos, inalação ou gargarejo. “A forma mais adequada de uso e preparo para aproveitar o benefício da planta medicinal depende de alguns fatores como, por exemplo, a parte da planta a ser utilizada. Por isso, mesmo sendo preparações caseiras para uso imediato, é fundamental a orientação de um profissional de saúde habilitado quanto ao preparo e a utilização dessas preparações”.

No geral, as plantas medicinais e fitoterápicos podem ser grandes aliados na manutenção da saúde, prevenção e tratamento de doenças e até na performance esportiva. “A prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos é individualizada. Ela precisa levar em consideração a história de saúde, os sinais e sintomas, os medicamentos e suplementos utilizados pelo paciente, entre outros fatores. Através do uso de plantas medicinais e fitoterápicos podemos ter uma boa resposta para queixas relativamente comuns hoje com ansiedade, falta de energia e disposição, alterações de sono e alterações intestinais, por exemplo”, completa a nutricionista.

Vale destacar que o uso de plantas medicinais pode ter efeitos colaterais e interação com outras plantas e medicamentos. “Dessa forma, a prescrição por profissional habilitado contendo a nomenclatura botânica correta da planta, a parte a ser utilizada, a forma de utilização e modo de preparo, a posologia e modo de usar e o tempo de uso, é de extrema importância para melhor aproveitamento dos benefícios das plantas medicinais na saúde de forma segura e eficaz”, comenta Marcela.


Contraindicações

Há uma crença de que as plantas medicinais são um recurso terapêutico alternativo isento de efeitos indesejáveis e desprovido de toxicidade e contraindicações. O famoso “É planta, então mal não faz”. Porém, essa crença se torna equivocada, uma vez que evidências científicas demonstram a ocorrência de intoxicações e efeitos colaterais relacionados ao uso de plantas medicinais.

“As plantas medicinais podem provocar interações com outras plantas ou com medicamentos alopáticos. O acúmulo de substâncias ativas, por mistura ou indicações terapêuticas semelhantes, sem nenhum conhecimento e comprovação científica das mesmas, gera risco de intoxicações variadas desde uma simples dermatite até a morte. O número de casos de reações adversas a plantas medicinais e seus derivados têm aumentado no Brasil e em todo o mundo”, alerta Marcela.


Plantas do bem

Segundo Marcela Aragão, existem algumas plantas amplamente conhecidas e utilizadas e que atuam nos principais sistemas do organismo como:

A Camomila (Matricaria recutita L. Rauschert), a Melissa (Melissa officinalis L.) e o Maracujá (Passiflora edulis Sims), por exemplo, são plantas que atuam no sistema nervoso central e são comumente usadas pelo seu efeito ansiolítico e sedativo leve.

Já o Alecrim (Rosmarinus officinalis L.), a Alcachofra (Cynara scolymus L.), a Erva-doce (Pimpinella anisum L.) e o Boldo-do-chile (Peumus boldus Molina.) são plantas utilizadas pelo seu efeito no sistema digestório, por sua ação digestiva, antiespasmódica, na redução da formação excessiva de gases ou em transtornos hepáticos, por exemplo.

A Cavalinha (Equisetum arvense L.) e o Dente de leão (Taraxacum officinale Weber), por sua vez, são plantas que atuam no sistema geniturinário e são usadas como diurético.

E plantas comumente usadas pelo efeito estimulante/tônico ou adaptógeno como o Chá verde (Thea sinensis.), o Chá mate (Ilex paraguariensis.), o Guaraná (Paullinia cupana Kunth), a Rhodiola (Rhodiola rosea L.) e o Ginseng (Panax ginseng C. A. Mey.).

 

Marcela Araújo - Nutricionista Clínica e Esportiva da MedSculp Clínica. Especialista em Fitoterapia. Autora do livro “Fitoterapia Aplicada à Nutrição”.

MedSculp Clínica
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Alergia alimentar: 5 dicas para prevenir reações alérgicas

15 a 19 de maio: Semana de Conscientização da Alergia Alimentar

 

“As alergias alimentares são imprevisíveis, podem ocorrer em qualquer fase da vida e mesmo quem nunca teve antes alguma reação alérgica ao ingerir um determinado alimento pode vir a ter alergia, especialmente se falarmos de crustáceos ou alimentos recentemente introduzidos em nossa dieta”. O alerta é da Dra. Ana Paula Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP.

 

Ela reforça que ainda há ainda muita necessidade de informação sobre o assunto. A começar pela diferença entre intolerância à lactose e alergia alimentar ao leite: a alergia é deflagrada pelo sistema imunológico e é a proteína do leite (ex: caseína) a que mais incomoda o sistema imunológico, que vai provocar uma resposta, que pode ser grave, levando até a anafilaxia. Os sintomas são variados: vermelhidão na pele, falta de ar, sangramento nas fezes. Mais frequentes na infância e com chances de curar na fase adulta. Geralmente, as reações alérgicas aparecem com pequenas quantidades de leite.

 

Quando há intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, os sintomas são gastrointestinais, na maioria das vezes em adultos, com tendência a permanecer pelo resto da vida. Dificuldade em digerir o leite, sensação de estufamento, gazes e diarreia são alguns dos sinais da intolerância. Diferentemente da reação alérgica, a intolerância não apresenta risco de morte.

 

“Se você desconfia que seu filho tem alergia à proteína do leite, não tire o alimento da criança. É preciso procurar o diagnóstico com um especialista para que a criança não tenha deficiência nutricional. Além disso, pode não ser uma alergia. O diagnóstico de alergia alimentar requer investigação criteriosa e é preciso ter certeza do diagnóstico antes de tomar qualquer atitude”, reforça Dra. Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia Clínica (doenças autoimunes, autoinflamatórias e imunodeficiências) e Endocrinologia.

 

O diagnóstico depende de história clínica muito bem avaliada pelo alergista associada aos dados de exame físico, que podem ser complementados pelo teste de provocação oral, considerado padrão ouro no diagnóstico. “É importante dizer que exames de detecção de IgG para proteínas alimentares, que são disponíveis comercialmente, não configuram o diagnóstico de alergia alimentar. É preciso muito critério para esse diagnóstico”, explica a médica alergista.

 

Pessoas com rinite, asma e dermatite atópica estão um pouco mais predispostas à alergia alimentar, mas isso varia e não configura uma regra. A reação alérgica mais grave é a anafilaxia, e entre os sintomas estão: urticária gigante, geralmente acompanhada de angioedema (inchaço), falta de ar, chegando à insuficiência respiratória, cólicas, vômitos e diarreia agudos, hipotensão e choque, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir para morte.

 

Abaixo a médica alergista da Clínica Croce deixa 5 dicas para ajudar na prevenção de uma possível reação alérgica causada por alimentos:

 

– Se você já sabe que tem alergia a algum alimento, evite-o.

– Leia sempre os rótulos de produtos industrializados para se certificar da ausência do alérgeno.

– Cuidado com a contaminação cruzada em restaurantes, causada pelos utensílios usados em diversos alimentos (ex: colher que mexeu no camarão foi usada no arroz).

– Para quem já apresentou reações graves anteriormente, tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável, já que pode acontecer exposição acidental.

– O alergista e imunologista é o profissional que faz o diagnóstico da alergia alimentar, portanto, siga sempre as recomendações de um especialista

 


Clínica Croce
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O que acontece quando o coração perde o ritmo?

As palpitações podem indicar que é preciso ligar o alerta com a saúde cardiovascular

 

Sentir o coração bater fora do ritmo é um sinal para investigar se há algo de errado. As arritmias podem aparecer por diversos motivos e podem se apresentar como taquicardia, quando o coração bate rápido demais; bradicardia, quando os batimentos são lentos. A consequência mais grave das arritmias é a morte súbita. 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), as arritmias acometem cerca de 20 milhões de pessoas, resultando, todos os anos, em cerca de 320 mil óbitos por morte súbita no Brasil. 

Segundo o cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Júnior, os fatores de risco para desenvolver arritmias cardíacas são diversos, desde o excesso de cafeína até o abuso de drogas que aceleram o coração, como a cocaína. “Alguns pacientes podem desenvolver arritmias por meio de medicamentos para o tratamento de outras doenças, como os que tratam problemas da tireoide, asma e até hipertensão. O abuso de substâncias como a cafeína, nicotina, cocaína e termogênicos também podem levar uma pessoa a desenvolver arritmias cardíacas”, conta o médico. 

 

Toda arritmia é grave? 

As arritmias cardíacas benignas ou esporádicas não precisam de tratamento ou medicação, já que podem aparecer apenas por alguns instantes, como na ansiedade ou no medo. 

“Só um diagnóstico médico pode dizer se a arritmia deve ou não ser tratada, o ideal é procurar um especialista sempre que identificar que os batimentos cardíacos estão irregulares”, alerta. 

 

E tem prevenção? 

A prevenção para as arritmias cardíacas é a mesma para qualquer outra complicação cardiovascular, é preciso adotar hábitos saudáveis. 

“Além de abandonar o cigarro e maneirar na bebida alcoólica, a prevenção de arritmias é feita com uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos. A obesidade e o sedentarismo também podem levar uma pessoa a desenvolver a doença, portanto, é preciso ficar de olho e fazer a manutenção do peso. Cuidar da saúde emocional também é essencial para evitar o estresse e impedir que o coração seja sobrecarregado”, explica o especialista. 

 

A vida de quem convive com o coração fora do compasso 

Embora cada caso seja único, pacientes com arritmias cardíacas malignas, que podem colocar em risco a vida do paciente, precisam de tratamento adequado e acompanhamento médico. Em muitos casos, a mudança do estilo de vida do paciente pode trazer melhoras significativas e ser o suficiente para curar as arritmias.  

“O tratamento das arritmias pode ser feito por meio de medicamentos ou, em casos mais graves, uma cirurgia pode ser indicada. Alguns dispositivos implantáveis, como o CDI (cardioversor desfibrilador implantável), podem melhorar o quadro das arritmias. Pacientes com arritmias cardíacas tratadas podem levar uma vida normal, inclusive praticar exercícios físicos diariamente”, finaliza o cirurgião.  



Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas.
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Dia das Mães - A alimentação é a receita para todas as fases da vida da mulher

O mês de maio é marcado pelo Dia das Mães, por isso a Bio Mundo celebra a vida e o bem-estar de aproximadamente 108,7 milhões de mulheres no país e faz recomendações nutricionais para todas as fases da vida.

 

Analisando todas as etapas da vida da mulher, é possível perceber que a alimentação e o estilo de vida contribuem significativamente para o aparecimento de doenças, infertilidade, intercorrências, e, quanto ao bem-estar e a qualidade de vida, muito mais do que nos homens.

Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, especializada em Nutrição Esportiva, Saúde da Mulher e Fitoterapia, formada em Coaching Nutricional e palestrante, "As mulheres possuem o coração menor, veias e artérias com calibres menores, maior percentual de gordura, que se explica pela necessidade da produção de hormônios sexuais para que a mulher consiga gestar um bebê. Enfim, uma infinidade de particularidades que se explicam facilmente quando analisamos um pouco o passar dos anos e as fases da vida de uma mulher," reitera Larralde.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a adolescência, uma das fases mais importantes na vida da mulher, é o período que vai dos 10 aos 19 anos. Nessa fase, com a puberdade, o crescimento e a maturação óssea e sexual tornam-se acelerados, junto à chegada da menarca (primeira menstruação). Com a influência da alimentação e o estilo de vida, essa fase pode ser antecipada em até 3 a 4 anos.

Para Fernanda, parceira da Bio Mundo, rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva, referência em oferecer saúde e bem-estar, manter uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares desde jovem, aliada ao sono adequado, traz benefícios à saúde a longo prazo. "É necessário atentar-se para o aumento da necessidade energética do cardápio, ao aporte adequado de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras, com maior destaque para as insaturadas) e dos seguintes micronutrientes: cálcio, vitamina D, ferro, zinco, vitamina C, vitamina A e vitaminas do complexo B para um bom funcionamento do organismo e desenvolvimento”, afirma Fernanda.

Na fase adulta, dos 20 aos 59 anos, cuidados com a alimentação saudável e outros hábitos adequados de vida devem ser mantidos e aperfeiçoados de acordo com o acompanhamento médico e nutricional, a fim de garantir a manutenção da saúde tanto nesta quanto para a próxima fase da vida, e ainda colaborar com o processo se o desejo for engravidar.

Algumas mulheres em idade reprodutiva enfrentam algumas dificuldades ao tentarem ser mães. Fatores ambientais, como deficiências nutricionais e ingestão de xenobióticos (como pesticidas, inseticidas, metais pesados, alumínio, aditivos alimentares e plásticos), bem como sedentarismo, peso corporal extremo (abaixo do peso e sobrepeso/obesidade), estresse psicológico e hormônios desequilibrados podem ter um grande impacto na fertilidade.

"Vemos o quanto os hábitos podem ser ainda mais delicados nesse momento da vida. Em uma gravidez, a rotina irá definir se será uma gestação mais ou menos segura. Quanto ao bebê, esses mesmos hábitos irão influenciar se ele terá ou não predisposição para desenvolver alguma doença associada à alimentação e ao estilo de vida da mãe. Por isso, alguns nutrientes são fundamentais nessa etapa da vida, entre eles: metilfolato, coenzima Q10, vitamina D, vitaminas do complexo B, ferro, magnésio, ômega-3, vitamina E, zinco e selênio. Além disso, atentar-se para a saúde intestinal, que é de suma importância para a absorção de todos esses nutrientes descritos e consumidos no dia a dia," informa a nutricionista.

Agora, quando a mulher entra na fase do climatério — fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, por volta dos 40 anos e que se estende até os 65 anos — a atenção precisa ser redobrada para o alívio dos sintomas e na prevenção de outras doenças. Nessa fase, a produção dos hormônios ovarianos (principalmente estrogênio e progesterona) diminui gradativamente, levando a alterações físicas e psicológicas que afetam a qualidade de vida da mulher.

Um estudo da Universidade de Leeds, publicado em maio de 2018 no Journal of Epidemiology and Community Health, relaciona o consumo de certos alimentos a um atraso no início da menopausa. Os pesquisadores observaram que as mulheres que comiam mais peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, apresentavam um atraso de 3,3 anos na cessação definitiva da menstruação. As que comiam mais fontes de vitamina B6 (batata, feijão, milho) e zinco (peixe, camarão, carne, leguminosas e oleaginosas) também demoraram um pouco mais para chegar à menopausa. No mesmo estudo da Universidade de Leeds, as mulheres que consumiam quantidades acima da média de massas e grãos refinados tendiam a chegar a esse estágio um ano e meio antes das demais participantes.

Fernanda afirma que, uma dieta balanceada anti-inflamatória, antioxidante e rica em gorduras boas (mono e poli-insaturadas) ajuda as mulheres a passarem melhor a fase da menopausa. "A taxa de perda óssea nesse momento é relativamente rápida, o que se deve à diminuição do estrogênio e ao aumento da idade, por isso a atenção especial deve ser dada à ingestão de cálcio, fósforo e vitamina D, nutrientes relacionados à prevenção da osteoporose", acrescenta ela.

Ao longo de toda a vida, o corpo exige cuidados que por muitas vezes a alimentação disposta diariamente não é suficiente. Por isso, a Bio Mundo, focada em produtos naturais, nutrição esportiva e suplementação surge para acompanhar e facilitar a rotina. Nela é possível encontrar desde os itens mais básicos para uma alimentação diária até produtos mais específicos para suplementação, itens livres de lactose, sem gordura, veganos, diet, light, integrais, sem glúten, funcionais, vegetarianos, que somam em média 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de produtos à granel. Todos esses produtos contribuem para uma dieta rica em vitaminas e nutrientes para o corpo, principalmente quando se trata do organismo feminino.

Outro ponto importante e que muito se ouve falar recentemente é sobre a suplementação. Segundo a pesquisa de mercado “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares”, realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), mostra um alto índice de adoção da prática, desde o primeiro recorte etário da pesquisa, entre mulheres de 17 e 24 anos, em que 72% afirmam utilizar a suplementação como complemento aos seus cuidados com a saúde. E o índice segue aumentando conforme a idade. Entre aquelas com 25 a 30 anos, o percentual sobe para 78%; entre 31 e 40, 82%; entre 41 e 50, 89%; entre 51 e 60, 90%; chegando ao ápice de 95% entre aquelas com 61 anos ou mais.

"Suplementação existe para ser a "cereja do bolo". Pode-se comparar plantar uma semente maravilhosa em um solo infértil, fraco e pobre em nutrientes. Antes de pensar na suplementação é necessário ajustar todo o organismo, a alimentação, quadros inflamatórios crônicos que possam existir, tudo para que entre em perfeita harmonia, e assim ser potencializado," conclui a nutricionista.

O objetivo da suplementação é complementar a dieta, fornecendo proteínas, carboidratos, aminoácidos, antioxidantes, colágeno, nutrientes e vitaminas ao corpo, um importante aliado de uma rotina e alimentação saudável. Atualmente os suplementos mais consumidos entre as mulheres estão as vitaminas (multivitamínicos e vitamina C), minerais (Cálcio); e proteínas (Whey Protein e colágeno).

Por fim, é fato que bons hábitos adquiridos desde jovem e mantidos ao longo dos anos tem uma grande influência na saúde do corpo, por isso é importante que a mulher esteja sempre em dia com a saúde através de exames laboratoriais, acompanhamento médico, uma rotina de sono reparadora, se hidrate adequadamente, utilize uma suplementação antioxidante e anti-inflamatória, o que pode auxiliar em uma proteção e longevidade para essa mulher.

 

Bio Mundo


Check-up: entenda a importância da avaliação na terceira idade

Exames periódicos devem ser feito com mais recorrência a partir dos 60 anos

 

A prevenção é fundamental quando se busca qualidade de vida e, principalmente na terceira idade, o check-up periódico deve estar na lista de prioridades dos idosos. A partir dos 60 anos há um considerável aumento da prevalência de doenças cardiovasculares e cognitivas que podem ser diagnosticadas com exames específicos e, quanto antes descoberta, maior a possibilidade de tratamentos e longevidade. 

O check-up consiste em uma bateria de exames como sangue, urina, avaliação do perfil lipídico, glicêmico, entre outros exames laboratoriais. Conforme a faixa etária da pessoa aumenta, evoluem também os pedidos de análises clínicas. “É muito importante passar por avaliações médicas regulares, porque não existe um protocolo pré-definido, cada idoso tem o seu ritmo. O acompanhamento deve ser individualizado, baseado nos fatores de risco e histórico familiar”, aponta Janaína Rosa, enfermeira e coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas.

Algumas reclamações podem parecer comuns, porém, por mais simples que sejam, devem ser interpretadas como sinais de alerta e relatadas ao médico para uma investigação mais detalhada. “Muitas vezes queixas como dores, cansaço, falta de motivação e memória prejudicada são consideradas normais nessa etapa da vida, mas é importante entender quais elas são para saber se está relacionada realmente ao envelhecimento natural ou a possíveis complicações que alertam para algum problema de saúde”, afirma a coordenadora.

Cada paciente demanda de um tipo de cuidado e o profissional indicado para avaliação nesta fase da vida é o geriatra. Além do médico, em alguns casos a companhia de um cuidador de idosos faz toda a diferença no tratamento. “Seja para auxiliar nas tarefas diárias, na organização dos horários, administração correta dos medicamentos ou até mesmo para fazer companhia, o cuidador tem papel fundamental para garantir ao idoso uma boa qualidade de vida. Além disso, muitas vezes vem desse profissional o alerta sobre possíveis doenças, já que ele está diariamente atuando na vida da pessoa idosa e é preparado profissionalmente para exercer essa atividade”, completa. 

 

Home Angels
https://www.homeangels.com.br/

Estudo comprova eficácia de treinamento físico remoto na reabilitação de pacientes com COVID grave

Programa desenvolvido por pesquisadores da USP inclui três sessões semanais,
 de até 80 minutos cada, durante 16 semanas. Foram observados efeitos positivos
na aptidão cardiorrespiratória, função pulmonar, capacidade funcional e composição corporal,
 além de redução dos sintomas persistentes
(
fotos: Igor Longobardi; montagem: Tatiane Costa/Agência FAPESP)

 Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) criaram um programa de exercícios que pode ser feito em casa, de forma segura, por pacientes que tiveram a forma grave da COVID-19 e, mesmo após a alta hospitalar, apresentam sintomas persistentes. Dados de um estudo publicado nesta quarta-feira (10/05) no British Journal of Sports Medicine mostram que o protocolo é capaz de melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade, além de reduzir o número total de sintomas persistentes, como fraqueza muscular e mialgia.

A COVID longa, também conhecida como síndrome pós-COVID-19, é uma condição que afeta mais de 40% dos pacientes contaminados pelo vírus SARS-CoV-2 e está associada a sintomas persistentes (que duram mais de 12 semanas). Na lista estão baixa aptidão cardiorrespiratória, capacidade funcional reduzida, menor massa muscular, ansiedade e depressão, entre outros. Evidências científicas sugerem que os mais afetados são aqueles que tiveram a forma mais grave da doença.

Levando em conta o potencial terapêutico da atividade física em casos de distúrbios cardiovasculares, metabólicos, mentais e respiratórios, pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) da USP criaram um programa remoto de exercícios para diminuir o impacto desses sintomas em 50 pacientes com mais de 45 anos que apresentaram a forma grave da doença e que haviam tido alta da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas (HC-FM-USP) entre três e seis meses antes.

Durante 16 semanas, em três sessões semanais de 60 a 80 minutos (uma delas supervisionada por videochamada e duas apenas com relatos sistematizados posteriores), os pacientes realizavam exercícios focados na recuperação de sua capacidade funcional. A complexidade, duração e intensidade dos exercícios obedeciam ao grau de comprometimento individual de cada paciente, medido pela escala funcional pós-COVID.

Todos os participantes do estudo passaram por avaliações cardiorrespiratórias e funcionais e receberam material de apoio, como folhetos que incluíam instruções de como realizar os exercícios, cuidados a serem tomados e indicações de implementos a serem utilizados, como cadeira e balde com água para gerar resistência.

Ao final, a qualidade de vida relacionada à saúde foi avaliada por meio do “Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey”, questionário científico padrão com um perfil de oito escalas de pontuações (que mensura função física, dor corporal, saúde geral, vitalidade, função social, função saúde emocional e mental). Os resultados foram animadores: o programa físico melhorou consideravelmente todos os parâmetros analisados.

“Observamos ainda melhora em parâmetros cardiorrespiratórios, como o consumo de oxigênio e a recuperação da frequência cardíaca, além de diminuição de gordura corporal e do número total de sintomas persistentes no pós-COVID, com destaque para mialgia, fraqueza muscular e fadiga”, relata Hamilton Roschel, professor da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) e da FM-USP que coordenou o estudo. “Ou seja, além de ser um programa seguro, característica especialmente importante quando se realiza intervenções remotas, ele foi eficaz em seu propósito.”

Impactos de saúde e econômicos

Os pesquisadores envolvidos acreditam que o modelo possa ser aplicado em larga escala, trazendo benefícios à saúde pública, com economia tanto para o sistema previdenciário quanto para o de saúde, já que a funcionalidade garante autonomia e facilita, por exemplo, o retorno ao trabalho após a doença. Porém, testes e adaptações seriam necessários. Entre as dificuldades a serem contornadas estariam, por exemplo, o baixo conhecimento da população sobre tecnologia, a falta de acesso à internet e a dificuldade de monitoramento.

“Sabemos que o exercício tem um potencial terapêutico importante no tratamento das consequências da COVID-19”, alerta Roschel. “Como as UBS [Unidades Básicas de Saúde] infelizmente não dispõem de profissionais de educação física e fisioterapeutas em número suficiente para lidar com esses pacientes, modelos alternativos de entrega de programas dirigidos a eles se fazem necessários.”

O trabalho recebeu apoio da FAPESP por meio de cinco projetos (21/13580-119/18039-720/15678-620/07540-4 e 17/13552-2) e é parte do doutorado do primeiro autor, Igor Longobardi. Também colaboraram, entre outros, os pesquisadores Bruno GualanoKarla Fabiana GoesslerGersiel Nascimento de Oliveira Júnior, Danilo Marcelo Leite do Prado, Jhonnatan Vasconcelos Pereira Santos, Matheus Molina MelettiDanieli Castro Oliveira de AndradeSaulo Gil, João Antonio Spott de Oliveira Boza e Fernanda Rodrigues Lima.

O artigo Effects of a 16-week home-based exercise training programme on health-related quality of life, functional capacity, and persistent symptoms in survivors of severe/critical COVID-19: a randomised controlled trial pode ser lido em: https://bjsm.bmj.com/content/early/2023/05/10/bjsports-2022-106681.
 

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-comprova-eficacia-de-treinamento-fisico-remoto-na-reabilitacao-de-pacientes-com-covid-grave/41358/


Entenda o papel do tabagismo no mau hálito

Dia Mundial sem Tabaco acontece no dia 31 de maio e vício é a causa de muitas doenças bucais


Uma grande parte da população acredita que são necessários muitos anos para problemas relacionados ao uso de produtos à base de tabaco aparecerem, mas, na verdade, podem ser vistos logo que o uso se inicia. Por isso, em maio de todo ano, no dia 31, ações do Dia Mundial sem Tabaco mobilizam a população para o combate ao tabagismo

Uma das doenças provocadas pelo tabaco é a halitose, o mau hálito, e junto vem o possível aspecto desagradável dos dentes, como manchas ou dentes amarelados. 

A Dra. Cláudia Gobor, especialista pelo MEC no tratamento de Halitose, ressalta que seja o cigarro eletrônico ou o físico, ambos fazem mal à boca. “É importante observar que ambos causam um aquecimento na cavidade oral, ocasionando então uma descamação de mucosa e gengivas. Isso leva ao aparecimento da alteração de hálito.”

A doutora também salienta que, mesmo com o hábito de fumar, a limpeza da boca ainda é essencial. “O fumo indiretamente reduz a quantidade de saliva produzida, além de deixá-la mais viscosa. Isso, além de causar desconforto, diminui a autolimpeza da boca, favorecendo o acúmulo de bactérias na região. Por isso, é primordial fazer a higiene bucal correta, como passar fio dental, escovar os dentes e higienizar também a língua”, diz a doutora.

Segundo dados do Vigitel 2021, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,1%, aproximadamente 20 milhões de pessoas. De acordo com a OMS, o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. O Dia Mundial sem Tabaco foi instituído em 1987 para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, como enfisema, câncer de pulmão e de boca. Os dados provam que a necessidade de conscientização das consequências que podem surgir com o uso existe.  

 

Dra. Cláudia C. Gobor
Cirurgiã dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-presidente a atual Diretora Executiva da Associação Brasileira de Halitose
Website: www.bomhalitocuritiba.com.br
@bomhalitocuritiba
Facebook Bom Hálito Curitiba / Halitose Curitiba
(41) 3022-3131 / (41) 99977-7087


Tecnologia americana emite alertas sobre áreas afetadas por queimadas

Sistema de Informações Geográficas auxilia autoridades no combate a incêndios em tempo real


Somente nos dois primeiros meses deste ano, o Brasil perdeu 536 mil hectares para o fogo, sendo que a Amazônia concentrou 90% das áreas atingidas por queimadas em 2023, de acordo com o Monitor do Fogo, do MapBiomas em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Por isso, prevenir e combater incêndios é uma questão de segurança da sociedade, do patrimônio e das riquezas naturais, e o monitoramento das áreas de risco tem cumprido uma importante função, com agilidade e precisão, para prontamente apontar, preditivamente, as áreas de risco, e alertar quando tudo começa a ser tomado pelo fogo. Essa tecnologia chamada “ArcGIS” - Sistema de Informação Geográfica – foi desenvolvida pela gigante americana Esri e disponibilizada com exclusividade no Brasil pela Imagem Geosistemas, que já tem sido a principal aliada dos órgãos públicos e privados brasileiros. 

Um exemplo de como o sistema pode ser utilizado é o projeto desenvolvido em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que conta com a Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (Pamgia). O objetivo principal é monitorar dados geográficos em larga escala, a fim de subsidiar gestores e técnicos nas ações de planejamento, prevenção e combate aos ilícitos ambientais na Amazônia Legal, fazer o manejo integrado do fogo, além de zelar pelos demais biomas e águas jurisdicionais brasileiras.  

De tão inovador e completo, o sistema foi selecionado para receber o prêmio Special Achievement in GIS (SAG) da Esri, durante a Esri User Conference 2023, o maior evento de GIS (Sistemas de Informações Geográficas) do mundo, que acontecerá em julho de 2023, em San Diego na Califórnia (EUA). “O prêmio SAG tem como objetivo reconhecer o trabalho excepcional de usuários do Sistema ArcGIS que estão fazendo a diferença no mundo com o uso da nossa tecnologia”, conta Paulo Victor Noronha, especialista da Imagem Geosistemas. O IBAMA se destacou entre mais de 100 mil organizações ao mostrar como o ArcGIS pode ser usado para promover a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável no Brasil.

 

Mais sobre a tecnologia americana

O ArcGIS funciona como um sistema valioso que ajuda a monitorar a localização dos incêndios, avaliar riscos, planejar rotas, mobilizar recursos, avaliar danos e contribuir com informações para a população. Abaixo, veja como funciona cada uma dessas etapas: 

 

1. Mapeamento e monitoramento de incêndios florestais

Permite que os bombeiros e autoridades monitorem a localização dos incêndios em tempo real e criem mapas precisos da área afetada, ajudando a identificar os locais críticos que precisam de mais recursos e a planejar a estratégia de combate;

 

2. Análise de risco de incêndios

Usado para analisar a probabilidade de incêndios florestais ocorrerem em uma determinada área com base em fatores como clima, topografia e vegetação. Isso ajuda a identificar áreas de alto risco e a planejar medidas preventivas para reduzir a probabilidade de incêndios;

 

3. Planejamento de rotas e mobilização de recursos

Uma vez que um incêndio florestal é identificado, a mobilização rápida de recursos é fundamental para controlá-lo. O ArcGIS permite que os bombeiros e autoridades planejem as rotas de forma mais eficiente para combater os incêndios, mobilizando  recursos, como helicópteros, caminhões-tanque e equipes de bombeiros de forma rápida e eficiente;

 

4. Análise de danos e recuperação

Depois que um incêndio é controlado, é necessário avaliar os danos causados à paisagem, fauna e flora. O ArcGIS pode avaliar os danos causados à área afetada e ajudar a planejar a recuperação. Isso inclui a avaliação de riscos de erosão do solo, assoreamento de rios e córregos e a identificação de áreas que precisam de restauração;

 

5. Educação e conscientização pública

A educação e conscientização pública são cruciais para prevenir as queimadas. O ArcGIS pode ser usado para educar o público sobre os perigos dos incêndios e a importância da prevenção. Isso pode ser feito por meio da criação de mapas interativos, infográficos e outras ferramentas de visualização de dados que ajudem a explicar o problema e a mostrar o que pode ser feito para prevenir incêndios. 

“Acreditamos que o monitoramento por meio do uso da inteligência geográfica pode transformar a questão das queimadas no Brasil e na América do Sul. Essa é uma forma precisa e completa de contribuir com a preservação das nossas riquezas naturais”, destaca Noronha.

 

Em alta e com perspectiva de investimentos de R$ 40 bi nos próximos anos, agronegócio surge como área de oportunidade para profissionais de tecnologia

Divulgação
Enquanto empresas do setor de tecnologia realizam demissões em massa, a agricultura digital já é utilizada por mais de 80% dos agricultores brasileiros e segue em crescimento.

 

Profissionais de tecnologia do mundo estão passando por um grande momento de incertezas, já que companhias da área estão realizando demissões em massa desde o ano passado. Não é possível saber ao certo, mas estima-se que pelo menos 100 mil pessoas já foram desligadas de empresas de tecnologia até o primeiro trimestre deste ano.

Levando em consideração somente as big techs, os números passam de 50 mil. A Meta demitiu cerca de 10 mil pessoas, Google (12 mil), Microsoft (10 mil) e Amazon (18 mil). As dispensas não atingiram somente trabalhadores de tecnologia, mas estes profissionais estiveram dentre os mais afetados.

Com a movimentação atingindo também o Brasil – já que companhias nacionais e filiais das gigantes também dispensaram pessoas em território nacional –, muita gente se viu obrigada a repensar sua carreira profissional. E neste sentido, o agronegócio aparece como uma excelente alternativa para recolocação, já que o setor corresponde a quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Mas a pujança da agricultura e pecuária brasileira tem dificultadores como justamente a falta de mão-de-obra. A pesquisa “Profissões Emergentes na Era Digital”, desenvolvida pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), em parceria com o Senai e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostra que a longo prazo o Brasil deve precisar de mais de 150 mil trabalhadores para o agro.

“Jovens que se formam em tecnologia principalmente em grandes centros urbanos acabam se esquecendo que o campo também necessita de vários dos conhecimentos que eles adquiriram. Nos dias de hoje, as lavouras e pastos também têm necessidade de soluções de TI, dados, inteligência artificial, cibersegurança e várias outras”, cita o Leonardo Luvezuti, diretor de negócios da Perfect Flight, agtech brasileira que oferece serviços de gestão e rastreabilidade de aplicações aéreas e que está presente nos EUA e América Latina.

 

Oportunidades de TI no campo

Um levantamento da consultoria 360 Research & Reports apontou que até 2026 a agricultura digital deve crescer em 186%, chegando a movimentar US$ 8,3 bilhões (mais de R$ 40 bilhões na cotação do final de abril) em investimentos.

Falando sobre a agricultura, a consultoria ressalta que há uma expectativa de crescimento vertiginoso no setor principalmente por causa do aumento da população mundial até 2050, que deve chegar a 9,7 bilhões segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A alta na população “resultará em um aumento radical na demanda de produção de carne e cereais”, salienta a 360 Research & Reports. Já visto como um dos “celeiros do mundo”, o Brasil terá ainda mais importância. O país deve ter “um crescimento notável ao longo dos anos” na agricultura, diz trecho de relatório da consultoria.

Com a alta possibilidade de puxada para cima na necessidade dos commodities – que são as matérias primas-básicas exportadas em larga escala pelo Brasil como a soja, milho, carne e açúcar –, os produtores rurais esfregam as mãos. Só que mesmo com a excelente perspectiva para o campo brasileiro, o fato é que além da falta de mão-de-obra especializada em tecnologia, o país também passa por problemas de formação. No caso, o agronegócio sofre com poucos profissionais com alguma especialização em tecnologia e ainda com o ensino defasado.

Leonardo Luvezuti pontua que assim como acontece em praticamente qualquer carreira na área de tecnologia, os currículos em cursos voltados para a agricultura digital não se atualizam com a mesma frequência na qual avança o mercado.

“A saída desse tipo de situação é válida para praticamente qualquer pessoa, esteja ela atuando com TI ou não. Já que o mercado de trabalho se move muito mais rápido que as universidades, é essencial se atualizar com cursos, palestras, workshops e fazer network para sempre estar em contato com o que há de mais avançado que está sendo aplicado”, acrescenta Luvezuti.

 

Carreiras de TI no agro

Com celulares, smartwatches, dispositivos com Internet das Coisas (IoT), televisores com comando de voz, chatbots conversacionais como o ChatGPT e várias outras soluções, é fato que a tecnologia está presente no nosso cotidiano da hora que acordamos até o momento que deitamos para dormir.

E contrariando muitos preconceitos, quem trabalha e/ou mora na zona rural também tem contato com todos os devices que quem mora nas cidades. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa da Embrapa, Sebrae e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 84% dos agricultores brasileiros utilizam algum tipo de tecnologia digital na produção.

Se há 20 anos os produtores utilizavam mapas físicos para se localizar nas lavouras, hoje em dia eles têm na palma da mão o controle de cada ponto de sua propriedade. Além da questão geográfica, aplicativos entregam a eles informações detalhadas e relatórios apontando se há a presença de populações de abelhas, por exemplo. Isso informa ao trabalhador que o defensivo agrícola não deve ser aplicado naquele ponto específico.

Esta é uma das soluções da Perfect Flight, que utiliza o Google Maps para mapear as propriedades e oferece uma plataforma de gestão e rastreabilidade para aplicar os defensivos de forma mais correta e sustentável. O sistema é baseado na nuvem e por isso funciona em computadores e dispositivos móveis como celulares e tablets.

Para construir o software, que já rastreou mais de 32 milhões de hectares e opera em mais de 100 dos principais municípios agrícolas  na América Latina, a Perfect Flight contou com o conhecimento de diversos profissionais de TI como analistas e cientistas de dados.

“A virtualização e robotização do campo é uma realidade e as pessoas não imaginam o quanto estas ferramentas são importantes para tornar o agronegócio competitivo. São raras as áreas da agricultura ou pecuária que não tem nenhum tipo de tecnologia embarcada para fazer algum tipo de acompanhamento”, explica Leonardo Luvezuti .

E para os interessados em ingressar em alguma vaga de tecnologia no campo, confira algumas das carreiras disponíveis além de analistas e cientistas de dados:

  • Operador de drone;
  • Designer de máquinas agrícolas;
  • Engenheiro de aplicação e suporte;
  • Técnico em agronegócio digital;
  • Engenheiro de automação agrícola;
  • Engenheiro de software agrícola;
  • Agro Digital Manager;
  • UI/UX designer;
  • Desenvolvedor de aplicativos agrícolas.

“A agricultura e pecuária do Brasil são referências no mundo todo pelas inovações. E eu acredito que nós temos muito a crescer com profissionais de TI que estão em outras áreas que queiram ingressar na agricultura digital para trazer novas ideias. Com uma boa atualização com cursos e força de vontade essas pessoas podem agregar muita qualidade aos produtos que estão diariamente nas mesas dos brasileiros e brasileiras”, finaliza o diretor.

 

Perfect Flight - agtech que presta serviços de monitoramento de pulverizações aéreas de defensivos agrícolas através de uma plataforma digital.


Quatro tendências para impulsionar o mobile marketing

O smartphone se tornou um recurso poderoso de comunicação na palma das nossas mãos. Os dispositivos móveis dispõem de ferramentas robustas que facilitam a troca de mensagens entre pessoas de qualquer lugar do mundo, por meio de canais velozes, seguros e completos. Muitos deles estão sendo crescentemente explorados pelas empresas para aproximar e agilizar o relacionamento com seus consumidores, ressaltando tendências muito bem aceitas pelos usuários que devem ser investidas em prol de uma experiência mais marcante.

O avanço da digitalização no mercado abriu portas para o desenvolvimento de plataformas e redes de mensageria completos que vêm trazendo maior praticidade e eficiência para os consumidores. Seus benefícios nas estratégias de comunicação das empresas são enormes – contribuindo para que conduzam sua jornada de compras no meio que preferirem e mantenham contato com a marca para objetivos variados no canal que tiverem maior afinidade.

Tanto é que uma pesquisa realizada pela Juniper Research mostra que o mercado de mensagens mobile crescerá 45% nos próximos quatro anos, com uma expectativa de atingir um tráfego de 2,8 trilhões de mensagens até 2027, em comparação com uma média de 1,9 trilhões enviados atualmente. Dentre os canais disponíveis, veja os quatro que mais vêm se destacando nas empresas e que devem ser investidos para impulsionar o marketing dos negócios:

#1 E-mail: embora possa parecer fora de moda, esse canal ainda é um dos mais estratégicos para cativar laços com os clientes e conquistar excelentes resultados. O e-mail é mais utilizado como um meio de entrada para as ações de marketing das empresas e, para isso, precisa ter uma comunicação clara e objetiva para que consiga converter seus usuários. Segundo dados divulgados pelo HubSpot e CampaignMonitor, cerca de 80% da abertura de e-mails ocorre pelo celular. Então, nada de ignorar essa ferramenta na sua próxima campanha de mobile marketing.

#2 WhatsApp: além de ser um dos canais mais utilizados diariamente para a troca de mensagens no Brasil, o WhatsApp Business também é uma ótima opção para as empresas se comunicarem de forma mais personalizada e otimizada com seus clientes. Além de oferecer uma maior flexibilidade e conveniência no atendimento, possibilita um maior alcance e prospecção de usuários – considerando que cerca de 93% dos internautas brasileiros entre 16 e 64 anos usam o WhatsApp, segundo um estudo da We Are Social. Mas, para que seja assertivo, ele demanda uma estratégia de comunicação mais segmentada e personalizada, evitando o envio de mensagens excessivas e sempre dando a opção de continuar o atendimento em outro canal que tenha preferência.

#3 SMS: não, definitivamente, ele não morreu. Com mais de 30 anos de existência, ainda é um canal super estratégico para a comunicação entre empresas e clientes, principalmente pelo custo acessível e enorme alcance. Estima-se que a tecnologia irá gerar mais de US$ 50 bilhões em todo o mundo no segmento de publicidade em 2023, segundo a empresa Juniper Research.

#4 RCS: considerado por muitos como a evolução do SMS, o RCS (Rich Communication Service) é uma novidade que veio para ficar. A ferramenta é capaz de melhorar a credibilidade do negócio e a experiencia do cliente, já que oferece um protocolo de comunicação muito mais completo e rico por meio do envio de mensagens com textos, imagens, gifs e carrosséis ao mesmo tempo. Com ele, as empresas conseguem elaborar campanhas mais assertivas, personalizadas e agilizar a jornada de compra, revolucionando a comunicação B2C e sendo considerado por muitos como o futuro a mensageria no mercado.

Cada um desses canais apresenta propósitos e características diferentes que devem ser muito bem analisados para evitar que os usuários caiam em um atendimento genérico. A comunicação implementada nestes meios precisa ser a mais fluída possível, abordando o usuário de maneira personalizada, afetiva e sempre servindo como um complemento para sua jornada.

Independentemente se forem incorporados para estratégias ativas (nas quais são a fonte primária do plano de marketing) ou receptivas (servindo como ponte de conexão para o objetivo desejado) o mobile marketing deve ser coerente e não invasivo, sempre se adaptando às necessidades do público-alvo. Quando bem estruturadas, as campanhas que usam essas ferramentas conseguirão impactar cada vez mais clientes e fidelizá-los à marca.

 

Bruno Cedaro - COO Digital da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.


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