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sábado, 13 de maio de 2023

Abertura do mercado de transporte rodoviário como solução para baratear viagens

  

O programa Voa Brasil, anunciado pelo Governo Federal para o segundo semestre, visa implementar um leilão de bilhetes de assentos que estejam disponíveis dentro dos aviões, inspirado nos modelos europeus e na categoria standby, prometendo reduzir o preço das passagens aéreas domésticas a até R$ 200 por trecho. Na linha do programa de transporte aéreo do Governo Federal, existem outras ações com o potencial de baratear e aumentar imediatamente a oferta de transporte de longa distância.  

Um bom exemplo a ser citado é o transporte rodoviário. Pesquisa Brand Tracker da FlixBus realizada no fim do primeiro trimestre mostra que 63% dos usuários têm ônibus como principal meio de transporte de média/longa distâncias. Os dados apontam ainda que 2/3 dos usuários de ônibus no Brasil viajam primordialmente para férias ou para visitar amigos e família. Uma demonstração da importância para a população ter acesso à cultura e conexão com pessoas importantes, em especial neste período de pós-pandemia. 

Fica claro que o transporte rodoviário interestadual é uma realidade e peça central na inclusão e mobilidade, assim como os impactos positivos para os passageiros e a economia, movimentando o turismo brasileiro. Atualmente, este modal, no entanto, não atende integralmente a população pela falta de competitividade e indefinição do marco regulatório, de responsabilidade da ANTT — Agência Nacional de Transportes Terrestres, que está em discussão há quase três anos e que permitirá a abertura do setor e o aumento do acesso ao transporte rodoviário. 

Pesquisa recente da CheckMyBus analisou o preço médio das passagens nas seis rotas mais buscadas pelos brasileiros. O levantamento mostra que entre as mais procuradas, a maior queda no preço médio pago nas passagens foi identificada nos trechos que tiveram um aumento na concorrência entre 2019 e 2021. Neste período a ANTT outorgou novas autorizações, facilitando a entrada de operadores e ampliando a oferta. As rotas com maior quantidade de empresas operando passaram a ter um menor preço de passagens aos usuários em relação àquelas com menos concorrência. 

A abertura do mercado e a democratização do acesso dos passageiros estão atreladas a estas autorizações. Em meados de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) consagrou a constitucionalidade do regime de autorização, que deveria estar em plena vigência no Brasil desde 2019, que permite criar linhas de ônibus interestaduais para novas empresas. O ministro Luís Roberto Barroso destacou a necessidade de modernização do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual de passageiros (TRIP) e, assim, aperfeiçoar os serviços prestados aos passageiros.  

O marco regulatório reconhece e analisa o futuro da mobilidade no Brasil — especialmente para a população menos favorecida ou que reside em regiões mais afastadas. Também define o transporte rodoviário interestadual como recurso acessível à população para viagens de longa distância a qualquer momento e local. É necessário avançar com este processo, que deveria ter sido concluído e devidamente aprovado ainda em 2020. Os avanços que ele trará precisam de forma urgente serem colocados em prática, colaborando com um país mais justo e desenvolvido. 


Edson Lopes - diretor geral da FlixBus Brasil. 


Machine Learning

O aprendizado da máquina como impulsionador da evolução da inteligência artificial


Machine Learning é uma das tecnologias que estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano, muitas vezes sem que percebamos. É comum utilizarmos soluções que empregam essa técnica sem sequer nos darmos conta disso. O que é mais impressionante é que seja bastante provável que já tenhamos "ensinado" alguma máquina, sem saber! 


Mas afinal, o que é Machine Learning e qual a diferença com Inteligência Artificial? 

Machine Learning (Aprendizado de Máquina) é uma subárea da Inteligência Artificial (IA), que se dedica a desenvolver algoritmos que permitem às máquinas aprender a partir de dados, sem serem explicitamente programadas para tal. Em outras palavras, o objetivo do Machine Learning é criar sistemas que possam aprender a reconhecer padrões e realizar tarefas específicas com base em exemplos e experiências anteriores. 

Por sua vez, a Inteligência Artificial é um campo de pesquisa mais amplo que busca desenvolver sistemas que possam realizar tarefas que, até então, requeriam a inteligência humana. Isso pode envolver desde a criação de algoritmos de processamento de linguagem natural para conversar com seres humanos, até a criação de robôs capazes de reconhecer emoções e interagir com o ambiente. 

Em resumo, o Machine Learning é uma técnica específica que se insere dentro do campo mais amplo da Inteligência Artificial e é uma das ferramentas que os pesquisadores e engenheiros usam para desenvolver sistemas inteligentes


Algumas aplicações práticas de Machine Learning 

A utilização de Machine Learning em diversas aplicações tem uma tendência de aumento constante. Isso não ocorre por acaso, mas sim por uma demanda crescente: muitas das tecnologias disponíveis atualmente só são possíveis ou funcionais graças à inteligência artificial. No campo, por exemplo, o recurso é utilizado para melhora do agronegócio. “Com uso de sensores e algoritmos, conseguimos monitorar o solo, clima e plantas, prevendo problemas e evitando perdas“, relata Romário Alves, CEO e fundador da rede Sonhagro. 

Já a Alergoshop – rede especializada em produtos hipoalergênicos - utiliza a tecnologia para desenvolver e produzir seus produtos através da análise de grandes quantidades de dados relacionados a substâncias que causam alergias em pessoas. Com base nessa análise, é possível identificar quais ingredientes são mais propensos a causar reações alérgicas e, assim, desenvolver produtos livres desses componentes. 

O Chatbot, considerado como uma nova forma de interação entre empresas e consumidores, tem sido amplamente utilizado, no Grupo KSL – Assessoria de Cobrança e Relacionamento. O recurso é aplicado em seus atendimentos. Ele é um tipo de robô que utiliza técnicas de Machine Learning para conversar com pessoas por meio de chat ou voz. “O Chatbot é comumente empregado para automatizar o atendimento ao cliente com o objetivo de agilizar esse processo, podendo também ser utilizado para responder perguntas e promover a venda de produtos e serviços”, pontua Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL. 

Esses são apenas alguns exemplos da adoção da machine learning, mas espera-se que essa tendência continue crescendo, com suas aplicações em diversas outras áreas. Com esse progressivo avanço, existe uma demanda por profissionais qualificados e especializados e que deve aumentar no decorrer dos próximos anos. “É importante lembrar que esses profissionais devem ter uma base sólida em programação, matemática e estáticas, além de conhecimentos específicos em Machine Learning e IA” nos fala Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, escola especializada em Programação e Robótica para todas as idades. 

Sabemos que a tecnologia surgiu a algum tempo, porém somente agora vemos seu uso em larga escala. E estamos apenas no início de uma impressionante era.


https://sonhagro.com/
https://supergeeks.com.br/
https://alergoshop.com.br/
https://www3.grupoksl.com.br/

 

135 anos da Lei Áurea: conheça negras e negros que lutaram para o fim da escravidão no Brasil

Instituto DACOR reúne nomes importantes para a luta contra a escravidão no século 19 e que ajudam a entender esse período


Domingo, 13 de maio de 1888. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança, a princesa Isabel, sanciona a Lei Áurea, dando fim à escravidão do Brasil, regime que durou cerca de 300 anos. Uma multidão acompanha o ato ao lado de fora do Paço Imperial. A princesa, filha de Dom Pedro II, fica conhecida como “a Redentora”. 

Não há como negar que o 13 de maio, que celebra a abolição da escravatura, é um marco. Marco esse, porém, de uma história contada por apenas uma voz, que exalta a figura da princesa Isabel como heroína de uma trajetória com a presença de abolicionistas negros e escravizados, que lutaram para o fim do regime escravagista no Brasil, último país que manteve a escravidão nas Américas. A narrativa oficial, ao longo do século 20, tratou de apagar figuras como Maria Firmina dos Reis e Luís Gama e exaltar a assinatura de Isabel. 

“Maio de 1888 representa um divisor de águas na história do Brasil, em que os ideais de igualdade e liberdade foram colocados em prática, principalmente pelo maior movimento social que já existiu na história brasileira: o da libertação das pessoas escravizadas. Um movimento de resistência por parte da população negra, que teve sua vida dilacerada por um sistema desumanizador, cruel, perverso e violento”, afirma Vidal Mota Júnior, um dos fundadores do Instituto DACOR, organização sem fins lucrativos que atua na produção, integração e disseminação de dados, conhecimentos e evidências sobre o racismo no país. 

Segundo Vidal, a luta pela liberdade das pessoas escravizadas é muito maior do que um ato isolado de uma senhora branca da monarquia brasileira. Por isso, na celebração dos 135 anos da assinatura da Lei Áurea, o Instituto DACOR reúne nomes importantes para a luta contra a escravidão ao longo do século 19, e que, ainda hoje, ajudam a entender esse período:

 

MARIA FIRMINA DOS REIS, a primeira romancista brasileira

Por meio da literatura, Maria Firmina dos Reis foi voz de resistência e luta contra a escravidão. Professora, poetisa e romancista, sua obra Úrsula, de 1859, é considerada o primeiro romance publicado por uma mulher negra em toda a América Latina – e o primeiro romance abolicionista de autoria feminina em todos os países de Língua Portuguesa. 

Nascida em São Luís, Maranhão, Maria Firmina escreveu sobre a desigualdade vivida pelos escravizados e pelas mulheres no século XIX. Em Úrsula, negros africanos e afro-brasileiros refletem, em primeira pessoa, a condição da escravidão e do contexto de opressão e patriarcado no Brasil. 

No prólogo da obra, assinado por um pseudônimo da autora, se segue: “Mesquinho e humilde livro é este que vos apresento, leitor. (…) Sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e a conversação dos homens ilustrados”.

 

LUIS GAMA, o escravizado que virou advogado

Luís Gama foi responsável pela libertação de muitos escravizados, antes mesmo da abolição. Poeta, jornalista e advogado, nasceu em Salvador, filho de Luíza Mahin, escrava liberta que participou da revolta dos Malês, em 1835, e da Sabinada, de 1837 a 1838, pelo fim da escravidão. Luíza foi perseguida e fugiu para o Rio de Janeiro, onde desapareceu. 

Aos 10 anos, Luís foi vendido como escravo, e levado para São Paulo. Quando tinha 17 anos aprendeu a ler, reivindicou a sua liberdade a seu proprietário e a conseguiu. Tornou-se advogado autodidata e começou a apoiar a libertação de diversos escravos, entrando com ações na Justiça. Ele teria ajudado na alforria de cerca de 500 pessoas e solicitou o habeas corpus de negras e negros presos, especialmente em situação de fuga. 

“As vozes dos abolicionistas têm posto em relevo um fato altamente criminoso e assaz defendido pelas nossas indignas autoridades. A maior parte dos escravos africanos (…) foram importados depois da lei proibitiva do tráfico promulgada em 1831”, disse Gama na época.

 

ADELINA, a charuteira informante dos abolicionistas

Ao vender charutos nas ruas de São Luís, no Largo do Carmo, Adelina foi informante e participou de diversos comícios abolicionistas no Maranhão. Nascida em 1859 e filha de uma escrava com um senhor, Adelina recebeu a promessa de que seria libertada por seu pai aos 17 anos, mas o juramento não foi cumprido. Seu pai empobreceu, passou a fabricar charutos e ela virou vendedora dos produtos. 

“A charuteira”, como passou a ser chamada, circulava pela cidade vendendo em bares e fregueses avulsos, como era o caso dos estudantes do Liceu, no Largo do Carmo, com os quais assistiu comícios abolicionistas promovidos por eles. 

Como conhecia as rotas e ruas da cidade, a jovem virou informante das ações da polícia aos ativistas, ajudando inclusive na fuga de escravos. Somente em 1876 ela conseguiu sua alforria e manteve sua luta pelo fim da escravidão.  

 

JOSÉ DO PATROCÍNIO, “o Tigre da Abolição”

Por meio da escrita e do trabalho jornalístico, José do Patrocínio foi orador na campanha em prol da abolição da escravatura. Nascido em Campos, no Rio de Janeiro, em 1854, era filho de Justina Maria do Espírito Santo, quitandeira e escrava liberta, e do cônego José Carlos Monteiro. Mudou-se para a capital carioca para estudar Farmácia, mas pouco exerceu a profissão. 

Em 1877, começou a escrever na Gazeta de Notícias. Dois anos depois, iniciou no jornal a campanha pela Abolição, com outros jornalistas como Ferreira de Meneses, Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, Ubaldino do Amaral, Teodoro Sampaio e Paula Nei. O jornalista foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, e ocupou a Cadeira n.º 21, cujo patrono é Joaquim Serra.

 

FRANCISCO JOSÉ DO NASCIMENTO, o “dragão do mar”

Francisco José do Nascimento foi um jangadeiro que se recusou a fazer parte do mercado de escravizados no Ceará. O movimento liderado por ele impediu o transporte de pessoas escravizadas no porto de Fortaleza, sendo um importante marco no movimento abolicionista na região. 

Nascido em 1839, em Aracati, no Ceará, Francisco, conhecido como Chico da Matilde, tinha 42 anos quando liderou a greve dos jangadeiros, em 1881. Em 1884, o Ceará tornou-se a primeira província brasileira a abolir a escravidão, quatro anos antes da assinatura da Lei Áurea. Na ocasião, Dragão do Mar foi ao Rio de Janeiro com seus companheiros, onde participou das comemorações pela abolição no Ceará. Nessa viagem, levou sua embarcação chamada “Liberdade”, a bordo de um navio mercante.

 

ANDRÉ REBOUÇAS

André Rebouças fazia a ponte entre o abolicionismo das ruas e o dos gabinetes políticos. Considerado um dos principais articuladores do fim da escravidão, defendia que a abolição fosse seguida de uma reforma agrária, que destinasse terras para os ex-escravizados. 

André Pinto Rebouças nasceu durante a Sabinada, revolta acontecida na Bahia entre 1837 e 1838, na cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo Baiano. Engenheiro militar, participou da Guerra do Paraguai e, na década de 1880, engajou-se na campanha abolicionista, colaborando na criação da Sociedade Brasileira contra a Escravidão, ao lado de Joaquim Nabuco e José do Patrocínio. Também participou da Confederação Abolicionista e foi redator dos estatutos da Associação Central Emancipadora.

 


Instituto DACOR
https://institutodacor.ong.br/


Pelo menos 72 milhões não têm acesso à internet de qualidade em áreas rurais da América Latina e do Caribe

No Brasil, 13 milhões estão nesta condição no campo, onde a conectividade significativa é uma vez e meia menos abrangente do que nas zonas urbanas


Cerca de 72 milhões de pessoas que vivem em zonas rurais de 26 países latino-americanos e caribenhos carecem de conectividade com padrões mínimos de qualidade. No Brasil, 13 milhões estão nesta condição, de acordo com o levantamento “Conectividade Rural na América Latina e no Caribe: estado da situação, desafios e ações para a digitalização e o desenvolvimento sustentável”, parceria entre o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com o Banco Mundial, a Bayer, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Microsoft e a Syngenta. O estudo apresenta dados coletados entre 2020 e 2022 em 26 países da região. para o desenvolvimento sustentável em tempos de pandemia”.

 

Urbano X Rural - O levantamento que oferece um panorama completo sobre a situação da conectividade rural na região também revelou a diferença de conectividade entre regiões urbanas e rurais. Segundo o levantamento, 79% da população urbana dos países analisados contam com serviços de conectividade significativa, enquanto entre as populações rurais, a porcentagem é de 43,4%, o que indica uma diferença de 36 pontos percentuais. 

“Essa diferença entre a conectividade rural e urbana mina um imenso potencial social, econômico e produtivo no âmbito estratégico no qual está em jogo a segurança alimentar e nutricional de boa parte do planeta. Os dados constatam que existe um atraso rural que requer ações decididas e soluções inovadoras”, disse o diretor-geral do IICA, Manuel Otero. 

Para Gabriel Delgado, coordenador da região Sul do IICA e representante no Brasil, apesar da melhora da conectividade nas áreas rurais, é preocupante que 72 milhões não tenham acesso a conectividade de qualidade nas áreas rurais da América Latina e do Caribe, sendo que 13 milhões estão nas áreas rurais brasileiras. “Assim como em outros momentos da história trens, rodovias e estradas foram muito importantes para o desenvolvimento, o divisor de águas agora entre se desenvolver e ficar para trás é ter acesso à internet”, disse. 

No caso do Brasil, a conectividade significativa urbana é uma vez e meia mais abrangente do que nas zonas rurais, uma diferença um pouco menor do que nos demais países do levantamento, onde a diferença média de conectividade entre o rural e o urbano chega a 1,8. Enquanto nas zonas urbanas do Brasil o índice de Conectividade Urbana é 0.821, o Índice de Conectividade Rural é 0.542. Na América Latina e Caribe, o Índice de Conectividade Urbana médio é 0.794, e o Rural, 0.434. 

As estimativas realizadas permitiram caracterizar a situação da região mediante três clusters em que todos exibem atrasos de conectividade, presentes nas áreas rurais há décadas: Argentina, Barbados, Bahamas, Belize, Brasil, Costa Rica, Chile, Panamá, Trinidad e Tobago e Uruguai estão no cluster dos 10 países de maior conectividade significativa rural, que representam 24% da população rural dos países analisados. Nesse grupo, os países que mostraram maior avanço quanto à medição anterior foram Barbados e Belize, com aumentos de mais de 50% de moradores rurais que agora têm acesso a uma conectividade significativa. Argentina, Costa Rica, Trinidad e Tobago e Uruguai também registraram melhorias relevantes na percentagem de habitantes da ruralidade com conectividade significativa, perto de 30% ou mais. 

Colômbia, Equador, El Salvador, Jamaica, México, Peru, República Dominicana, Paraguai e Suriname são os nove países que integram o cluster de nível médio de conectividade significativa rural, grupo que representa 46% da população rural analisada. Desse grupo, Peru, México, Honduras e Bolívia apresentaram os avanços mais significativos em termos do percentual de habitantes da ruralidade que melhoraram suas condições de conectividade. 

Bolívia, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Nicarágua e Venezuela são os sete países que integram o cluster de baixa conectividade significativa rural, que representa 30% da população rural analisada. Segundo a evolução do ICSr de 2022 em relação a 2020, Jamaica, El Salvador, Belize e Peru passaram a fazer parte do cluster de nível médio de conectividade significativa rural. 

De acordo com o trabalho, as dificuldades para aumentar o acesso à conectividade rural mais rapidamente na maioria dos países passam por obstáculos persistentes no emprego dos fundos de acesso universal, por problemas na implementação de novas instalações devido à infraestrutura elétrica e de rodovias, elevados custos de investimento e menor custo-efetividade para as companhias operadoras, além de escassez de estímulos que estimulem os investimentos no âmbito rural. 

“Superar a diferença de conectividade e de habilidades digitais na ruralidade requer a concordância de políticas públicas, a participação do setor privado e a cooperação internacional. Os países da região, embora estejam encarando ações em termos de atualização de estruturas regulatórias e desenvolvimento de agendas e políticas digitais, ainda não conseguiram implementar soluções em grande escala e apresentam requisitos significativos em termos de investimentos em infraestrutura”, destacou Sandra Ziegler, pesquisadora do IICA que liderou a elaboração do trabalho. 

“Melhorar e investir em conectividade é uma aposta que favorecerá o crescimento econômico dos países. Evidências demonstram o vínculo positivo entre o uso de infraestrutura e o Produto Interno Bruto (PIB). A conectividade, o desenvolvimento das redes móveis e o investimento para a sua sustentabilidade e sua eventual expansão representam uma contribuição importante no processo de recuperação econômica pós-pandemia e para o desenvolvimento regional”, indicou, por sua vez, Joaquín Arias Segura, especialista técnico internacional do IICA e colíder da pesquisa.

 

Objetivos do estudo 

O IICA realizou esse trabalho com o apoio do Banco Mundial, da Bayer, do Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF, da Microsoft e da Syngenta a partir de um consenso interinstitucional que considera que a promoção da conectividade é uma condição indispensável e prioritária para permitir o desenvolvimento do conjunto da vida produtiva, social e comunitária na ruralidade. 

Além disso, as transformações tecnológicas e as aplicações destas à produção no âmbito rural, com os consequentes benefícios econômicos e sociais gerados, demandam incentivar políticas e iniciativas que saldem o hiato da conectividade rural. 

A pesquisa constitui um apelo a uma ação determinada por governos, pelo setor privado e pela sociedade civil para corrigir as diferenças de conectividade rural de forma rápida. 

O trabalho considera que a mudança tecnológica no âmbito rural tem contribuído para aumentar os níveis de produtividade dos cultivos nas regiões mais atrasadas, de modo que a conectividade tem um grande potencial para fomentar as rupturas de círculos viciosos que hoje geram insegurança, pobreza e emigração da população que habita as áreas rurais. 

Por isso, uma melhoria substancial da conectividade rural seria fundamental para facilitar o acesso dos produtores às cadeias de comercialização, para contribuir para o relevo geracional na agricultura, empoderar as mulheres rurais e promover a bioeconomia, entre outros impactos, além de ser uma condição necessária para a divulgação de conhecimentos e informações estratégicas para melhorar cultivos e rendimentos e implementar boas práticas agrícolas, contribuindo para a geração de mais receitas no campo.

 

Recomendações em questões de políticas públicas 

O estudo inclui um conjunto de recomendações em questões de políticas públicas para desenvolver as habilidades digitais na população rural, buscando maximizar as oportunidades oferecidas pela conectividade na ruralidade. São as seguintes: 

- Garantir uma conectividade acessível e significativa para fins educativos e, juntamente com o hiato de acesso, abordar o uso das novas tecnologias entre a população; 

- Abordar o problema das habilidades digitais, segmentando os destinatários das iniciativas. São necessárias estratégias diferenciadas de formação para os jovens imersos na escolarização e a população economicamente ativa que precisa passar pelo processo de reconversão produtiva; 

- Criar oportunidades genuínas de imersão em tecnologias e elaborar experiências personalizadas para os usuários, de modo a gerar melhores condições para a adoção das habilidades digitais necessárias; 

- Os jovens, que estão cursando estudos ligados à formação agropecuária, precisam receber uma formação de acordo com os processos de digitalização dessa atividade; 

- Promover a chegada da tecnologia digital por meio da educação formal. A presença de crianças e jovens nos lares e a incidência das escolas são propulsores da incorporação de tecnologias no âmbito rural. É necessário incentivar os Estados a manter políticas TIC como um motor propulsor no meio rural para a formação de recursos qualificados entre a população jovem que favoreça o enraizamento e como incentivo para a adoção dessas tecnologias entre os adultos.

- Os jovens rurais devem receber capacitação digital, que deve ser incluída nos programas educacionais desde a escola primária até a educação superior. Garantir o acesso universal à Internet nas escolas rurais é uma condição necessária para promover a decolagem da digitalização.-

Apoiar estudos sobre habilidades digitais na região. A carência de pesquisas científicas no assunto e as evidências que possam ser reunidas a partir dessas são essenciais para a elaboração de políticas e iniciativas que fomentem o desenvolvimento de habilidades digitais na região.

Acesse o estudo completo no link: https://tinyurl.com/3f57uwjd

 

Mulheres na TI: sobre mães que trabalham

Como os desafios e validações de profissionais de TI que já são mães podem legitimar seu processo de trabalho


Atualmente, a maternidade apresenta-se como um grande desafio para as mulheres que querem se encaixar no mercado de trabalho. Desafios e validações, muitas vezes ponderados entre dificuldades e aprendizados. Para não abrir mão de sua carreira, muitas mulheres decidiram conciliar a rotina de mãe, com o intuito de conseguir encaixar todas as obrigações dentro de sua rotina, objetivando manter um dia a dia saudável e elevar sua qualidade de vida. A Kstack, empresa especializada em Hunting de TI, acredita que a atuação tecnológica no mercado de trabalho traz, além de flexibilidade, excelentes remunerações e, o que é melhor, a possibilidade de escolher entre ficar em casa ou na empresa. 

Para Priscila de Oliveira, Head de Cultura e Pessoas na Kstack, os novos modelos tecnológicos de inserção profissional sugerem um novo conceito de prestação de serviço, além de facilitar o dia a dia da profissional, principalmente se ela já for mãe. “O mercado de tecnologia é bastante atraente, principalmente para as profissionais que já são mães, graças ao fato de a maioria das oportunidades atuantes hoje, serem oportunidades de home office ou no modelo híbrido, o que permite às mães perderem menos tempo durante o percurso, como no trânsito, por exemplo, e conseguirem ter um pouco mais de tempo de qualidade com os filhos, então isso facilita bastante”, diz Priscila. Ela afirma que tanto o home office, quanto o modelo híbrido, dois modelos que são destaques no ambiente de trabalho da Kstack, abrem essa possibilidade para as mães. “Com esses modelos, as mães podem reverter o tempo de percurso que elas gastariam se locomovendo até o trabalho, em momentos de qualidade com seus filhos”, comenta.  

Um estudo realizado pelo LinkedIn apontou que 71% das mulheres trabalhadoras acreditam que o equilíbrio perfeito entre trabalho e vida pessoal é a definição mais sincera de sucesso profissional. Com uma história profissional de mais de 25 anos na tecnologia, Luciana Munhoz Gonçalvez, Especialista em Operações na Kstack, e mãe de um filho já adulto, acredita que o modelo remoto, defendido como fator preponderante de trabalho pela Kstack, é um achado para adequação de rotina. “O trabalho remoto flexibiliza o horário e permite uma liberdade maior para cuidar/interagir com os filhos, além de poder participar da rotina “diurna” da criança”, comenta Luciana. 

Luciana diz também que o trabalho remoto pode ter suas vertentes quando o assunto é conciliar a rotina de mãe. “Hoje, meu filho já está adulto, mas penso que seria um privilégio poder viver um momento assim com ele ainda criança”, confessa a profissional. “Quando ele era pequeno, tive que conciliar, adequar minha rotina, planejar as tarefas domésticas para atender suas necessidades e fora de casa, virar a chave, ser profissional como sempre”, pondera a Especialista.  No trabalho remoto da Kstack, Luciana diz que os pontos positivos desse modelo são inúmeros. “Entre os pontos positivos, penso que flexibilidade de horário, autonomia e liberdade são os que mais se destacam”, reflete.  

Bacharel em Comunicação, formada em 1993, na FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado e MBA em Gestão Internacional em Empresas e Negócios, pela B.I. Internacional, Luciana acredita que o modelo de trabalho remoto tende a auxiliar a mãe trabalhadora em seu dia a dia. “permite uma liberdade maior para cuidar/interagir com os filhos, além de poder participar da rotina “diurna” da criança”, pensa. A profissional comenta também, que já sofreu preconceito no mercado de trabalho de TI por ser mulher e mãe, mas que hoje, o preconceito vivido é com o etarismo. “O preconceito é real e muitos recrutadores são insensíveis, fazem a pergunta se você é mãe e às vezes deixam de avaliar suas competências e habilidades profissionais se a resposta for sim; hoje em dia, não preciso mais lidar com o fator mulher/mãe, mas sim com o fator mulher/50+”, afirma. A profissional pondera a participação de mulheres que são mães no ambiente profissional como uma necessidade. “Sinceramente, penso que deveria haver uma maior conscientização por parte das empresas, praticar a empatia, as mães têm realidades e necessidades diferentes. A maioria das mulheres tomam para si ,além das responsabilidades do lar, as responsabilidades da maternidade, isso é histórico e cultural”, diz Luciana.  

 

Sobre o modelo remoto de trabalho: flexibilidade de horário como característica preponderante ao ambiente de trabalho moderno

O uso de novas tecnologias no ambiente de trabalho, não somente na área de TI, como em inúmeras outras, foi modelo de análise e estudo encomendado pela Microsoft para o IBOPE Conecta, em uma entrevista com pessoas trabalhadoras, entre homens e mulheres. Os resultados dessa pesquisa relataram que 68% dos entrevistados acreditam na união literal entre trabalho e tecnologia e na flexibilidade de horário enquanto característica preponderante em um ambiente de trabalho moderno. “Eu acredito que a tecnologia é o carro-chefe em qualquer ambiente, seja de trabalho moderno ou tradicional, seja escolar, seja domiciliar... é fundamental hoje em dia”, finaliza Luciana. Essa mesma pesquisa do IBOPE Conecta apontou que 62% da população acredita na definição desse conceito por meio da possibilidade do trabalho remoto ou de trabalhar em outros ambientes que não estejam necessariamente dentro da empresa e mostrou, ainda, que quase a metade dos profissionais brasileiros já trabalham de casa pelo menos uma vez durante a semana.


Indústria 6.0: é hora de se concentrar nos seres humanos

 

Indústria 6.0: é hora de se concentrar nos seres humanos

Se falássemos 10 anos atrás que estaríamos vivenciando os avanços tecnológicos dessa forma, você acreditaria? Parecia distante a ideia de termos nas mãos um aparelho que nos dá rápido acesso à informação, ou até mesmo imaginar que a conectividade faria parte do dia a dia das organizações, fortalecendo ainda mais a transformação digital. Atualmente, vislumbramos com espanto os impactos da Indústria 4.0, almejamos atingir a 5.0, mas já podemos, desde já, nos preparar para a Indústria 6.0.

Antes de tudo, precisamos traçar a linha do tempo da evolução da indústria, partindo dos primórdios do século XVIII com a primeira Revolução Industrial, em que foi criada a mecanização e máquinas a vapor. Posteriormente, na fase 2.0, iniciou a era da produção em massa, linhas de montagem e eletricidade. No século XX, marcando a fase 3.0, chegou a automação, internet, robótica e os computadores.

Todos esses avanços fizeram com que a Indústria 4.0 viesse com força total e abrisse margem para facilitar o acesso a diversas tecnologias, possibilitando a combinação de sistemas, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA), marcando a chamada era da digitalização. Contudo, durante essas transições, não podemos deixar de lado o papel da força humana como verdadeiro agente para que hoje pudéssemos presenciar essa nova realidade.

Diante disso, as Indústrias 5.0 e 6.0 são caracterizadas pela integração entre humanos e máquinas, conciliando essa união de forma amigável e ampla, valorizando ainda mais a presença e atuação humana com verdadeiros guias em todos os processos. E, justamente, esse será o desafio a ser enfrentado por líderes e gestores, que precisarão cada vez mais se atentar aos primórdios de gestão, uma vez que, ao lidar com as pessoas, é essencial dar a devida atenção as suas necessidades, características e anseios.

Afinal, mais do que deter de diversos recursos e ferramentas tecnológicas, é fundamental ter alinhado formas de utilizá-los de forma estratégica e eficiente. Ou seja, de nada adianta que uma organização seja altamente tecnológica, sem que haja o elemento humano para colocar na prática tais ações, bem como monitorar e programar os dispositivos para que atuem de acordo com o objetivo da companhia.

Passado todo o entusiasmo da chegada das novas tecnologias que promoveram maior agilidade nas fábricas, a Indústria 6.0 nos chama a atenção para a valorização e aplicação de uma gestão assertiva e ética, colocando as pessoas no centro. Para que chegássemos a essa fase, o pilar da gestão foi o elemento essencial que garantiu as evoluções das fases anteriores descritas – isso porque, sem processo e alinhamento, é impossível poder resultados promissores.

Embora diversas organizações tenham conhecimento dessa importância, muitas ainda são inibidas pela falta de conhecimento e investimento em ferramentas que possibilitem essa transição. O ERP, como exemplo, trata-se de um software de gestão preparado para acomodar essas tecnologias e torná-las acessíveis para as pessoas, de forma que consigam utilizar e identificar o melhor caminho a ser seguido em prol de obter o melhor resultado.

Tendo em vista que essa não é uma tarefa simples, não podemos destacar também o diferencial de contar com uma consultoria experiente nesse processo, cujo papel é agregar ainda mais conhecimento e melhorias nos processos, uma vez que está inserida nessa realidade e possui maior experiência em identificar onde estão os gargalos na companhia que impedem o seu avanço.

Pode parecer futurístico falarmos da Indústria 6.0 enquanto o nosso país ainda engatinha para aprender a lidar com os rumos da 4.0. Afinal, de acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), menos de 2% das empresas nacionais estão prontas para a quarta revolução.

Mas, uma coisa é certa, a brevidade e aceleração da transformação digital nos coloca em um cenário que nações vivenciem as diferentes fases da evolução da indústria simultaneamente. E o que isso nos favorece? No ganho de tempo para nos prepararmos e utilizarmos os demais como exemplos para garantirmos maior assertividade.

É certo que jamais podemos deixar de lado ou valorizar a ajuda que a tecnologia agrega diariamente nas organizações, possibilitando maior agilidade, emissão de dados, relatórios mais rápidos, entre outros benefícios. Todavia, esses benefícios deram maior margem para que os colaboradores tivessem tempo de ser criativos e explorarem ainda mais as suas qualificações.

Por isso, os gestores precisam, o quanto antes, se atentar e conciliar de maneira efetiva os anseios e necessidades da equipe, em prol de unir, de forma assertiva, os aspectos tecnológicos em favor da maior eficiência e valorização profissional. Certamente, estamos trilhando um caminho interessante de se ver a partir dessa integração, mas o que irá garantir um futuro promissor é iniciar, desde já, ações eficazes que garantam o resultado esperado até a chegada da Indústria 6.0.

 

Lidinei Selucio - head comercial global na Intragroup, consultoria SAP Gold Partner.

Intragroup
https://intragroup.com.br/


Combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes reúne especialistas e autoridades

I Fórum de Ações Afirmativas acontece na próxima terça-feira (16),  na Câmara Municipal de São Paulo, para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes  

Acontece na próxima terça-feira (16/05), das 15h30 às 22hh, na Câmara Municipal de São Paulo, o I Fórum de Ações Afirmativas de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Realizado pelo vereador Eliseu Gabriel (PSB) em parceria com o Instituto Pró-Vítima, o Instituto Brasileiro Dayana Garcia e os coletivos O Direito na Rua e Mães na Luta, o evento é alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – 18 de maio – e reunirá especialistas do poder judiciário e da sociedade civil.

Diariamente, crianças e adolescentes são expostos às mais variadas formas de violências, seja em casa, na rua, junto aos amigos, nos diversos ambientes por eles frequentados. Porém, segundo dados do Ministério da Saúde, a violência sexual infantil é a principal delas, é a que mais vitimiza crianças e adolescentes no país.

O Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado pelo Unicef no final de 2021, revelou que, de 2017 a 2020, foram notificados 180 mil casos de violência sexual praticados na faixa etária de 0 e 19 anos – uma média de 45 mil por ano.

Eliseu Gabriel ressalta que “é dever da sociedade e do poder público entrarem nessa discussão para que haja políticas públicas para o enfrentamento, a prevenção e o efetivo combate ao abuso e à exploração sexual”. Ele também acrescenta que, muitas vezes, é pela porta de equipamentos municipais, como UBSs (Unidade Básica de Saúde) e escolas, que os casos são percebidos e denunciados.

O objetivo principal desse I Fórum de Ações Afirmativas é pleitear, junto à Secretaria de Segurança Pública, a implantação de um protocolo universal de atendimento a crianças e adolescentes em situação de violência sexual. Na maioria das vezes, ela é intrafamiliar, tendo como agressores pais biológicos, padrastos, avôs, tios, padrinhos. Incluem-se aqui, em menos recorrência, mães, avós e tias.

Annabella Andrade, coordenadora do Coletivo O Direito Achado na Rua, informa que o Brasil é o único país no mundo em que a criança fica em poder do abusador mesmo após indícios e comprovação de violência sexual. “Temos que unir forças e implantar esse protocolo que será ferramenta relevante para o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e poderoso instrumento de intervenção e de enfrentamento da violência sexual na primeira infância”. Ela conta que esse protocolo já está implantado, e com sucesso, em estados como Paraná.

O Fórum também abordará aspectos importantes a respeito do abuso sexual contra crianças, jovens e adolescentes e as sequelas que acompanharão as vítimas até o final das suas vidas. As consequências para as vítimas, seja em curto ou longo prazo, vão desde retardo no desenvolvimento psicológico e emocional, a ponto de terem a autoconfiança comprometida e apresentarem dificuldades de relacionamento, até mesmo no desenvolvimento de comportamento suicida. “Elas sofrem, inclusive, com a confusão de valores morais relacionados à intimidade e à inocência. Elas não têm, na sua maioria, a percepção do que é o abuso sexual”, completa Annabella.

 

Programação

15h30 - Recepção e cadastro dos participantes

16h - Mesa de Abertura

Eliseu Gabriel - Vereador de São Paulo

Defensor Geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo

Tunísia Viana de Carvalho - Presidente do Coletivo Mães na Luta

Adriana Alvarenga - Representante do Unicef em São Paulo

Eduardo Dias - Promotor dos Direitos Humanos

Casé Fortes - Promotor de Justiça de Minas Gerais

16h45 às 18h30 - Mesa 1

Annabella Andrade - Ativista e Coordenadora do Coletivo O Direito Achado na Rua

Profª. Drª. Celeste Leite - Presidenta do Instituto Pró-Vítima

Promotor e Coordenador do Sanctus do Ministério Público

Carlito Jr. - Psicólogo, Assessor Técnico do Fórum de Guarulhos

Dr. Ismar Marcilio de Freitas Jr. - Imesc

18h45 às 21h30 - Mesa 2

Profª. Drª. Marta Cândido - Médica Legista da Acadepol

Dr. Casé Fortes - Promotor Público de Minas Gerais

Delegada Rosemary - Presidente do Conselho da Condição Feminina

Drª. Camila Marques – Ouvidora Geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo

 

 

Serviço 

I Fórum de Ações Afirmativas de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes 

Data: 16 de maio de 2023 (terça-feira) 

Horário: 15h30 às 22h 

Local: Câmara Municipal de São Paulo 

Endereço: Viaduto Jacareí, 100 – 1° andar | Auditório Prestes Maia (Plenarinho) 

Inscrições gratuitas no link www.eliseugabriel.com.br/forum

 

Maio Amarelo: bebida "forte ou fraca" é mito. Direção segura não combina com consumo de álcool

A Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) defende medidas para combater os mitos sobre os tipos de bebidas alcoólicas


Para fomentar o debate sobre saúde pública e consumo responsável de álcool neste Maio Amarelo, movimento de conscientização para redução de acidentes de trânsito, a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) chama atenção para o mito de que existe bebida alcoólica "forte ou fraca". Se for destilada ou fermentada, servida em copo ou tulipa, conhecida popularmente como “quente” ou “fria”, o que se consome é exatamente a mesma molécula química: o etanol.

O presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), Eduardo Cidade, já apoia agendas do Poder Público e também do terceiro setor que visam estimular medidas educativas sobre o consumo consciente de álcool.

“Há muitos mitos que rondam as bebidas alcoólicas, e por isso é tão importante esclarecer conceitos que são equivocados. Quem bebe 350 ml de cerveja (1 latinha) ou 150 ml de vinho ou 40 ml de destilado, como uísque, vodca ou cachaça, está ingerindo a mesma quantidade absoluta de álcool: 14 gramas. Não há bebida mais forte ou mais fraca. O álcool é o mesmo para todas elas. Álcool é álcool!”, frisa Cidade.

Dessa forma, o que importa mesmo é a quantidade absoluta de consumo do indivíduo e não o tipo da bebida ou seu teor de percentual alcoólico. "Não existe a bebida da moderação. Existe a prática da moderação, o consumo consciente, como a ABBD defende. E direção não combina com bebida", alerta Eduardo Cidade. E, para finalizar, arremata: “Em uma blitz da Lei Seca, o bafômetro não distingue o tipo de bebida alcóolica consumida e sim a quantidade de álcool exalada no equipamento.”


Sobre a ABBD
A Associação Brasileira de Bebidas Destiladas nasceu em julho de 2021 a partir da união das cinco maiores empresas globais de destilados – Bacardi Martini, Beam Suntory, Brown Forman, Diageo Brasil e Pernod Ricard.


Movimento Doses Certas
Apoiado pela ABBD, o Doses Certas é um movimento de esclarecimentos, por meio de estudos, pesquisas e informação, e de defesa da moderação no consumo de bebidas alcoólicas.

 

"Ser mãe dá trabalho" - Filhos no Currículo e B2Mamy lançam movimento para empregabilidade de mães


B2mamy


O projeto visa conectar mães em recolocação com empresas que desejam acolher esses talentos e criar um ambiente de bem-estar parental. Lançamento acontece nesta quinta-feira, 11

 

A Filhos no Currículo, consultoria de impacto focada em construir uma cultura de bem-estar parental nas organizações, e a B2Mamy, socialtech que conecta mães e mulheres no fomento de lideranças e independência econômica, se uniram para criar o Movimento Ser Mãe Dá Trabalho.

O projeto, que conta com o apoio institucional do LinkedIn Brasil, vai fomentar a empregabilidade de figuras maternas no mercado de trabalho e será lançado oficialmente nesta quinta-feira (11). O objetivo é conectar mães em busca de recolocação com empresas comprometidas a criar um ambiente de trabalho mais acolhedor para as figuras parentais.

Segundo as fundadoras do movimento, o nome foi pensado para mostrar a maternidade em sua dualidade. Enquanto a mãe lida com a sobrecarga de conciliar seus múltiplos papéis conciliando filhos e carreira no dia a dia do exercício parental, ao mesmo tempo, ela aprimora soft skills extremamente visadas pelo mercado de trabalho.  “Ao ocupar o nosso papel de maternar estamos diante de um laboratório diário de inovação dentro das nossas casas. Filhos agregam nos nossos currículos e nas nossas carreiras na medida em que encontramos um ambiente de bem-estar parental que promove segurança psicológica e benefícios para quem tem filhos.” destaca Michelle Terni, CEO e cofundadora da Filhos no Currículo.


Como funciona

Por meio da plataforma Ser Mãe Dá Trabalho serão divulgadas vagas oferecidas pelas empresas participantes do Movimento, como uma vitrine de oportunidades de trabalho. As empresas interessadas em fazer parte do Movimento terão o benefício de divulgar vagas “mom-friendly”, ou seja, com benefícios considerados positivos para mães, a exemplo de flexibilidade de horários e licenças parentais estendidas. Também será possível receber a contribuição de empresas que não possuem vagas no momento, porém desejam trocar boas práticas para evoluir na pauta.

A plataforma já está aberta para as pré-inscrições das empresas interessadas em compor o Movimento, assim como para as mães que se interessam em se cadastrar. Conforme as empresas forem aderindo ao movimento, as vagas serão divulgadas na plataforma.


Para as mães

Assumir que a transição de carreira após maternidade significa necessariamente sair do mercado de trabalho para empreender é um viés perigoso, segundo Dani Junco, CEO da B2Mamy. “Muitas mulheres empreendem por necessidade de gerar renda imediata e por não conseguir se recolocar. O Ser mãe dá trabalho vem facilitar a conversa entre mães que buscam recolocação e empresas que entendem o impacto positivo em sua corporação e na sociedade”, afirma.

Além do acesso às vagas, as mães que se cadastrarem na plataforma terão ao seu dispor gratuitamente uma trilha de capacitação exclusiva oferecida pelo LinkedIn Brasil e a entrada em uma comunidade de mães para acolhimento e troca sobre carreira e filhos como potência no currículo.


Para as empresas

O programa se preocupa em ajudar as organizações a reverem sua cultura para que a inserção resulte em inclusão das figuras maternas por meio de diagnósticos de clima e capacitações de lideranças para recrutamentos mais inclusivos.

As empresas interessadas em aderir ao Movimento poderão participar por meio de assinaturas semestrais. Esta assinatura inclui a divulgação de vagas nas comunidades da B2Mamy e Filhos no Currículo e na plataforma do projeto, além de ações como: encontros para trocas de boas práticas entre empresas do movimento; acesso à pesquisa de bem-estar parental para avaliar seu grau de maturidade na pauta; conteúdos para a liderança sobre os vieses da maternidade, a fim de formar recrutamentos mais inclusivos.

“Incentivamos que as empresas participem do Movimento para serem agentes de transformação de um mercado de trabalho que reconhece filhos como potência e não barreira na carreira de mães e pais”, completa Michelle.

Acesse e participe!  Ser Mãe Dá Trabalhohttp://bit.ly/sermaedatrabalho 

 

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