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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Educar para Salvar: a Coalizão Vozes do Advocacy e a Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos realizam capacitação em obesidade

Os representantes de associações de diabetes serão capacitados para que possam produzir uma linha de cuidado para beneficiar associados com obesidade


A obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. O tratamento da obesidade precisa ser de longa duração. Para além do controle, é preciso evitar outras complicações, que aparecem com o tempo e resultam em uma menor expectativa de vida. Nas crianças e adolescentes, o excesso de peso costuma causar principalmente doenças do coração, Diabetes Mellitus tipo 2 e problemas psicológicos.

Com o objetivo de promover uma linha de cuidado dentro das organizações de diabetes e aprimorar a mesma junto às Secretaria Municipais de Saúde do Ceará, nos dias 19 e 20 de maio, a Coalizão Vozes do Advocacy e a Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos promovem capacitação deste público, no Hotel Mareiro em Fortaleza.

A Capacitação visa chamar a atenção sobre as necessidades específicas deste público e discutir as linhas de cuidado especial, já que muitas das instituições focam somente nos aspectos, que envolvem o diabetes, sem dar à devida atenção ao sobrepeso e à obesidade.

“O Projeto Educar para Saúde terá uma abordagem multidisciplinar, que busca promover atualização em obesidade e em doenças cardiovasculares, estas principalmente direcionadas aos profissionais da saúde, adequando a terapêutica e os conceitos à necessidade de cada pessoa atendida”, relata Natasha Rocha de Alencar, presidente da Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos. 

Entre os temas que serão abordados O Cenário do Diabetes Tipo 2 e Obesidade, as Complicações da Obesidade, Os desafios do diabetes tipo 1 e a Obesidade, Programa da Linha de Cuidado Ideal, Os desafios de acesso ao tratamento e os custos da obesidade, Transtornos alimentares, Nutrição e Atividade Física, entre outros.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

Os apoiadores da iniciativa são: Merck e NovoNordisk.

 

Agenda:

Data: 19 e 20 de maio de 2023

Horário: 9h às 18h na sexta e das 9h às 13h no sábado

Local: Hotel Mareiro

Endereço: Av. Beira Mar, 2380 - Meireles, Fortaleza



Colágeno, antioxidantes e vitaminas na dermatologia: o que realmente tem indicação?

Freepik
Especialistas da SBD-RS alertam para os cuidados necessários com o uso desses elementos

 

Indicações de amigos, propagandas e informações muitas vezes divulgadas em redes sociais levam muitas pessoas a adotarem a suplementação como uma rotina. O hábito pode não ajudar e, em alguns casos, até ser prejudicial à saúde se não houver uma adequada orientação médica. O tema foi abordado em uma live da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS na noite de quarta-feira (03/05). A mediação foi da médica dermatologista da SBD-RS, Nediana Bialeski.

"A nossa missão é trazer o que funciona dentro das queixas mais importantes dos pacientes. O recado mais importante é que não gastem dinheiro à toa em suplementações sem orientação”, disse.

Um dos suplementos mais presentes, hoje, em farmácias é colágeno, proteína importante encontrada em muitos tecidos do corpo humano, incluindo a pele, ossos, tendões, ligamentos e cartilagens. Ele ajuda a manter a integridade estrutural desses tecidos, fornecendo suporte, firmeza e elasticidade.

"O que precisamos entender em relação ao colágeno é que como suplemento não vai resolver a flacidez da pele. Se não houver nenhum outro estímulo ou o paciente já tiver uma idade avançada, talvez o resultado não vá ser o esperado. É fundamental que o médico avalie a idade e o perfil nutricional do paciente", explicou a médica Nediana Bialeski.

A médica dermatologista da SBD-RS, Vanessa Santos Cunha, discorreu também sobre o uso de vitaminas

“Existem alterações específicas da unha, por exemplo, que ocorrem por falta de vitamina. O creme ou esmalte de fortalecimento podem até ajudar, mas é fundamental uma avaliação mais aprofundada pelo médico uma vez que em diversos casos há reposições que ajudam no fortalecimento das unhas", afirmou.


Oxidantes

Os antioxidantes são substâncias que ajudam a proteger as células do corpo contra os danos causados pelos radicais livres, que são moléculas instáveis produzidas naturalmente durante o processo de metabolismo celular ou quando o corpo é exposto a fatores ambientais, como poluição, tabaco, álcool, radiação ultravioleta e outras fontes de estresse oxidativo. O uso desse suplemento também exige uma avaliação do custo-benefício.

“É complicado a longo prazo para um benefício que é questionável. A Coenzima Q10, que é uma das que mais vem sendo usadas, ainda não traz segurança para prescrever”, complementou Vanessa.

Para a conservação da pele, as palestrantes ressaltaram a importância de manterem hábitos consistentes.

“As vezes é muito melhor fazer uso do filtro solar diário, na quantidade correta ao longo da vida do que fazer o uso de um suplemento que possui muitas vezes um custo elevado e uma eficiência ainda não completamente comprovada”, destacou Nediana.

 Por fim, é recomendável incluir alimentos ricos em antioxidantes em sua dieta e consultar um profissional de saúde para orientação adequada sobre suplementos, se necessário.

 

Marcelo Matusiak



Biocurativo acelera a recuperação de lesões cutâneas em diabéticos

 

 

Produto feito com células derivadas do cordão umbilical humano
 foi produzido em impressora 3D pela startup In Situ Cell Therapy.
 Em testes com camundongos, pesquisadores da USP observaram
que o curativo inteligente modula a resposta imune, estimula a síntese de
 colágeno e o reparo do tecido (
imagem: In Situ Cell Therapy/divulgação)


Um dos grandes desafios enfrentados por quem sofre com diabetes tipo 1 é a dificuldade de cicatrização da pele. Isso acontece porque, quando a doença não está bem controlada, há um excesso de açúcar na circulação sanguínea que dificulta a alteração da fase de inflamação para as fases de regeneração do tecido. Para combater essa complicação da enfermidade, uma equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) testou um biocurativo criado pela startup In Situ Cell Therapy, sediada na Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto.

“Ele é feito com uma substância chamada hidrogel de alginato e contém células derivadas do cordão umbilical humano”, conta Daniela Carlos Sartori, que coordenou o trabalho no Laboratório de Imunorregulação de Doenças Metabólicas (LIDM) da FMRP-USP.

Foram usadas as chamadas células mesenquimais, que secretam inúmeras moléculas bioativas com diferentes funções no processo cicatricial, como as citocinas e os fatores de crescimento responsáveis pela imunomodulação, angiogênese (a criação de novos vasos sanguíneos) e melhora da qualidade do tecido cicatrizado.

“O processo de criação do produto envolve a bioimpressão 3D, que foi feita com o apoio de uma empresa especializada e permite a confecção precisa [do curativo] de acordo com a área de aplicação e a correta distribuição das células mesenquimais pelo hidrogel, o que as mantêm viáveis durante o processo de impressão e de utilização”, explica Sartori.

O biocurativo 3D é considerado inteligente por conter células vivas, capazes de perceber os sinais emitidos pela lesão na pele e responder liberando citocinas e fatores de crescimento de acordo com a necessidade do tecido. Sendo assim, atua nas diferentes fases da cicatrização da pele, enquanto a maioria dos produtos convencionais visa apenas o recobrimento da lesão ou o tratamento de uma fase específica da cicatrização.

Para avaliar sua efetividade, os pesquisadores induziram o desenvolvimento de diabetes tipo 1 em 18 camundongos. Depois de 15 dias, os animais foram anestesiados e os cientistas fizeram feridas de 1 centímetro quadrado (cm²) em suas costas, que imediatamente receberam curativos. Os roedores foram divididos em quatro grupos: animais sem diabetes com curativos sem células mesenquimais, animais sem diabetes com o biocurativo, animais com diabetes com curativos sem células mesenquimais e animais com diabetes com o biocurativo.

Após dez dias de tratamento, os animais com diabetes tratados com curativos sem células mesenquimais apresentaram feridas com cerca de 50% de abertura, enquanto as feridas nos animais diabéticos que receberam o biocurativo inteligente estavam com cerca de 20% de abertura. Isso mostra que houve uma melhora significativa na cicatrização dos camundongos diabéticos que receberam o produto contendo as células mesenquimais, em comparação aos que não receberam.

Com base nos resultados das análises, publicados no periódico Regenerative Therapy , os pesquisadores destacam o efeito imunomodulador dos biocurativos, ou seja, sua capacidade de melhorar o funcionamento do sistema imune dos animais. De acordo com o artigo, o produto elevou a expressão do fator de crescimento TGF-beta, que estimula a síntese de colágeno e o reparo do tecido. O trabalho recebeu financiamento da FAPESP por meio de dois projetos (18/14815-0 e 19/22013-3).

Para tornar possível o uso do biocurativo no tratamento de feridas em pacientes diabéticos, porém, ainda são necessários ensaios clínicos. Caso os resultados sejam positivos, será possível solicitar a aprovação do produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O artigo Xenogeneic mesenchymal stem cell biocurative improves skin wounds healing in diabetic mice by increasing mast cells and the regenerative profile pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352320422001286?via%3Dihub.

 

Thais Szego
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/biocurativo-acelera-a-recuperacao-de-lesoes-cutaneas-em-diabeticos/41347/


Lúpus: compreendendo e gerenciando uma doença autoimune crônica

Ainda é difícil contar de forma exata quantas pessoas possuem Lúpus no Brasil. A doença possui difícil diagnóstico, fazendo com que muito mais pacientes que o estimado tenham Lúpus, mas ainda não saiba. E, talvez, nunca descubram. 


 

Estima-se que existam cerca de 65 mil pessoas com Lúpus Eritematoso Sistêmico  no Brasil, sendo a maioria mulheres, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). O lúpus faz parte de um conjunto de doenças reumáticas autoimunes e crônicas que pode afetar vários órgãos e tecidos do corpo humano. 

 

Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em mulheres entre 15 e 45 anos de idade e a prevalência e gravidade da doença é maior na população afro-americana. “O nome "lúpus" vem do latim e significa "lobo", pois no passado, foi encontrada semelhança entre lesões de pele ocasionadas pelo Lúpus e lesões de mordida de lobo”, elucida Ana Luísa Pedreira, médica reumatologista e membro da Sociedade Baiana de Reumatologia.

 

A causa exata do lúpus ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais possa desempenhar um papel na ocorrência de alterações autoimunes que culminam no surgimento do lúpus. “Alguns dos fatores de risco incluem histórico familiar de lúpus (influência genética), gênero feminino, exposição à luz solar, infecções virais e tabagismo”, explica a especialista.


 

Órgãos afetados e dificuldade de diagnóstico

 

O lúpus pode afetar vários locais incluindo a pele, articulações, rins, coração, pulmões, sangue e sistema nervoso central. Os sintomas podem variar de leves a graves e incluem fadiga, dor nas articulações, febre, erupção cutânea, sensibilidade à luz solar, dor no peito, falta de ar e problemas neurológicos, como convulsões e confusão mental.

 

“O diagnóstico do lúpus pode ser um desafio, uma vez que os sintomas podem imitar outras doenças. O diagnóstico é geralmente baseado em uma combinação de história clínica, achados do exame físico e  alterações nos exames laboratoriais”, alerta Ana Luísa. Os exames de sangue  incluem a pesquisa de anticorpos como o anticorpo antinuclear (ANA ou FAN), que é positivo em cerca de 95% das pessoas com lúpus, além de outros anticorpos específicos

 

Devido a dificuldade em dar o diagnóstico, o paciente com sintomas pode demorar entre três e seis anos para chegar a um reumatologista e receber o diagnóstico correto. Além disso, são poucos os reumatologistas no Brasil. De acordo com o último relatório de demografia médica do Conselho Nacional de Medicina (CRM), são 2.727 especialistas na área, sendo mais de 50% no Sudeste.


 

Tipos de Lúpus

 

Existem dois tipos da doença: o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e o Lúpus Cutâneo (LC). “No Lúpus Cutâneo, apenas a pele é comprometida Nesses casos, é comum a formação de lesões nas bochechas e no nariz, também conhecida como ‘asa de borboleta’”, elucida a reumatologista.

 

Já no Lúpus Eritematoso Sistêmico, todos os tecidos internos do corpo podem ser acometidos, com ênfase nos rins. Um caso muito famoso é o da atriz e cantora Selena Gomez, que precisou fazer um transplante de rim para ter melhora na qualidade de vida. O tratamento do lúpus pode incluir uma combinação de medicamentos, dependendo dos órgãos afetados e da gravidade dos sintomas. “Os medicamentos  incluem corticosteróides (principalmente no início da doença ou quando existem crises graves), hidroxicloroquina e imunossupressores. Além disso, medidas preventivas, como o uso do protetor solar  e parar de fumar, podem ajudar no controle da doença”, explica a especialista Ana Luísa Pedreira.

 

Embora não haja uma cura definitiva para o lúpus, muitas pessoas podem ter qualidade de vida   com o tratamento correto. É importante trabalhar em estreita colaboração com o médico reumatologista e seguir um plano de tratamento adequado para ajudar a gerenciar a doença. “O acompanhamento multiprofissional, exercício físico e psicoterapia para controle dos gatilhos emocionais são também muito importantes nesse processo”, afirma Ana Luísa.


Campanha de Voz de 2023: exames gratuitos para diagnóstico do câncer de laringe e conscientização sobre os riscos do tabagismo


A Campanha de Voz de 2023 é uma iniciativa para conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo. Com o objetivo de combater o câncer de laringe, uma das principais doenças causadas pelo cigarro, a campanha oferece exames gratuitos para fumantes com mais de 40 anos, buscando diagnosticar precocemente a doença e aumentar as chances de cura. Os interessados devem fazer a inscrição até 31 de julho no site bocaegarganta.com.br.

 

A campanha destaca a importância de se cuidar da saúde e reforça a necessidade de abandonar o cigarro para uma vida mais saudável. Vale lembrar que o tabaco é responsável por diversas mortes evitáveis em todo o mundo, sendo uma das principais causas de problemas respiratórios, cardíacos e até mesmo câncer.

 

Embora haja diversas campanhas de conscientização e esforços para reduzir o consumo de cigarro, o número de fumantes ainda é alarmante em muitos países. Além disso, o uso do cigarro eletrônico, especialmente entre os jovens, é motivo de preocupação para as autoridades de saúde, já que os chamados 'pods' podem ser tão prejudiciais quanto os cigarros convencionais. 

Neste Dia Mundial do Combate ao Tabagismo, é fundamental lembrar que a prevenção e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais para uma vida plena e livre de doenças. Abandonar o cigarro, praticar atividades físicas e manter uma alimentação equilibrada são algumas das medidas que podem contribuir para uma vida mais saudável e feliz.


Comum no outono, rinite pode ser alérgica ou infecciosa

Para os alérgicos, vacina é uma das opções de tratamento


Obstrução nasal, coriza, espirros seguidos, dificuldade em sentir cheiros e coceira no nariz, garganta, olhos e céu da boca. Assim que o outono chega e as temperaturas caem, é “batata”: a rinite, doença caracterizada pela inflamação das mucosas nasais, dá as caras.  Ainda que o tipo alérgico, que acomete de 30% a 40% da população mundial, segundo estimativas da Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês), seja o mais conhecido, a enfermidade também pode ser infecciosa, causada por vírus e bactérias.

Os gatilhos mais conhecidos da rinite são pelos de animais, perfumes, ácaros presentes na poeira doméstica, fungos, determinados alimentos e mudanças bruscas de temperatura – talvez a causa mais conhecida.

“O clima mais frio exige que o corpo se aqueça e, muitas vezes, as pessoas não se agasalham corretamente, fazendo com que o corpo resfrie e as defesas diminuam. Há, também, a questão da aglomeração, de ficarmos em ambientes fechados com pouca circulação de ar, como ônibus e salas de aula. Esse é um foco de transmissão de vírus e bactérias”, pontua o otorrinolaringologista Sergio Maniglia, que atua no Hospital IPO, referência em ouvido, nariz e garganta.

O médico explica que todos são suscetíveis a contrair doenças características de outono-inverno, mas pessoas com enfermidades prévias do trato respiratório, como asma e bronquite, precisam tomar um cuidado maior. No caso de quem tem rinite alérgica, é necessário estar, na medida do possível, com a doença sempre controlada, para que o nariz fique menos sensível, evitando que o quadro se agrave nos períodos mais frios.

Hábitos como manter a casa bem ventilada, ensolarada e limpa, com trocas frequentes de roupas de cama, além de evitar perfumes e produtos de limpeza com cheiros fortes, não fumar, lavar o nariz com soro fisiológico e praticar atividades físicas, ajudam a evitar crises de rinite alérgica. Já para não contrair doenças infecciosas, deve-se evitar lugares fechados com aglomeração e controlar doenças prévias, como a própria rinite alérgica.

“Aqueles cuidados básicos, clássicos dos ‘conselhos de avó’, também auxiliam, como não dormir de cabelo molhado e se agasalhar. Se você já estiver doente e precisar sair de casa, use máscara para não transmitir para outras pessoas”, acrescenta o especialista do Hospital IPO.

Tratamentos incluem repouso, remédios para aliviar sintomas como dor e febre e reduzir a inflamação nasal e muita hidratação, que contribui para a recuperação do corpo. Reforçando, é claro, que se consultar com um médico para uma avaliação mais detalhada é fundamental.

Vacina para rinite – Para os pacientes que têm rinite alérgica, outra opção de tratamento é a vacina. Trata-se, porém, de uma ferramenta terapêutica, ou seja, ela não cura a doença. A vacina é sublingual, indicada para ser aplicada três vezes por semana, dependendo do paciente. É um tratamento de três anos. Após o seu fim, é possível ter resposta positiva por até sete anos.

A vacina pode ser administrada em casa, pelo próprio paciente, e é indicada para todos aqueles que possuem uma alergia documentada por teste alérgico, não têm doenças imunológicas descompensadas, não estão gestantes e não possuem alergia aos componentes da fórmula. Se a paciente que já está no processo do uso das vacinas engravidar, o tratamento não precisa ser interrompido e o feto pode desenvolver imunidade à alergia também. Um médico, contudo, sempre deverá ser consultado.

Os pacientes que têm interesse no tratamento precisam procurar um otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto. Em seguida, o pedido de elaboração das vacinas será encaminhado a laboratório confiável – isso porque a vacina de rinite é personalizada, produzida de acordo com os fatores alergênicos e intensidade da doença no paciente.

 

Doenças de Outono: a precaução está nas suas mãos!

No mês em que é celebrado o "Dia Mundial da Higiene das Mãos", médico do Hospital Paulista reforça os cuidados para evitar infecções/inflamações que afetam ouvido, nariz e garganta; lavar as mãos é a dica número 1


Rinite, sinusite e rinossinusite. Três doenças muito comuns nesta época do ano - e que podem ser facilmente evitadas, se tivermos atenção, sobretudo, com as mãos! Sim, pode até parecer curioso, mas está literalmente “em nossas mãos” a maneira mais simples de se precaver contra essas infecções/inflamações, tão comuns no Outono e no Inverno.  
 
Afinal, é justamente por meio das mãos que, geralmente, são transportadas as bactérias, os vírus e demais elementos patogênicos contaminantes do nosso corpo. E isso não é diferente com as chamadas “ites” – que tanto irritam as vias nasais, garganta e canais auditivos. 
 
Portanto, as mãos devem sempre ter primazia no que se refere aos cuidados a quem busca se precaver desta famosa tríade de doenças, antes mesmo da poeira, da poluição e das aglomerações, que geralmente são o que as pessoas mais se atentam. 
 
Não é à toa que, anualmente, milhares de profissionais da área de otorrinolaringologia se mobilizam em torno do Dia Mundial da Higiene das Mãos, celebrado em 5 de maio.  
"Para nós, que somos especialistas nos estudos de nariz, ouvido e garganta, não resta dúvida de que as mãos são as principais ocasionadoras da disseminação de rinite, sinusite e rinossinusite, assim como de dezenas de outras doenças. A prevenção, em todos esses casos, depende essencialmente da higienização das mãos. Daí a importância da data, e a nossa participação sempre constante e efetiva", explica o Dr. Arnaldo Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – uma das maiores referências neste segmento. 
 
O especialista menciona um estudo publicado
American Journal of Infection Control, dos EUA, que avaliou em quais partes do rosto colocamos as mãos com maior frequência. A boca, segundo essa pesquisa, é tocada quatro vezes por hora. Em média, cada contato dura três segundos. Já o nariz e os olhos são tocados três vezes por hora – e cada contato, em média, dura um segundo.  
 
"Em números gerais, esse estudo revela que passamos as mãos nas mucosas – boca, nariz e olhos – em 44% das vezes que as levamos ao rosto. Desse total, 36% são direcionadas para a boca, 31% para o nariz e 27% para os olhos. Também há situações em que passamos as mãos em duas ou três regiões ao mesmo tempo: 6%. Portanto, é algo muito mais recorrente do que costumamos imaginar e merece toda atenção, em termos de potencial de contaminação”, reitera. 
 
É óbvio que as demais recomendações também devem se fazer presentes, como o uso de soro fisiológico nasal para limpar diariamente o nariz, beber muita água e evitar lugares fechados ou com muitas pessoas. Mas a dica número 1, sem dúvida, é a higienização das mãos, antes de mais nada. 


 
As três “ites”, e o que as diferem 
 
Embora, no geral, apresentem características bastante semelhantes, as chamadas “ites” têm algumas manifestações peculiares, o que as diferem quanto ao diagnóstico. 
 
A rinite, por exemplo, é um tipo de inflamação e/ou hipereação da mucosa de revestimento nasal, que pode se manifestar de forma alérgica (mais comum) ou também de forma infecciosa. No caso dessa última (provocada por vírus e bactérias), é fundamental sempre lavar bem as mãos, principalmente quando estiver em lugares muito fechados e cheios de pessoas. O uso do álcool em gel também pode ajudar na prevenção.  

Já no caso da rinite alérgica, em específico, o Dr. Arnaldo Tamiso destaca que ela é bastante sintomática. “O que mais observamos no paciente alérgico é a marca alérgica no nariz, como uma linha, que marca a pele acima da ponta nasal de tanto o paciente esfregá-la com a mão”. 
 
Com relação à sinusite, ele explica que a doença pode ser aguda ou crônica e muitas vezes está associada à chamada de Polipose Nasossinusal. Trata-se de uma predisposição da mucosa nasal e dos seios da face em formar pólipos, que obstruem os orifícios e favorecem o acúmulo de secreções e infecções bacterianas. 
 
A rinossinusite, por sua vez, é o termo que os médicos usam para diferenciar uma rinite normal de outra que acaba se estendendo pelos seios da face, por meio de um processo inflamatório e/ou infeccioso. “Esse tipo de quadro representa uma reação a algum tipo de agente físico, químico ou biológico, além de ser possivelmente causado também por mecanismos alérgicos. Da mesma forma, a higienização das mãos é a recomendação número 1 para evitá-la”, enfatiza o otorrino. 


Crianças  

Com relação aos nossos pequenos, em especial, o Dr. Arnaldo destaca que a atenção dos pais deve se concentrar na doença popularmente chamada de "mão, pé, boca", causada por um vírus. Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença, segundo ele, se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca. “Aftas, dificuldade para se alimentar, diarreia e febre estão entre os sintomas mais comuns”, alerta. 

 
 
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia  
 


Atividade física é uma aliada contra a infertilidade

Pesquisa mostra que mulheres praticantes de exercícios físicos têm mais chances de engravidar naturalmente


Um dos assuntos que mais preocupa mulheres e homens que planejam ter filhos é a fertilidade. Não é à toa. Uma estimativa divulgada neste mês pela OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que, no mundo inteiro, uma em cada seis pessoas sofre com questões de infertilidade. Uma das principais recomendações de especialistas para tratar o problema é a prática regular e orientada de exercícios físicos. Pesquisa, publicada pela revista americana especializada Fertility and Sterility Journal, mostrou que mulheres que praticam entre uma e cinco horas de exercícios semanalmente tem 18% de chances a mais de engravidar do que as sedentárias. O estudo acompanhou 3.628 mulheres com idade média de 30 anos durante 12 meses para chegar a essa conclusão. Nenhuma participante recebeu medicação ou qualquer tipo de tratamento para gravidez, a única variável observada foi a prática ou não de exercícios.

Mulheres que já estão em tratamento para FIV (Fertilização in Vitro) também se beneficiam de atividades físicas regulares. A médica ginecologista e especialista em fertilidade feminina Larissa Matsumoto conta que casais ativos fisicamente têm mais sucesso nesse tipo de procedimento. “A qualidade dos óvulos e dos espermatozóides está relacionada a diversos fatores genéticos, mas também aos hábitos dos progenitores, como a alimentação e o preparo físico.”

Por outro lado, manter uma rotina extenuante de atividade física também pode influenciar negativamente a fertilidade. “Exercícios muito vigorosos podem levar a alterações ovulatórias, aumento do estresse oxidativo e piorar a qualidade tanto de óvulos quanto de sêmen. Mas é importante destacar que estamos falando de atletas alta performance, que é o caso de um número muito pequeno de pessoas”, afirma a médica.

O Gerente Técnico da Smart Fit, Guilherme Micheski, ressalta a importância de ter a orientação de um profissional de educação física para montar o treino adequado, na intensidade indicada para cada caso. Ele lembra que a gravidez e mesmo os sintomas de pacientes em processo de FIV são muito individuais. “Cada organismo responde de um jeito para uma mesma situação e é essa realidade particular que ditará as premissas do treino prescrito.”

No início da gestação, sobretudo de mulheres pouco ativas, Micheski orienta manter repouso até o término do primeiro trimestre. “Mas uma coisa vale para qualquer aluna grávida: independentemente do nível de aptidão física, é preciso ter em mente que o objetivo do exercício passa a ser outro. Se um dia foi para emagrecer ou ganhar massa muscular, durante a gravidez a finalidade é liberação de hormônio, disposição e boa circulação do sangue nas áreas periféricas do corpo, como braços e pernas. Ou seja, preservar as condições fisiológicas e físicas da mãe.”

Mulheres com sobrepeso, obesidade ou SOP (Síndrome de Ovário Policísticos)  são as que mais veem mudanças quando passam a se exercitar. “A obesidade por si só é um fator de risco à infertilidade e aborto, mesmo com embriões normais geneticamente. É muito comum a mulher conseguir engravidar após emagrecer ou depois da cirurgia bariátrica, quando atinge a estabilização do peso”, diz Matsumoto.

Já pacientes com SOP frequentemente apresentam quadro de resistência à insulina, além de alterações menstruais proveniente de alterações da ovulação. “Nós observamos que, ao alterarem hábitos de vida, elas podem conseguir até o dobro de gestações. Essas mudanças incluem prática de atividade física, dieta, especialmente low carb, que é a mais indicada para este grupo, e controle de peso.

A Smart Fit preparou um treino específico para mulheres que desejam começar a treinar com intensidade leve. Assista aqui.

 

CROSP apoia a campanha Maio Vermelho

Imagem: CROSP
Bruno Masayuki Saito Alves


Ação acontece anualmente com o objetivo de promover a prevenção do câncer bucal

 

Anualmente, a campanha Maio Vermelho promove a conscientização sobre o câncer bucal e chama a atenção da população para a importância da prevenção, visto que a doença ainda apresenta alta taxa de mortalidade. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) apoia a ação e salienta a importância do Cirurgião-Dentista frente ao diagnóstico e tratamento.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer é um problema de saúde pública mundial. Na última década, ocorreu um aumento de 20% na incidência da doença. Para 2023, a expectativa é de mais de 25 milhões de casos novos, sendo que são esperados 704 mil novos diagnósticos de câncer para o triênio 2023-2025.

Ainda segundo o INCA, a estimativa para 2023 sobre a incidência da doença no Brasil, é de que o câncer da cavidade oral ocupe a oitava posição entre os tipos mais frequentes. Em homens, é o quarto mais frequente na Região Sudeste (13,16 por 100 mil) e, entre as mulheres, é o 13º nas Regiões Sudeste (4,37 por 100 mil). No Brasil, em 2020, ocorreram 6.192 óbitos por câncer da cavidade oral.

 

Alerta aos sinais

A campanha Maio Vermelho busca alertar a população para que fique atenta aos sinais de lesões na cavidade bucal e aos fatores de risco, já que o diagnóstico tardio é um dos principais motivos de morte. O Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP, Dr. Vinicius Pioli Zanetin, lembra que o exame clinico é simples e pode ser realizado por um Cirurgião-Dentista de forma rotineira.

“É importante ressaltar que o diagnóstico precoce do câncer bucal é determinante, pois, apesar dos avanços nas formas de tratamento, como por exemplo a cirurgia, radioterapia e quimioterapia, a taxa de sobrevivência de cinco anos não evoluiu ao longo das últimas décadas, permanecendo em cerca de 50% a 55%”.

O especialista esclarece que, entre os cânceres que ocorrem na boca, 90% a 95% referem-se ao carcinoma epidermoide, também chamado de espinocelular ou de células escamosas. Segundo ele, embora o carcinoma epidermoide seja uma doença inicialmente assintomática, podem ser observadas algumas alterações que podem até mimetizar condições benignas comuns da boca. 

“Citando meu colega e Presidente da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP, Dr. Fabio Alves, alguns sinais e sintomas devem ser observados, como feridas (ulcerações) na boca que não cicatrizam em menos de 15 dias (sinal mais comum), com bordas elevadas, endurecidas, com centro necrosado, inicialmente indolor, porém em fases mais tardias já com relato de dor, área avermelhada e/ou esbranquiçada em qualquer local da boca, com dificuldade para mastigar, engolir, dificuldade de movimentação da mandíbula ou da língua, com possível presença de nódulos persistentes, inclusive no pescoço, podendo ocorrer halitose severa e perda de peso acentuada”.

 

Fatores de risco

Os fatores de risco mais associados ao câncer bucal são, principalmente, o tabagismo e o alcoolismo. Além do cigarro, Dr. Vinicius cita também o cachimbo, o charuto, o tabaco de mascar, o vaper (cigarro eletrônico) e o narguilé. O cachimbo, segundo ele, afeta mais a região dos lábios e o tabaco de mascar está mais relacionado com câncer de bochecha, gengiva e superfície interna dos lábios. “O consumo de álcool, por sua vez, associado com o tabagismo leva a um risco 30 vezes maior de desenvolver câncer do que o risco de pessoas que não fumam ou bebem”, alerta.

Ainda de acordo com Dr. Vinicius, o gênero também está associado, pois, segundo as estatísticas, dois terços dos pacientes são homens, brancos, acima dos 55 anos, com mais possibilidade de desenvolver o carcinoma em boca que as mulheres. “A dieta e o excesso de peso corporal são correlacionados, pois vários estudos mostraram que uma dieta pobre em frutas e vegetais está associada a um aumento de risco de câncer, assim como manter uma dieta rica em vegetais sem amido e frutas inteiras diminui o risco”.

Quanto ao Papilomavírus Humano, que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), o Cirurgião-Dentista explica que ele tem sido associado ao aumento dos números de casos de câncer de orofaringe nas últimas décadas, devido a diversos fatores, mas principalmente em pessoas mais jovens com histórico de múltiplos parceiros sexuais. Dr. Vinicius lembra que o sexo oral e o HPV levam a uma maior predisposição ao câncer de boca. Por isso, é importante usar preservativo durante a prática.

Outro fator diz respeito à exposição à radiação ultravioleta. De acordo com Dr. Vinicius, ela está associada principalmente ao câncer de lábio, pois é mais comum em pessoas que trabalham em áreas externas, com uma exposição prolongada ao sol. “Por fim, e obviamente, a atenção ao histórico do quadro genético devido a mutações hereditárias em determinados genes provocam um risco elevado de desenvolver o câncer de boca e garganta, além de outros tipos”.

 

Diagnóstico

 

O principal método de diagnóstico, de acordo com Dr. Vinicius, é o exame clínico visual, sendo recomendado o autoexame como uma medida para a descoberta precoce da doença. A confirmação se dá por meio de biópsia da lesão, com o devido encaminhamento para o laudo anatomopatológico. Quando diagnosticada logo no início, as chances de a doença causar sequelas maiores após o tratamento diminuem.

Além da retirada do tumor, o tratamento é multiprofissional, com o suporte de médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, Cirurgiões-Dentistas, fisioterapeutas e nutricionistas, fundamentais para a recuperação do paciente.


Ação importantíssima

Para o especialista, a importância de ações de prevenção e promoção de saúde como as campanhas de rastreamento e prevenção ao câncer de boca se devem ao fato que, mesmo com a facilidade da hipótese diagnóstica clínica, com o conhecimento da existência de lesões precursoras (lesões com potencial de malignização) e de fatores de risco reconhecidamente envolvidos em grande parte dos casos, poucos resultados têm sido obtidos no tocante à sua prevenção junto às populações.

“Em nosso país, o índice de identificação de lesões malignas iniciais na boca é muito baixo, correspondendo a menos de 10% dos casos diagnosticados. No caso do profissional Cirurgião-Dentista, o especialista na área de Estomatologia é o que habitualmente atua no diagnóstico e no pré, trans e pós-tratamento oncológico”.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 

Nutrientes são aliados importantes durante o período de gestação

Redobrar os cuidados com a alimentação, além de controlar o ganho de peso, podem contribuir para aliviar os sintomas durante esta fase da vida da mulher 

 

A espera de um filho é um momento muito importante na vida de uma mãe. Mas sabemos que são muitas as mudanças que ocorrem durante os nove meses de gestação. Transformações físicas, alterações hormonais e emocionais são as principais responsáveis por grande parte dos sintomas que aparecem durante esse período. 

As alterações hormonais que ocorrem durante a gestação, além de promoverem sintomas como oscilações de humor e maior irritabilidade, reduzem a resposta do corpo à ação da insulina, hormônio que permite a entrada de glicose para as células, favorecendo por exemplo, o desenvolvimento do diabetes gestacional. Assim, redobrar os cuidados com a alimentação, além de controlar o ganho de peso, durante esse período, é essencial. A nutricionista da Vitamine-se, Carolina Tavares, apresenta algumas dicas importantes para o cuidado durante a gestação.  

“Garantir a boa nutrição durante a gestação é um importante pilar para o bem-estar e saúde da mãe e do bebê. Alguns nutrientes são bem importantes durante esse período e, por isso, não podem ficar de fora de nenhuma dieta”, afirma a nutricionista.
 

Confira quais são eles:
 

- Proteínas: as proteínas são cruciais para o crescimento do bebê durante a gravidez. No entanto, para garantir melhor absorção de seus aminoácidos, é importante fracionar o consumo ao longo do dia. A ingestão diária recomendada (IDR) para proteínas, durante a gravidez, é de 60 gramas, sendo que, pelo menos, 50% dessa quantidade seja proveniente de proteínas de alto valor biológico, ou seja, aquelas que contém os 9 aminoácidos essenciais, como as proteínas do soro do leite (whey).
 

- Vitamina D: a vitamina D atravessa a placenta, trabalhando junto com o cálcio para ajudar a construir os ossos e os dentes do bebê. Alguns estudos sugerem, ainda, que a vitamina D ajuda a reduzir o risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, baixo peso do bebê ao nascer e o risco de hemorragia grave no pós-parto. De acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, a recomendação diária para gestantes pode variar de 400 a 2.000 UI.
 

- Vitamina B12: importante para o desenvolvimento do sistema nervoso central e dos glóbulos vermelhos do sangue do bebê. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a vitamina B12 é fundamental na prevenção de danos em relação ao fechamento do tubo neural e outros problemas neurológicos em bebês. Durante a gestação, é recomendado o consumo diário de 3,5 mcg de vitamina B12.

 

- Ômega 3: os ácidos graxos ômega 3 são essenciais para o desenvolvimento do sistema nervoso do bebê. O ácido docosahexaenóico (DHA), especificamente, auxilia na formação do cérebro e da retina. Enquanto o ácido eicosapentaenóico (EPA) aumenta a quantidade de proteínas transportadoras de ácidos graxos, permitindo com que o ômega 3 atravesse a placenta. A ingestão diária de ômega 3 (EPA + DHA), durante a gestação, varia de acordo com o período:

 

1° trimestre: 330 mg EPA + 220 mg DHA

2° trimestre: 660 mg EPA + 440 mg DHA

3° trimestre: 990 mg EPA + 660 mg DHA

 

Vitamine-se

 

Dia das mães, o 14 de maio vira lei e simboliza a luta de mulheres que têm filhos com transtorno de fala


 Apraxia de Fala na Infância é pouco conhecida no país e afeta 2 a cada mil crianças 

  

É um desafio maior ser mãe de uma criança que não consegue falar como as outras da pracinha, da escola ou mesmo da própria família.  O diagnóstico é complicado e elas costumam passar por vários médicos e fonoaudiólogos até ouvirem o nome Apraxia de Fala na Infância (AFI) – que atinge 2 a cada mil crianças no país. Um transtorno neurológico, em que o cérebro falha ao enviar os comandos da fala.   

Para encurtar esse sofrimento e trazer orientação a outras mães e pais, três mulheres tem movimentado uma enorme engrenagem através da Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância, a ABRAPRAXIA.  Elas fundaram a entidade em 2016 e reuniram ali todo conhecimento que encontraram em muitas idas aos Estados Unidos. “A apraxia é pouco conhecida até entre profissionais de saúde no Brasil. Nos Estados Unidos, encontramos mais respostas e tratamento. Ao voltarmos, fundamos a associação”, conta Fabiana – presidente da ABRAPRAXIA, que atua ao lado de Juliane Tosin, vice-presidente; e Mariana Chuy, Diretora.   

Com a mobilização da ABRAPRAXIA e ajuda de parlamentares, elas conseguiram recentemente que alguns estados e municípios aprovassem a lei que instaurou o 14 de maio como "Dia da Conscientização da Apraxia de Fala na Infância". Paraíba , Pernambuco e as cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Blumenau sancionaram a lei. Agora a meta é fazer tramitar no Congresso Nacional o projeto de lei federal (PL 1274/22) que inclui o 14 de maio no calendário nacional.   

"Precisamos alertar o poder público, profissionais de saúde e a sociedade sobre a existência desse distúrbio. O quanto antes as crianças recebem o tratamento adequado, maiores as chances de elas atingirem seu melhor potencial de desenvolvimento", conclui a Diretora da ABRAPRAXIA, Mariana Chuy.  

 Com mais de 60 mil seguidores no Instagram, a associação já capacitou quase 20 mil pessoas, entre fonoaudiólogos, pais e familiares, além de oferecer cursos regulares para esses públicos.  

  

Mas o que é a Apraxia de Fala na Infância?   

A AFI é um transtorno que acomete a aprendizagem dos sons da fala. De acordo com a Dra.  Elisabete Giusti, fonoaudióloga experiente em transtornos do desenvolvimento da fala e da linguagem, a apraxia é considerada uma disfunção neurológica que atinge o planejamento e a programação das sequências de movimentos necessários para produzir a fala, pois o cérebro não envia os comandos adequados para os articuladores, dificultando a produção das palavras. “A precisão e a consistência dos movimentos necessários para produzir os sons da fala estão alteradas, na ausência de déficits neuromusculares. É uma alteração funcional e que nem sempre é detectada em exames para o estudo do cérebro, como ressonância e tomografia”, explica. 

O diagnóstico deve ser realizado por um fonoaudiólogo que possua experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala. O profissional será o responsável por avaliar, diagnosticar e determinar o melhor plano de tratamento. O transtorno pode acontecer em conjunto com outras comorbidades, por isso é fundamental que as crianças sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar. O tratamento torna possível que as crianças atinjam seu melhor potencial, dentro dos limites que a apraxia impõe a cada uma delas.  

 

Onde buscar informação: 

Site: www.apraxiabrasil.org 

Instagram: @apraxiakidsbrasil 

Facebook: www.facebook.com/ApraxiaKidsBrasil 

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/apraxia-brasil-abrapraxia/ 

 

Maio Amarelo: além de traumas físicos provocados por acidentes de trânsito, saúde mental também é impactada

 Transtorno psicológico é fator de atenção tanto para a recuperação das vítimas quanto para prevenção de acidentes

 

O Maio Amarelo é uma campanha realizada há 10 anos que incentiva a segurança no trânsito. Anualmente no Brasil, cerca de 45 mil mortes acontecem em decorrência de acidentes de trânsito, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

A meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para acidentes de trânsito é a diminuição dos casos em, pelo menos, metade até 2028. Para além das sequelas físicas, a adaptação psicossocial de um paciente que passou por essa situação é complexa. 

“Além da sequela física, a readaptação psicológica do paciente é trabalhosa e demanda paciência. Uma situação de trauma como essa pode levar a transtornos de ansiedade relacionados à viagens, estresse pós-traumático e depressão”, explica a Dra. Aline Sabino, psiquiatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Dentre os sintomas, que alguém que vivenciou um acidente de trânsito pode apresentar, estão: flashbacks do ocorrido em vários momentos do dia, ataques de pânico, reexperienciação do acidente, pensamentos intrusivos, insônia, pesadelos com o acontecimento, ansiedade, depressão, irritabilidade, hipervigilância, isolamento e até mesmo solidão.

Além das diversas abordagens de recuperação para uma vítima de acidente de trânsito, quando se trata da questão psicológica o acompanhamento com um especialista é essencial e deve estar aliado ao uso de medicamentos, quando necessário.

A psiquiatra ressalta que é importante praticar o gerenciamento de estresse, por meio de técnicas de relaxamento, como exercícios de respiração, a prática de uma atividade agradável e até mesmo a verbalização da frustração para auxiliar no processo de melhora da condição.

De acordo com a especialista, é difícil mensurar a quantidade de casos de acidente de trânsito que levam à um quadro de sequelas psicológicas devido à falta de dados recentes sobre o assunto.


Quais as principais causas de acidentes de trânsito?

A saúde mental também pode ser um fator importante também para a prevenção de acidentes. Segundo um estudo da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), entre janeiro e julho de 2022, cerca de 14 mil acidentes de trânsito no país foram causados por fator humano e questões de saúde.

Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Transportes da Virginia Tech revelou que dirigir sob estado emocional alterado aumenta em dez vezes o risco de acidentes no volante. A Abramet também aponta que o país tem tido uma mudança de perfil de motorista, que se mostra mais agressivo e imprudente.

O Brasil também é um dos países mais ansiosos do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dentro disso, a Dra. Aline Sabino ressalta que o cuidado com a saúde mental é essencial para a diminuição de acidentes no trânsito.

“A combinação de estresse e ansiedade com o volante pode causar diversas consequências para a população, especialmente com o perfil cada vez mais agressivo e individualista, é cada vez mais necessário manter a calma em situações no trânsito para evitar situações graves”, finaliza Sabino.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


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