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terça-feira, 25 de abril de 2023

Estoque baixo leva Maternidade a pedir doação de leite humano e de frascos para armazenamento

 

bebê recebe leite humano
Weverson Felipe

O Hospital Maternidade de Campinas precisa urgente da doação de leite materno. O estoque registrou esta semana apenas 86 litros, enquanto o ideal seriam 200 litros. Além da mobilização das doadoras, a instituição pede a doação de kits, que custam R$ 28,20, contendo itens necessários (frascos com tampas) para o acondicionamento no pós-doação. Comemorado em 19 de maio, o "Dia Mundial da Doação de Leite Humano" tem como slogan em 2023 "Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho: Doe leite materno!.


O Hospital Maternidade de Campinas antecipa a comemoração do “Dia Mundial da Doação de Leite Humano”, em 19 de maio, com uma ampla campanha de orientação e chamamento das doadoras, considerando o baixo estoque que tem sido registrado no Banco de Leite da instituição. Enquanto o ideal seria manter estocados pelo menos 200 litros para o atendimento aos bebês internados na UTI – Unidade de Terapia Intensiva e na UCI – Unidade de Cuidados Especiais, a queda nas doações reduziu a quantidade de leite materno armazenado a 86 litros.

Desta forma, a Maternidade pede às mães que contribuam com a doação do leite materno excedente a fim de garantir o alimento para os bebês internados. Para as mulheres que residem em Campinas, a coleta é feita quinzenalmente nas próprias residências. Informações sobre a coleta e forma de doação são fornecidas pelo telefone 19-3306-6039. Nascem, por mês, em média, no Hospital Maternidade de Campinas, cerca de 750 bebês, dos quais 60% são atendidos pelos SUS (Sistema Único de Saúde). Embora a média seja de 25 nascimentos por dia, atualmente o hospital conta com apenas com 30 doadoras cadastradas. Anteriormente a média era de 50 mães.     

“A coleta do leite é feita pelas próprias mães, em suas residências. Elas tanto podem entregar os frascos no Banco de Leite do Hospital Maternidade de Campinas ou aguardar a retirada quinzenal feita pela instituição em suas casas, para aquelas que residem em Campinas”, orienta a Dra Tereza Mathiazzi, coordenadora do Banco de Leite do Hospital Maternidade de Campinas. Cada litro doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. O leite materno é o único alimento completo para nutrir os bebês por, no mínimo, seis meses de vida de forma exclusiva, e até dois anos complementado com outros alimentos.


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Como doar

Para ser doadora é necessário que a mulher seja saudável, que esteja amamentando o próprio filho e que tenha uma produção excedente de leite após a mamada. O primeiro passo é fazer contato prévio pelo telefone (19) 3306-6039 para o cadastramento, agendar a realização da coleta de sangue receber as orientações e os materiais para a coleta e armazenamento do leite. A realização do exame de sangue é feita no ambulatório da Av. Francisco Glicério, nº 1.913, sendo necessária para a verificação de sorologias de Sífilis, Hepatites B e C, doença de Chagas, HTLV (Vírus Linfotrópico da Célula Humana) e HIV (Aids).

Doação de kits

Além da doação do leite pelas mães, este ano o Hospital iniciou a campanha “Doe Leite e Salve Vidas” para que a comunidade também ajude com a doação de “kits”, contendo itens necessários (frascos com tampas) para o acondicionamento do leite materno no Banco de Leite Humano do Hospital. Cada kit está orçado em R$ 28,20, mas as pessoas podem contribuir com qualquer valor via PIX, na chave CNPJ 46043980000100.

O kit é formado por um frasco graduado de 400 ml (R$ 14,00), um frasco graduado de 200 ml (R$ 12,00), uma tampa referência 74 (R$ 0,80 a unidade), uma tampa referência 63 (R$ 0,70 a unidade) e por uma tampa referência 58 (R$ 0,70 a unidade). A meta é conseguir, no mínimo 200 kits por meio das doações. Por ano, cerca de 900 bebês ocupam os leitos de UTI e UCI da Maternidade.

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A coordenadora do Banco de Leite Humano esclarece que os frascos fracionados são os ideais para o armazenamento, pois, além de serem feitos em material apropriado para a pasteurização, a graduação permite que seja mantida a padronização de cada ciclo. Já as tampas plásticas são exigidas pelas normas técnicas que regem os bancos de leite porque não enferrujam e podem passar pelo processo de lavagem e esterilização.

 

UNICEF

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) relata que, aumentar a amamentação ideal de acordo com as recomendações, poderia evitar mais de 823 mil mortes de crianças e 20 mil óbitos maternos a cada ano, no mundo. “O aleitamento materno é a forma mais natural e segura de alimentar a criança no início da vida. No leite materno são encontrados diversos componentes imunológicos, tornando esta prática essencial para alcançar o crescimento e o desenvolvimento infantil adequados, além de promover benefícios para a saúde física e psíquica da mãe e do bebê. A criança amamentada pela mãe apresenta menor incidência de infecções, menor tempo de hospitalização e menor ocorrência de reinternações”, explica a médica.

 

Sociedade Brasileira de Hipertensão lança campanha de conscientização e prevenção à hipertensão arterial

 Campanha “Meça a Pressão e Descomplique a Vida” tem como objetivo reforçar a importância da medição da pressão arterial a fim de diagnosticar, controlar e prevenir as complicações de saúde 

 

Com o objetivo de sensibilizar a população a respeito da importância dos cuidados com a prevenção e combate à hipertensão arterial, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) lança a campanha “Meça a pressão e descomplique a vida”. Durante quase um mês, a SBH irá realizar uma série de ações, que incluem podcasts, palestras educativas, disponibilização de material educativo e ações de medida da pressão arterial e orientação de hábitos saudáveis para a população em diferentes cidades. 

A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível definida por níveis pressóricos elevados, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ ou medicamentoso) superam os riscos. A pressão alta pode atingir toda a população, desde crianças a idosos, sendo mais prevalente em idosos, afrodescendentes e em indivíduos com obesidade. No Brasil, aproximadamente um terço da população adulta tem hipertensão, que é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC - derrames) e 25% dos casos de insuficiência renal (falência no funcionamento dos rins).

Esses desfechos graves podem ser em grande parte prevenidos pelo controle pressórico, por meio de medidas não farmacológicas, como redução do consumo de sal e do peso corporal, prática regular de exercícios físicos e diversas atitudes que visam a modificação do estilo de vida inadequado, associadas ou não ao tratamento medicamentoso. Campanhas como essa são muito importante para a conscientização da população, tanto para que façam o diagnóstico oportuno quanto para que entendem e coloquem em práticas as medidas de prevenção e controle mencionadas.

 

Circuito de prevenção e diagnóstico

Para comemorar o Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão Arterial (26 de abril) e o Dia Mundial de Hipertensão (17 de maio), a SBH também promoverá ações com foco na aferição da pressão arterial, avaliação antropométrica, orientação nutricional e de prática de atividade física entre outros. Confira os detalhes:


Data: 26 de abril
Local: Terminal Jabaquara da EMTU
Horário: das 09:30hs às 16:30hs.
Atividades: Montagem do circuito com a oficina da aferição da pressão arterial, antropometria, orientação sobre atividade física, orientação nutricional e apoio psicológico e entrega do folder educativo.
Gratuito



Data: 17 de maio
Local: Prédio da FIESP Avenida Paulista e Casa do Caminhoneiro (na Rodovia dos Bandeirantes)
Horário: das 09:30hs às 16:30hs
Atividades: Montagem do circuito com a oficina da aferição da pressão arterial, antropometria, orientação sobre atividade física, nutricional e apoio psicológico e entrega de folder educativo.
Gratuito
Para mais informações, acesse: https://www.sbh.org.br/.



Sobre a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) foi criada em 1991 com o objetivo de estimular e difundir informações científicas sobre hipertensão arterial, educar médicos e profissionais da saúde e promover a detecção, controle e prevenção da doença na população brasileira. A SBH realiza, desde a sua criação, ações para sensibilizar a população a respeito dos cuidados de saúde e a prevenção da Hipertensão Arterial (HA), um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, com foco na promoção da saúde cardiovascular e no combate à doença.



Nayme Bizaio
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A microbiota intestinal pode guiar para o bem ou para o mal o diabetes e a obesidade

Médico explica a relação do intestino no controle dessas condições endócrinas

                                          #COPEM2023

 

“As bactérias do nosso intestino (microbiota) interferem no controle glicêmico e na obesidade. Elas produzem tanto substâncias boas (ácidos graxos de cadeia curta - SCFA - notavelmente o butirato) quanto nocivas para a parede do intestino. Assim, podem deixar o intestino mais ou menos permeável ao seu conteúdo, que, na obesidade e diabetes está pró-inflamatório”, explica Dr. Thiago Fraga Napoli, endocrinologista palestrante do 15º Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia, o COPEM 2023, congresso da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo.

Segundo o especialista, um intestino mais permeável pode facilitar a absorção de calorias, assim como de substâncias inflamatórias (LPS - lipopolissacáride), que confundem o nosso apetite, originado lá no hipotálamo. Ao absorver mais calorias, a glicose pode se elevar ainda mais. E ao comer pior, porque nosso apetite está confuso, também contribui para elevação da glicose.

O butirato – uma das substâncias boas dentro dos SCFAs - tem um papel protetor importante sobre a glicemia: produzido pela digestão de fibras, ele atua em enzimas chaves para controlar a produção de glicose, ajuda na saciedade produzindo GLP1 (o mesmo hormônio que vêm sendo usado para diabetes e obesidade nas "canetinhas"), além de nutrir e preservar a mucosa intestinal, afastando bactérias ruins que poderiam atrapalhar a qualidade da barreira intestinal.

Na pessoa com diabetes, assim como no indivíduo com obesidade, há a redução das bactérias que protegem o intestino de ter sua barreira vazada (leaky gut), ao mesmo tempo que se reduzem as que produzem ácidos graxos de cadeia curta (bons) e aumentam as que produzem substâncias que pioram a glicose. Assim, o intestino passa a ser mais um órgão problemático jogando combustível para a piora do diabetes.

“Quando você melhora a sua dieta, reduz ingestão de gordura animal, aumenta consumo de fibras, está tratando a microbiota. Quando toma medicações para diabetes, elas também ajudam a melhorar sua microbiota intestinal. Usar as medicações prescritas, comer de forma equilibrada e até atividade física e sono modulam microbiota. Ou seja, somos um ecossistema que deve ser cuidado corretamente”, explica Dr. Thiago.

Quando transferida a microbiota, em ambiente de laboratório, de quem usou certas medicações, somente a presença das bactérias "otimizadas" conseguiu manter parte do benefício das medicações, mesmo os indivíduos da pesquisa não tomando a medicação original.

“Existem alguns trabalhos com o objetivo de transplante de fezes para contribuir com melhores resultados glicêmicos, mas os desfechos são muito discordantes e o efeito não é sempre o esperado. Por ora, não é um tratamento confiável ou que deva ser aplicado fora de centros de pesquisa sob aprovação de comitê de ética”, alerta Dr. Thiago. Durante o COPEM 2023, o endocrinologista trará as últimas informações sobre microbiota e glicemia em aula intitulada “A Conexão entre a Microbiota e o Controle Glicêmico”.

“Ainda não sabemos realmente como tratar microbiota, os estudos ainda são iniciais e as conclusões são conflitantes. É uma área promissora, em que os tratamentos disponíveis são de alto custo. A maioria deles, no entanto, pode ser empregado em medicações mais bem comprovadas, principalmente, na área de obesidade e diabetes”, finaliza o endocrinologista.

 

#COPEM2023

Centro de Convenções Frei Caneca,

Rua Frei Caneca 569, Bela Vista, São Paulo

4 a 6 de maio de 2023


www.copem2023.com.br 

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)
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Última semana de abril: ainda é tempo de reforçar a atenção ao câncer de testículo

Abril recebe o laço lilás como forma de alertar para esse tipo de tumor raro, que pode ser fatal ou deixar sequelas graves se negligenciado

 

Um tumor raro, mas que apresenta grandes chances de cura quando diagnosticado precocemente. Não é à toa que o câncer de testículo é considerado por muitos um tumor “bonzinho”. No entanto, é preciso ter atenção aos sintomas que podem identificar a doença, que pode matar ou deixar sequelas para a vida toda, se não for tratado corretamente desde o início.  O câncer de testículo representa cerca de 5% de todos os casos de cânceres em homens e se apresenta de diferentes formas: seminoma, carcinoma embrionário, teratoma, tumor de saco vitelino. Esse tipo de tumor é mais comum em homens jovens, entre os 20 e 30 anos. E, nessa faixa etária, outras doenças benignas, como inflamações ou torções de testículo são muito mais comuns. 

Os sintomas podem ser muito vagos, leves e de progressão lenta, o que pode atrasar o diagnóstico, como explica o oncologista Vinícius Conceição. “Podem começar com um pequeno incômodo em um dos testículos, aumento de tamanho e volume, sensação de peso. A dor, geralmente, não é muito comum e, quando acontece, costuma ser de fraca a moderada intensidade”, reforça o médico.

Os cânceres de testículo não são tumores preveníveis, por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Exames de imagem, como ultrassom da bolsa escrotal e exames de sangue, que podem mostrar aumento de proteínas que são produzidas por células tumorais, são algumas das formas de identificação do tumor, mas o diagnóstico definitivo é dado pela análise direta do testículo doente pelo patologista, após cirurgia. “Outros tratamentos podem ser necessários, em alguns casos, como quimioterapia e radioterapia, principalmente se o tumor já tiver se espalhado para outros órgãos”, explica o oncologista. 

Embora as chances de cura sejam altas, o tratamento, muitas vezes feito por quimioterapia, pode trazer sequelas como a infertilidade. Em alguns casos, o tratamento está associado à necessidade da retirada de um dos testículos. “Por isso, os pacientes precisam ser sempre orientados sobre esses riscos e, quando desejarem, fazer o congelamento de espermatozoides, para uma possível fertilização in vitro no futuro, já que a população mais atingida é a de homens na faixa dos 20 e 30 anos, que ainda não tiveram filhos”, explica o oncologista Vinícius Conceição.

O mês de abril é reconhecido como o Abril Lilás, para a conscientização do câncer de testículo. Sendo assim, é importante reforçar os cuidados com a saúde dos homens desde a puberdade. Visitas ao hebiatra, médico que trata da saúde dos adolescentes, acompanhadas de exames de rotina são sempre bem-vindas.   


Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br



Hospital alerta para os principais sintomas e como prevenir a malária

Usar repelente na pele e rede mosqueteira evita a transmissão, que ocorre pela picada do mosquito

 

Com clima propício para a propagação da doença, o Brasil encara a malária como um desafio, principalmente na região amazônica, onde as altas temperaturas e umidade do ar elevada, favorecem a reprodução dos mosquitos transmissores.

 

A malária é uma doença infecciosa, causada pelo parasita do tipo Plasmódio, transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, conhecido como “mosquito prego”.

 

A transmissão ocorre quando o mosquito pica uma pessoa contaminada, levando os protozoários para outra pessoa. Após a infecção, os primeiros sintomas surgem entre dez e 15 dias.

 

Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Luta contra a Malária (25/4), o Hospital Bom Pastor (HBP), unidade própria da Pró-Saúde em Guajará-Mirim (RO), alerta sobre os principais sinais e dá orientações sobre como prevenir a doença.

 

Distante dos centros urbanos, o serviço do HBP atua como referência para 54 aldeias, em uma da região onde 90% do acesso é feito por meio fluvial.

 

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), no Brasil, 99,9% das transmissões da doença ocorrem na Região Amazônica. O Estado de Rondônia está entre os que mais registram casos da doença.

 

O Hospital Bom Pastor (HBP) registrou 37 casos de malária ano passado. No primeiro trimestre deste ano, já são nove diagnósticos da doença.

 

“A maior parte dos pacientes admitidos em nosso hospital para tratamento de malária é composta por crianças indígenas, com idades entre dois e 12 anos”, explica o médico Juan Carlos Boado.


 

Principais sintomas e prevenção

 

Os sintomas mais comuns envolvem febre alta, calafrios intensos, tremores, sudorese, perda de apetite e cefaleia. Quando causada pela espécie Plasmodium falciparum, tipo mais grave, ocorrem quadros de anemia grave, convulsões, insuficiência renal e dificuldade respiratória.

 

O principal meio de prevenção é evitar a picada do mosquito que transmite a doença. “Faça uso de repelentes na pele exposta e na roupa, use rede mosqueteira impregnada de repelente, como precaução a mosquitos menores que possam atravessá-la”, orienta o médico.

 

O tratamento é realizado por meio de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com objetivo de impedir o desenvolvimento do parasita.

 

A cura é possível quando a doença é tratada em tempo hábil e de forma adequada. No entanto, sem os devidos cuidados, pode se tornar ainda mais grave e causar a morte”, alerta Juan.



Quando a plástica no nariz vai além da estética

55% das plásticas no nariz são realizadas por motivos estéticos


 

Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil é um dos países onde mais se realiza cirurgia plástica no mundo, sendo que os procedimentos no nariz (rinoplastia) ocupam a sétima posição no ranking nacional. De acordo com a Associação Americana de Cirurgia Plástica, 55% das plásticas no nariz são realizadas por motivos estéticos.

 

“No entanto, além de harmonizar o nariz, a rinoplastia também corrige alterações na função respiratória nasal. Neste caso, o cirurgião deve sempre objetivar a manutenção da função nasal associada à melhoria dos aspectos estéticos”, explica Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês.


 

Benefícios


Segundo ele, a rinoplastia não é considerada uma cirurgia de risco, desde que seja realizada pelo cirurgião especialista, em hospitais ou clínicas com estrutura adequadas e o paciente esteja com boas condições de saúde (incluindo exames pré-operatórios normais). “É uma cirurgia de curta duração (cerca de 2 horas) e a alta hospitalar ocorre geralmente no mesmo dia ou no dia seguinte ao procedimento”.

 

Dos problemas respiratórios, os mais comuns são desvio de septo e hipertrofia das conchas nasais. “Quando realizada a cirurgia, há aumento do fluxo de ar pelas narinas e, consequentemente, melhora do padrão respiratório do nariz. Após o procedimento, os pacientes deixam de ter a sensação constante de nariz entupido, e vão deixando de respirar pela boca”, relata Luís Maatz.


 

Possíveis problemas


Entretanto, segundo Maatz, apesar de a rinoplastia solucionar problemas de respiração, é possível que a cirurgia não tenha uma resposta satisfatória nas seguintes condições: pacientes com características anatômicas desfavoráveis, não diagnóstico prévio de problemas respiratórios, má execução técnica do procedimento ou resposta inesperada do paciente no pós-operatório (particularmente produção excessiva de fibrose). “Nestes casos, será preciso tomar medidas específicas para reverter ou amenizar o problema gerado”.


 

Pós-operatório


A recuperação de uma cirurgia plástica nasal costuma ser tranquila e rápida. Há necessidade de uso de curativo externo por cerca de uma semana, assim como uso de medicações por boca e por via nasal. “O paciente pode retornar às suas atividades habituais após um período relativamente curto. A média é de 7 a 14 dias para o retorno ao trabalho, e de um mês para realização de atividades físicas. Nos primeiros dias, devido ao inchaço secundário à cirurgia, pode haver uma dificuldade na respiração pelo nariz, que costuma melhorar com o uso das medicações prescritas pelo cirurgião”, finaliza Luís Maatz.

 

Seconci-SP alerta sobre riscos da hipertensão arterial

Cardiologista faz recomendações por ocasião do Dia Nacional de Prevenção e Combate à doença

 

A hipertensão arterial é uma doença crônica, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão do sangue nas artérias, que, no limite, pode levar a hemorragias, infarto e óbito, se não for controlada. Nos últimos três meses, mais de 50% dos casos atendidos pela área de Cardiologia do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) revelaram que os pacientes tinham a doença. Isso reforça a necessidade de todos os trabalhadores da construção e as pessoas em geral fazerem os exames preventivos, mesmo que não tenham sintomas. 

A recomendação é do dr. George Fernandes Maia, cardiologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril). Segundo ele, recente inquérito populacional mostrou a prevalência, no Brasil, de hipertensão entre 35,8% dos homens e 30% das mulheres, percentuais semelhantes aos dos níveis mundiais.

 

Sintomas e causas

Entre os sintomas, estão tonturas, dores de cabeça e um mal-estar como se a pessoa se sentisse andando nas nuvens.  Entretanto, o paciente pode não apresentar sintoma algum. Daí a importância de, detectada a hipertensão, ele tomar sempre a medicação e fazer um acompanhamento ambulatorial no mínimo a cada seis meses, como se faz no Seconci-SP. 

O cardiologista explica que o trabalhador com hipertensão, quando esta não estiver controlada, não pode trabalhar em altura, sob risco de queda, nem carregar excesso de peso. “Ele precisa vir ao Seconci-SP, mesmo sem sintomas. As consultas periódicas são importantes e preventivas, e aqui fazemos a maioria dos exames, o acompanhamento e orientamos sobre a prevenção”, afirma. 

Entre as causas e fatores que contribuem para a hipertensão, estão: faixa etária acima de 60 anos (atingindo mais de 60% destas pessoas), maior percentual entre homens até 50 anos e entre mulheres após essa idade (negras em sua maioria), excesso de peso (com maior prevalência desde idades jovens), ingestão aumentada de sal, sedentarismo, prevalência entre indivíduos de menor escolaridade e estilo de vida pouco saudável, fatores genéticos e casos na família, síndromes metabólicas, diabetes, anomalias nos níveis de lipídios (gordura) no sangue, alterações no funcionamento da tireóide, problemas renais e doenças cerebrais-vasculares.

 

Diagnóstico

De acordo com o dr. Maia, o diagnóstico inclui medição da pressão arterial, em ao menos três ocasiões no consultório médico, com equipamento adequado. A hipertensão será caracterizada se a pressão sistólica (nos vasos sanguíneos, quando o coração se contrai) for igual ou maior que 140 mmhg (medida de pressão) e/ou a pressão diastólica (quando o coração relaxa) for igual ou maior que 90 mmhg. Se a pressão for monitorada em casa ou no trabalho, a medição igual ou maior que 130X90 mmhg caracterizará hipertensão. 

O diagnóstico também inclui exames de laboratório, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, raio X de tórax, ultrassonografias de carótidas e vertebrais. Todos estes exames podem ser feitos no Seconci-SP. Além destes, também há a monitorização ambulatorial de pressão arterial (Mapa), pela qual as variações da pressão são avaliadas mediante um aparelho preso ao corpo da pessoa por 24 horas.

 

Prevenção e tratamento

Para prevenir ou controlar a doença, o dr. Maia aconselha: mudar o estilo de vida, realizar atividades monitoradas de condicionamento físico de no mínimo 40 minutos (por dia ou a cada dois dias, e não apenas as atividades domésticas), controlar o peso, reduzir a ingestão de sal e de café, deixar de beber álcool e de fumar, dormir em torno de 8 horas por dia, controlar o estresse psicossocial, e não deixar de tomar os medicamentos prescritos. 

A hipertensão pode ser leve, moderada ou severa, e para cada uma há um tratamento específico, conclui o especialista.


Cerca de um terço das mortes por câncer são evitáveis

Número de casos e óbitos pela doença crescem, mas a maioria dos casos pode ser curada quando a detecção é precoce e o tratamento efetivo

 

Em torno de um terço dos casos de câncer se deve a fatores de risco como o fumo, o consumo de álcool, a obesidade, a baixa ingestão de frutas e verduras e a falta de exercícios físicos. “É uma parcela significativa e, se refere a hábitos que poderiam ser mudados para evitar o câncer”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dr. Clóvis Klock.  

De acordo com o médico patologista, cuja especialidade é responsável por diagnósticos de doenças como câncer, os hábitos saudáveis precisam fazer parte de nossas vidas. “Praticar exercícios com regularidade e evitar uma vida sedentária ajuda na prevenção não só de boa parte dos tumores, mas também de outras complicações, especialmente cardiológicas e cardiovasculares. Além disso, é imperativo uma boa alimentação, com atenção ao consumo excessivo de carne vermelha e balanceamento das refeições com uma maior ingestão de fibras, presentes em frutas, legumes e verduras”, afirma.

O tabagismo, mesmo com uma aparência mais moderna, sofisticada ou natural, é prejudicial à saúde. “O cigarro comum, assim como essa nova onda de cigarros eletrônicos, eles todos, estão ligados diretamente a quase todos os tipos de câncer. Por isso, devemos focar nossos esforços na prevenção e para que, principalmente, os jovens não adquiram esse hábito. Essa tarefa é um trabalho do governo juntamente com a sociedade. No caso das bebidas alcoólicas, a prevenção é a mesma, se puder não fazer uso, independente de datas comemorativas ou eventos, melhor para o nosso organismo”, acrescenta o Dr. Klock. 

Além desse conjunto de causas evitáveis do câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), infecções causadoras de câncer como as provocadas pelo papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês), e as hepatites são responsáveis por cerca de 30% dos cânceres nos países de renda baixa e média-baixa. Existem vacinas para alguns tipos de hepatite e para os principais subtipos de HPV, vírus cujo risco de transmissão é reduzido com o uso de camisinha.

No Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou em março que pretende adotar testes moleculares, como o PCR, no Sistema Único de Saúde (SUS) para identificar o HPV em mulheres de 25 a 64 anos como estratégia nacional para rastrear o vírus, que é a principal causa para o câncer do colo do útero. “Apoiamos totalmente esta nova visão do Ministério da Saúde em relação ao câncer do colo uterino”, diz o Dr. Klock. 

O médico observa ainda que “há cura para a maioria dos cânceres quando a detecção é precoce e o tratamento é efetivo”. Os patologistas contribuem nesta parte por serem especialistas no diagnóstico de diversas doenças, inclusive os vários tipos e subtipos de câncer. O diagnóstico preciso leva à orientação de tratamento específico, em todos os casos de câncer. 

Apesar disso, os números de incidência e óbitos pelo câncer vêm crescendo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 704 mil novos casos de câncer anualmente para o triênio 2023-2025 em território nacional. Em relação à última projeção para o período 2020-2022, observa-se um acréscimo de quase 80 mil novos casos anualmente. Apesar das estimativas alarmantes, o crescimento pode ser provocado pela soma de dois fatores positivos; o reflexo de a população estar vivendo por mais tempo, com mais gente chegando a uma idade em que as chances de câncer são maiores, e com um maior reconhecimento da doença, devido a disseminação de exames como colonoscopia, mamografia e Papanicolau.

Os exames preventivos são fundamentais para o combate ao câncer, pois permitem a detecção precoce da doença, aumentando as chances de cura e possibilitando um tratamento menos agressivo e invasivo. “Quando é diagnosticada alguma alteração, é feita uma biópsia. Essa amostra quem vai analisar é o médico patologista. Então é ele que vai dar o diagnóstico de câncer, se essa lesão é benigna ou não, assim como todas as diretrizes de tratamento caso haja existência do tumor." finaliza. 

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP

 

Dados do SUS levantados pelo IUCR mostram retomada no diagnóstico de câncer de testículo após queda de 31% na pandemia

Com cerca de 35 mil novos casos anuais em jovens de 15 a 34 anos, o câncer de testículo é o mais comum no mundo entre os homens desta faixa etária. No Brasil, como reflexo da pandemia, o número de diagnósticos da doença reduziu em 31% em 2020 comparado com 2019. Mesmo com retomada, o número de casos em 2022 não atingiu patamar de antes da Covid-19

 

O Abril Lilás é o mês de conscientização sobre o câncer no testículo. Pensando nisso, o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) levantou o número de diagnósticos de novos casos dos últimos quatro anos e analisou o impacto da pandemia na realização deste procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, o SUS registrou 565 procedimentos de orquiectomias (retirada cirúrgica do testículo), procedimento fundamental para o diagnóstico e direcionamento do tratamento do câncer de testículos e outras doenças que acometem as gônadas masculinas. No ano seguinte, a pandemia de Covid-19 afetou a continuidade de diversos serviços hospitalares devido às medidas de restrição, assim, a quantidade de diagnósticos sofreu redução em 31%, com 390 procedimentos realizados em 2020.

Desde então, houve esforços dos serviços de saúde para a retomada dos diagnósticos e dos tratamentos importantes em diversas áreas médicas. Em 2021, foram registrados 409 diagnósticos de câncer de testículo; em 2022, 466 por todo o país. “A biópsia do testículo pode ser indicada quando há suspeita de uma anomalia na região, como a presença de nódulos. O procedimento deve ser realizado em ambiente de centro cirúrgico, e consiste na retirada de fragmentos teciduais para análise. Quando a suspeita do câncer de testículo é confirmada, o órgão pode ser removido no mesmo ato cirúrgico”, explica Gustavo Cardoso Guimarães diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP-A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O câncer de testículo apresenta baixos índices de mortalidade. Apesar disso, estimular o diagnóstico precoce é uma das metas do Sistema Único de Saúde para garantir tratamento mais seguro. Segundo o urologista e cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, falar sobre a saúde do pênis e dos testículos ainda é resistência para muitos homens: “Além do receio de falar sobre o assunto, os homens tendem a associar alterações nos testículos com doenças venéreas ou até mesmo traumas, e ignoram os sinais”. Dessa forma, os principais sintomas do Câncer de Testículo envolvem:

  • Nódulo pequeno, duro e indolor
  • Mudança na consistência dos testículos
  • Sensação de peso no saco escrotal
  • Dor incômoda no baixo ventre ou na virilha
  • Desconforto no testículo ou no saco escrotal
  • Crescimento da mama ou perda do desejo sexual
  • Crescimento de pelos faciais e corporais em meninos muito jovens
  • Dor lombar

Além disso, os fatores de risco compreendem a idade, visto que a maioria dos casos ocorre entre as idades de 15 e 50 anos, sendo o mais comum no mundo na faixa dos 15 aos 34 anos.  A alta prevalência deste tipo de tumor e a ausência de câncer de próstata nesta idade é um reflexo do fato que o câncer de testículo é o mais comum no mundo entre os homens de 15 a 34 anos, superando a leucemia, que é o câncer pediátrico mais comum. Comparativamente, ao contrário da faixa etária de maior incidência e prevalência, quando considerados os homens a partir de 35 anos, o câncer de testículo aparece apenas na 22ª posição, o que equivale a ser 35 vezes menos comum que o câncer de próstata. Ao todo, são 74 mil novos casos anuais de câncer de testículo no mundo (35 mil deles entre 15 e 34 anos). Os dados são do levantamento Globocan 2020, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS).

A raça também é um fator a ser considerado, uma vez que os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolver câncer testicular do que os homens de outras raças. Herança genética também é um fator de risco para este e outros cânceres. Ou seja, quando há história familiar de câncer de testículo, o risco é aumentado.

Também é válido lembrar que o câncer de testículo pode acometer mulheres trans, travestis e pessoas de gêneros não binários. Em 2020, a cantora e ativista Linn da Quebrada veio a público informar que passou por uma cirurgia para a remoção do testículo afetado pelo câncer e, em seguida, foi submetida a sessões de quimioterapia. A artista ressaltou, por meio de documentário e das redes sociais, a importância do acolhimento dos profissionais de saúde para a comunidade LGBTQ+, além de estimular a realização de exames por todas as pessoas suscetíveis.

Dessa forma, ao perceber alguns sinais e irregularidades nos testículos, é necessário procurar ajuda especializada de urologistas para investigar as causas das dores e das anomalias.

 

Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR

 

26 de abril: Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

A doença atinge 35% da população brasileira, mas 50% não têm o diagnóstico 

 

A hipertensão arterial, ou popularmente chamada de ‘pressão alta’, atinge 35% da população brasileira, mas metade desses pacientes não sabem que têm a doença. Por não apresentar sintomas, ou trazer sinais inespecíficos, em muitos casos, as pessoas levam anos até descobrir o problema, e muitas vezes só descobrem quando algo mais grave acontece.

 

“Permanecer com a pressão arterial alta eleva os riscos de doenças graves, como o acidente vascular cerebral (AVC) ou o ataque cardíaco”, alerta o Dr. Daniel Lerario, médico endocrinologista, mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina. Isso acontece, pois a doença provoca o estreitamento das artérias e faz com que o coração precise de cada vez mais força para bombear o sangue para o organismo e depois recebê-lo de volta, danificando as artérias e dilatando o coração.

 

A hipertensão é caracterizada quando a sua pressão arterial apresenta valores iguais ou superiores a 14 por 9 (140 mmHg x 90 mmHg). “As principais causas são obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e hábitos alimentares inadequados, incluindo a ingestão excessiva de álcool, sal, alimentos ultraprocessados e gorduras. Há, também, fatores genéticos que predispõem o desenvolvimento da doença, então pessoas com familiares hipertensos devem redobrar os cuidados”, explica Dr. Daniel. 

 

De acordo com Claudia Mendonça, nutricionista, especialista em Nutrição, Saúde e Alimentação infantil e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a primeira dica para prevenção e combate à hipertensão arterial é retirar o saleiro da mesa. 

 

Cerca de 90% do sódio que consumimos está na forma de sal de cozinha, um tempero bastante utilizado na culinária brasileira. No entanto, quando utilizado em excesso, pode ser bastante prejudicial para a nossa saúde. Por isso (ser fonte de sódio, ele) deve ser evitado e, sempre que possível, substituído por outros temperos naturais. 

 

“Podemos substituir, no preparo dos alimentos, o sal por temperos frescos e naturais, como alho, cebola, ervas aromáticas e especiarias, que dão mais sabor aos alimentos”, sugere a nutricionista. 

 

É importante lembrar que o sal está presente e em grande quantidade em alimentos processados e ultraprocessados, enlatados, embutidos, em conservas e até mesmo em alimentos como pipoca de microondas, macarrão instantâneo, refrigerantes diet e zero e adoçantes. Por isso, todos estes alimentos devem ser evitados. 

 

“Sempre que possível, devemos optar por uma alimentação saudável, descascando mais e desembalando menos, ou seja, priorizar a comida caseira, simples, mas saborosa”, sugere Claudia.

 

Segundo o Ministério da Saúde, a população brasileira consome, em média, 12g de sal/dia, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Guia Alimentar do Ministério da Saúde é de 5g de sal/dia, ou o equivalente a uma colher de chá. Esta porção corresponde a aproximadamente 2 gramas de sódio.


 

Principais sintomas

 

Os sintomas da hipertensão arterial, quando ocorrem, são bastante inespecíficos, por isso é importante medir regularmente a pressão arterial e seguir corretamente as orientações médicas, em caso de alterações. Em geral, os principais sintomas são: 

  • Tontura
  • Palpitações
  • Dor de cabeça frequente 
  • Alteração na visão 

 

Prevenção e controle

 

Em geral, a hipertensão não pode ser curada, mas pode e deve ser tratada e controlada por meio de mudanças nos hábitos de vida, alimentação balanceada e, quando necessário, uso de medicamentos. As principais medidas para a prevenção e controle da hipertensão são: 

  • alimentação balanceada 
  • controlar o peso para evitar o sobrepeso e a obesidade
  • evitar sal e alimentos processados e ultraprocessados
  • praticar atividade física regular
  • evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
  • evitar alimentos gordurosos

Celular é o grande vilão das dores cervicais?

Quanto tempo você passa diariamente no celular? Para muitos, este dispositivo é essencial para diversas atividades do cotidiano, tornando-se mais do que apenas um hábito de diversão. Mas, por mais praticidade e lazer que traga, muito vem sendo associado sobre a relação de seu uso com a piora de dores cervicais, gerando uma ideia que deve ser desmistificada o quanto antes para a compreensão das verdadeiras causas destes incômodos.

Em uma pesquisa conduzida pela plataforma AppAnnie, foi identificado que os brasileiros se tornaram a população que mais passa tempo nos celulares, registrando a média diária de 5,4 horas. A cada ano, essa quantidade vem aumentando gradativamente, sendo utilizada como argumento para a piora das dores cervicais devido à maior flexão do pescoço observada nos indivíduos durante o envio de mensagens – tecnicamente conhecida como text neck.

Apesar de existirem diversos questionamentos sobre a influência desta postura inadequada com a crescente prevalência destas dores, não há, de fato, nenhuma comprovação científica deste impacto. É claro que a ciência evolui constantemente e novas provas surgem a todo o momento. Entretanto, não podemos, até o momento, afirmar que a inclinação do pescoço está diretamente associada ao aumento das dores cervicais, principalmente diante de tantas outras razões que, comprovadamente, são muito mais responsáveis por desencadear estes problemas.

No geral, existem diversas causas das dores cervicais que podem ser desencadeadas a partir de inúmeros comportamentos muito presentes no cotidiano da população. Deles, um dos mais frequentes vistos nos ambientes de trabalhos, como exemplo, diz respeito à má postura dos profissionais ao longo de seu expediente. Aqueles que passam muitas horas sentados – especialmente no home-office – certamente têm maior probabilidade de sentirem desconfortos e outros problemas semelhantes quando não se posicionam corretamente em seus assentos.

Paralelamente, a falta de exercícios físicos também é um fator altamente prejudicial à dor cervical. Segundo um estudo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 47% dos brasileiros não se exercitam regularmente. Somos uma das nações com o maior índice de sedentarismo no mundo, o que resulta em problemas sérios para a saúde, inclusive da coluna.

Além disso, também tem sido cada vez mais compreendida a influência do estresse como gatilho para este problema. Afinal, em meio a situações preocupantes do dia a dia, tendemos a tencionar e contrair estes músculos, o que muito provavelmente poderá desencadear dores na região e em outras partes do corpo, assim como outros desconfortos incômodos para a manutenção da qualidade de vida. O problema é tão sério que estimativas da OMS mostram que cerca de 90% da população mundial sofre com este problema, sendo o Brasil o segundo país do mundo com maior índice de estresse, de acordo com a Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMA).

Contudo, não podemos ignorar que existem diversas outras causas e tipologias de dores cervicais que acometem pessoas de todas as idades – inclusive, desde a gestação, o que ressalta a importância de um diagnóstico precoce a fim de identificar o melhor tratamento conforme cada caso. No geral, é extremamente recomendado buscar a manutenção de exercícios físicos regularmente e, se necessário, sessões de fisioterapia como auxiliadoras – ambos, orientados por profissionais qualificados para evitar lesões ainda piores.

Seja qual for a dor enfrentada, um diagnóstico correto e precoce, alinhado a um tratamento adequado, sempre surtirá o melhor resultado possível, podendo, inclusive, evitar a necessidade de cirurgias corretivas para o paciente. É relativamente simples obter este diagnóstico e, quanto mais cedo se realizar consultas com especialistas, menores serão os riscos de evolução para problemas mais graves.


Dr. Carlos Eduardo Barsotti - cirurgião ortopedista especialista em cirurgias de coluna, e um dos poucos profissionais a realizar intervenções de alta complexidade, atuando na correção de escolioses de grau elevado, lordoses, cifoses e demais deformidades que afetam a coluna.https://drcarlosbarsotti.com.br


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