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segunda-feira, 10 de abril de 2023

Varizes: Saiba quais são os fatores de risco que podem ser evitados

Médico especialista explica as causas que podem ser mudadas

 

As varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que podem aparecer em diversas regiões do corpo. De acordo com a SBACV, Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, índices nacionais mostram uma prevalência média de varizes em 38% na população geral brasileira, sendo encontrada em 30% dos homens e 45% das mulheres, levando em consideração todas as faixas etárias.  

As veias dilatadas geralmente não causam maiores sintomas a não ser o incômodo estético. Elas surgem sempre nas veias mais superficiais, por isso são tão aparentes. Quando grandes, as varizes podem sangrar após sofrerem traumas ou formar pequenos trombos, um quadro denominado de tromboflebite. “As varizes, quando múltiplas, podem ser uma das manifestações da chamada insuficiência venosa crônica. Quando várias veias tornam-se insuficientes e varicosas, o sangue começa a ficar retido nos membros inferiores, causando desconforto, sensação de peso, dor local, edemas, escurecimento da pele e, em casos avançados, aparecimentos de úlceras e infecções de pele”, explica Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV. 

Elas são um problema crônico e podem surgir em qualquer idade. Não é possível interferir em algumas condições que favorecem o aparecimento de varizes. “Embora sejam fatores de risco para varizes imutáveis servem de alerta para que as pessoas redobrem a atenção diante de possíveis manifestações iniciais da doença e procurem tratamento. Dentre eles podemos considerar predisposição genética, idade e sexo”, destaca o angiologista.

 

Fatores de risco que podem ser mudados 

No entanto, existem fatores de risco para varizes que podem ser evitados.  

·         Sedentarismo: A atividade física é fundamental na prevenção e tratamento das varizes. Praticar exercícios estimula o sistema circulatório como um todo e facilita o retorno do sangue para o coração; 

·         Ficar muito tempo na mesma posição: Viagens longas, por exemplo, a pessoa é obrigada a permanecer sentada ou em pé por muito tempo, na mesma posição, qualquer exercício que facilite a contração e relaxamento da panturrilha ajuda a bombear o sangue de volta para o coração. Um exemplo é tentar sempre caminhar alguns passos para estimular a musculatura da batata das pernas. Meias elásticas, desde que possuam a compressão adequada para o tipo de perna, também favorecem o bombeamento de sangue para o coração e colaboram para sua circulação no interior das veias; 

·         Obesidade: O sobrepeso e as complicações associadas, pressão alta e diabetes são duas delas, representam sobrecarga para o sistema circulatório e aumentam o risco de desenvolver varizes, uma vez que a gordura acumulada no abdômen faz subir a pressão sobre os vasos e dificulta o fluxo normal do sangue, que vai criando dilatações nas veias das pernas. Alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos são medidas fundamentais para diminuir o risco que o excesso de peso representa; 

·         Tabagismo: As substâncias que entram na composição do cigarro deixam o sangue mais viscoso, o que dificulta a circulação e favorece seu acúmulo nas veias das pernas. Largar o cigarro é uma medida de que não só as pernas, mas todo o organismo se beneficia;

 

Fonte: Guilherme Jonas - médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.


Tratamento da ansiedade é o mais procurado em relação à cannabis medicinal

É o que revela o levantamento exclusivo feito pela Remederi, farmacêutica brasileira com acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal


Uma pesquisa feita pela Remederi, farmacêutica brasileira com acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, aponta as principais dúvidas de pessoas interessadas em tratamentos com medicamentos à base de cannabis. De acordo com o levantamento, produtos para tratar sintomas de ansiedade lideram a lista de procura.

A análise aponta que muitos pacientes buscam medicamentos sem possuir receita, pois a maioria não sabe que existe a necessidade de passar por um médico antes. Além disso, mostra que a procura por produtos que tratam dores também estão em destaque, bem como dúvidas relacionadas a produtos importados e óleos que vendem nas farmácias. 


Veja abaixo a lista completa das principais dúvidas:

  1. Busca por tratamento médico: 60%; sendo que 35% buscam tratar ansiedade e 25% dor
  2. Busca por medicamentos sem possuir receita médica (muitos pacientes não sabem que existe a necessidade de passar pelo médico antes): 20%
  3. Dúvida sobre produtos importados e os óleos que vendem nas farmácias: 10%
  4. Busca por outros tipos de produtos à base de cannabis, como a flor de canabidiol (CBD): 10%

De acordo com Fabrízio Postiglione, CEO da Remederi, a evolução da indústria farmacêutica oferece métodos inovadores de tratamento com a cannabis para diversas doenças, tanto físicas como psicológicas. “O número de pesquisas científicas que comprovam a eficiência da cannabis faz com que essa busca cresça. É fundamental que as empresas do setor tenham todo o acolhimento necessário para oferecer a melhor estrutura para esses pacientes, que em grande parte estão fragilizados e precisam desse suporte", explica. 

Ele explica ainda que o fato do setor ainda não ser legalizado no país dificulta o acesso das pessoas aos produtos e que os meios de comunicação são fundamentais para propagar conhecimento sobre o tema. “A quantidade de pacientes de cannabis medicinal vem crescendo ano a ano. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que hoje existem mais de 120 mil pessoas cadastradas para fazer uso de medicamentos à base dos ativos da planta”, pontua.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) conferiu a si a prerrogativa de decidir sobre o plantio de cannabis no Brasil, abrindo espaço para o cultivo legal da planta com fins medicinais e industriais. Afinal, a produção e comercialização de produtos derivados da cannabis são permitidos em território nacional, porém, muitas empresas ainda são obrigadas a importar a matéria-prima utilizada em seus produtos, fazendo ter um valor elevado.

Para Fabrízio, uma regulamentação mais ampla poderia beneficiar, um número muito maior de pessoas, com certeza mais de 13 milhões de brasileiros com diferentes patologias, principalmente se o plantio fosse legalizado no Brasil, o que reduziria as taxas de importação dos produtos. “As recentes iniciativas de alguns estados de facilitar o acesso à cannabis para fins medicinais são um começo para um futuro que poderá promover qualidade de vida de maneira acessível para todos”, finaliza.

 

Remederi
Facebook, LinkedIn e YouTube; e no site

 

Como uma pessoa desenvolve vasculite?

Especialista em reumatologia alerta sobre os diferentes sintomas


Vasculite é o nome dado a um conjunto de doenças que provocam a inflamação dos vasos sanguíneos. Este processo faz com que algumas células se instalem nas paredes dos vasos, alterando a formação delas, que podem ficar mais grossas ou mais finas. A doença é classificada em primarias e secundárias. Dois importantes atores divulgaram que tratam a doença, o brasileiro José Mayer sofre de uma Vasculite primária, a Granulomatose de Poliangiite e o ator americano Ashton Kutcher foi diagnosticado, apesar de não ter informado qual delas, ficou sem ver, ouvir e andar direito por quase um ano.

As primarias são raras, de causa pouco conhecida, e ocorrem quando o vaso sanguíneo é o alvo principal da doença. O nome e a classificação dependem principalmente do tamanho do vaso sanguíneo que geralmente é acometido. “A causa exata das Vasculites primárias ainda não é bem estabelecida e em geral acredita-se que ocorrem devido a fatores genéticos e sua interação com o meio ambiente”, comenta o Dr. Henrique Ayres Mayrink Giardini, reumatologista na Clínica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

Já as Vasculites secundárias são aquelas em que se observa acometimento dos vasos, mas esse está associado a alguma outra condição que pode ter relação causal com a inflamação dos mesmos. É o caso das Vasculites associadas a outras doenças autoimunes, infecções, neoplasias, exposição a drogas entre outras. Os sintomas variam de acordo com cada uma delas. São exemplos de sinais e sintomas que podem ocorrer: febre, dor e inflamação nas articulações, lesões de pele (manchas vermelhas, úlceras ou nódulos), inflamação dos nervos (formigamentos, perda de força e sensibilidade), inflamação nos olhos, ouvido e seios da face, nódulos nos pulmões, perda de função do rim, dor nas pernas e braços, dor de cabeça entre outros.

“Estes sinais e sintomas não são específicos das Vasculites, devendo ser sempre avaliados por um médico qualificado para excluir outras doenças e avaliar os exames complementares a serem solicitados para cada caso. Não se automedique! Se você apresenta algum sinal ou sintoma sempre procure atendimento médico”, reforça o reumatologista na Clínica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

 

Dr. Henrique Ayres Mayrink Giardini - atende na clínica EV CITI em São Paulo, pertencente ao Grupo CITA – Centros Integrados de Terapia Assistida.

 

Acidentes de trabalho: lesões no ombro afastaram mais de 14 mil trabalhadores em 2022

Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo explica questão e traz orientações 



O ombro é a articulação com o maior arco de movimento do corpo e, em razão de sua funcionalidade, está entre as partes mais impactadas por acidentes de trabalho. A temática ganha reforço neste mês, já que em 28 de abril são celebrados o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. No ano passado, o Brasil teve 612,9 mil acidentes de trabalho e 2,5 mil mortes, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho e de outros órgãos do governo federal, divulgados em março.

Dados do Ministério da Previdência Social mostram que lesões na região do ombro resultaram no afastamento de 14.788 pessoas em 2022. A síndrome do manguito rotador foi responsável por 78% dos casos. Os números representam afastamentos por mais de 15 dias e que, consequentemente, geraram um benefício de segurados do Regime Geral de Previdência Social (INSS).

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo, explica que o manguito rotador é um grupo de quatro unidades músculo-tendão que envolve a articulação do ombro. “Algumas atividades do dia a dia podem parecer inofensivas para a saúde, mas se elas exigem a repetição do membro por horas e sem pausa, a função representa um grande risco à saúde muscular”. O ortopedista ainda complementa que “profissionais de diversas áreas, como costureiras, pedreiros, pintores de parede e cabeleireiros estão em posições altamente vulneráveis ao problema, uma vez que trabalham por mais de oito horas realizando a mesma atividade.

Outros problemas que aparecem na liderança de afastamentos do trabalho, envolvendo o ombro, são a Bursite - inflamação da bursa, uma pequena bolsa cheia de líquido que tem como função amenizar o atrito entre os músculos, tendões e ossos que estão na articulação; e a Síndrome de Colisão do Ombro, que consiste em um quadro clínico no qual a estrutura muscular que compõe o ombro fica irritada e/ou inflamada.

O presidente da SBCOC frisa que, para prevenir, além de pausas durante o expediente, a prática de atividade física melhora a saúde dos músculos e combate uma série de problemas. “Alongar-se ao longo do dia e adotar uma rotina de exercícios físicos contribuem para os músculos ficarem mais fortes e saudáveis, e evitar que transtornos, como não conseguir realizar simples tarefas e ter que se afastar do trabalho, aconteçam”, conclui.


Esgotamento mental: uma doença do século XXI

Saiba os 4 principais motivos do burnout e como combatê-lo                


De acordo com uma pesquisa recente, 49% dos recrutadores acreditam que os profissionais estão propensos ao burnout, um tipo de esgotamento emocional e mental relacionado ao excesso de trabalho. Existem várias razões que contribuem para essa percepção, incluindo: 

- Cargas de trabalho mais pesadas;

- Falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional;

- Mais pressão para obtenção de resultados;

- Alta demanda de trabalho por conta de equipes reduzidas. 

A psicóloga, especialista em neurociência e mestre em comunicação, Shana Wajntraub, comenta que um dos fatores que pode contribuir é a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para ela, as pessoas muitas vezes tem dificuldade de gerenciar o tempo para cuidar de todos as demandas e praticar o autocuidado, que é essencial no combate ao burnout.

Do lado da empresa, um outro indicador significativo é o ambiente tóxico. Uma liderança tóxica pode ter grande impacto no bem-estar dos colaboradores, pois eles tendem a criar um ambiente de trabalho negativo, onde as equipes são submetidos a altos níveis de estresse, pressão e hostilidade. 

A exposição prolongada a este tipo de gestão pode levar ao burnout, pois o estresse alto e a exaustão emocional podem proporcionar uma sensação de desamparo e desesperança. Além disso, os colaboradores podem sentir-se desvalorizados e inseguros. 

“Encontrar o equilíbrio entre produtividade e saúde é um desafio que deve ser enfrentado tanto pelos profissionais quanto pelas empresas. Os profissionais devem estar atentos aos sinais de estresse e esgotamento, buscando ajuda sempre que necessário.” aconselha Shana Wajntraub. 

Já as empresas devem adotar medidas para flexibilizar a carga de trabalho dos colaboradores, estabelecer políticas claras de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e investir em programas de bem-estar para seus profissionais. Dessa forma, será possível reduzir o risco de burnout e criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. 

 

Como combater o Burnout? 

Shana Wajntraub cita algumas práticas de atividades para gerenciar o estresse: 

- Atividades físicas leves e moderadas, práticas de relaxamento como massagem (ou

automassagem e alongamento) e meditação

– Práticas espirituais, caso seja praticamente de alguma religião

– Escutar músicas

– Contato com a natureza, como ir à praia ou ao campo

– Práticas alimentares, evitando café em excesso e consumo de comidas processadas,

principalmente as ultra processadas. 

É importante também, escolher uma dieta com alimentos leves (oleaginosas, chás, verduras, frutas e peixes). Manter vínculos sociais satisfatórios e recompensadores, como encontrar bons amigos, familiares e namorar. Um estudo de Harvard mostrou que a solidão é um forte preditor de problemas de saúde e, inclusive, morte precoce. E, por último, um dos mais importantes: sono regular. 

“É importante considerar que nem sempre é possível aderir a todas essas práticas, mas quanto mais conseguir ajustar tais aspectos, mais eficiente será sua recuperação ou prevenção ao Burnout.” Finaliza Shana Wajntraub.

 

Shana Wajntraub - conhecida como Shana Eleve, é psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021. também palestrou no CBTD em 2020 e 2021 e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, Vivo, Amil, Magazine Luiza, Camil.


Hospital SUS realiza mutirão para diagnóstico e prevenção de câncer de intestino

Com aumento de problemas intestinais, hospitais realizam ações para reduzir número de pacientes na fila para exame de colonoscopia


O Brasil deve registrar 45 mil novos casos de câncer de intestino por ano no próximo triênio (entre 2023 e 2025), de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar de essa doença ser uma das mais comuns, os tumores que se desenvolvem no cólon e reto podem ser evitados. A própria colonoscopia, indicada para diagnóstico e rastreamento, possui um caráter preventivo. Mas a procura pelo exame caiu drasticamente durante os primeiros anos da pandemia, já que ao menos 148 mil colonoscopias deixaram de ser realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Dados como esses impulsionam hospitais a realizarem mutirões para reduzir o número de pacientes na fila para o exame de prevenção de câncer no intestino.

"A colonoscopia permite detectar pólipos e lesões pré-cancerígenas e, no mesmo momento, remover essas lesões, evitando o desenvolvimento do câncer". A explicação é da coloproctologista Rafaela Molteni Moretti, idealizadora de um mutirão realizado no dia 30 de março pelo Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR), para pacientes previamente selecionados pelo SUS. “O exame é o primeiro passo para que muitas pessoas tenham um diagnóstico e busquem o tratamento correto, já que é possível detectar lesões pré-cancerígenas e, também, outras patologias que afetam o intestino”, diz a médica.


Primeiro passo para tratamento

Infecções, pólipos, possíveis irritações de mucosa, diverticulites e tumores. Esses são alguns dos problemas intestinais que podem ser diagnosticados a partir da colonoscopia. No mutirão realizado pelo Hospital Universitário Cajuru, a aposentada Leonilda Engelke, de 77 anos, foi uma das pacientes que realizou o exame e, agora, aguarda o resultado. “Logo vou descobrir o motivo das cólicas e irregularidades no funcionamento do intestino. Mas já estou tranquila, simplesmente por estar sob cuidados de médicos e com a chance de poder realizar exames importantes como esse pelo SUS", conta. 

Problemas intestinais são bastante comuns, podem se apresentar de diferentes formas e facilmente serem confundidos entre si. A doença inflamatória intestinal, por exemplo, afeta quase sete milhões de indivíduos em todo o mundo e especialistas da Sociedade Britânica de Gastroenterologia estipulam que esse número pode aumentar nas próximas décadas. Por isso, a coloproctologista Rafaela Molteni Moretti reforça a importância de os pacientes estarem alertas aos detalhes. "Mudanças nos hábitos do intestino, acompanhadas de sintomas como dor abdominal, constipação e diarreia, podem ser alertas do corpo sobre problemas de saúde. Fique atento e, se você sentir algum desses desconfortos, procure ajuda médica", finaliza.

 

Dia do Beijo: quais as principais doenças causadas pela troca de saliva e como beijar com segurança

Neste dia 13 de abril, celebramos o Dia do Beijo, um gesto tão simples, mas que deve trazer uma atenção especial para a saúde bucal. Durante o beijo, ocorre uma troca de bactérias que podem causar algumas doenças e problemas. 

A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde explica que as bactérias presentes na boca de uma pessoa podem ser transmitidas para a outra durante o beijo, aumentando o risco de doenças bucais. Além disso, se uma das pessoas envolvidas no beijo apresentar algum tipo de infecção, a transmissão de doenças mais graves, como a mononucleose, pode ocorrer. 

Por isso, é importante estar atento à saúde bucal e adotar algumas medidas para beijar com segurança. A primeira delas é manter uma boa higiene bucal, escovando os dentes e a língua pelo menos três vezes ao dia e utilizando o fio dental diariamente. 

Outra dica importante é evitar o consumo de alimentos açucarados ou ácidos antes do beijo, pois eles podem aumentar a acidez da boca, favorecendo a proliferação de bactérias. Beber água também ajuda a manter a boca hidratada e a eliminar as bactérias. 

“Eu aconselho você a se autoanalisar, confira a cor da sua gengiva, se está inchada ou sangrando, se você está tendo alterações de hálito, bochechas, língua, lábios, não olhe somente os dentes, não é somente dentes brancos que é prioridade hoje em dia, eu foco muito na saúde. A estética é importante, porém a saúde vem em primeiro lugar, pois existe muita boca esteticamente bonita e a saúde bucal em péssimo estado.” alerta a Dra. Bruna Conde.


Principais doenças que podem ser causadas pela troca de saliva durante o beijo:
 

- Mononucleose infecciosa: também conhecida como "doença do beijo", é causada pelo vírus Epstein-Barr e é transmitida principalmente pelo contato com a saliva de uma pessoa infectada. Os sintomas incluem febre, dor de garganta, fadiga e aumento dos gânglios linfáticos. 

- Herpes labial: é causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e é altamente contagiosa. É transmitida pelo contato com a saliva de uma pessoa infectada, principalmente através de beijos, compartilhamento de utensílios de cozinha ou banheiro e contato com feridas. 

- Sífilis: é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum. Embora a transmissão através da saliva seja rara, pode ocorrer em casos de contato com feridas ou lesões na boca. 

- Doença periodontal: é uma doença inflamatória que afeta as gengivas e os ossos que suportam os dentes. Acredita-se que as bactérias presentes na saliva possam contribuir para o desenvolvimento da doença periodontal 

“Dor de dente, gengivas inchadas ou vermelhas, feridas na boca, mau hálito persistente ou dor ao mastigar podem indicar a presença de uma doença bucal, e devem ser avaliados por um dentista”, salienta Bruna Conde. 

“Caso você tenha alguma infecção na boca ou esteja com aftas ou feridas, é importante evitar o beijo até que a situação esteja controlada. Além disso, é recomendável conversar com o seu parceiro ou parceira sobre a sua saúde bucal e incentivar que ele ou ela também mantenha uma boa higiene.” destaca a Dra. Bruna Conde.

O Dia do Beijo é uma data para celebrar o amor e a paixão, mas também é uma oportunidade para conscientizar a população sobre a importância da saúde bucal. Mantenha a sua boca saudável e beije com segurança!

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Nova vacina contra o vírus HPV para nove genótipos

Imunizante contra os genótipos mais cancerígenos tem impacto importante ao evitar que infecção ocorra


O Grupo Fleury acaba de colocar em rotina o novo imunizante contra o HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano). A vacina oferece cerca de 90% de proteção contra nove genótipos do vírus – a anterior contava com apenas quatro subtipos e 75% de proteção – e está disponível em suas marcas de medicina diagnóstica que estão localizadas em São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e Maranhão.

O HPV é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal) e está relacionado ao câncer de colo de útero, pênis, vulva, vagina, canal anal e orofaringe. No Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro câncer mais comum entre as mulheres e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o HPV é responsável por 95% desses casos.


O que muda na vacina quadrivalente para a nonavalente?

Existem mais de 100 genótipos de HPV identificados, categorizados como de baixo risco para induzir câncer ou alto risco para oncogênese. A vacina quadrivalente (HPV4) oferece proteção contra quatro deles (6, 11, 16 e 18), enquanto a nonavalente (HPV9) conta com mais 5 outros tipos (31, 33, 45, 52 e 58). Esses genótipos adicionais incorporados à nova vacina aumentam a proteção contra os vírus de alto risco para oncogênese de 75% para 90%.


Quem deve tomar a vacina contra HPV?

A vacina nonavalente é indicada para meninas, meninos, mulheres e homens com idades entre 9 e 45 anos, com número de doses administradas conforme idade e presença de comorbidades específicas. Para quem já recebeu o esquema completo ou incompleto da HPV4 ou da bivalente (hoje indisponível no Brasil), recomenda-se a revacinação com a HPV9 para que se obtenha proteção adequada contra os cinco genótipos adicionais.

“As vacinas contra o HPV foram desenvolvidas visando essencialmente a proteção das mulheres contra o câncer cervical. Entretanto, considerando-se que o vírus também causa doenças potencialmente graves e mutilantes na população masculina e que este grupo tem papel primordial no ciclo de transmissão do vírus, a igualdade de gêneros é essencial para alcançar o benefício máximo da imunização”, explica o Dr. Daniel Jarovsky, pediatra, infectologista e consultor médico em Imunizações do Fleury Medicina e Saúde.


Como o vírus HPV é transmitido?

As infecções por HPV são transmitidas sexualmente por contato epitelial direto (pele ou mucosa) ou, raramente, pela exposição ao vírus no trato genital materno com lesões pelo HPV durante trabalho de parto.

“Para meninos e homens, a vacinação contra o vírus do HPV é importante porque evita cânceres como o de orofaringe e pênis. Além disso, impede que eles transmitam o vírus para as meninas e mulheres, por ser uma enfermidade sexualmente transmissível”, ressalta Dra. Carolina Sanchez Aranda Lago, pediatra especialista em Imunologia Clínica do Fleury Medicina e Saúde.


Como prevenir?

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível que ocorre no contato entre a pele e não depende da ejaculação. Por isso, o recomendado é utilizar preservativos durantes as relações sexuais. Mesmo assim, a forma mais eficaz de prevenir o vírus é a vacinação, principalmente se realizada antes do início da vida sexual - quando ainda não ocorreu o contato com o vírus.

“Uma das principais formas de prevenir a infecção é pela vacinação. O imunizante é eficaz e seguro, fornecendo proteção contra os principais subtipos de alto risco e contra verrugas anogenitais”, informa a Dra. Carolina.

Estimam-se aproximadamente 10 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no Brasil. Nesse caso, a imunização é necessária para quebrar a cadeia de transmissão do vírus. “Nem sempre essas infecções levam ao câncer, mas praticamente 100% dos casos de câncer de colo uterino são causados pelo HPV. Essas graves complicações poderiam ser facilmente evitadas com a maior adesão às vacinas”, conclui o Dr. Jarovsky.


Qual a relação entre reposição hormonal e saúde mental?

Ginecologista enumera hormônios essenciais para o nosso bem-estar 

 

A nossa saúde mental está intimamente ligada às questões hormonais. Nem sempre as dificuldades encontradas no dia a dia estão ligadas somente ao psicológico.

De certa maneira, os hormônios contribuem para o equilíbrio da saúde como um todo e, quando os mesmos encontram-se alterados, podem alterar diversas áreas da vida, causando, inclusive, alguns transtornos. 

Muitas vezes, essas alterações acontecem devido a uma determinada fase da vida, uso de medicamentos, anticoncepcionais, algumas doenças que influenciam na taxa hormonal, como o hipotireoidismo, doença caracterizada pela deficiência de hormônios da tireoide, entre outros fatores.  

“A baixa testosterona em nosso organismo, por exemplo, aumenta o risco de depressão, demência, falta de memória, reduz a massa muscular e massa óssea, o que pode levar ao aumento de doenças metabólicas, obesidade, alterações de colesterol e doenças cardiovasculares”, enumera.  

Segundo a ginecologista e obstetra com visão integrativa da saúde da mulher, Dra. Priscila Pyrrho, os hormônios, como, por exemplo, endorfinas, serotoninas, dopamina e ocitocina, conhecidos como "hormônios da felicidade", promovem sensação de bem-estar e ajudam a manter a saúde do organismo e, muitas vezes, é preciso fazer a sua reposição através da ajuda de um médico.  

“Muitas vezes, um problema de saúde mental precisa ser verificado não apenas por um psicólogo ou um psiquiatra, mas também por outros especialistas através de um tratamento de medicina integrativa”, explica Priscila.  

A médica enumerou a seguir alguns dos benefícios desses hormônios para a nossa saúde mental. Vamos conferir? 

1 - Endorfina: produzida pela hipófise, age estimulando a sensação de autoestima, prazer, bem-estar, bom-humor, motivação, desejo sexual e felicidade. Fortalece o sistema imunológico e funciona como analgésico na redução da dor física e do estresse. 

2 - Serotonina: hormônio liberado a partir da prática de esportes e também da ingestão de alguns alimentos ricos em triptofano, como abacate, banana, nozes e salmão. Quando há desequilíbrio desse hormônio, é mais comum sentir tristeza e solidão, o que pode desencadear quadros de ansiedade e depressão. 

3 - Dopamina: além do envolvimento nas emoções, também age nos processos cognitivos, no controle dos movimentos, na função cardíaca, na capacidade de atenção e no aprendizado. De acordo com estudos, está diretamente relacionada a distúrbios como o Mal de Parkinson ou TDAH, por exemplo. Apesar de produzida naturalmente pelo organismo, é possível aumentar seus níveis pelo consumo de ovos, peixes, carnes ou feijão. 

4 - Ocitocina: esse é conhecido como o hormônio do "amor". É responsável por sensações reconfortantes e de satisfação, após, por exemplo, receber um abraço. 

“Junto a outros neurotransmissores, diminui a ansiedade e o estresse em momentos de interações sociais. Em desequilíbrio, causa sensação de cansaço, desânimo e irritação”, finaliza Priscila. 

 

Dra. Priscila Pyrrho - ginecologista e obstetra com visão integrativa da saúde da mulher. Pós-graduada em Medicina Fetal (Cetrus); pós-graduada em Termografia (FEMUSP); pós-graduada em Biofísica e Biorressonância (QuantimBio); pós-graduada em Medicina Integrativa (PUC); especialização em Sexualidade (Delphos); especialização em Ortomolecular (CMI) e com formação em Medicina do Estilo de Vida (MEV Brasil).


Câncer de esôfago: frequente na população masculina, pode ser curado

O mês de abril recebe o laço azul-claro com o objetivo de reforçar a conscientização sobre a doença, que pode ser evitada com a adoção de hábitos saudáveis. Para tratamento, é importante diagnóstico precoce

 

A perda de peso repentina e os engasgos constantes começaram a chamar a atenção do Edmilson Tenório Irmão, que decidiu procurar um médico e investigar os sintomas. Ao fazer uma endoscopia, o médico diagnosticou um tumor no esôfago. “Quando eu ouvi o médico dando o diagnóstico, o chão fez um buraco e eu fiquei muito assustado”, conta o paciente de 49 anos. Edmilson faz parte do universo de 11 mil pessoas que são diagnosticadas anualmente com câncer no esôfago no Brasil. O tumor é o 5º mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres. No caso dele, foi preciso dar início às sessões de quimioterapia, para reduzir o tumor, para que, então, pudesse ser operado. 

O câncer de esôfago pode ser identificado em dois tipos: carcinoma escamoso e adenocarcinoma, sendo bastante relacionados ao estilo de vida das pessoas, como o consumo de bebidas muito quentes, uso de álcool e o tabagismo, responsável por 25% dos casos. Já o adenocarcinoma, está relacionado à obesidade, dieta com poucos vegetais e ao refluxo. “Esse segundo tipo vem aumentando bastante entre a população e, infelizmente, já podemos relacionar ao estilo de vida moderno”, alerta Rafael Luís, oncologista do Grupo SOnHe. 

O mês de abril recebe o laço azul-claro como forma de conscientizar as pessoas sobre a prevenção e o diagnóstico desse tipo de tumor. Embora não haja um exame específico para o rastreio, os sintomas, que costumam ser persistentes, podem ajudar a identificar o câncer de esôfago de forma precoce. Segundo o oncologista, quando o tumor é descoberto no início, as chances de cura são muito altas. “Sintomas como dificuldade ou dor para engolir os alimentos, dor no peito, vômito e perda de peso repentina precisam ser investigados com urgência”, alerta Rafael. Nesse caso, o recomendado é fazer a endoscopia digestiva alta com biópsia. 

O câncer de esôfago é responsável pela morte de 8 mil pessoas por ano no Brasil, sendo 80% homens. Por isso, a prevenção é importante e está diretamente relacionada à adoção de hábito saudáveis de vida, evitando o consumo de álcool e cigarro, além do consumo excessivo de bebidas quentes, como café e chimarrão. Manter uma rotina de exercícios físicos e eliminar o sobrepeso também são medidas necessárias. “Também é muito importante que o paciente que apresente refluxo gastroesofágico faça o tratamento adequado da doença”, reforça o oncologista. 

Edmilson Tenório Irmão trata a doença há quase 1 ano. Nesse período, já passou por sessões de quimioterapia, cirurgia para a retirada do tumor e uma recente, para o alargamento da garganta. O paciente segue confiante no tratamento e nos novos hábitos que ele já está incorporando ao seu dia a dia. “Assim que eu estiver totalmente liberado, vou começar a me exercitar e manter uma alimentação ainda mais saudável. Além, claro, de manter o acompanhamento médico. É o que eu posso fazer por mim”, conclui Edmilson.

 


Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


Até 90% das mulheres com Síndrome do Ovário Policístico têm resistência insulínica

SOP é uma doença reprodutiva e metabólica  6% a 15% das mulheres em idade reprodutiva têm SOP

                                       #COPEM2023



“Desregulação do funcionamento ovariano, alteração no eixo neuroendócrino e resistência à insulina são as três principais alterações envolvidas na síndrome dos ovários policísticos (SOP), uma condição clínica complexa e heterogênea, cuja prevalência mundial varia de 6% a 15% das mulheres em idade reprodutiva”, revela Dra. Larissa Garcia Gomes, endocrinologista palestrante do 15º Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia – COPEM 2023, organizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP). O evento acontece de 4 a 6 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca.

Dra. Larissa explica melhor sobre tais alterações. A primeira delas diz respeito às células dos ovários das mulheres com a SOP: eles apresentam uma maior capacidade intrínseca de produzir andrógenos, ou seja, testosterona e precursores da testosterona. Esse excesso hormonal vai levar aos sintomas típicos de excesso de pelos e acne. Além disso, o desenvolvimento dos folículos ovarianos fica anormal: a mulher não ovula mensalmente e o ciclo menstrual se torna irregular.

A segunda alteração é no eixo neuroendócrino hipotálamo-hipófisário. “A hipófise produz os hormônios LH e FSH, responsáveis pela regulação da produção dos hormônios ovarianos, o desenvolvimento dos folículos e a ovulação. O eixo neuroendócrino das mulheres com SOP apresenta um típico padrão alterado de secreção dos hormônios LH e FSH, predominando o efeito do LH - que estimula a produção de testosterona - associado à diminuição da ação do FSH, interrompendo o desenvolvimento dos folículos e consequentemente da ovulação”, explica a endocrinologista especialista em endocrinologia feminina.

A terceira alteração decorre da resistência insulínica presente em 80-90% das mulheres com SOP, mesmo nas mulheres magras. O excesso de insulina tem uma ação direta nos ovários estimulando a produção de testosterona, além de agir nos tecidos periféricos como tecido adiposo e músculo promovendo uma inflamação crônica de baixo grau e aumento de risco de doenças metabólicas. “Portanto, a SOP é uma doença reprodutiva e metabólica”, destaca a médica, que será conferencista no COPEM 2023 com a pauta “Desconstruindo a síndrome: os múltiplos mecanismos envolvidos na síndrome dos ovários policísticos”.

Segundo a endocrinologista, os estudos genéticos mais recentes trouxeram muitas descobertas sobre os múltiplos mecanismos envolvidos na síndrome, e indicam que o Critério de Rotterdam utilizado atualmente para diagnóstico não discrimina as diferentes formas de apresentação da síndrome e as diversas vias envolvidas na patogênese.

“Nosso trabalho realizado no Hospital das Clínicas de São Paulo (link aqui) estudou um subgrupo 53 mulheres com SOP e apresentação clínica de SOP não usual, como ausência de menstruação espontânea, aumento de hormônios da suprarrenal e diabetes muito precoce, através de sequenciamento genético de nova geração. Nesse estudo fomos capazes de identificar genes potenciais associados ao quadro em 18,8% dessa população”, conta a palestrante do COPEM 2023.

Para ela, o futuro do diagnóstico está nas análises genéticas que permitam desvendar as diversas etiologias da SOP e, dessa forma, possibilitar uma abordagem de Medicina de precisão, ou seja, uma abordagem diagnóstica e de tratamento que alia os dados clínicos convencionais com os dados genéticos.

O tratamento da SOP - ainda se baseia na resolução dos sintomas. Os contraceptivos hormonais combinados continuam como primeira linha para tratamento dos sintomas de acne, excesso de pelos e irregularidade menstrual. A metformina segue como a medicação de primeira linha para tratamento da síndrome metabólica associada à SOP. Os medicamentos atuais que ainda não entraram nos Consensus de tratamento, mas que demonstram eficiência, são os agonistas dos receptores de GLP1 como liraglutida e semaglutida. “Essas medicações são bem estabelecidas para tratamento das comorbidades típicas da SOP como obesidade e diabetes, mas alguns estudos também têm demonstrado uma melhora da parte hormonal e reprodutiva da SOP com essas medicações”, detalha a endocrinologista que também é membro da SBEM-SP.

A SOP é uma doença complexa em que os fatores ambientais, especialmente a dieta hipercalórica levando ao ganho de peso e o sedentarismo são componentes que favorecem com que a doença se agrave. Em contrapartida, a perda de 10% do peso corporal pode melhorar, além do quadro metabólico, o hiperandrogenismo e a taxa de ovulação. Portanto, um estilo de vida saudável com dieta rica em fibras e pobre em açúcares e gorduras saturadas associada à atividade física regular tem impacto muito positivo nos sintomas.

 

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Somente a reforma política pode evitar que Brasil repita o desastre

Há tempos o Brasil lembra a época das capitanias hereditárias, período em que os donatários e seus familiares tinham todos os direitos e privilégios enquanto os demais - quase totalidade da população - vivem como vassalos condenados a uma existência de necessidades e modernamente chamados de classe D e E. Isso nos remete à histórica frase de Karl Marx, segundo a qual “a história repete-se sempre, pelo menos duas vezes, a primeira como tragédia, a segunda como farsa”. O Brasil de hoje vive uma situação lastreada em mentiras e atos corruptos dos donatários do século XXI.

É triste, porém verdadeiro. Nossa nação parece condenada a assistir sempre à repetição que já nos tirou do mapa do desenvolvimento socioeconômico e humano e nos levou ao atraso de mais de 30 anos. Um ciclo nefasto que somente será rompido com uma ampla e inadiável reforma.

Uma mudança de rumo, entretanto, difícil de se enxergar no horizonte, a se julgar pelo momento que vivemos e pelos primeiros sinais do governo recém-empossado. Até agora, o esforço dominante foi para obter de R$ 160 a R$ 180 bilhões para gastos extras, ignorando-se que isso significa contrair mais dívidas bancárias, ao custo de mais de R$ 20 bilhões anuais em juros. Nenhuma menção a metas de redução de desperdícios e de privilégios e ao combate efetivo da corrupção em todos os níveis.

Também não foi firmado nenhum compromisso com a redução do déficit fiscal brasileiro, da ordem de 9% do PIB, o correspondente à cifra de R$ 900 bilhões a R$ 1trilhão/ano. Pelo contrário. Para acomodar, aglutinar e, claro, recompensar os líderes políticos e partidários, será necessário onerar ainda mais o orçamento, elevando o já gigantesco custo da máquina pública por meio de brutal incremento do número de ministérios, que passaram de 23 para 37. Uma engenharia política com efeito colateral, a “Alegria dos Suplentes”, candidatos que assumirão o parlamento com a convocação de nove deputados federais e sete senadores eleitos para Ministério, onde ocuparão 43% das cadeiras.

Não é demais lembrar, ainda, que o novo governo apoiou e negociou a alteração da Lei das Estatais para permitir que políticos, até então impedidos pela lei vigente, pudessem ser nomeados, e remunerados com os maiores vencimentos do serviço público. Com isso, mais de 587 cargos de diretoria e conselhos das estatais e agências reguladoras serão disponibilizados para aqueles antes sob vedação, inclusive os que atuaram em função partidária na eleição de 2022. Tudo graças à redução da quarentena de três anos para apenas 30 dias. E, como se não bastasse, a alteração incluiu a elevação, de 0,5% para 2%, do percentual da receita bruta anual das estatais disponível para ser utilizado em despesas publicitárias e de propaganda. Ou seja, as estatais poderão gastar quatro vezes mais nesse segmento, independentemente de seus resultados financeiros, já que a mudança não faz qualquer vinculação aos lucros.

O Brasil caminha por estradas tortuosas há décadas e não tem mais tempo a perder. Somente uma reforma política pode evitar a perpetuação do desastre. É premente rever o instituto da reeleição, proibindo a recondução no Executivo e garantindo um mandato maior do que o atual, de forma a possibilitar a conclusão dos programas de governo.

Tal reforma, entretanto, não será eficiente se não for proibida a formação de chapas para o Senado, para os governos estaduais e para a Presidência da República com familiares dos candidatos figurando como suplentes e vices. É preciso também aumentar o período de quarentena para membros do Judiciário e do Ministério Público que deixam o cargo para se candidatarem a cargos públicos.

Para coibir o “toma-lá-dá-cá” e a “farra dos suplentes”, a reforma poderia limitar (talvez a 10%) a nomeação de parlamentares para Ministérios, Secretarias de Estado ou Secretários de Municípios, ou exigir que parlamentares renunciem aos cargos se quiserem ocupar pastas no Executivo.

A ética e a moralidade recomendam, ainda, que os cargos de diretores e conselheiros de empresas estatais somente possam ser ocupados por ex-presidentes, ex-governadores e ex-prefeitos após o cumprimento de quarentena de 10 anos, contados do fim do cargo eletivo. Além disso, os membros dos Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios deveriam ser escolhidos exclusivamente por meio de concurso público.

Para aprimoramento da democracia, a reforma deveria abranger a exigência de ficha limpa para os cidadãos que desejem se filiar a algum partido político, condição estendida a candidatos a cargos públicos eletivos do Executivo e do Legislativo.

Um país com falta de recursos para investimento em setores básicos precisa redimensionar os Fundos Partidário e Eleitoral, estabelecendo limites financeiros compatíveis com a realidade da Nação e definindo novos critérios de distribuição, tornando-os mais democráticos e transparentes, ao contrário de hoje, em que os dirigentes de partidos gozam de enorme poder graças à esfera discricionária de distribuição de recursos. O ideal, ainda, seria que coligações e federações partidárias somente fossem homologadas mediante a apresentação de programas de governo e/ou de metas, atualmente ignorados.

Em outra esfera, é necessário também estabelecer limites ao Poder Judiciário, sem tolher sua autonomia constitucional, mas vedando a manifestação fora dos autos e a concessão de entrevistas sobre temas ainda não transitados em julgado, bem como reduzir as decisões monocráticas

                O Brasil segue sem aprender lições milenares como a pregada por Marco Túlio Cícero desde antes do nascimento de Cristo: “O orçamento nacional deve ser equilibrado, o Tesouro Público deve ser reposto, a dívida publica deve ser reduzida, a arrogância dos funcionários públicos deve ser moderada e controlada e à ajuda a outros países deve ser eliminada para que Roma não vá à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver às custas do Estado.”

Pelo contrário. Ninguém se compromete em acabar com a reeleição nem em combater efetivamente a corrupção, mal antigo que onera e envergonha o país, arruinando o sonho das futuras gerações. A leniência com que a questão é tratada e os maus exemplos transmitem a imagem de que não vale a pena estudar e trabalhar porque o crime compensa. Vivemos, lamentavelmente, uma degradação moral, na qual o crime é tolerado e até incentivado. Tudo em contrariedade ao que nos era ensinado no passado, quando se aprendia que ser ladrão não é apenas não roubar, mas também não deixar ninguém roubar e entregar os ladrões à Justiça.

Não haverá evolução, não existirá aprendizado se o país insistir nos mesmos erros em vez de corrigi-los, e se os brasileiros continuarem acreditando em discursos fáceis e sem profundidade, iludindo-se com a promessa vã de que as soluções para tudo serão trazidas por um ou outro político. Patinaremos na construção de uma nação verdadeira se nossos cidadãos seguirem votando em quem fala o que queremos ouvir, e não o que precisamos fazer.

Convém meditarmos sobre o que ensinou o economista e filósofo político norte-americano Thomas Sowell: “Quando as pessoas querem o impossível somente os mentirosos podem satisfazê-las".

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br

 

De Helsinki para Putin: a entrada da Finlândia na OTAN

Durante todo o século XX, grandes estudiosos da geopolítica e de estratégias internacionais foram praticamente uníssonos ao falar sobre a Rússia: o país é mais do que uma nação territorialmente extensa, possuidora de abundantes recursos naturais e defesas geográficas inerentes à sua localização no norte global. A Rússia representaria uma fortaleza terrestre: ao norte, o impiedoso Ártico, ao sul, uma variedade de países com relevos e terrenos que tornam qualquer invasão por ali uma tarefa impossível, e poucos pontos de interesse no extremo oriente à leste. Todos esses fatores fizeram com que a maior parte dos geopolíticos, de maneira uniforme, considerassem que a grande vulnerabilidade desse país gigante com 11 fusos horários é seu front oeste, onde estão não apenas ex-repúblicas soviéticas mas onde o Kremlin buscou sempre ter influência decisiva. 

Essa é sabidamente uma das razões para a invasão à Ucrânia, ocorrida em fevereiro de 2022: um país que durante metade do século XX foi considerado uma imensa ameaça à paz internacional e ao domínio estadunidense e ocidental não poderia assistir calado à entrada da Ucrânia na OTAN. Rússia e Ucrânia compartilham aproximadamente 2.300 quilômetros de fronteira – unindo aqui a fronteira terrestre e a fronteira marítima –, e esse vizinho tão próximo na Organização do Tratado do Atlântico Norte equivaleria a ter, tão perto de casa, os mais bem armados e mais bem treinados exércitos de 30 nações que Moscou, se não considera hostis, também não considera amigas. 

Passados quase 14 meses da invasão russa à Ucrânia, o tiro realmente saiu pela culatra: por mais que, num futuro próximo, certamente os ucranianos não sejam aceitos na OTAN, há agora uma outra preocupação ao norte: a Finlândia. Rompendo uma neutralidade secular, o país escandinavo solicitou adesão à Organização de proteção militar mútua em maio de 2022, três meses após o início da ação russa contra Kiev. 

Com um território que se equivale ao do estado do Goiás, a Finlândia é uma rica república parlamentar e lar de aproximadamente 5,5 milhões de pessoas. Tendo passado por eleições no último domingo, a então premiê Sanna Marin – do Partido Social Democrata – perdeu o pleito para Petteri Orpo, da Coligação Nacional – partido de direita. Entre os dois candidatos, havia concordância numa pauta: a importância e a necessidade da entrada da Finlândia na OTAN. 

O país, que compartilha aproximadamente 1.300 quilômetros de fronteira terrestre com a Rússia, viu-se ameaçado não apenas após a invasão russa à Ucrânia, mas após ameaças diretas do Kremlin: para os russos, a entrada finlandesa na OTAN equivaleria a uma grave ameaça para Moscou, que prometeu drásticas consequências para Helsinki. Aceita por todos os membros da Organização, nesta terça-feira, a Finlândia torna-se o seu 31.º membro; e, em breve, será seguida pela Suécia – que também rompe uma neutralidade centenária.

Obviamente que os russos não estão assistindo a essa adesão calados: retaliações já foram prometidas em vários níveis, mas não estão sendo levadas a sério. O que o mundo está percebendo é que o exército russo não é tão poderoso ou tão bem treinado como se imaginava. Não apenas as dificuldades militares do Kremlin já mostraram isso, mas vídeos vindos do front mostram não apenas soldados mal treinados, mas equipamentos velhos e absolutamente obsoletos em uso. Enquanto Kiev, armada com o que há de mais novo e mais moderno, manda para o front tanques alemães Leopard 2 novos, os russos recorrem a equipamentos das décadas de 1950 e 1960, manufaturados em meio à corrida armamentista da Guerra Fria. 

Tendo ficado evidentes as dificuldades russas na Ucrânia, é improvável que Moscou consiga enfrentar uma guerra em dois fronts invadindo a Finlândia. Ainda assim, isso não quer dizer que o confronto na Europa esteja perto do fim: líderes autoritários e egocêntricos como Putin não admitem a derrota, e aumentam a violência. As armas nucleares táticas posicionadas pelo Kremlin em Belarus nas últimas semanas podem ser usadas não como uma demonstração de força, mas como uma forma de mostrar que os russos têm pouco a perder e que estão dispostos a levar a guerra às últimas consequências. 

 

João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram @janyegray

 

5 lições valiosas de Napoleon Hill para empreendedores

Com base em um dos livros mais lidos de todos os tempos, "Mais esperto que o diabo", elencamos aprendizados certeiros para aqueles que desejam ter sucesso no próprio negócio


Gerenciar o próprio negócio e ainda planejar os próximos passos para alcançar o sucesso não são tarefas fáceis, porém, são desafios que cercam a vida de milhares de empreendedores diariamente. Onde buscar suporte? Em quem se apoiar para ter ideias e ideais definidos?

Milhares de pessoas já descobriram como ser bem sucedidas com as orientações de um dos autores mais lidos do mundo, Napoleon Hill. Em Mais esperto que o diabo, obra publicada pelo Grupo Citadel, você vai encontrar aprendizados essenciais para o crescimento pessoal e, por consequência, também nos negócios.

“[...] se você realmente quer fazer um serviço que seja útil, não somente para as pessoas de hoje,
mas também que dure para toda a posteridade, ocupe o seu tempo organizando,
baseado nessas histórias, as causas do fracasso e do sucesso dessas pessoas.”

(Napoleon Hill, 1939)

Confira abaixo as cinco principais lições tiradas da obra e descubra o que pode fazer por si mesmo para desenvolver-se:


1 - Encontre sua "Chama da Paixão"

A paixão é fundamental para o sucesso de um bom empreendedor. Para encontrar sua “chama da paixão”, Hill sugere listar todas as coisas que você ama fazer e escolher a que mais o inspira. A partir daí, concentre-se em transformar essa paixão em um negócio lucrativo.


2 - Adote uma atitude positiva

O autor enfatiza a importância de manter uma atitude positiva para alcançar o sucesso. Isso envolve acreditar em si mesmo, manter o foco nos objetivos e evitar se deixar levar por dúvidas e medos. Concentre-se naquilo que realmente importa!


3 - Tenha um plano

Planejamento é crucial para alcançar o sucesso em qualquer área. Hill recomenda criar um plano de negócios detalhado, incluindo metas específicas, estratégias para alcançá-las e um cronograma realista. Pensar nos objetivos a curto, médio e longo prazo. Como você quer estar daqui a seis meses, dois anos, cinco anos?


4 - Aprenda com os próprios erros

Erros são inevitáveis, a vida é feita de erros e acertos. Em vez de desanimar, use cada erro como uma oportunidade para aprender e melhorar. Hill incentiva os empreendedores a manter uma atitude de aprendizado contínuo, reconhecendo que cada erro é uma chance de crescer. Quando você aprende com o erro, não o comete duas vezes.


5 - Seja persistente

O caminho para o sucesso pode ser longo e difícil, mas o autor mostra que a persistência é a chave para superar obstáculos. Não desista quando as coisas ficarem difíceis, em vez disso, mantenha o foco nos objetivos e continue a trabalhar para alcançá-los. A persistência é a qualidade que diferencia os empreendedores bem-sucedidos daqueles que fracassam.

Divulgação/Grupo Citadel
Sinopse: Neste livro, você vai descobrir, após 75 anos de segredo, por meio dessa entrevista exclusiva que Napoleon Hill fez, quebrando o código secreto da mente do Diabo: Quem é o Diabo? Onde ele habita? Quais suas principais armas mentais? De que forma o Diabo influencia a nossa vida do dia a dia? Como a sua dominação influencia nossas atitudes? O que é o medo? Quais as armas que nós, seres humanos, possuímos para combater a dominação do Diabo? Essas e outras são respondidas pelo próprio Diabo, neste livro. O seu propósito, escrito com suas próprias palavras, é ajudar o ser humano a descobrir o seu real potencial, desvendando as armadilhas mentais que os homens e as mulheres deste mundo criam para si mesmos, sabotando a sua própria liberdade e o seu próprio direito de viver uma vida cheia de desafios, alegria e liberdade. Escrito em 1938, após uma das maiores crises econômicas, e precedendo a Segunda Guerra Mundial, este livro não somente é uma fonte de inspiração e coragem, mas deve ser considerado um manual para todas aquelas pessoas que desejam.

Sobre a editora: Transformar a vida das pessoas. Foi com esse conceito que o Grupo Editorial Citadel nasceu. Mudar, inovar e trazer mensagens que possam servir de inspiração para os leitores. A editora trabalha com escritores renomados como, Napoleon Hill, Sharon Lechter, Clóvis de Barros Filho, entre outros. As obras propõem reflexões sobre atitudes que devem ser tomadas para que ter uma vida bem sucedida. Com esta ideia central, a Citadel busca aprimorar obras que tocam de alguma maneira o espírito do leitor.

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