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quinta-feira, 6 de abril de 2023

A importância da atividade física durante a gravidez

Especialistas abordam o tema, trazendo informações e dicas de como manter uma rotina de exercícios saudável e segura durante a gestação

 

O dia 6 de abril é considerado o Dia Mundial da Atividade Física, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater o sedentarismo. Porém, como é o processo para gestantes? 

O exercício durante a gravidez não é apenas benéfico para a sua saúde, mas também para o bem-estar do seu filho. Ainda que movimentar-se mais do que o necessário possa ser consideravelmente mais difícil durante a gravidez, manter uma rotina de exercícios é extremamente proveitoso para você e seu bebê em crescimento. É recomendável manter essa rotina durante os nove meses, ainda que com algumas precauções de segurança para se manter saudável e não acarretar nenhum dano prejudicial à gestação.  

Uma das dúvidas mais comuns é referente ao quão seguro é fazer exercícios durante a gravidez, e Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) de Belém, afirma que todas as mulheres que não apresentam contra-indicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento. As mulheres devem escolher atividades que apresentam pouco risco de perda de equilíbrio e de trauma. De acordo com ela, o trauma direto ao feto é raro, mas é prudente evitar esportes de contato ou com alto risco de colisão.  

“Deve-se tomar o cuidado de não se exercitar vigorosamente em climas muito quentes e de prover a hidratação adequada, de modo a não prejudicar a termorregulação da mãe”, comenta Yara 

A ginecologista aponta que as mulheres sedentárias apresentam um considerável declínio do condicionamento físico durante a gravidez. Além disso, a falta de atividade física regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade maior a doenças durante e após a gestação.  

Há um consenso geral na literatura científica de que a manutenção de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez não-complicada proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher. 

Exercícios resistidos de intensidade leve a moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade muscular, sem aumento no risco de lesões, complicações na gestação ou relativas ao peso do feto ao nascer. Consequentemente, a mulher passa a suportar melhor o aumento de peso e atenua as alterações posturais decorrentes desse período.  

A atividade física aeróbia auxilia de forma significativa no controle do peso e na manutenção do condicionamento, além de reduzir riscos de diabetes gestacional, condição que afeta 5% das gestantes. A ativação dos grandes grupos musculares propicia uma melhor utilização da glicose e aumenta simultaneamente a sensibilidade à insulina. 

A prática de exercícios acarreta riscos potenciais para o feto em situações em que a intensidade do exercício seja muito alta, criando um estado de hipóxia para o feto, em situações em que haja risco de trauma abdominal e em situações de hipertermia da gestante. Esses fatores podem gerar estresse fetal, restrição de crescimento intra-uterino e prematuridade.  

Há algumas evidências de que a participação em exercícios de intensidade moderada ao longo da gravidez pode aumentar o peso do bebê ao nascer, enquanto que exercícios mais intensos e com grande frequência, mantidos por longos períodos da gravidez, podem resultar em crianças com baixo peso.  

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, no entanto, evidencia que uma rotina regular de exercícios só deve ser nutrida caso você seja saudável e sua gravidez seja devidamente normal, sem nenhuma complicação ou risco. "É importante discutir quaisquer precauções com o seu médico durante a consulta de pré-natal, manter-se hidratada ao longo do dia e sempre manter água próxima enquanto malha, preocupando-se em evitar atividades que possam causar superaquecimento, principalmente durante o primeiro trimestre", alerta. 

O personal trainer Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades, completa ao dizer que as piores situações ocorrem principalmente na gestação de risco, com o exemplo de gestantes com descolamento da placenta, hipertensão arterial, diabetes gestacional, e principalmente na gestante que era sedentária, e resolveu praticar exercício na gravidez.  

No caso da gestante que já era ativa e não tem nenhum risco, o exercício físico é muito bem vindo, pois melhora a capacidade de oxigenação celular, oferece maior aporte nutricional ao bebê e melhor recuperação pós parto.  

Segundo Lincoln, alguns exercícios são melhores para as grávidas, sendo eles:  

·         Breve passeios;

·         Corridas leves;

·         Natação/hidroginástica;

·         Ciclismo Reclinado;

·         Ioga pré-natal ou pilates;

·         Treinamento de resistência com pesos e faixas de exercício;

·         Treinadores elípticos e outras máquinas de cardio fixas;

·         Exercícios de Kegel; 

Outros benefícios são citados por Guilherme, como a melhora da saúde física; controle do estresse; redução nos níveis de pressão arterial; redução dos níveis de açúcar no sangue; manter níveis baixos de colesterol; ajuda no controle de peso e da gordura corporal, além da melhora na qualidade de vida.

 

“As gestantes precisam passar por consulta multiprofissional, antes de iniciar a realização de exercícios físicos. Pois eles vão variar de acordo com o perfil de cada uma. Irá ser avaliado o histórico dessa paciente, se já praticava ou não atividade física, se há alguma contra indicação para determinados exercícios. De maneira geral, todas as gestantes serão estimuladas a praticar, porém cada uma dentro do limite e indicações precisas”, orienta Yara

 

Além destes, mais cuidados devem ser tomados. Segundo Lincoln, existem alguns exercícios contra indicados de forma absoluta na gestação, como por exemplo, os saltos, luta com impacto corporal, e exercícios de alta intensidade. “Podemos dar um exemplo do exercício abdominal, ele é indicado, porém mais de 2 minutos deitada com a barriga pra cima a partir dos 5 meses (20 semanas) pode tornar incômodo e afetar a passagem do sangue devido a pressão feita na veia cava inferior, é isso pode afetar a oxigenação do bebê”, diz o personal.

 

Então, o ponto de atenção, é a fase gestacional e qual é o perfil da gestante que está praticando atividade física, e por isso se torna fundamental o trabalho interdisciplinar entre o profissional de educação física e o médico.

 

Algumas das atividades a serem evitados são:  

·         Boxe;

·         Futebol;

·         Basquetebol;

·         Esportes com raquete;

·         Mergulho; 

A nutricionista Michelle Ferreira, do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade, indica as melhores opções de dieta para grávidas que praticam exercícios. De acordo com ela, a melhor dieta deve considerar as necessidades nutricionais da gestante, estando diretamente relacionadas às condições de saúde/nutrição e ao tipo de atividade desenvolvida durante a gestação. Deve ter o equilíbrio dos macro (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (Vitaminas e minerais), para que ocorra o crescimento e desenvolvimento fetal. 

Embora muito se saiba sobre a nutrição do atleta e a nutrição durante a gravidez, ainda são escassos os estudos integrando os dois aspectos. Considera-se fundamental que diversos fatores relacionados às necessidades nutricionais na fase gestacional sejam observados, tais como: idade, paridade, intervalo interpartal, estado nutricional pré-concepção e atual, atividade ocupacional, tipo e intensidade do exercício físico, e fase gestacional dentre outros.

 

A especialista confirma que as gestantes podem tomar suplementos desde que orientados e prescritos pelo seu médico e/ou nutricionista.

 

“O whey protein, muitas vezes é utilizado independente se a gestante pratica atividade física, para complementar o aporte proteico necessário, importante para o desenvolvimento do bebê. Usando whey protein, podemos preparar shakes, que são bem aceitos por gestantes que tem enjoos e dificuldade de comer alimentos sólidos”, argumenta.

 

A creatina, vem sendo muito estudada devido seu efeito neuroprotetor, porém ainda não existem estudos com a dosagem segura e tolerada para gestantes.

 

O alerta deve ficar ligado quanto aos pré treinos que possuem cafeína na sua composição, pois o excesso de cafeína pode causar sérias alterações como diminuição do crescimento do bebê e até mesmo prematuridade.

 

 FONTES:

Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) de Belém - CRM-PA 11627 - RQE 5066.

Graduada em medicina pela Universidade do Estado do Pará, pós graduada em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em ginecologia e obstetrícia, membro da Associação Brasileira de Ginecologia Regenerativa Estética e Funcional. Atualmente é médica obstetra na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, com atuação em patologias obstétricas de alto risco.

Guilherme Renke (@endocrinorenke) - sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC).

Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), -personal trainer, criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades . CREF: 18863 G RJ. Criador do método TOP10Rounds, Lincoln Cavalcante é Personal Trainer e está presente no mercado Fitness e Wellness há 15 anos. Ficou bastante conhecido por treinar Marina Ruy Barbosa e atualmente é responsável pela boa forma das celebridades Fernanda Souza, Lívian Aragão, Isabelle Drummond, Enzo Celulari e da atleta pentacampeã Kyra Gracie.

Michelle Ferreira - nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), especialista em nutrição na saúde da mulher e fertilidade, formada pela UGF 2006, pós graduada em nutrição funcional e esportiva, especializada em saúde da mulher e fertilidade



REFERÊNCIAS:

Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal

SciELO - Brasil - Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal


Chocolate pode melhorar visão e saúde

Pesquisa aponta riscos e benefícios do alimento. Saiba como reduzir a compulsão.

 

Pesquisa da ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) mostra que o consumo de chocolate no Brasil está em alta.  Chegou a 3,5 quilos/habitante em 2020. A produção do setor também deu um salto durante a pandemia e em 2022 o País se tornou o 7º maior produtor e exportador do cacau e seus derivados no mundo. Outro levantamento da ABICAB que responde por 92% do mercado mostra que 9% dos brasileiros optam pelo chocolate amargo, 31% pelo meio amargo, 42% pelo chocolate ao leite e 18% pelo branco.

 

Riscos

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, significa que 60% dos brasileiros podem estar colocando a visão e a saúde em risco pelo consumo abusivo do chocolate branco ou ao leite. Isso porque, explica, estes dois tipos de chocolates contêm mais gordura e açúcar. Por isso, em excesso predispõem à obesidade, diabetes, hipertensão arterial e stress oxidativo. Estas alterações sistêmicas, observa, podem levar à perda da visão por:

·         Degeneração macular – degradação da porção central da retina, a mácula, responsável pela visão de detalhes.

·         Edema macular – causado pelo acúmulo de proteínas e líquidos que podem levar ao descolamento, ruptura ou sangramento da retina e causar perda da visão caso o tratamento não seja imediato.

·         Retinopatia diabética proliferativa - caracterizada pela formação de neovasos que dificultam a nutrição da retina e levam à morte de suas células.

·         Catarata – maior causa de perda da visão recuperável, caracterizada pela opacificação do cristalino, lente interna do olho. O tratamento sempre é cirúrgico e consiste em substituir o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular.

 

Consumo ideal

Não quer dizer, ressalta, que você deve deixar de saborear seu chocolate preferido nesta Páscoa, mas consumir com moderação. Queiroz Neto afirma que a quantidade ideal varia de acordo com a idade, peso, gênero, atividades físicas praticadas e estado geral da saúde. “Como referência a  OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que o consumo diário de chocolate deve ser de até 70 gramas que equivale a quatro quadradinhos de um tablete.

 

Efeito protetor

Queiroz Neto, afirma que o consumo de chocolate do tipo amargo ou meio amargo com concentração de 50% a  75%  de cacau protege a saúde sistêmica e dos olhos. Isso porque contêm:

1     Flavonoides que têm ação antioxidante e por isso diminuem o risco de desenvolver a catarata e outras doenças relacionadas ao envelhecimento.

2     Polifenóis que melhoram a circulação e flexibilidade dos vasos, evitam AVC (acidente vascular cerebral) e hipertensão arterial. Nos  olhos previnem a retinopatia diabética, a degeneração e o edema macular.

3     Triptofano um aminoácido que ajuda na produção de serotonina, neurotransmissor que regula o humor e diminui a depressão.

 

Como reduzir a compulsão

O oftalmologista destaca que há muita controvérsia sobre o vício em chocolate, os chamados chocólatras. O fato é que além do sabor, o alimento contém feniletilamina e teobromina que estimulam a produção de endorfina,  neuro-hormônio capaz de inibir a irritação e o stress. “É isso que induz à compulsão, mas não se trata de um vício. Para evitar a compulsão as dicas de Queiroz Neto são:

·         Substitua o chocolate por frutas que comprovadamente diminuem a ansiedade,

·         Faça caminhadas, exercícios físicos e relaxamento com frequência.

·         Evite os alimentos ultraprocessados que aumentam o stress.

·         Identifique e elimine os gatilhos da sua compulsão.

“O chocolate pode ser um grande aliado da sua visão e saúde. Depende de você”, conclui.

 


Medicina Nuclear é ferramenta imprescindível para a detecção e tratamento de cânceres

Especialidade é aliada de diversos espectros da área médica desde a obtenção de um diagnóstico preciso até o monitoramento da resposta de um tratamento

 

Os próximos dias 7 e 8 de abril marcam duas datas mundialmente importantes para a área da saúde. A primeira data se refere ao Dia Mundial da Saúde, instituído em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já 8 de abril é conhecido como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, criado pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC). 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). 

A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza ferramentas diagnósticas e terapêuticas de precisão para os casos oncológicos, conforme explica a Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN): “A Medicina Nuclear nos permite identificar os diversos casos de câncer em fase inicial. Além disso, devido à modernização dos métodos, os exames são realizados com o mínimo necessário de radiação, a fim de minimizar quaisquer riscos futuros para o paciente”. 

A especialidade médica utiliza substâncias radioativas que, administradas aos pacientes, possibilitam, por meio de diagnósticos precoces, o tratamento de inúmeras condições clínicas, além de servir como base para os mais diversos tipos de pesquisa na área médica. A Medicina Nuclear auxilia diversos campos da ciência da saúde incluindo-se neurologia, cardiologia, oncologia e endocrinologia. 

“Na Medicina Nuclear, é ministrado um fármaco radioativo (o radiofármaco) e a radiação é emitida pelo próprio paciente. São usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, razão pela qual eles são seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de conhecimento, as reações são menos frequentes que as relacionadas a medicamentos de uso comum, como analgésicos e antibióticos”, reforça a diretora da SBMN. 

Mais comum entre os tipos de câncer, o de pele se divide entre melanomas - que apesar de serem menos frequentes, têm um potencial de malignidade dos mais severos e exige maior atenção ao diagnóstico, além de demandar tratamento intensificado - e os não melanoma, que são os mais comuns e apresentam baixa letalidade. 

De acordo com a Dra. Adelina Sanches, com exames de imagem, a Medicina Nuclear tem amparado a classe médica, que utiliza de terapias muito avançadas, a exemplo da imunoterapia, para mudar a história natural do melanoma, reduzindo a mortalidade desse câncer de uma forma drástica. “Se antes o melanoma matava pessoas em um horizonte temporal de cerca de seis meses, agora as especialidades unem esforços para que o paciente viva muitos e muitos anos”, pontua. 

Por fim, a Dra. Adelina Sanches explica um dos principais exames que servem para detectar se o câncer está ou não espalhado: “Lançamos mão de inúmeras ferramentas de imagem, tanto para detecção das cadeias drenadoras desses tumores para os vasos linfáticos (pesquisa do linfonodo sentinela), como para um rastreamento de corpo inteiro com um equipamento emissor de pósitrons (PET/CT), que é capaz de detectar se o câncer, de maneira geral, está localizado ou espalhado. Saber isso desde o princípio é fundamental para um planejamento terapêutico adequado e maior sucesso no tratamento oncológico”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN

 

Dia Mundial da Saúde alerta para cuidados essenciais para uma vida longeva

Comemorado no dia 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde foi criado em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre questões relacionadas à saúde e estimular a criação de políticas voltadas ao bem-estar das pessoas.  

No entanto, o cuidado com a saúde não deve ser apenas uma obrigação das instituições, mas também da própria população. Manter hábitos saudáveis e estabelecer uma rotina equilibrada são essenciais para ter uma vida longa e sadia.  

De acordo com os fundadores da Bem Te Quero 60+, o psicogeriatra Vinícius Faria e a oncologista Julia De Stéfani Cassiano, alguns dos fatores fundamentais para manter a boa saúde ao longo da vida são a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e balanceada, bons hábitos de higiene pessoal e estar sempre atualizado quanto às evoluções da saúde a partir de fontes de credibilidade. Informação é cada dia mais importante devido à frequência e velocidade com que as fake news são compartilhadas.  

A gerontóloga da Bem te quero 60+, Bianca Ferreira, destaca ainda a necessidade de cuidar das relações pessoais, essenciais para a saúde mental. A partir de uma boa saúde mental, estabelece-se o bem-estar emocional, psicológico e, não menos importante, social. “A qualidade de vida está relacionada a diversos fatores e o que realmente importa é como agir para trilhar uma jornada de vida com qualidade. Com planejamento, é possível alcançar uma longevidade com mais qualidade, bem-estar e carregada de benefícios”, pontua a especialista em gestão do envelhecimento.  

Segundo a plataforma, há quatro passos considerando os pilares do envelhecimento ativo. São eles: 

  1. CUIDAR DA SAÚDE FÍSICA: não deixe de lado os cuidados com a prevenção e promoção da saúde, sempre acompanhado de especialistas. A somatória de prática constante de atividades físicas em conjunto com uma alimentação equilibrada é o primeiro passo para uma vida longeva.  
  2. SER UM ETERNO APRENDIZ: Estar sempre aprendendo algo novo ajuda a manter o cérebro ativo. Leituras, cursos, novos idiomas ou até mesmo aprender a tocar um instrumento musical. 
  3. CUIDAR DAS RELAÇÕES: uma rede de apoio e de carinho tornam a jornada da longevidade muito mais leve e alegre. Esteja sempre aberto para novas amizades, sem deixar de lado os velhos e bons amigos.  
  4. PREVINIR, SEMPRE! Isso vale para todas as idades. Cuidado às situações e aos ambientes que possam expor você ao risco. Pequenos ajustes ajudam a tornar a casa segura e, assim, evitar acidentes domésticos.  


Bem Te Quero 60+
www.bemtequero.com


Páscoa: como cuidar da saúde bucal das crianças sem proibir o chocolate

Odontopediatra da Omint explica como o chocolate pode afetar os dentes e dá dicas de cuidados 

 

O chocolate é um dos alimentos mais apreciados por crianças e adultos, especialmente em épocas festivas como a Páscoa. No entanto, o consumo excessivo de chocolate pode trazer riscos para a saúde bucal das crianças, além de outros problemas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, é importante que os pais tenham cuidado com a quantidade e o tipo de chocolate que oferecem aos seus filhos, e que incentivem hábitos de higiene bucal adequados.


“Como na Páscoa o consumo de chocolate aumenta, devemos manter a atenção com a escovação e uso de fio dental diariamente, além de limitar o consumo, não deixando com livre demanda. O chocolate contém açúcar, que é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da cárie dental”, explica Patricia Terzini, odontopediatra da Clínica Omint Odonto e Estética.

 

Açúcar, o alimento das cáries


A cárie é uma doença infecciosa causada por bactérias que se alimentam do açúcar presente na boca e produzem ácidos que desmineralizam o esmalte dos dentes, formando cavidades. A cárie pode causar dor, inflamação, infecção e até a perda dos dentes se não for tratada adequadamente. “Não existem chocolates que não causem cárie, o que existem são receitas caseiras e mais naturais para a Páscoa feitas com banana e cacau, que podemos oferecer a crianças menores”, diz Patrícia.


Além disso, o chocolate também pode estimular a sensibilidade dental em crianças que já têm a dentina exposta por algum motivo, como por desgaste do esmalte, erosão ácida ou trincas nos dentes. A dentina é a camada interna do dente, que contém túbulos que se comunicam com a polpa dentária onde ficam os nervos e os vasos sanguíneos. Quando a dentina é estimulada por alimentos gelados, cítricos ou doces, como o chocolate, pode ocorrer uma movimentação do fluido nos túbulos dentinários (canais microscópicos que irradiam por baixo da superfície do esmalte até o interior do dente), que provoca uma sensação passageira de dor aguda.

 

Para evitar esses problemas, os pais devem seguir algumas recomendações quanto ao consumo de chocolate pelas crianças:

 

- Não oferecer chocolate para crianças menores de 2 anos, pois elas ainda não têm todos os dentes formados e podem se engasgar com o alimento.


- Preferir o chocolate meio amargo ou amargo, pois possuem uma quantidade menor de açúcar e maior de cacau, e são ricos em antioxidantes e flavonoides que podem trazer benefícios para o coração e para o humor.


- Comer o chocolate depois de uma refeição, como sobremesa. É importante evitar beliscar o chocolate durante o dia todo, pois isso aumenta o tempo de exposição dos dentes ao açúcar.


- Após comer o chocolate, esperar 10 minutos - para a saliva equilibrar o pH bucal - e depois fazer uma boa escovação dos dentes com creme dental fluoretado e usar fio dental para remover os resíduos que ficam entre os dentes. 

Seguindo essas dicas, é possível aproveitar o chocolate sem prejudicar a saúde bucal das crianças. “A prevenção é sempre o melhor caminho e os produtos que nos auxiliam são os preconizados no dia a dia, como escovas, cremes dentais fluoretados e fio dental. E ainda: visitas regulares ao dentista para realizar o exame clínico, profilaxia e aplicação de flúor”, finaliza a odontopediatra.

 

Clínica Omint Odonto e Estética.

 

Comer muito rápido faz mal à saúde da criança? Fonoaudióloga responde algumas perguntas e explica os riscos


 

Especialista explica os riscos da criança comer rápido demais
FreePik

Hábito deve ser observado pelos pais e acompanhado por especialistas de diferentes áreas

 

Você conhece alguma criança que come rápido demais ou não aceita muito bem os alimentos na hora de comer? Apesar de parecer serem problemas diferentes, eles podem ter a mesma causa: dificuldade de mastigação. Para falar sobre este tema tão importante e explicar direitinho as consequências desse hábito, a fonoaudióloga Carla Deliberato responde várias dúvidas que as famílias com crianças pequenas têm diante deste assunto.  

Consumir qualquer alimento sem a mastigação adequada pode fazer com que a criança desenvolva diversos problemas de saúde. É o que alerta a fonoaudióloga Carla Deliberato: "Comer rápido demais pode trazer algumas consequências no sentido da criança se engasgar e poder vir a óbito, porque dependendo com o que ela se engasga são minutos para conseguir desengasgar. Outra consequência é que ela pode desenvolver problemas digestivos, quando a gente se alimenta de maneira muito rápida o bolo alimentar não é preparado adequadamente, então ele chega no estômago de uma maneira que não é o ideal, tornando a criança suscetível a outras questões digestivas.“

Existem estudos que apontam que comer rápido faz mal e pode causar a síndrome metabólica. De acordo com dados divulgados pela Fiocruz em março de 2022, após um encontro com as especialistas do IFF/Fiocruz, a síndrome metabólica na infância e na adolescência teve aumento na sua prevalência devido ao aumento da obesidade nessa faixa etária, o que aumenta também, os riscos de Doenças Cardiovasculares e Diabetes na vida adulta.

É preciso lembrar que a Síndrome Metabólica não é uma doença e sim um conjunto de fatores de risco metabólicos individuais. E uma das principais causas é a dieta inadequada. Existem pesquisas que apontam que as chances de desenvolver a síndrome metabólica são de 11,6% para aqueles que comem em ritmo mais acelerado. Além disso, o fato de comer rápido também pode estar associado ao aumento de peso, causando a obesidade infantil.

Por isso, é importante ter atenção aos hábitos alimentares das nossas crianças, e se atentar ao ritmo em que elas comem suas refeições. Implementar uma rotina alimentar saudável na sua casa, e monitorar a velocidade da mastigação são imprescindíveis. Carla explica que o hábito de comer rápido pode estar relacionado às questões emocionais ou até o convívio com os pais “se partirmos do pressuposto que a alimentação faz parte de um ato aprendido, se eu aprendo que eu tenho que comer vendo televisão, e comer depressa, se eu não reservo um tempo adequado para fazer minha refeição, eu vou achar como criança, que aquilo é o normal e vou seguir um padrão que me foi apresentado. Então, tudo que se relaciona ao hábito alimentar de uma família diante das refeições vai interferir diretamente no envolvimento da criança com a comida.”

Outro problema de uma alimentação inadequada é quando a criança se alimenta rápido, ela não interage com o alimento e acaba não aproveitando as características que ele proporciona na boca. Segundo a especialista, ela praticamente não sente e apenas engole. Isso não estimula o paladar infantil. 

A criança que come rápido demais tende a não mastigar como deveria, ela amassa o alimento, não processado corretamente para conseguir engolir, o que pode levar a um engasgo. Os riscos são ainda maiores para uma aspiração, se ela estiver comendo rápido demais, muito afoita, brincando ou até mesmo distraída. Carla também aponta que uma das causas dessa “pressa para comer” é “às vezes a criança quer engolir rápido para não ter o desprazer com um sabor não agradável." Mas, atenção aos papais e tutores, o certo é desfrutar do sabor do alimento e do prazer que ele proporciona, além claro do valor nutricional. Esse processo não pode ser rápido demais para que seja possível abstrair essas informações.” 

A fonoaudióloga Carla revela que  uma queixa comum entre os pais é que a criança “põe na boca o alimento e ele desaparece, ela engole de uma vez. Isso acontece porque ela não processa nada e engole o alimento inteiro. Neste caso, a criança está demonstrando que pode não saber mastigar ou que está fazendo isso minimamente.”

“Outras famílias falam que a criança não consegue evoluir na textura, só come alimentos moles, como um purê e aí quando dá um alimento mais sólido não consegue comer. Mas porque? porquê não mastiga”.  

Mas, então o que deve se observar neste processo de alimentação? Carla dá algumas dicas importantes “no processo de mastigação a criança tem que pegar o alimento, morder com os dentes da frente , lateralizar o alimento com a língua, que deve ir para um lado e para outro na boca em movimentos mastigatórios chamados movimentos de rotação. Quando a criança faz o movimento parecendo com um “coelhinho”, são movimentos verticalizados e isso pode ser um indício de que ela não está mastigando de maneira efetiva, ou quando a criança faz um bico muito grande e até parece que está mastigando, mas na verdade está só amassando o alimento com as gengivas ou contra o céu da boca e ,como ela não mastiga , ela faz esse esforço compensatório com os lábios.”

É preciso prestar atenção em alguns sinais, como no processo de mastigação a criança tem que conseguir quebrar uma torrada, ou uma bolacha com o uso dos dentes da frente e levar o alimento para a lateral da boca. “Crianças que não conseguem comer alimentos inteiros, só aceitam se estiverem cortadinhos pequeninos, isso pode estar ligado a uma questão de mastigação e isso precisa ser trabalhado. Quando não conseguem comer carnes muito fibrosas, que sejam grelhadas ao invés de cozidas, não conseguem comer essa textura mais difícil, isso é um ponto de atenção” informa a fono Carla Deliberato, que conclui falando sobre a importância de procurar ajuda profissional especializada “é muito importante o fonoaudiólogo considerar que a criança não é uma boca isolada, ela come alimentos e eles tem que estar relacionados com prazer, com desejo de querer comer e não alimentos que são oferecidos de maneira forçada. Então isso tem que relacionar a situação do ambiente, a situação do desejo em querer comer, o prazer, com a habilidade motora oral relacionada especificamente com a mastigação.” 

   

Carla Deliberato - fonoaudióloga formada pela PUC-SP desde 2003, com vasta experiência em atendimento clínico, hospitalar e domiciliar de pacientes com dificuldades alimentares (disfagia, recusa alimentar e seletividade alimentar), sequelas neurológicas e oncológicas do câncer de cabeça e pescoço, síndromes, além de atuação em comunicação alternativa e voz. Tem passagem pelo Instituto do Desenvolvimento Infantil, Clínica Sainte Marie, Hospital Israelita Albert Einstein, Associação de Valorização e Promoção do Excepcional (AVAPE), Associação para Deficientes da Áudio-Visão (ADefAV), Unidade de Vivência e Terapia (UVT), entre outras instituições. Passou a entender e atuar com recusa e seletividade alimentar por conta da maternidade, quando descobriu que a segunda filha, a Isabela, tinha resistência aos alimentos, além de sofrer com náuseas recorrentes durante o processo de introdução alimentar.


Dia Mundial da Saúde (7 de abril): como cuidar da saúde das pernas?

Exercícios físicos, meias de compressão graduada e hábitos saudáveis auxiliam na prevenção de problemas circulatórios

 

Celebrado em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo conscientizar a população sobre diversas doenças, além de incentivar políticas públicas voltadas para a saúde e bem-estar das pessoas. Nesta data, também são realizadas diversas ações para orientar a população sobre o tema. 

Um aspecto importante que nem sempre recebe a atenção devida é a saúde das pernas. Porém, com cuidados simples na nossa rotina, podemos prevenir diversos problemas circulatórios que, em muitos casos, podem ter consequências mais graves, causando dores, varizes e até tromboses. 

Confira algumas dicas para você manter a saúde das pernas:

 

·         Pratique exercícios físicos: a atividade física auxilia na circulação sanguínea, reduz o inchaço e fortalece a panturrilha, membro responsável por levar o sangue até o pulmão e coração. Caminhadas pelo quarteirão ou exercícios com o peso do corpo, em casa, já são ótimos para evitar as varizes e outras enfermidades, além de ajudar na disposição.  

 

·         Use meias de compressão: diferente do que se pensa, as meias de compressão não servem apenas para serem usadas após as cirurgias ou em tratamentos específicos. O acessório pode ser usado para ajudar na prevenção e contribuir para manter a saúde das pernas, promovendo conforto e bem-estar. A SIGVARIS GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médicapossui um amplo portfólio de meias e canelitos de compressão graduada que auxiliam no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático, proporcionando a melhora na circulação, além de promover conforto e bem-estar.

 

·         Hidrate-se: beber água ajuda a diminuir a retenção líquida no organismo, pois auxilia os rins a eliminar o sódio em excesso, facilita a circulação e é fundamental para manter o bom funcionamento do corpo.

 

·         Movimente-se: quando ficamos muito tempo com o corpo parado, seja sentado ou em pé, a circulação sanguínea fica prejudicada. Por isso, ao longo do dia, levante e mexa seu corpo, mesmo que em um pequeno espaço. 

 

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Abril Marrom: 80% das causas de deficiência visual podem ser prevenidas ou tratadas, segundo a OMS

Especialista alerta para os cuidados com a saúde ocular 

 

O "Abril Marrom" é uma campanha de conscientização sobre a prevenção e tratamento de doenças relacionadas à visão, como a cegueira e outras condições oftalmológicas. Essa iniciativa ocorre todos os anos durante o mês de abril e tem o objetivo de alertar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros com deficiência visual é de cerca de 6,5 milhões. 

A campanha busca conscientizar a população sobre os riscos de diversas doenças que podem afetar a visão, como glaucoma, catarata, retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade, entre outras. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 80% das causas de deficiência visual podem ser prevenidas ou tratadas.  

Segundo o oftalmologista Fernando Cresta, do CBV-Hospital de Olhos, o “Abril Marrom” também busca incentivar a realização de exames oftalmológicos regulares, especialmente entre os grupos de risco, como idosos, diabéticos e pessoas com histórico familiar de doenças oculares. “A iniciativa promove a conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis, como evitar o tabagismo, ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente, para a prevenção de doenças relacionadas à visão”, explica o especialista.  

O oftalmologista ressalta que a iniciativa é importante para conscientização sobre a prevenção e tratamento de doenças oculares. “É fundamental que as pessoas estejam atentas aos cuidados com a saúde dos olhos e realizem exames oftalmológicos regulares, a fim de preservar a qualidade de vida e prevenir a perda da visão”, afirma o médico.  

E, além das consultas frequentes com especialistas, o  médico do CBV-Hospital de Olhos ainda destaca alguns cuidados que devemos ter com nossa visão: 

  • Evite coçar os olhos 
  • Não use colírios sem indicação médica 
  • Evite a exposição prolongada e sem pausa à aparelhos eletrônicos
  • Use sempre óculos de sol com proteção UV


Diagnóstico de Câncer garante isenção do IRPF a aposentados e pensionistas

 Benefício legal é assegurado a contribuintes de acordo com a Lei nº 7.713/1988

 

A Lei nº 7.713/1988 vem garantindo a aposentados, pensionistas e militares da reserva diagnosticados com Neoplasia Maligna, ou seja, Câncer, como a doença é popularmente conhecida, a isenção de pagamento do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). O beneficio legal, criado para facilitar a manutenção da vida de quem enfrenta esta grave moléstia, é válido também para contribuintes que já não apresentam os sintomas manifestos da enfermidade.

No entanto, muitas vezes os órgãos e entidades públicas responsáveis pela análise e deferimento deste tipo de pedido, atrelam a concessão ou não deste direito, a presença de indícios evidentes da neoplasia maligna. Não aprovando pedidos de quem esteja em remissão dos sintomas, ou seja, um paciente assintomático.  

A decisão, no entanto, causa desencontro com o entendimento já consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, através da Súmula 627, onde o STJ disserta sobre a não necessidade de que o contribuinte, para fazer jus à isenção de Imposto de Renda, precise apresentar sintomas contemporâneos da doença da qual é portador.

Em resumo, a Lei é clara quando afirma que aposentados, pensionistas ou militares da reserva, que possuem imposto retido diretamente na fonte, que são ou foram portadores de Neoplasia Maligna, ainda que em remissão ou já curados, possuem direito sim, à nulidade de pagamento do tributo, sem que exista a necessidade de comprovar a existência dos sintomas no momento em que o pedido for encaminhado.

Como comprovar a existência da patologia?

Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, para obter essa comprovação, o paciente deve procurar o clínico ou especialista que o acompanha no tratamento da enfermidade em questão, e solicitar o documento que comprove a existência da doença grave. Caso, o profissional da saúde que faz o acompanhamento do doente não possa emitir os documentos necessários, uma vez que, de acordo com exigência do Conselho Federal de Medicina, os mesmos só podem ser assinados por especialista na área, é possível buscar atendimento em outras unidades de saúde ou médicos específicos do campo de tratamento da patologia.

Direito Tributarista

Fabrício Klein é advogado e dirige o escritório Fabrício Klein Sociedade de Advocacia, que tem atuação em nível nacional. Mestre em Economia, pós-graduado em Direito Civil e em Direito e Economia, todos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é também pós-graduado na modalidade Master in Busisness Administration pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de cursos de graduação e pós-graduação em Brasília e Porto Alegre. 

Links com informações adicionais

https://www.fabriciokleinadvocacia.com.br/artigos/aposentados-pensionistas-e-militares-inativos-diagnosticados-com-neoplasia-maligna-cancer-tem-direito-a-isencao-do-irpf-mesmo-quando-curados/

https://www.fabriciokleinadvocacia.com.br/artigos/irpf/aposentados-e-pensionistas-diagnosticados-com-cancer-neoplasia-maligna-tem-direito-a-isencao-de-imposto-de-renda-irrf/

Pesquisa do CEUB analisa efeitos do Lúpus na autoimagem e autoestima

Medidas para o bem-estar psicológico e qualidade de vida de mulheres devem fazer parte do combate à doença

 

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica que exige cuidados contínuos e prolongados, mas ainda é pouco discutida na sociedade. Como os sinais e sintomas (manchas e feridas na pele) estão relacionados à aparência, o Lúpus, que afeta principalmente mulheres, tem reflexo direto nos aspectos emocionais e nas relações sociais. A dificuldade em lidar com as mudanças no corpo e os efeitos colaterais dos medicamentos podem levar a isolamento e depressão – alerta pesquisa de estudantes de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB).

Para entender o cenário do LES, os pesquisadores João Victor Machado e Marina Fiúza analisaram 31 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais no período 2015 a 2022 que utilizassem a temática da autoimagem e da autoestima às pessoas com lúpus. "Em muitos artigos, pacientes relataram sentir-se envergonhados, ansiosos e com baixa autoestima devido às lesões na pele e mucosas, aumento de peso e queda de cabelo, associados aos distúrbios da imagem corporal”, apontam os pesquisadores.

O estudo também revelou que as pacientes sentem dificuldade em aceitar as mudanças em sua aparência, o que pode levar a sentimentos de isolamento e depressão. O tratamento, por sua vez, pode afetar ainda mais a autoestima das pacientes, devido aos efeitos colaterais dos medicamentos, como ganho de peso e queda de cabelo. Outros fatores apontados são os que pioram a qualidade de vida de quem convive com a enfermidade: idade avançada, pobreza, menor nível educacional, questões comportamentais, manifestações clínicas e comorbidades.

“Com esse estudo, contribuímos para uma compreensão mais ampla e profunda sobre o impacto do LES na vida das mulheres afetadas pela doença”, destaca o estudante João Victor Machado. Segundo Marina Fiúza, também autora do estudo, apesar de o Lúpus ser mais comum do que se imagina, pouco se sabe sobre a doença no Brasil. "Tendo em vista uma melhor qualidade de vida dessas pessoas, é de extrema necessidade agir para minimizar os malefícios da doença e o desconhecimento da população em geral", frisa.

Dentre as estratégias de enfrentamento aos impactos causados na autoimagem das pacientes, a bibliografia propôs uma série de cuidados multidisciplinares que incluem recomendações de uso do protetor solar, preferência para gravidez nos períodos de remissão da doença, contraindicação de álcool e drogas, prática de atividade física regular - sempre respeitando o período de crise. Alternativas também foram citadas, como o uso de maquiagem especial para as pacientes e grupos de apoio para promover a autoestima das atendidas.

A orientadora da pesquisa, Dra. Phaedra Castro, professora de Medicina do CEUB, destaca que, mais do que o acompanhamento de parâmetros clínicos e laboratoriais, o cuidado de condições crônicas deve considerar as diferentes perspectivas da vida do sujeito. "Dessa forma, a individualização das orientações por meio do desenvolvimento de planos terapêuticos específicos para cada pessoa se mostra mais efetiva, promovendo tanto resolutividade como qualidade de vida", completa a docente. 

 

Sobre o Lúpus


De origem autoimune, o Lúpus age no sistema imunológico e começa a atacar tecidos saudáveis em vez de combater infecções e doenças. De acordo com relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, o LES é uma doença rara e sua incidência no Brasil é de aproximadamente 3,4 casos para cada 100.000 habitantes. A doença é mais comum em mulheres do que em homens, com uma proporção de cerca de 9:1. A doença geralmente afeta jovens adultos, com a maioria dos casos diagnosticados entre 15 e 45 anos de idade.


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