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sábado, 18 de fevereiro de 2023

Conheça as sete músicas que serão os grandes hits do Carnaval 2023

O Kwai selecionou canções de artistas e grupos nacionais que estão bombando no aplicativo e que devem ser a trilha sonora das festas de Carnaval em todo o Brasil


Com a chegada do Carnaval, muitos artistas e músicos se preparam para lançar os hits que prometem ser "a trilha sonora" dos festejos –seja no bloco, nas baladas ou mesmo em casa, curtindo a folia. Afinal, a música é a alma e o motor do Carnaval Brasileiro.


Como selecionar um único hit seria uma tarefa árdua e quiçá até injusta, dada a diversidade musical e de estilos do nosso país, o Kwai, app de criação e compartilhamento de vídeos curtos, selecionou sete músicas que estão bombando no aplicativo e, desde o início de fevereiro, vêm embalando festas de Carnaval pelo Brasil. São hits que passeiam pelos diferentes estilos que dão cara e forma a música brasileira hoje: funk, sertanejo, pagode baiano, forró e pop, cantados tanto por artistas novatos em ascensão, como Oh Polêmico, quanto por medalhões, como Naiara Azevedo e Anitta. Confira nossas apostas:


Deixa eu Botar meu Boneco, de Oh Polêmico
O cantor e compositor soteropolitano Deivison Nascimento, conhecido como Oh Polêmico, é destaque do pagodão baiano desde 2020, quando emplacou hit atrás de hit, como "Online e Metendo", que viralizou quando ele ainda era vocalista da banda O Metrô, e "Samba do Polly", sucesso em 2022. Sua nova música, desta vez feita para bombar não só no Carnaval da Bahia, mas no do Brasil inteiro, é "Deixa eu Botar meu Boneco", que tem levada, ritmo, letra e dancinha que são a cara do Carnaval e que todo mundo já conhece. 


Love Gostosinho, de Nattan e Felipe Amorim
Lançado em dezembro do ano passado, esse forró romântico é a aposta de dois cearenses para bombar no início de 2023: o novo muso do estilo Nattan e Felipe Amorim. O hit já vem bombando nas redes sociais desde dezembro do ano passado, quando foi lançado junto a uma coreografia, claro, e promete não ficar de fora de nenhum setlist de bloquinho ou festa animada durante o Carnaval. 


Namora Aí, de MC Ryan SP, Mc Daniel e Kotim
Dois dos funkeiros do momento, Ryan SP e MC Daniel, se juntaram ao jovem produtor Kotrim para fazer muita gente rebolar ao som de mais um hit, chamado "Namora Aí". A música tem batida intensa e letra que incentiva a solteirice e a pegação, ou seja, é uma trilha sonora perfeita para embalar os festejos carnavalescos mais quentes. 


A Noite do Golpe, de Àtttooxxá
O grupo baiano responsável por uma original mistura de música eletrônica com pagode baiano acabou de lançar um novo single que promete tocar muito no Carnaval. "A Noite do Golpe" é o primeiro single do ano da banda (que promete um disco novo ainda pra esse semestre!) e reúne os elementos básicos responsáveis pelo sucesso do grupo: muito groove, balanço e energia lá em cima. 


Palhaça, de Naiara Azevedo e Ana Castela
A rainha do sertanejo Naiara Azevedo chamou Ana Castela, sul mato-grossense que é hoje a cantora brasileira mais ouvida no Spotify, para criar esse hit animado que fala de tipos de mulheres solteiras que encontramos por aí: nas festas, nos blocos, etc. Com apenas 19 anos, Ana estourou em 2022 com "Pipoco" e, desde então, já lançou hits com nomes em destaque do sertanejo pop, como Israel e Rodolfo, Us Agroboy e Zé Felipe, entre outros.


Ai Papai, de Aniita, Mc Danny e Hitmaker
A parceria da superstar Anitta com a MC Danny, sensação do funk carioca que estourou com o hit “Vapo Vapo”, não poderia ter outro resultado senão um mega hit grudento, envolvente e perfeito para embalar uma pista ou um bloco animado de pop ou funk. A música ainda conta com a participação do duo Hitmaker, queridinho das divas de pop nacionais.


Sou Má, de Ludmilla e Tasha & Tracie
Depois de  fazer parte da icônica apresentação de Ludmilla no Rock In Rio do ano passado, a dupla de rap Tasha & Tracie, formada por duas irmãs gêmeas talentosíssimas e empoderadas, ganhou projeção nacional e agora participa do mais novo hit da cantora carioca, "Sou Má". O resultado é inovador e representa a excursão de Ludmilla em uma nova vertente, o trap. Cheia de energia e rimas, a música tem tudo para estourar.


Kwai
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8 ideias para cumprir as promessas de Ano Novo em 2023

Pesquisa realizada nos EUA com mil pessoas, trouxe que entre os compromissos mais comuns estão tópicos como emagrecer, se alimentar melhor, aprender algo novo, entre outros

 

Começos de ano são cheios de promessas pessoais. Talvez isso aconteça porque o fim do ciclo de um ano estimula as pessoas para novas ambições. Há quem diga que até são necessários esses novos começos para deixar ir e alimentar a esperança. 

De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com mil pessoas, entre as 10 promessas mais comuns de ano novo estão tópicos relacionados a cuidar mais da saúde, emagrecer, se alimentar melhor, aprender algo novo, parar de fumar/beber, entre outros. 

Como os brasileiros não são tão diferentes assim na hora de fazer aquela listinha de resoluções, elencamos algumas coisas que podem te ajudar a alcançar seus objetivos:

 

Ter uma rotina mais saudável

A fatia da população brasileira que utiliza as academias e centros esportivos não passa de 5% e segundo a OMS, 47% dos brasileiros não praticam atividade física, o que impressiona e também evidencia o potencial de crescimento do setor fitness no país. 

Mas existe uma solução para quem não gosta de academia e/ou não tem muito tempo para se exercitar: a e.body, uma rede de estúdios fitness que tem a meta de tirar 10 mil pessoas do sedentarismo até 2030. A “academia do futuro” oferece treinos e acompanhamentos individuais e personalizados, sendo necessário somente duas aulas de 20 minutos por semana para ter uma vida mais saudável. 

Eles aliam aos exercícios a tecnologia de EMS (Eletroestimulação Muscular), 18 vezes mais eficaz que a musculação comum e o melhor é que não precisa ficar pegando peso como nas academias convencionais. Com uma roupa especial, um colete de eletrodos e acessórios de fixação para os membros superiores e inferiores, o equipamento trabalha até 300 músculos simultaneamente usando apenas o peso do próprio corpo. 

São 8 unidades em São Paulo e as aulas saem a partir de R90.

 

Ganhar mais dinheiro e ter mais tempo para a família

Quem não deseja ganhar mais trabalhando de casa e ser livre do caos das metrópoles? Se essa resolução está nos seus planos para 2023, uma ideia é migrar para profissões ligadas à Tecnologia da Informação. As vagas em TI normalmente possuem altos salários e oferecem maior chance de trabalhar remotamente. Para quem busca por isso e ainda não é da área, ou é e deseja dar um ‘up’ na carreira, uma opção é escolher um dos mais de 30 programas profissão e cursos especializados da Mentorama, escola online focada nas profissões digitais mais procuradas pelo mercado e pioneira no país a oferecer aulas com mentores. Os especialistas oferecem aulas ao vivo e ajudam os alunos a atingir os respectivos objetivos educacionais, explicando conteúdos complexos de forma simples. Na edtech, os alunos ainda são orientados até a procura de um emprego por meio de aconselhamento individual de carreira. A Mentorama também tem o compromisso de acompanhar de perto os estudantes para que tenham sucesso. Aproveite e conheça mais sobre a escola, cursos e programas.

 

Organizar as finanças

Outra grande promessa de virada de ano, é juntar dinheiro e organizar a vida financeira, essa meta, no entanto, pode se tornar muito difícil, considerando ainda os gastos que acontecem no começo do ano, como IPTU e IPVA. 

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a parcela de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,9% em novembro de 2022. A taxa ultrapassou os 75,6% do mesmo mês em 2021. Para romper esse ciclo, organização é a palavra-chave, e a tecnologia pode ser uma grande aliada. Aplicativos como a Mobills, por exemplo, estão disponíveis na palma da mão e podem ser acessados em qualquer momento. A plataforma de soluções financeiras foi criada para auxiliar em qualquer meta que o usuário trace, seja sair das dívidas, juntar dinheiro, escolher qual o modelo de investimento mais adequado para cada pessoa e mais. 

Depois que as finanças estiverem em ordem, é hora de pensar no próximo passo: fazer esse dinheiro render. Para isso, há diversas opções de investimento, dos mais arriscados aos mais conservadores. Plataformas de previdência privada, como a Saks, oferecem várias possibilidades, sendo que o investimento pode começar em valores acessíveis, a partir de 100 reais. Esse modelo de investimento é bem mais rentável que a poupança, por exemplo, e pode ser feita por qualquer um, em qualquer lugar e a qualquer momento.

 

Ser mais solidário e ajudar pessoas

Uma das resoluções que volta e meia surgem nas listas pessoais é de se atentar mais para a realização de ações solidárias. Isso acontece em grande parte porque é no final do ano, com o Natal, que campanhas relacionadas a doações ganham espaço no dia das pessoas. 

Para tornar estes momentos uma parte da vida, não mais uma exceção, há soluções como a Doare, plataforma desenvolvida por empreendedores sociais de Santa Catarina que permite que as pessoas se cadastrem como doadoras recorrentes de ONGs (organizações não governamentais) disponibilizadas por lá.

“Conhecer uma ONG que se conecte com seu perfil, com seus valores e princípios, conectar-se a ela e ajudá-la de forma recorrente é uma forma de incorporar ações solidárias no seu dia a dia. Além disso, esse modelo ajuda a fortalecer a cultura de doação no Brasil”, explica Ruy Fortini, CEO da iniciativa que desde 2012 se engaja em ações envolvendo empresas, pessoas e iniciativas filantrópicas.

 

Passar em uma prova importante (Concurso Público ou Vestibular)

Algumas provas, como concursos públicos e vestibulares, são determinantes para o futuro e a trajetória profissional de muitos brasileiros. Assim, muitos jovens e adultos prometem dedicar muitas horas de estudo para conseguirem conquistar seus objetivos. Para que o desânimo com uma matéria/assunto difícil não comprometa a concretização de um sonho, o concurseiro ou vestibulando pode usar a internet em seu favor e buscar aulas online com professores cadastrados em ferramentas como o GetNinjas, maior aplicativo para a contratação de serviços do país. A plataforma, possui uma categoria específica de aulas que visa conectar estudantes com especialistas em assuntos diversos, desde técnicas de redação até matemática.

 

Aprender algo novo

Em 2022, cerca de 50 mil pessoas aprenderam novas habilidades para ganhar dinheiro com o incentivo da eduK, uma plataforma de geração de renda que já ajudou 9 milhões a aprenderem algo novo, a fim de faturar aquela graninha! A eduK se posiciona como uma ferramenta com a qual você pode contar em todos os momentos, seja quando o interesse for um hobby, em abrir um negócio ou ganhar uma grana extra. Mas a falta de tempo é, muitas vezes, o maior empecilho para começar ago novo. E isso, ficou ainda mais evidente após a pandemia, em que as atividades profissionais e pessoas se misturaram e passaram a ocupar, inclusive, os mesmos espaços físicos. Na eduk, um dos 5 cursos mais procurados em todo ano passado foi de Gestão de Tempo para empreendedores criativos, aberto e gratuito para todos. E para começar 2023 com força total e grandes resultados, a plataforma está com promoções de até 50% de desconto na primeira anuidade! Venha conhecer, com a eduK tudo fica mais fácil!
 

Cuidar da saúde de forma integrada

Contratar um plano de saúde é uma forma de garantir acesso a cuidados médicos em caso de necessidade. É importante pesquisar diferentes opções de planos de saúde e escolher aquele que melhor atende às necessidades e ao orçamento. A Sami, healthtech que é a revolução dos planos de saúde, nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à saúde de qualidade. Em um mercado comoditizado que hoje possibilita que apenas 25% dos brasileiros tenham plano de saúde, a Sami conta com time de saúde formado por médico, coordenador e enfermeiro - para oferecer cuidado integral, e uma rede credenciada de referência, com hospitais como Beneficência Portuguesa, Oswaldo Cruz, Pró-Matre, entre outros, a um custo-benefício condizente com a realidade do país, sem reajustes que ultrapassem a inflação, por exemplo.

 

Ansiedade: mal do século ou mal da nova geração?

Há alguns anos, a depressão chegou a ser considerada como o “mal do século XXI”, com dados da própria Organização Mundial de Saúde (OMS), falando sobre uma suposta epidemia de depressão. Muitos debates foram levantados acerca da doença, inclusive aquele que questiona se os casos estão realmente aumentando ou se só estamos diagnosticando de forma melhor. No entanto, um outro mal parece assolar a maior parte da nova geração (chamada de geração Z), que desponta agora no mercado de trabalho e na vida: a ansiedade.  

Se a depressão foi considerada o mal do século XXI até este momento, seria a ansiedade o mal da segunda metade do século, em que os jovens já estarão na terceira idade ou na meia idade?

 

A ansiedade

Antes de falar sobre a ansiedade e o suposto “novo mal do século”, precisamos entender o que ela é e de onde ela vem. Podemos dizer que ela é prima do medo, e se baseia em uma emoção vaga, bem desagradável e que nos traz tensão. Ela prepara o nosso “eu primitivo” para a batalha. Nós carregamos um DNA primitivo ainda, aquilo que chega pra gente por meio do instinto e, nas épocas primitivas, o medo e a ansiedade eram coisas boas, porque eram as coisas que nos mantinham vivos. Preparados para a fuga ou para a batalha. A ansiedade e o medo então, sinalizam para nós algumas ameaças antes mesmo delas acontecerem. Além disso, ela pode melhorar nossa performance, nos proteger de estranhos e reduzir o excesso de autoconfiança. 

No entanto, tudo tem um limite e é além desse limite que está instaurada a “ansiedade-mal-do-século”. É quando todo esse medo se torna uma tensão constante que impossibilita o relaxamento, gerando insônia, tremedeira, palpitações, sudorese e outros sintomas.

 

Possíveis causas

Estar ansioso é diferente de ter uma ansiedade patológica, isto é, um transtorno de ansiedade. Todos nós experimentaremos os sentimentos que retratei no tópico anterior em algum momento da vida. Seja por medo, por alegria ou por expectativa, nós estaremos ansiosos e isso é um sentimento normal, que precisa ser acolhido. O ponto é quando isso passa do limite e se torna patológico. A ansiedade não se torna mais pontual e se torna quase que uma âncora na nossa vida.

É fato que o nosso mundo mudou e a ansiedade parece vir intrínseca a essa mudança. Se ela é prima do medo, ela é uma prima que pode se tornar uma visita indesejável, já que no medo, conhecemos as causas que geram aquele sentimento, na ansiedade, não. As causas são difusas, conflituosas e, até mesmo, desconhecidas e vagas. É sentir medo por algo que nem sabe se vai acontecer. Mas, é compreensível nessa nova era do mundo, por isso, é preciso cuidado.

Estamos numa época em que a informação circula livremente, a todo o tempo. Nós temos acesso às informações literalmente na palma da nossa mão, pelo celular. E a primeira geração a ter que se adaptar com essa nova realidade, foram os jovens, que hoje citam a ansiedade como mal do século. Foi preciso se adequar ao novo mercado de trabalho para conseguir estar inserido nele - já que as dicas dos pais não valiam mais de nada. Foi preciso aprender as novas tecnologias na raça - já que não tinha ninguém antes para ensinar. Foi preciso quebrar paradigmas e preconceitos enraizados há muito tempo na sociedade - sem nada além das próprias convicções. A nova geração, chamada de geração Z (pessoas que nasceram entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010), chegaram para participar dessa mudança. E toda mudança exige lidar com o desconhecido. Mudança gera medo. E o medo do desconhecido é o quê? A ansiedade.

A grande quantidade de informações e o medo de perder alguma coisa, também chamado de "FOMO - Fear Of Missing Out" é quase um sintoma “obrigatório” quando a gente fala de ansiedade na nova geração. A ânsia de sempre aprender mais, sempre estar a frente e sempre ser o primeiro está tornando a resposta biológica do nosso corpo, presente no nosso DNA desde a eras primitivas, em patologia.

 

O que fazer, então?

É preciso falar sobre ansiedade. Explicar que ela é uma resposta biológica do nosso corpo e que devemos saber interpretar e sinalizar quando ela passa do limite, quando ela se torna patológica. E claro, também é preciso conscientizar sobre prevenção e tratamento. 

Numa era de tanta informação, a informação de saúde acaba ficando em segundo plano. A geração Z não se desliga. Trabalha vinte e quatro horas por dia e nos intervalos, pesquisa notícias, curiosidades, informações…. O tempo todo lidando com o desconhecido.

Dessa forma, com a informação, que as pessoas já consomem (só não são 100% confiáveis ainda), a ansiedade pode não se tornar um mal do século, como é sabido da depressão. Ainda dá tempo de mudar o cenário.

É preciso conscientizar que os momentos de descanso, de ócio e de desligamento são tão importantes quanto os momentos de atividade. E claro, a visita ao médico sempre que sentir que algo saiu do limite. 

A ansiedade, uma vez compreendida e entendida, pode ser facilmente manejada. Psiquiatras, psicólogos, psicanalistas e psicoterapeutas devem atuar em conjunto para conscientizar e remediar - seja por medicamentos, por processos terapêuticos e até mesmo, pela fala. A fala pode curar e deixar alguém com ansiedade falar, é uma grande forma de colocar para fora todo aquele sentimento pressionado e escondido.

 

Gabu Camacho - jornalista, psicoterapeuta e autor de três livros LGBTs. Escorpiano com ascendente em Capricórnio, lê e escreve desde os quatro anos, quando aprendeu a inventar pequenas histórias para seus amigos. Nasceu em São José dos Campos, mora em Taubaté e gosta de estudar sobre a vida, o universo e tudo mais, enquanto sofre diariamente esperando a próxima visita do carteiro. Atualmente, além de criar conteúdo na internet articulando autoconhecimento e espiritualidade, também se dedica aos consulentes, presencialmente e on-line, e à Helpis Comunicação & MKT, empresa que fundou na área de marketing para ajudar outras empresas a se comunicarem melhor

 

Depressão pós-férias: volta ao trabalho pode provocar sensação de tristeza profunda

Diversão não precisa terminar com o fim das férias/DIVULGAÇÃO

Coordenadora do curso de Psicologia da Anhanguera faz orientações para manter a saúde mental no retorno às atividades do serviço


Voltar à rotina de trabalho após o período de férias pode ser um desafio para algumas pessoas. A sensação de angústia e tristeza nas vésperas de uma segunda-feira, mesmo após dias de folga e relaxamento, é considerada normal por especialistas. O quadro se torna preocupante quando o indivíduo enfrenta estados de melancolia profundos e constantes -- nesses casos, a situação é classificada como depressão pós-férias e é necessária a intervenção de um profissional.

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Daniele Eloise Kobayashi, o caso pode ser identificado por meio de sintomas como a falta de concentração, mau humor e insônia recorrentes. “Geralmente, o gatilho desses sinais acontece após uma fase de emoções intensas, com liberação de hormônios do estresse após episódios importantes, como o das férias, por exemplo”, afirma.

Em um levantamento apresentado em 2020 pela Associação Internacional de Gestão do Estresse (Isma), 23% dos brasileiros sofrem com a depressão pós-férias. O trabalhador nessa condição pode encontrar problemas em tarefas simples do dia a dia, como tomar banho, cuidar da aparência ou da casa e até em se levantar da cama. Essa situação pode perdurar por mais de três semanas, caso não haja acompanhamento de um psicólogo.

A docente da Anhanguera destaca dicas para prevenir a depressão pós-férias na volta ao trabalho:

Conclusão de tarefas. Antes de tirar os dias de descanso, é necessário criar uma lista de atividades que precisam ser finalizadas antes do período de férias. Dessa forma, o servidor não terá trabalho acumulado no retorno ao expediente.

Organização do primeiro dia. É importante separar a primeira manhã da volta ao serviço para planejar as ações que serão realizadas no novo ciclo. Bloquear o calendário pessoal do profissional é necessário para que seja possível desenvolver uma visão crítica do que precisa ser priorizado ou não.


Compartilhar experiências. Um momento de café com os colegas para contar como foram as férias é interessante e traz benefícios para a saúde mental no ambiente de trabalho, principalmente quando é preciso equilibrar o possível estresse do volume de demandas criadas com a ausência do funcionário.


Retorno de viagens. Não é recomendado voltar de viagem um dia antes de acabarem as férias. A organização pessoal também é necessária nesse período e separar dois dias para realizar as obrigações da casa, antes do recomeço na rotina de trabalho, aumenta a sensação de relaxamento.


Novos hábitos. Algumas atividades típicas das férias, como trilhas na natureza e idas a restaurantes, podem ser adotadas ou adaptadas a uma semana comum. Manter a vida social com amigos e familiares, dias de massagem, visitas a parques e museus ou até atividades dentro de casa podem tornar a rotina mais movimentada e saudável.

 

Anhanguera

https://www.anhanguera.com

 

Fanatismo: a doença da certeza

O fanático é aquele que não duvida. É uma pessoa inteira, plena, sem fraturas. Por isso, completamente fora da realidade. Tudo, na natureza física e humana, é contingente, precário, fluido e temporário. Mas na mente do fanático isso não é real. Para ele, o certo é aquilo que é possível submeter a uma régua absoluta e atemporal. O resto, o que não se enquadra, encaixa, adequa, é falso, perigoso. Por isso deve ser eliminado, anulado, cancelado, expulso. Porque macula, ameaça, interrompe, corrompe a pureza do certo, que é certo porque não admite circunstâncias.

O fanático quando pensa desse jeito, não pensa em si. Age pelo que considera ser o bem dos outros. Sente-se responsável por acreditar ser um dos poucos a enxergar limpidamente, enquanto tantos não conseguem dissipar a nuvem escura que se forma diante de seus olhos. E, por causa disso, precisam ser guiados, mesmo contra a sua vontade, pois se trata de uma vontade condicionada pelo mal, portanto, falsa, traiçoeira, ignóbil. 

O fanático não se importa que a maioria pense diferente dele, porque conhece o sentido da palavra “eleito” e sabe que poucos terão acesso ao conteúdo verídico do que, de fato, faz diferença. E os eleitos, porque são os eleitos, têm o dever de nunca se eximir de suas responsabilidades, seja contra os hereges - que desvirtuam a verdade -, seja contra os inocentes - que desconhecem e são fracos diante dos argumentos dos falsos. 

O fanático vê-se como um salvador, um libertador. E tudo o que  enxerga de puro e belo em si é o que faz com que seja um agente perigoso para qualquer sociedade democrática e plural. 

Há fanatismo em todas as instâncias. Há o fanatismo político, de costumes, o fanatismo de ideias e de crenças. E, como é possível imaginar, existe uma irresistível atração entre as diversas formas de fanatismo, criando correntes que se aliam ou mesmo se sobrepõem, ou ainda se enfrentam - fanáticos contra fanáticos -  em facções nas quais uma exigência maior de postura ou pensamento cria uma camada ainda mais profunda de distanciamento da realidade, aprisionando o fanático em um mundo próprio, impermeável, quase insondável, ao qual é comum (e equivocado) chamar de loucura.

O fanatismo é resultado de uma busca simplória de explicação das complexidades da vida e dos indivíduos. O fanático é, por definição, um ignorante. Não propriamente um ignorante por falta de condições, acesso ao conhecimento, mas, muitas vezes, por recusa deliberada. Quantos professores, médicos, advogados, pessoas com idade e experiência abriram mão das convicções construídas pela civilização e embarcaram no universo místico das certezas dadas e irrefutáveis. O fanático é um desistente da vida. É um entusiasta da ideia de que carrega consigo um segredo que precisa ser partilhado por todos, a qualquer custo. Daí o risco que representa.

É comum afirmarmos que o contrário da verdade é a mentira. Mas o contrário da verdade é a certeza. A verdade é sempre histórica, mesmo que algumas dessas verdades - particularmente os axiomas matemáticos -  sejam bastante resilientes ao tempo. No entanto, mesmo elas, acabam, em algum momento, sendo questionadas. 

Sócrates, quando formula sua crítica aos sofistas, diz que sabe que nada sabe, mas busca sempre o saber. É um amante do saber e não um sábio. Ser um sábio é ter chegado ao fim da estrada e ela nunca tem um fim. Dessa resistência - que custou-lhe a vida -, Sócrates deixou o legado que é tão importante resgatar: lutar contra essa doença da certeza que nos encurrala na superfície de frases soltas e gestos violentos, e assumir na nossa contingência e fragilidade nossa maior virtude: a de sermos projeto individual e projeto coletivo, capazes de pensar utopias e construir soluções mais amplas, plausíveis e compartilháveis para o nosso tempo.

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros

 

7 principais medos da mulher moderna

Neste 8 de março, escritora Michelle Poler elenca os desafios mais marcantes no universo feminino


Divulgação | Freepick

A emancipação feminina permitiu que as mulheres conquistassem direitos e espaços nunca antes alcançados. Com isso, a imagem de que elas são poderosas e destemidas foi elevada à potência máxima. Esse quadro ganha mais dimensão conforme se aproxima o dia 8 de março. Mas há uma série de receios que assombram a vida da maioria delas.

Com bom-humor e linguagem acessível, a escritora e “enfrentadora de medos” Michelle Poler elenca os sete desafios mais marcantes da mulher moderna, que também estão presentes no livro E aí, medo?, lançado no Brasil pela editora Hábito. Coloque a sororidade em prática neste Dia Internacional das Mulheres com os conselhos de quem já explorou todo os tipos de desconhecido!

1) Dor: “Menina, você NUNCA vai poder ter filhos assim!”, qual mulher nunca escutou essa frase em uma situação de dor iminente? Seja no consultório médico, na manicure ou na depilação: isso não ajuda em nada. Crie desafios que vençam esse medo. Por exemplo: marque uma sessão de acupuntura ou experimente uma comida picante. E não dê ouvidos para quem quer diminuir a sua dor – ela é só sua!

2) Perigo: evite coisas que possam ser fatais – é claro – mas também aprenda a viver a vida em sua plenitude. Aqui a palavra é cautela. Michelle já flertou com coisas bem desafiadoras como segurar uma tarântula e uma cobra ao mesmo tempo e mergulhou com tubarões. Tudo isso com supervisão e em locais mega seguros!

3) Vergonha: esse medo está intimamente ligado à necessidade de se sentir incluída. Ele limita muito a capacidade de ser autêntica, mas também poda a individualidade. Quem mais sofre com esse temor são as perfeccionistas. Mas por que ser a MELHOR se você pode ser DIFERENTE?

4) Rejeição: ouvir um NÃO é uma das coisas mais difíceis que o ser humano pode enfrentar. É quase a mesma coisa que dizer VOCÊ não é boa o suficiente. Prejudica a autoestima e mina a autoconfiança – por isso é natural tentar evitá-la ao máximo. Para superá-la não tem outro jeito: aprenda a se expor e a lidar com as críticas.

5) Solidão: talvez seja o medo com maior consequência para as mulheres na contemporaneidade. Muitas preferem a companhia do boy lixo do que suportar o fato de ficar só. Claro que isso depende muito da personalidade de cada uma – passar um tempo na própria companhia pode ser maravilhoso.

6) Nojo: esse é o medo que mais faz sair da zona de conforto e a maioria das mulheres preferem evitar. Usar uma cabine sanitária ou comer algo exótico estão na lista de coisas nojentas temidas pelo público feminino. O sentimento de repulsa pode ser tanto físico como moral. Este último é mais difícil de lidar e pode de fato ser desconfortável, mas pense sempre no seu bem-estar físico e mental.

7) Controle ou a falta dele: levanta a mão quem também quer controlar tudo? Com certeza ninguém ergueu a mão! Porque os “loucos” por controle nunca levantariam a mão em público. Esse medo não nos permite viver no presente e, quanto mais se tenta controlar a vida, menos se é capaz de aproveitá-la. Se joga e aproveita o agora ao máximo! 


Divulgação | Editora Hábito

Ficha Técnica:

Título: E aí, Medo?
Autora: Michelle Poler
Editora:  Hábito 
ISBN: 978-65-996667-9-7 
Páginas:  352 
Preço: R$ 84,90 
Onde encontrar:
https://amzn.to/3MKpkGG  

 

Sobre a autora: Nascida e criada em Caracas, na Venezuela, Michelle Poler é uma empreendedora social criativa e apaixonada, palestrante e estrategista de branding.  Foi convidada para falar em lugares como TEDx, Google, Yum Brands, Facebook, Wells Fargo, ESPN, Netflix, Procter & Gamble, Microsoft, Toyota e muito mais. Michelle também é a criadora do projeto 100 Dias Sem Medo.Site:
www.michellepoler.com

Facebook: /hellofears e /michellepoler 
Instagram: @hellofears e @michellepoler 
Twitter: @hellofears e @michellepoler You
Tube: Hello Fears

 

Por que as pessoas tendem a se autossabotar?

A vida é marcada por diversas crises e inúmeros desafios. É durante essas dificuldades que somos surpreendidos por um senso de estagnação, sem entender por que não progredimos. Atenção! Este pode ser um forte indício de autossabotagem. A tendência é pensar: "Mas, autossabotagem? Quem faria uma loucura dessas?", "como uma pessoa pode trabalhar contra ela mesma?".

A autossabotagem acontece na tentativa de se autopreservar. Uma pessoa não se sabota com a intenção de se prejudicar, mas para escapar de situações e sentimentos desconfortáveis gerados nas situações da vida e trabalho. Ao invés de buscar expansão enfrentando a dor e os medos do crescimento, passa a se proteger da possível crítica, rejeição, perda, falta de reconhecimento, ou do medo de perder valor aos olhos do outro.

Mas afinal, como vencer a autossabotagem? Existem algumas habilidades que podem auxiliar nessa luta contra a estagnação. A primeira delas é conscientizar-se do personagem adotado para se autopreservar. Cada um de nós lida com o desafio de estar à altura, de se sentir capaz, de atender às expectativas e se sentir aceito, e é nesse momento que o medo atua levando as pessoas a criarem personagens com comportamentos contraproducentes. Alguns acionam o ego brigão, outros se escondem em uma caverna e tem aqueles que se promovem de maneira exagerada.

Todos esses personagens disfuncionais são gerados por medo; mas ao invés de fingir que o medo não existe, reconheça-o e ele ficará menor. Quando você dá nome ao seu "gigante pessoal", que está atuando em seu trabalho, relações, finanças, projeto ou equipe, ele perde força e deixa de intervir na sua verdadeira identidade, performance e potencial.

A segunda habilidade é reconhecer os próprios pontos fortes. Se de um lado o medo paralisa, vire a moeda e perceba a força desenvolvida para se defender dele. Isso é uma janela de oportunidade. Todas as vezes que pergunto às pessoas seus pontos fortes, elas entram em hesitação. É muito importante dar nome também a essas qualidades, pois elas irão atacar os gigantes gerados pela autopreservação.

O terceiro ponto de habilidade é ter cuidado com as narrativas que conta a si mesmo. Na intenção de se provar para os outros, a tendência é criar uma mentira sobre si e se esconder, buscando uma muleta para o seu valor pessoal. Estas narrativas podem sufocar seu potencial, pois fazem acreditar que nenhum esforço deve ser feito, que não vale a pena investir em si mesmo. Faça a seguinte indagação: esta ideia que alimento é um fato ou apenas uma interpretação do fato? Jogue fora as narrativas que não o fazem avançar!

William Shakespeare certa vez disse que “nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que muitas vezes poderíamos ganhar, pelo simples medo de arriscar”. Nos sabotamos para evitar a dor do crescimento, temos medo de arriscar. Mas nem só de clareza vive o homem, é preciso de coragem e impulso, por isso cito Campbell: "a caverna que você teme entrar detém o tesouro que você procura."

Seguindo estes passos práticos será possível driblar a autossabotagem. Então, dê nome ao gigante que o mantém no modo autopreservação, liste as suas forças para entrar na caverna que tanto evita e tome posse do tesouro que procura.

 

Eduardo Rodrigues - especialista em educação, capacitado em Desenvolvimento de Pessoas pela metodologia coaching nos institutos da ELC de Londres, ZOVAC Consulting Califórnia e Fuller Seminary em Pasadena, EUA. Autor do livro Chega de andar em círculos, tem 22 anos de experiência e conduziu treinamentos em mais de cinco países; foi responsável pelo crescimento de duas organizações e é coordenador de projetos na América Latina na Communitas International.

 

Como enfrentar o assédio moral e sexual nas empresas?

Renata Torres, co-founder da Div.A, fala sobre a importância do papel das organizações em relação ao tema

 

Se com a pandemia os casos de assédio moral nas empresas diminuíram em 2020, segundo registros do Tribunal Superior do Trabalho, no ano seguinte o assunto voltou à tona com o aumento das denúncias. Foram quase 53 mil casos registrados em 2021. A reação veio em seguida, junto à criação da Lei 14.457 de 21 de setembro de 2022 que, além de estabelecer o Programa Emprega Mais Mulheres, acrescenta “assédio” ao texto da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), prevista pela Norma Reguladora 5 (NR5) do Ministério do Trabalho.

Para falar sobre o tema e alterações na agora Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA), a co-founder da consultoria Div.A Diversidade Agora e especialista em Diversidade e Inclusão, Renata Torres, participou da live “Mudança de legislação sobre assédio nas empresas”, na última quinta-feira, 9, promovido pela Múltipla Consultoria. O encontro teve como intuito discorrer sobre a importância das empresas se organizarem em relação à capacitação sobre o tema do assédio, seja moral ou sexual.

A conversa teve início enfatizando que não são somente as empresas que possuem CIPA constituída que devem adotar uma posição de enfrentamento ao assédio por obrigação da lei, mas toda e qualquer empresa precisa combater esse problema. “Uma proposta que nós trazemos aos nossos clientes é a realização de um diagnóstico de cultura inclusiva, para entender como está o ambiente dentro dos times. Será que as pessoas estão se sentindo seguras para levar, seja por meio da liderança ou do canal de denúncia, o que estão experienciando no seu dia de trabalho?”, propõe Renata. Após esta etapa de análise, a especialista explica que o próximo passo é a organização se capacitar para atender aos casos que vierem a acontecer e ter consciência de como pode ajudar aquelas pessoas colaboradoras que sofreram assédio.

A co-founder da Div.A enfatiza a necessidade de treinamentos, da criação de um código de conduta e de conscientização das pessoas colaboradoras, tanto de quem sofre assédio quanto de quem presencia. Renata também esclarece que não basta exigir atitudes dos funcionários, é preciso ter um posicionamento claro das lideranças. “Quando dizemos ‘liderar pelo exemplo’, significa que a liderança precisa ter atitudes e comportamentos que ela espera que as pessoas dentro da organização tenham. O código de conduta é importante, mas é ainda mais necessário que se viva esse comportamento e demonstre essas atitudes no dia a dia dentro da empresa”, reforça.

Por fim, Renata discorreu sobre a importância de estabelecer essas condutas e treinamentos para enfrentar o assédio nas empresas não pelo “politicamente correto”, mas porque é um problema real enfrentado por milhares de pessoas diariamente, além de ser uma obrigação legal. “Nós temos que estar conscientes de que tem pessoas que vão assimilar, entender e mudar seu comportamento e outras que provavelmente não vão. Portanto é preciso ficar muito claro até onde vai a responsabilidade da empresa e a consciência de quem efetivamente segue nesse padrão de comportamento. Para isso, as empresas precisam ficar atentas”, conclui.

 

Qual é o valor de uma pessoa?

Na primeira quinzena deste ano, veio à tona um debate nas redes sociais sobre o tema: gordofobia, cujo significado é – "repúdio ou aversão preconceituosa a pessoas gordas, que ocorre nas esferas afetiva, social e profissional", debate que a meu ver, foi tímido perto do acontecimento que causou o debate. Tudo começou após um influencer - que é considerado uma pessoa de sucesso por ter aposentado seus pais aos 18 anos de idade e ter faturado mais de R$ 50 milhões no mercado digital - fez a seguinte declaração, durante uma entrevista em um podcast: “Esses dias me perguntaram no Instagram: ' você ficaria com uma menina gorda?' É óbvio que não! Porque eu sou um jovem de 18 anos que passou três anos de frente para uma tela construindo riqueza, me tornando uma pessoa de valor. Então, eu quero uma pessoa do mesmo nível, que se cuida, uma pessoa de valor. GG para mim é que não dá!”. 

Ao tomar conhecimento da frase do influencer, a questão que se levanta é: “Pessoa gorda não é uma pessoa de valor?” Não é preciso ser gordo para sentir dor, aversão ou repúdio ao ler a fala descrita acima. Basta ser humano, ter empatia e imaginar o sentimento de desprezo e desvalorização que a pessoa gorda enfrenta, diante de narrativas como esta.  

Existe uma marginalização que nem sempre é vista pelos nossos olhos e sequer é levada para discussão, a limitação do corpo gordo é real, seja na catraca do ônibus, nos assentos de aviões, nas roupas de grifes - que vestem até o tamanho 44 , nos brinquedos dos parques de diversões e para o estarrecimento de quem desconhece os problemas enfrentados por uma pessoa gorda: no atendimento médico. Sim, isso mesmo, não é incomum relato de pessoas obesas necessitarem de atendimento médico e o profissional empregar o conceito simplista de que qualquer queixa é somente por causa do sobrepeso sem sequer solicitar exames para apurar a real origem da queixa. 

Dados apontados em uma pesquisa feita no Canadá e apresentados pela acadêmica de Jornalismo, Rebeca Kroll, na revista acadêmica Arco, relatou que no ano de 2019, 18% dos médicos afirmaram se sentir enojados ao atender pacientes gordos, e 33,3% indicaram ficar frustrados com pacientes que têm obesidade esse modo de pensar resulta em consultas desrespeitosas e vexatórias, negligenciando a saúde da pessoa com sobrepeso.  

Além de tudo isso, a saúde mental, como vai? Mal, infelizmente. Sim, pois a pessoa gorda além das barreiras citadas acima, ainda precisa enfrentar diariamente piadas, e escutar as seguintes frases preconceituosas: “Gordo preguiçoso”, “gordo relaxado”, “gordo sem noção”, “gordo espaçoso” e, por aí vai, a lista é grande. Inclusive, esse preconceito reflete até no mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pelo grupo Catho constatou que 65% dos presidentes e diretores de grandes empresas tem restrições ao contratar pessoas obesas, ponto este que sem dúvida, afeta a autoestima e a saúde mental da pessoa gorda.  

O fato é que a pessoa gorda é tão capaz quanto a magra e o preconceito deve ser interrompido com urgência. Certamente, as empresas que conseguirem voltar os seus olhos para a pluralidade da sociedade e se despirem do preconceito contra a pessoa gorda, tendem a ganhar riqueza de talentos, até porque a empresa que não agrega o diferente em seu corporativo ficará para trás. Por fim, como operadora de direito, cabe informar que não há uma lei específica que puna a prática em si da gordofobia, porém, é passível de uma ação indenizatória na esfera civil com base no Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana. Na área trabalhista o empregador pode vir a responder uma ação de danos morais e na área criminal, pode haver interpretação de injúria e ser considerado um crime contra a honra. 

 

Priscilla Bortolotto Ribeiro - Professora/tutora de cursos de pós-graduação da área de Direito na Uninter. 

 

Especialista explica como o Carnaval influência no consumo de drogas no Brasil

Dia Nacional do Combate ao Alcoolismo (18/02) e Dia Nacional de combate às Drogas e Alcoolismo (20/02) também são comemorados no mês de fevereiro e servem como alerta


Para alguns, dias de descanso. Para outros, dias de muita curtição. É neste clima que o Carnaval começa a dar as caras no Brasil depois de dois anos sem acontecer a famosa festa carnavalesca que altera a agenda não apenas do país, mas sim do mundo. No entanto, muitas pessoas usam essa data como forma de “escape” para esquecer dos problemas usando substâncias químicas.

“Estas festividades trazem com elas propagandas de incentivo ao uso, como por exemplo as campanhas de bebidas. Muitas pessoas usam as drogas durante o Carnaval para potencializar o prazer. Elas se sentem mais à vontade para fazer coisas que nunca fizeram antes. Durante o uso, o corpo produz sensações de euforia e desinibição. Além disso, a maioria das substâncias diminui o sono e aumenta a disposição física”, explica Paulo Pacheco, Educador Físico e Pós-Graduado em Dependência Química e Promoção da Saúde e Consultor em Dependência Química do Centro Vida Araricá. 

Entre os principais consumos estão o álcool, tabaco, maconha, cocaína, inalantes como lança-perfume, ecstasy e LSD. “Podemos destacar alguns sintomas durante e depois do uso destas drogas como euforia, prazer intenso, agitação, sensação de poder, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, distorção da realidade, impulsividade, desinibição. As pupilas ficam dilatadas, olhos vermelhos, agitação, euforia, perda do juízo crítico, os reflexos motores ficam prejudicados e algumas pessoas podem ficar agressivas”, revela Pacheco.

O Centro Vida de Araricá é uma clínica de reabilitação de mais de 40 mil metros para homens portadores de Transtorno por Uso de Substâncias (TUS), e uma das poucas no Rio Grande do Sul que não fazem uso do cigarro durante o tratamento. Possui em seu histórico mais de XX pacientes que afirmam ter iniciado o consumo ou que abusaram durante o Carnaval. No Instagram da clínica, é possível acompanhar diariamente dicas de como lidar com o dependente e os sintomas de uma possível dependência química.

“Caso a família ou os amigos desconfiem de que a pessoa esteja usando drogas ou que esteja viciada, a primeira coisa a se fazer é fazer uma avaliação através de sinais e de perguntas do que a pessoa está sentindo. Depois encaminhá-la ao posto de saúde mais próximo”, finaliza o consultor.

 

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