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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Inadimplência atinge 25% das famílias paulistanas em janeiro

Em um ano, 200 mil lares deixaram de pagar contas na data de vencimento, aponta FecomercioSP
 

Em janeiro, a inadimplência entre as famílias que moram na cidade de São Paulo chegou a 25%, número um pouco menor do que registrado em dezembro de 2022 (25,5%). Apesar da melhora mensal, o porcentual registrado no primeiro mês do ano está acima dos 20,3% vistos no mesmo período do ano passado representando aumento absoluto de quase 200 mil famílias com compromissos não quitados na data do vencimento.
 
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Dentre os lares da capital paulista, 10% afirmam não ter condições de arcar com os valores. Este dado representa 405 mil famílias nesta situação – o segundo maior nível da série história, iniciada em 2010. Para o grupo com renda inferior a 10 salários mínimos, o número dos que dizem não ter condições de pagar foi o maior da série, totalizando 13,5%.


 
Cartão lidera as dívidas
A PEIC também aponta que 73,1% das famílias paulistanas iniciaram o ano com algum tipo de dívida. São 2,95 milhões de lares compromissados com alguma modalidade de crédito. Vale ressaltar que dívida não necessariamente está atrasada. O cartão de crédito segue no topo da lista dos tipos de dívidas dos consumidores da cidade de São Paulo, citado por 82,7% das famílias. Em seguida, os carnês, com 16,2%; o financiamento de carro (12,6%); e o financiamento de casa (10,5%). O levantamento aponta também que 19% dos consumidores afirmam que o PIX foi a forma de pagamento mais vantajosa das compras. Há um ano, este porcentual era de 5,5%.


 
Consumidores mais otimistas
O cenário de condições econômicas está mais favorável às famílias paulistanas. Outra pesquisa da FecomercioSP, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), registrou novo aumento em janeiro, de 3,1%. No contraponto anual, a alta foi ainda mais significativa (34,3%).
 
O Índice de Confiança do Consumidor, o ICC, outra pesquisa de confiança da Entidade, também seguiu na linha positiva e apontou crescimento de 2,1% em janeiro. Para a FecomercioSP, começar o ano com indicativos positivos para o bolso do consumidor traz ânimo à economia e aos empresários do comércio.


 
Notas metodológicas


PEIC
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.


 
ICF
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.


 
ICC
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
 


FecomercioSP

Felicidade no trabalho: você atua com o que realmente gosta?

Headhunter e CEO da Prime Talent, David Braga convida a uma reflexão sobre o que faz realmente sentido na sua vida profissional 

 

Quando nos damos conta, a semana começou e, num de piscar de olhos, já é sexta-feira novamente, quase sempre com muitas demandas acumuladas e novas coisas surgindo. Lidando com uma enxurrada de informações diárias, e-mails a responder, assuntos a se inteirar, grupos no WhatsApp a administrar, temos de equilibrar todas as demandas da vida pessoal e profissional sem se perder neste emaranhado cotidiano. 

Diante de tantos compromissos, e já vivenciando o segundo mês do ano de 2023, parar para refletir sobre as tantas coisas que fazemos das quais não gostamos, é um exercício interessante para não arrastarmos mais um semestre exercendo atividades desconectadas do nosso propósito. O convite a essa reflexão é do headhunter e CEO da Prime Talent, David Braga. “Não é pequena a lista de pessoas que trabalham em empresas que não admiram, estão casadas com cônjuges em quem não confiam, namoram sem amar ou fazem algo sem querer. Evidentemente, não podemos generalizar e, ao mesmo tempo, acreditar que só iremos fazer coisas das quais gostamos ao longo da nossa vida. A mescla é o que nos faz ser quem somos. Mas, daí a fazer muitas coisas de que não gostamos, simplesmente porque temos que fazer, tornará a vida menos leve e acabamos por construir brechas para adoecermos mentalmente”, filosofa Braga. 

Segundo ele, já que a vida é feita de ciclos, é preciso tentar ao máximo fazer aquilo que brilha nossos olhos. À partir de sua experiência em entrevistar profissionais para cargos de alta gestão, David comenta que a falta de tempo tem sido mencionada cada vez mais. “A meu ver, esse aspecto que as pessoas mencionam sobre não terem tempo para fazer coisas de que gostam está quase sempre associado a alguém com baixo nível de organização e priorização daquilo que é realmente importante”, pontua. 

Nesse caso, uma sugestão do headhunter é que a pessoa invista no autoconhecimento, para que possa se conhecer quanto às suas competências, habilidades, o que a faz feliz ou mesmo aquilo que a deixa triste ou irritada. “Iniciar uma busca pelo autoconhecimento, por terapias tradicionais ou um processo de coaching, é um passo interessante para analisar aspectos de sua vida que podem não estar lhe agradando. Assuma o seu protagonismo e dê o direcionamento que quer dar: seja iniciar novos caminhos ou findar aquilo que já não vale mais a pena. A felicidade é um tema que cada vez mais tem sido inserido e discutido dentro das organizações, sendo um foco não apenas da alta liderança, mas também das áreas de recursos humanos, pois é um sentimento que atrai, une pessoas e deixa a vida mais leve, não é verdade? Mas e você, se considera uma pessoa feliz e realizada com suas escolhas?”, indaga. 

O tema da felicidade no ambiente profissional, segundo Braga, tem ganhado relevância cada vez maior dentro das empresas e se tornado fórum para discussões em comitês estratégicos, pois afeta diretamente o clima organizacional, além da retenção dos melhores talentos. Está também atrelado ao resultado da corporação e ao seu faturamento. 

Buscar entender se você é feliz com o que faz é essencial para tornar seu dia mais leve e com significados relevantes para nós, seres humanos – se sentir útil, sentir que desenvolve atividades relevantes para uma cadeia que envolve outras pessoas e propósitos. Afinal de contas, permanecer em um ambiente por, pelo menos, oito horas diárias, que não ofereça qualquer prazer, é um tanto quanto complexo. 

“Para mim, é possível, sim, ter entusiasmo e alegria no que se faz, mas é preciso entender que felicidade não é trabalhar pouco. Ela envolve ser desafiado, enfrentar problemas e se expor a diversas situações que trarão maturidade emocional e profissional, fazendo de você alguém melhor. Percebo que ainda existe uma visão distorcida no mercado de trabalho sobre isso. Por isso, acredito ser essencial estar atento a essas pequenas nuances, reavaliar nossa trajetória profissional constantemente para não ficarmos estagnados em nós mesmos”, complementa o headhunter.

 

David Braga - CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países pela Agilium Group; é conselheiro de Administração e professor convidado pela Fundação Dom Cabral; além de conselheiro da ABRH MG, ACMinas e ChildFund Brasil. Instagrams: @davidbraga | @prime.talent

 

São Paulo é o segundo destino mais procurado por viajantes brasileiros e estrangeiros no Carnaval, revela Booking.com

O Carnaval é a festa mais democrática do país e um feriado prolongado excelente para aproveitar os dias de folga e curtir a folia. De norte a sul do Brasil, o período respira cultura, diferentes sotaques, ritmos musicais e fantasias. A festa expõe toda a potencialidade criativa do povo brasileiro, que solta sua voz, celebra suas tradições e exalta a pluralidade de raças, gêneros, idades e classes sociais, explodindo liberdade e alegria nas ruas.

O período, além de ser um dos queridinhos dos brasileiros, também é um dos mais importantes para o setor de turismo no país e deve movimentar milhões de foliões, sendo responsável por aquecer boa parte da economia. Por isso, a Booking.com fez um levantamento na plataforma para descobrir os destinos nacionais mais reservados por viajantes brasileiros no Carnaval, no período entre 18 e 22 de fevereiro de 2023. Seja no frevo, no samba ou na batida do axé, com carros alegóricos, muito brilho, samba e lantejoulas, a época é para festejar.     


Na comissão de frente, o tradicional carnaval carioca, com os blocos de rua e desfiles de escola de samba, que colorem as ruas do Rio de Janeiro e atraem turistas de todo o Brasil. Seguido pelas alegorias e adereços do carnaval paulista, que vem conquistando cada vez mais espaço nos últimos anos. Em terceiro lugar, Florianópolis completa o bloco. Salvador, de cima do trio elétrico, traz toda agitação do axé baiano, no quarto lugar, seguido por Belo Horizonte, na quinta colocação. 

  • Destinos nacionais mais reservados por viajantes brasileiros no Carnaval (entre 18 e 22 de fevereiro de 2023)*:
  1. Rio de Janeiro, RJ
  2. São Paulo, SP
  3. Florianópolis, SC
  4. Salvador, BA
  5. Belo Horizonte, MG

Em relação aos destinos nacionais mais reservados por viajantes estrangeiros no Carnaval, o Rio de Janeiro segue na comissão de frente, seguido por São Paulo, Florianópolis, Búzios e Foz do Iguaçu. 

  • Destinos nacionais mais reservados por viajantes estrangeiros no Carnaval (entre 18 e 22 de fevereiro de 2023)*:
  1. Rio de Janeiro, RJ
  2. São Paulo, SP
  3. Florianópolis, SC
  4. Búzios, RJ
  5. Foz do Iguaçu, PR

Entre as nacionalidades que mais fizeram reservas em destinos brasileiros no Carnaval, os vizinhos argentinos e chilenos são os que aparecem nas primeiras colocações, seguidos pelos franceses, americanos e alemães*.

Época de festa para uns, tempo de descanso para outros. No Carnaval, há também os viajantes que preferem aproveitar o período para descansar ou aqueles que utilizam os dias de folga para viajar para destinos internacionais. Segundo dados da Booking.com, os destinos do exterior mais reservados para o Carnaval pelos brasileiros são*:

  1. Lisboa, Portugal
  2. Buenos Aires, Argentina
  3. Paris, França
  4. Nova York, EUA
  5. Orlando, EUA

 

*Reservas efetuadas até o dia 07 de fevereiro de 2023. Por se tratar de reservas para data futura, os destinos e os rankings estão sujeitos a alteração devido a cancelamentos e novas reservas.

 

Booking.com 

https://news.booking.com/pt-br/

 

Recuperação judicial da Americanas: como ficam as questões trabalhistas?


Nas últimas semanas, o assunto em alta é o pedido de recuperação judicial realizado pelo Grupo Americanas e seus desdobramentos, com diversas análises sobre a decisão repentina, uma vez que a empresa, de mais de 100 anos, com sólida reputação no mercado varejista, do dia para a noite, declarou possuir mais de R$ 40 bilhões em dívidas e falta de liquidez para o seu pagamento.

A partir desta decisão, inúmeras reportagens e artigos foram realizados sobre as relações desta empresa com os bancos e fornecedores, além de possíveis fraudes e necessidade de investigações, sendo necessário também um olhar detido para as questões trabalhistas.

Conforme informações extraídas do processo distribuído sob o nº 0803087-20.2023.8.19.0001, na 4ª Vara empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, o pedido de recuperação judicial foi realizado pelas empresas Americanas S.A., B2W Digital Lux S.À.R.L, JSM Global S.À.R.L e ST Importações Ltda., todas integrantes do “Grupo Americanas”.

Consolidado em 2022 como uma das maiores redes varejistas do Brasil, com mais de 3.600 estabelecimentos espalhados pelo país, o Grupo criou a Americanas Entrega e combina plataformas digitais (com as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Soub!), locais físicos de operação (com as Lojas Americanas tradicional, express, local, digital e AME Go), franquias (Imaginarium, MinD, Puket e LoveBrands), fulfillment, fintech (AME Digital), varejo especializado em frutas, legumes e verduras (Hortifruti Natural da Terra), publicidade e a plataforma de inovação.

Dessa forma, em todas as suas áreas de atuação, o Grupo Americanas gera mais de 100 mil empregos diretos e indiretos e, com o ajuizamento do pedido de recuperação judicial, foi considerada a quarta maior do país, com uma dívida preliminar declarada em R$ 43 bilhões e, posteriormente, ajustada para cerca de R$ 47 bilhões.

Após os procedimentos preliminares, o Grupo apresentou um rol com cerca de 320 credores trabalhistas – Classe I, perfazendo um passivo de aproximadamente R$ 65 milhões para esta categoria.

Contudo, conforme petição apresentada pelos administradores judiciais nomeados, há notícias de que o grupo empresarial possui mais de 17 mil ações trabalhistas ajuizadas em âmbito nacional, sendo preocupante o ínfimo rol apresentado, na medida em que poderá acarretar aumento substancial do passivo declarado, além de habilitações de crédito tardias com morosidade na prestação jurisdicional, uma vez que há receio de uma enxurrada de distribuições incidentais ao processo de recuperação judicial.

Importante destacar que, em 2021, houve provisão do passivo previdenciário e trabalhista na monta de R$ 114 milhões, o que pode sugerir que o valor apresentado pelas empresas é inferior. De toda sorte, esta informação somente poderá ser confirmada com as diligências solicitadas pelos administradores, por meio de uma cooperação entre o Tribunal de Justiça e o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), com pedido de extensão aos demais Tribunais do Trabalho, no intuito de compartilharem informações sobre as ações distribuídas em suas competências, com indicação de fases processuais e valores estimados.

É certo que o pedido de recuperação judicial tem por objetivo, nos termos do artigo 47 da Lei 11.101/2005, alterada pela Lei 14.112 de 2020, viabilizar a superação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

Assim, em se tratando de um conglomerado de relevância nacional, é de suma importância que todos os esforços sejam envidados para que o grupo reorganize suas dívidas e continue suas operações de negócios, preservando empregos e contribuindo para a economia do país, desempenhando assim, sua função social.

Para que isto ocorra, está previsto na legislação que o pedido de recuperação judicial implica na I) suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei; II) suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência; III) proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência. 

Ou seja, a empresa ganha “um fôlego” para se reorganizar e apresentar um plano de pagamento das dívidas constituídas até a data do pedido de recuperação judicial, de modo que as dívidas constituídas após o pedido de recuperação judicial (inclusive as verbas rescisórias, oriundas de rescisões contratuais efetuadas após o plano de RJ), serão consideradas créditos extraconcursais e, portanto, não sujeitas ao pagamento nos moldes do plano a ser votado e homologado.

Assim, todas as ações trabalhistas ajuizadas até a data do pedido de recuperação judicial se tornam crédito concursal e deverão ser quitadas nos termos do plano de recuperação que será votado pelos credores indicados e habilitados naquele procedimento e, ao final, homologado pelo juízo.

Com relação as ações ajuizadas após o pedido de recuperação judicial, deverá ser realizada uma análise para entendimento do tipo do crédito, se concursal, extraconcursal ou híbrido. Essa análise será realizada na fase de liquidação e considerará a data do fato gerador da verba devida. Isso quer dizer que, se a verba deferida no processo tiver como origem data anterior ao pedido, ela será considerada como crédito concursal e, portanto, deverá ser quitada de acordo com o plano de soerguimento.

Ainda com relação às ações trabalhistas, destaca-se que os processos que ainda não estejam em fase de execução, têm a sua tramitação na Justiça do Trabalho mantida. O que mudará é que, após decisão de homologação do valor apurado no processo, deverá ser expedida certidão para habilitação do crédito no processo de recuperação judicial. A partir da habilitação, os valores serão conferidos pelo administrador judicial, empresa e homologados pelo juiz, iniciando o prazo para pagamento, conforme estabelecido no plano de recuperação judicial.

Assim, é extremamente importante que os juízos trabalhistas tenham ciência da recuperação judicial, de modo a conduzir os processos nos termos da Lei de Falências e Recuperação Judicial, evitando tratamento privilegiado de credores e ordens constritivas que podem gerar impactos financeiros devastadores, comprometendo o plano de recuperação, ocasionando, em última análise, a decretação de falência da empresa.

Em contrapartida, a empresa precisará ter ciência de que as obrigações trabalhistas permanecem com o pedido de recuperação judicial, bem como que a estratégia que será apresentada como meio de recuperação, deverá observar o art. 50 da Lei de Falências, bem como CLT e demais aplicáveis.

De toda sorte, é relevante observar que o pedido de recuperação judicial não retira o poder diretivo da empresa, delegando ao administrador judicial e juízo recuperacional apenas a fiscalização do cumprimento do plano. Assim, toda e qualquer decisão para enfrentamento da crise deverá ser tomada pela própria corporação.

É certo que no plano de recuperação judicial há um capítulo destinado aos meios de recuperação, ou seja, as ações que serão adotadas para que a empresa atinja um nível financeiro saudável. Este tópico é importante pois demonstrará que a continuidade do negócio é possível e, portanto, existe possibilidade de recuperação da empresa. Porém, há que se ponderar que apenas a proposta de pagamento da dívida deliberada pelos credores, não havendo votação quanto à forma de continuidade do negócio.

Assim como medidas de enfrentamento da crise, o Grupo poderá optar pelo desligamento de trabalhadores, redução de jornadas e salários, lay off, venda de UPIs com transferência de empregados, enfim, há inúmeras possibilidades que serão definidas de acordo com os próximos acontecimentos e apurações pelos administradores judiciais.

O que já se tem notícia foi o encerramento da operação de televendas, com o desligamento de alguns trabalhadores. Nestes casos, é importante salientar que as verbas rescisórias não entram para o quadro geral de credores, devendo ser quitadas dentro do prazo previsto na CLT. De toda sorte, há a possibilidade de realização de negociação com o sindicato da categoria para pagamento diferido dos haveres.

De todo modo, o que se espera é que todos tenham ciência de que para que uma recuperação judicial desta magnitude tenha êxito, os credores, os órgãos fiscalizadores, classes representativas dos trabalhadores e judiciário precisarão trabalhar em sinergia, sempre pensando na manutenção da atividade econômica a fim de viabilizar a continuidade dos empregos, bem como pagamento dos créditos trabalhistas.  



Luara Zanfolin Frasson de Rezende - advogada trabalhista do escritório Marcos Martins Advogados.
Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br


5 tendências do comércio eletrônico que continuam em alta em 2023

Macrotendências seguem como fatores cruciais para o comércio neste ano

 

Muitas estratégias para o comércio eletrônico são macrotendências e ainda prometem ficar em alta durante o ano de 2023. A projeção realizada pela ABComm Forekast calcula que, em 2023, o crescimento do e-commerce será de R$185,7 bilhões, e, as tendências ajudam a garantir melhor experiência na compra dos consumidores. 

 

Eric Vieira, head de e-commerce da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios integrando visão estratégica com execução inteligente, alerta que é preciso continuar seguindo as tendências do e-commerce para alcançar boa performance.

 

“Para vencer dentro de um mercado tão competitivo, é preciso surfar na onda das tendências, acompanhar as inovações e os novos hábitos e preferências do público, e usar os recursos disponíveis para construir uma experiência de compra mais satisfatória. Naturalmente isso levará a bons resultados e também à fidelização”.

 

Pensando nisso, o executivo elenca algumas das tendências que seguem em alta em 2023:

 

Live Commerce

Essa estratégia, muito popular na China, é tendência na hora de impulsionar vendas em datas importantes. Nela, a empresa promove seus serviços ou produtos em transmissões online em tempo real, com promoções exclusivas para quem estiver assistindo. “A ideia é engajar o cliente e incentivá-lo a comprar naquele momento. O público interage com o apresentador, assiste a demonstrações de uso dos produtos e pode tirar dúvidas ao vivo, o que acaba também humanizando e estreitando o relacionamento”, pontua o executivo. 

 

Metaverso

Em fase de expansão, o espaço virtual em 3D, que replica a realidade usando dispositivos digitais e recursos como a realidade aumentada, para proporcionar experiências imersivas e interativas, deve movimentar bilhões de dólares nos próximos anos, de acordo com a consultoria Ernst & Young. Sua aplicação no comércio eletrônico revoluciona a jornada do consumidor e a tendência é que essa tecnologia esteja cada vez mais presente no mercado. “O metaverso tem a capacidade de criar avatares realistas, conectados com equipamentos de altíssima sensibilidade sensorial, fazendo com que os clientes possam testar produtos antes de comprarem, de forma online, além de poderem participar de reuniões de negócios e consumir entretenimento, questão já adotada por algumas empresas”, enfatiza Eric. 

 

5G e Web 3.0

A implementação do 5G no país traz grandes impactos no comércio eletrônico, aumentando a velocidade das transações, como pagamento e carregamento de páginas, e a satisfação dos consumidores. Os lojistas, por sua vez, terão mais oportunidades de negócios, podendo explorar soluções com inteligência artificial e internet das coisas em mais profundidade e com mais qualidade. “Estratégias como live commerce e metaverso podem ser adotadas com mais efetividade com redes móveis mais velozes e conexões mais estáveis”, pontua o executivo.

 

A Web3, por sua vez, se baseia na tecnologia blockchain,internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA), e, o 5G vem como ferramenta crucial para consolidar as tecnologias nos ambientes virtuais, gerando mais velocidade e desempenho para a Web 3.0. Com isso, será possível, por exemplo, testar itens de vestuário como óculos, combinar roupas em avatares presentes no site de e-commerce e marketplace. A velocidade de processamento do 5G vai ajudar na evolução de uma série de aplicações que transformarão a experiência de compra online para algo muito mais próximo da experiência de compra no mundo físico.

 

Marketplaces

Os varejistas que apostaram no e-commerce para aumentar as vendas e o alcance de público acertaram em cheio e já colhem os frutos dessa decisão. A adesão aos marketplaces também aumenta e deve ser uma tendência forte, especialmente de olho em oportunidades como a Black Friday. “Hoje, mais do que estar inserido em grandes plataformas, como Lojas Americanas, Magazine Luiza e Mercado Livre, o e-commerce está aprendendo a explorar as vantagens de se tornar ele próprio um marketplace, aumentando o portfólio de produtos que oferece ao público e os ganhos com vendas, pois além de faturar com suas próprias vendas, ele recebe pelos resultados alcançados por seus parceiros dentro da plataforma”, explica Vieira.

 

Voice Commerce e melhoria da experiência por voz

No Voice Commerce, espera-se que o cliente compre apenas usando comandos de voz, sem precisar digitar e nem ter qualquer interação física com o telefone ou o computador para escolher um produto e finalizar a transação. No entanto, de acordo com o executivo, as pessoas ainda gostam de tocar o produto e avaliar, a menos que alguém tenha certeza do que vai comprar, ou em situações como contratações de streaming, filme, compra de música e itens digitais, portanto, podemos dizer que isso ainda não é o que movimenta bilhões no varejo de forma geral, pois existe um período de maturação para ser amplamente adotado pela cultura do consumidor com gerações novas mais assiduamente engajadas nessa tecnologia. A realidade por ora vem utilizando aplicativo de voz para trazer experiência diferente ao cliente que visita a loja, como um assistente de vendas, fornecendo recomendações e assistência para o consumidor comprar. Uma das primeiras ações desse tipo aconteceu na Califórnia na rede BevMo combinando em um display de produtos tecnologia Amazon com Inteligência Artificial. Cada vez mais, inteligência artificial e assistentes virtuais responderão a esses comandos, possibilitando uma experiência de compra cômoda e facilitada

 

FCamara 


COMO SE DAR BEM NO SISU 2023?

Com o resultado do ENEM em mãos, chegou a hora da disputa por uma das vagas oferecidas nas universidades do país e a live do Bernoulli dará as estratégias para obter um melhor resultado

 

O período de inscrição do primeiro semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2023 estará disponível de 16 a 24 de fevereiro. Enquanto isso, é indicado que os estudantes já comecem a traçar as estratégias e possibilidades para a hora de preencher suas opções. Por isso, no dia 14 de fevereiro, às 19h, o Bernoulli promoverá a live “Simplificando o Sisu”. O conteúdo é gratuito e os interessados podem se inscrever pelo link: https://sou.bernoulli.com.br/simplificando-o-sisu-2023


A live dará dicas importantes para encontrar a vaga desejada. “O Sisu é como um leilão com as vagas que serão disponibilizadas pelas universidades no Brasil. Durante os dias que o sistema está disponível, os estudantes podem trocar de opções e analisar os resultados prévios. A nossa live tem o objetivo de esclarecer as dúvidas e guiar os alunos para fazerem a melhor escolha”, explica o coordenador pedagógico do pré-vestibular Bernoulli, Breno Pires de Andrade Barbosa.


Além do coordenador, estarão presentes na live: o diretor do pré-vestibular, Washington Lima Costa, a assessora de gestão e desempeno no Bernoulli Sistema de Ensino, Vanessa Santos e o coordenador pedagógico do pré-vestibular em Salvador, Edmundo Castilho.


“Já recebemos alguns alunos que estão cheios de dúvidas sobre o funcionamento do Sisu. É importante que eles entendam o sistema e seus critérios. A live será um suporte para que os candidatos desenvolvam uma estratégia e saibam como colocar suas notas, como acompanhar os resultados e qual é o caminho certo para alcançar a vaga desejada”, comentar o coordenador, Edmundo Castilho.


O Sisu é muito aguardado por quem fez o Enem e planeja iniciar a vida universitária em 2023. Por isso, o “Simplificando o Sisu” acontece para que os estudantes entendam os principais pontos. Os participantes poderão encaminhar perguntas pelo Instagram e durante a transmissão.

 

 

Bernoulli Educação


Proteção e prevenção para um Carnaval sem ocorrência e violência

Diretora da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil; embaixadora do Instituto Pró-Vítima; mestre em Filosofia; e pós-graduada em Ciências Penais, em Direito de Polícia Judiciária, e em Processo Penal; a delegada Raquel Gallinati está disponível para entrevistas, para compartilhar dicas de segurança que auxiliam o folião a não ser vítima de crimes e a não cair em golpes nos dias de Carnaval. 

Entre as discas da especialista estão:  

 - Ande sempre acompanhado e, de preferência, combine suas saídas de Carnaval com grupos de amigos; 

- Marque um ponto de encontro com os amigos para a chegada, além de um horário previsto para a saída;  

- Evite ruas desertas, com pouca iluminação. Evite, também, ficar sozinho. Esteja sempre perto de alguém, em meio a alguma movimentação;  

- Caso use aplicativos de transporte, compartilhe a corrida com conhecidos, para que eles possam monitorar o trajeto;  

- Não aceite caronas de desconhecidos em nenhuma hipótese; 

- Cuidado com os celulares e carteiras em grandes aglomerações. O ideal é levar somente o necessário para sua identificação (um único documento) e pouca quantia em dinheiro; 

- Caso insista em levar o celular, desinstale os aplicativos de transações bancárias e de compras; 

- Prefira levar cartões que dependem de senha para a liberação de pagamento a cartões por indução / aproximação; 

- Não leve objetos de grande valor para a folia, como relógios, joias, acessórios e tênis que podem chamar a atenção de bandidos;  

- Cuidado com o “Boa Noite, Cinderela”. Não aceite bebidas de pessoas estranhas, fique sempre atento ao seu copo, não beba do copo de ninguém, e não deixe seu copo com estranhos para ir ao banheiro, por exemplo; 

- Não faça uso de substâncias ilegais; 

- A paquera só existe quando é correspondida, sem ter que ser forçada. Logo, “não é não”; 

 — Não toque em desconhecidos sem autorização. Neste caso, não vale agarrar alguém pelo braço ou pela cintura, puxar o cabelo e passar a mão em quaisquer partes do corpo; 

- Se encontrar uma pessoa em situação de vulnerabilidade, inconsciente ou alcoolizada, por exemplo, proteja, em vez de tirar vantagem; 

- Toda imposição da prática sexual mediante grave ameaça ou violência é estupro, com pena que pode chegar a 30 anos nos casos mais graves. Abuso contra pessoa incapaz de se defender, como uma mulher inconsciente, também é estupro. Qualquer relação com menor de 14 anos é estupro, mesmo se for consentida; 

- Qualquer prática de cunho sexual sem o consentimento da vítima, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, é caracterizado como crime de importunação sexual. A pena pode chegar a cinco anos de prisão; 

- Caso se sinta desconfortável ou tenha sido vítima de um crime dentro de um estabelecimento particular ou num evento, procure um funcionário do local e peça ajuda. Solidariedade agora é lei; 

- Sempre denuncie crimes. Sua denúncia pode ajudar a combater a impunidade e evitar que surjam novas vítimas;  

- Em caso de violência, não hesite em acionar a Polícia e discar 180 para a Central de Atendimento à Mulher. Ou, se preferir, se desloque até uma Delegacia para prestar as informações que tiver sobre o agressor.

 

Qual o melhor momento para pedir um aumento salarial?


Existe um momento certo ou estratégia mais adequada para pedir um aumento salarial? Muitos acreditam que não, mas essa é uma decisão que, com certeza, precisa ser muito bem analisada. Afinal, muito além de levar em consideração o momento financeiro da companhia, é preciso ponderar sua evolução profissional na empresa e se utilizar de argumentos pautados em dados que concretizem seu ponto de vista e auxiliem a atingir o objetivo desejado nessa conversa.

Todos nós, em algum momento de nossa trajetória, nos encontramos em um cenário que desejamos receber uma maior remuneração por nossas atividades – seja para nos sentirmos mais satisfeitos e reconhecidos pelos nossos esforços ou, principalmente, para termos melhores condições financeiras frente à inflação global.

Por mais que essa seja uma situação corriqueira no mercado, é preciso levar alguns pontos em consideração antes de pedir um aumento salarial, evitando fazer esse pedido em momentos inadequados em relação à condição do negócio ou ao próprio mérito do profissional. Para isso, o primeiro passo a ser avaliado é sobre a qualidade e assertividade das entregas feitas dentro das expectativas estabelecidas – ou seja, se há uma satisfação completa do trabalho feito com uma excelência acima do esperado.

Seja em um projeto específico, em todas as responsabilidades para as quais foi contratado ou entregas estabelecidas, é importante trazer dados que comprovem essas conquistas e sirvam de apoio para mostrar a importância de seu trabalho para o crescimento da empresa. Até porque, a presença de fatos que ilustrem essa justificativa são informações completamente relevantes de serem utilizadas a favor do aumento salarial.

Agora, não é inteligente pedir essa maior remuneração se a companhia não estiver em um bom momento financeiro. Antes de conversar com os superiores, é essencial buscar compreender como a empresa se encontra economicamente, se está crescendo e conquistando as metas estipuladas e suas perspectivas. Caso contrário, qualquer pedido de aumento apenas irá gerar um clima e percepção negativo por parte do empregador.

Em muitas empresas, existe uma política salarial bem firmada estabelecida, justamente, para evitar qualquer tipo de desentendimento e angústia frente ao questionamento merecedor de um aumento de salário. Na maioria das vezes, são definidas com base no tempo de permanência do profissional na companhia ou a conquista dos objetivos desejados – o que contribui para que tenham uma maior noção do primeiro ponto destacado sobre o merecimento frente ao seu desempenho.

De acordo com dados divulgados no Relatório de Cargos e Salários em Startups 2022, como exemplo, 57,32% dos profissionais que trabalham nessas empresas seguem uma política salarial estruturada. Para eles, é clara a importância do oferecimento desta política para gerar transparência e clareza aos times em relação ao seu trajeto profissional – assim como sua influência no desenvolvimento de uma comunicação próxima e objetiva entre as equipes.

Mas, toda moeda tem dois lados. Por mais benéfica que essa política seja, o atraso da entrega desse aumento por qualquer motivo, muito provavelmente pode gerar uma insatisfação e insegurança perante os times, fazendo com que levem em consideração a possibilidade de buscarem por outras vagas que não demonstrem tais riscos em termos de crescimento profissional e maior remuneração ao longo de sua trajetória.

Pedir um aumento de salário exige uma dose importante de autoconhecimento junto com uma leitura analítica do cenário do negócio, de forma que tenha todos os argumentos positivos a favor da conquista de uma maior remuneração. Quando certificado desses pontos, a conversa deve ser a mais harmônica e construtiva possível, sem qualquer tom de ameaça que abra espaço para interpretações erradas. A união da coerência e sensibilidade definitivamente irá elevar a chance de sucesso desse pedido.

 


Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Wide
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Aumento da produção de alimentos exige do food service maior consciência na gestão dos produtos

Pixabay
 Aposta para vencer esse desafio está nas inovações tecnológicas

 

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que o crescimento da população mundial exigirá em 2050 um acréscimo de 70% na produção de alimentos e bebidas em relação ao que se produz hoje. Com a demanda subindo e as intempéries do tempo, os alimentos e as bebidas ficarão mais caros. E, óbvio, o desperdício deve ser cada vez mais combatido, por dois motivos: questões financeiras e consumo consciente.

No food service, por exemplo, perda de prazo de validade, itens comprados a mais, produtos impróprios vendidos pelo fornecedor são somente alguns dos ralos que fazem com que, todos os dias, muita comida vá parar na lata do lixo.

Sabendo do problema e na tentativa de reverter esse quadro, a Golden IT, startup paranaense especializada na oferta de soluções tecnológicas para a indústria em geral, lançará em breve uma solução que promete tornar os negócios food service mais sustentáveis – e mais lucrativos. Trata-se do Marketplace “Goods”, que foi pensado para atender um nicho de mercado específico nesse ramo: as lanchonetes, casas de sucos e chás e similares.

Com previsão de lançamento para fevereiro, a plataforma, a princípio, atenderá os clientes do ramo de indústrias de alimentos em geral, polpas de frutas, sorvetes e embalagens localizadas na Região Metropolitana de Curitiba (PR). Na fase seguinte, depois que a logística estiver integrada por completo, a solução estará disponível para todo o Brasil. 

De acordo com o CEO da Golden IT, Áureo Bordignon, a expectativa é de ter, nessa vitrine de oportunidades, que atrairá a atenção de grande número de consumidores, pelo menos mil clientes comprando efetivamente pela plataforma em 6 meses, durante a etapa inicial, na experimentação. “Depois, com tantos clientes concentrados na Goods, as indústrias conseguirão aumentar suas ofertas e os resultados em vendas. Então, em 5 anos, nossa meta é atender, no mínimo, 20 mil empresas, sendo cerca de 5% dos negócios provenientes deste público-alvo, o que deve gerar uma receita de R$ 2 milhões por mês para a plataforma”.

Uma das principais vantagens do Goods é que ele permitirá às empresas do segmento alimentício venderem na internet sem, necessariamente, ter um site. Na plataforma, como diferentes estabelecimentos poderão expor seus produtos, oferecendo ao cliente final um leque de opções, as lanchonetes e as casas de chás ou sucos terão acesso a mercadorias de qualidade, com melhor custo-benefício. Para os fornecedores, explica Áureo, o valor agregado está na possibilidade de ampliação da carteira de clientes, através de estratégias que permitam expandir a área geográfica de atendimento. “Por sua vez, para os clientes, haverá facilidade de comparação de preços, fazendo com que eles encontrem produtos mais baratos para suprir as suas necessidades, e uma gestão mais eficientes de compras, ganhando ao comprar e reduzindo, assim, as chances de desperdícios nos seus estabelecimentos”.

 

A ética por trás da inteligência artificial: o que você precisa saber

 

Uma das preocupações éticas mais significativas relacionadas à inteligência artificial (IA) é o viés atribuído aos algoritmos. Os sistemas de IA são tão imparciais quanto os dados nos quais são treinados e, se esses dados forem tendenciosos, podem perpetuar e até ampliar a discriminação. 

Algumas das principais considerações éticas relacionadas à IA incluem: 

Viés nos algoritmos: os sistemas de IA são tão imparciais quanto os dados nos quais são treinados e, se esses dados forem tendenciosos, podem perpetuar e até mesmo ampliar a discriminação. Os algoritmos de reconhecimento facial, por exemplo, podem levar a possíveis erros de identificação e falsas acusações, quando não elaborados de forma não discriminatória, conforme apontado pela Comissão de Juristas de Inteligência Artificial na elaboração da proposta de marco legal. 

Transparência e responsabilidade: é importante que os sistemas de IA sejam transparentes e explicáveis, para que as pessoas possam entender como estão tomando decisões e como contestá-las, se necessário. Além disso, é preciso haver responsabilidade pelas decisões tomadas pelos sistemas de IA, principalmente se tiverem impactos significativos na vida das pessoas. 

Privacidade: à medida que os sistemas de IA se tornam mais poderosos, eles podem coletar e analisar grandes quantidades de dados pessoais. É importante garantir que esses dados sejam coletados e usados de forma ética, com salvaguardas adequadas para proteger a privacidade das pessoas. 

Geração de novos empregos: como a IA e a automação podem substituir os colaboradores humanos em determinados setores, é importante considerar como esses funcionários serão afetados e que tipo de novas oportunidades de trabalho serão criadas. Além disso, precisamos garantir que os sistemas de IA sejam projetados para aumentar os trabalhadores humanos, ao invés de substituí-los totalmente. 

Segurança: à medida que os sistemas de IA se tornam mais poderosos, pode haver preocupações de segurança relacionadas ao seu uso. Veículos autônomos, por exemplo, devem ser projetados para operar com segurança e evitar acidentes.

Para garantir que a IA seja desenvolvida e usada de forma ética, é importante que as organizações priorizem considerações e princípios morais em todo o processo. Isso pode envolver o estabelecimento de diretrizes éticas para a elaboração das ferramentas, o envolvimento em revisões éticas de sistemas relacionados e a garantia de que diversas perspectivas sejam incluídas no desenvolvimento. Além disso, é importante que os indivíduos sejam informados e envolvidos em discussões sobre as implicações éticas e advoguem pelo desenvolvimento e usos responsáveis e éticos da IA.

  

Enio Moraes - CIO na Semantix

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Com a proximidade do Carnaval, saiba como se prevenir de Infecções Sexualmente Transmissíveis

Gerente Médica da healthtech Beep explica cuidados e pontos de atenção com a saúde durante o período de festividades


O ano só começa depois do Carnaval, reza o ditado popular. Marchinhas, fantasias, cerveja, drinks, pagode e muito samba no pé marcam uma época de muita festividade para os brasileiros. Contudo, apesar de ser um período de alegria, também pede atenção especial para cuidados com a saúde.

“Esse é um período que muitos aproveitam para relaxar e curtir. Não é incomum muitos viverem relações íntimas mais casuais, compartilharem copos e talheres para experimentar uma comidinha ou um bom drink, por exemplo. Mas é importante ressaltar que sempre, ao longo de todo ano e principalmente neste momento, é preciso tomar cuidado, em especial com as Infecções Sexualmente Transmissíveis, também conhecidas como ISTs”, alerta Cristiana Meirelles, médica infectologista e gerente médica da Beep Saúde, healthtech líder em saúde domiciliar. 

As ISTs, como Clamídia, HPV, Gonorréia e Sífilis, citando algumas, são enfermidades causadas pela transmissão de vírus e bactérias por via oral, vaginal e/ou anal. A Aids, por exemplo, ocorre por meio da infecção do vírus HIV. É importante ressaltar, contudo, que nem sempre a infecção deste vírus resultará no desenvolvimento da doença. 

“A principal forma de se prevenir é sempre utilizar preservativos durante uma relação sexual, inclusive durante o sexo oral. Mas, vale um adendo: não são só as relações íntimas com pessoas infectadas que são um risco. Apesar do nome ISTs, o compartilhamento de copos, talheres e seringas também pode causar algumas dessas infecções. Isso porque as doenças são transmitidas através das mucosas”, pontua Cristiana que acrescenta: “Ganhou holofote no fim do ano passado a Mononucleose Infecciosa, que não é uma IST, mas também é uma enfermidade de risco nessa época do ano. Conhecida como a doença do beijo, ela pode ser transmitida pela saliva, objetos contaminados, espirros e tosse - bastante similar com a transmissão de gripes e resfriados”, finaliza.

Contudo, a médica afirma que não é preciso alarde. Aqueles que possuem alguma doença ou infecção por vírus e bactérias, sem mesmo desenvolver algum sintoma, não devem, de forma alguma, serem excluídos da sociedade, sem poder aproveitar as festividades e trocas de afeto com outras pessoas. “No caso da Aids, por exemplo, a saliva da pessoa não possui uma carga viral suficiente para infectar o outro. Abraços e carinhos também são sempre bem-vindos e não geram nenhum risco para ninguém. Mas reforço: relações sexuais, independentemente se tem alguma infecção ou não, sempre com proteção”, completa.

Como se cuidar? Vai depender de cada caso, mas existem algumas orientações gerais:


1- Faça exames periódicos e cheque sua saúde

Seja para prevenção ou cuidados, o checkup é imprescindível para manter-se saudável e com boa qualidade de vida. Muitas vezes, as ISTs são silenciosas e levam um tempo até manifestarem sintomas. Em outras, são assintomáticas. Mas o cuidado consigo mesmo e com o próximo para evitar novas infecções é um pacto social importante. Para trazer mais segurança e comodidade, a Beep conta com exames laboratoriais que podem ser realizados a domicílio. Para saber mais, acesse o site.

 

2- Esteja com as vacinas em dia

Como dito anteriormente, as ISTs são causadas, principalmente, por vírus e bactérias. Algumas delas, como o HPV, já possuem vacinas disponíveis para aumentar a barreira protetora no organismo. A doença, inclusive, pode ser precursora de outras enfermidades, como câncer de colo de útero, que pode se desenvolver até 15 anos após o primeiro contato com o vírus. A vacinação está disponível tanto no SUS quanto em redes privadas, como a Beep. Na rede pública, a vacina é aplicada em meninos e meninas de 9 a 14 anos e pessoas com determinadas condições clínicas de 9 a 45 anos. Enquanto na rede privada, a janela aumenta para até 45 anos para mulheres e até 26 anos para homens, podendo ultrapassar essa faixa etária dependendo da indicação médica. 

A Beep destaca o serviço gratuito de Avaliação Online da Caderneta, a AOC. Pelo aplicativo, o paciente envia uma foto do seu documento vacinal, que é avaliado por profissionais da área de saúde. Com um prazo de 48h - podendo aumentar em períodos de alta demanda -, eles informam contra quais doenças o cliente precisa se vacinar para ficar em dia com a saúde. 


3- Relações sexuais sempre com camisinha

Há quem acredite que a camisinha sirva apenas como um método contraceptivo e que pode ser substituída por pílulas ou dispositivos como o DIU. Ledo engano. A proteção segue sendo um dos métodos mais eficazes contra as ISTs, que são transmitidas com troca de fluidos em regiões mucosas, como a vagina e o ânus. Engana-se, também, quem acha que a camisinha deve ser utilizada apenas durante a penetração e durante a ejaculação, sendo de suma importância colocá-la desde o início do ato sexual.


4- Contraí uma IST. E agora?

O tratamento para uma IST vai variar de acordo com a enfermidade, pois cada caso é um caso. Converse com seu médico e entenda quais as melhores medidas para cuidar de sua saúde daqui para frente. Adquira cuidados redobrados e tenha sempre um jogo aberto com o (a) seu (sua) parceiro (a). Com proteção, conversa e cuidados regulares, é possível levar uma vida sadia e feliz.

 

Júlia Santos - julia@pina-una.com


Dia Internacional da Epilepsia: neurologista explica que paciente pode ter qualidade de vida

 

O Dia Internacional da Epilepsia é um evento global, celebrado anualmente na 2ª segunda-feira de fevereiro, para promover a conscientização sobre a doença que acomete 2% da população no Brasil e afeta em torno de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).   

Ainda há muito preconceito e falta de informação, porém as pessoas com epilepsia podem ter uma vida normal, se seguirem o tratamento adequado com a medicação de uso contínuo prescrita pelo médico neurologista.  

A epilepsia não é uma doença mental, e sim neurológica e não contagiosa, em que há perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, que resultam em atividade elétrica cerebral exagerada culminando em crises recorrentes. Suas consequências são cognitivas, psicológicas e lesões estruturais sociais. 

 “A doença é definida por crises epilépticas e, dependendo da região do cérebro em que houver a ativação, o paciente pode ou não perder a consciência e depois voltar ao normal, ainda com aspecto confuso, olhar perdido e com movimentos sem propósito com as mãos”, explica Guilherme Torezani, coordenador de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí e do Hospital e Clínica de São Gonçalo.

 

Conhecendo a Epilepsia 

Os sintomas variam bastante, de amenos a manifestações mais graves, e alguns sinais das crises convulsivas são: 

• Perda de consciência;

• Contrações musculares;

• Lapso de memória;

• Confusão mental;

• Morder a própria língua;

• Alterações de movimento ocular;

• Emissão de sons, como gritos.

 

Causas e Tratamento 

Segundo Torezani, são inúmeras as causas que podem levar à epilepsia, como: complicações do parto, predisposição genética, distúrbios neurológicos (ex: infecções do sistema nervoso central), reação à medicamentos, traumatismos, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e tumores, por exemplo.  

“A idade também é um fator que deve ser levado em consideração, principalmente em crianças, uma vez que sua causa pode ser associada ao neurodesenvolvimento”, explica. 

Alguns remédios antiepilépticos são utilizados para o controle e a frequência de crises. Outras opções de tratamento disponíveis, como cirurgias, são utilizadas apenas em casos mais graves, nas chamadas “epilepsias refratárias”. 

Mais recentemente, o canabidiol, conhecido como CBD passou a ser utilizado sob prescrição médica para o tratamento da epilepsia por controlar tanto a quantidade como a intensidade das crises convulsivas. 

“A maioria das pessoas com epilepsia pode ter uma vida normal, com controle das crises. O importante é ter o diagnóstico o mais cedo possível para que o tratamento adequado possa ser prescrito ao paciente”, conclui o neurologista.


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