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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Enxaqueca e outras dores de cabeça

Saiba as diferenças e o que fazer para amenizar  


As dores de cabeça são uma das queixas mais comuns no atendimento médico. Elas podem ser divididas em dois grandes grupos: as cefaleias primárias e as secundárias. É fundamental reconhecer esta divisão, pois ela permite que seja feita de forma correta a investigação e o tratamento da dor de cabeça. 

As cefaleias primárias são decorrentes de disfunções no controle da dor na região do crânio. Neste grupo, encontramos dois tipos principais de dor de cabeça: a enxaqueca e a cefaleia tensional. A enxaqueca é uma dor intensa que tende a durar mais de quatro horas, geralmente acontece na metade do crânio, é pulsátil (latejante), piora com os esforços físicos, se acompanha de náusea ou vômitos e existe aversão a barulhos ou luz. A cefaleia tensional, ao contrário, é uma dor menos intensa e que até pode melhorar com atividade física, envolvendo o crânio como se fosse um “chapéu apertado”, sendo portanto opressiva, sem náusea ou vômitos e sem aversão à luz ou aos barulhos. 

As cefaleias primárias normalmente não representam um risco maior e podem ser corretamente diagnosticadas e tratadas por um médico habilitado, que irá definir o melhor tratamento para os episódios de dor de cabeça e para a prevenção de futuras crises, por meio de tratamento com medicamentos profiláticos (preventivos). Desta forma, é possível evitar os riscos decorrentes de tratamentos que não são adequados ao problema da dor de cabeça, considerando aqui os riscos da automedicação, principalmente pelo uso abusivo de analgésicos e anti-inflamatórios, entre outros. 

As cefaleias secundárias, por sua vez, são mais perigosas, pois são decorrentes de potenciais lesões das estruturas relacionadas a sensibilidade do crânio, tanto na sua parte interna como externa. Meningites, tumores cerebrais e hemorragias cerebrais, entre outras, podem ser causa deste tipo de dor de cabeça e podem até mesmo representar um risco a vida. 

Mas, como é possível saber se a dor de cabeça é uma cefaleia primária ou secundária, para que se possa buscar com o máximo de brevidade a avaliação médica necessária? 

O principal é reconhecer as características da cefaleia secundária, pois havendo a presença delas, torna-se necessário buscar apoio médico. Os elementos a seguir sugerem a possibilidade de uma cefaleia secundária:

  • Acordar à noite com dor de cabeça;
  • Ter mais de 50 anos de idade e começar a ter dor de cabeça que não tinha antes;
  • Dores de cabeça que começam subitamente;
  • Dores de cabeça que se acompanham de outros sintomas neurológicos (perda de força muscular, amortecimentos, desequilíbrio, etc.);
  • Presença de febre associada a dor de cabeça;
  • Dores de cabeça que evoluem com piora progressiva.

Havendo qualquer um dos sintomas acima associado a dor de cabeça, ou outros que possam causar preocupação, recomenda-se sempre o atendimento médico, para que sejam feitos os exames necessários como Tomografia de Crânio ou Ressonância Magnética de Encéfalo, para investigar e tratar corretamente a causa do problema. 

 

Carlos Roberto Caron - Professor de Neurologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)


Miopia infantil: volta às aulas pode ajudar a reconhecer os sintomas

Aumento do distúrbio na infância deve levar doença a afetar metade da população global até 2050;

Aliadas ao diagnóstico precoce, novas alternativas de tratamento incluem lentes de alta tecnologia que corrigem os desvios na visão e ajudam a prevenir a piora do quadro

 

Com o retorno às aulas, acende-se o alerta para a miopia infantil, uma preocupação crescente para pais e professores. A exposição prolongada às telas tem sido apontada como um dos fatores contribuintes para o aumento no número de diagnósticos de miopia em crianças. 

Por isso, é importante que pais e professores estejam atentos às dificuldades dos pequenos de enxergar, bem como incentivam hábitos saudáveis de uso das telas, além de priorizar a prática de atividades ao ar livre e a exposição à luz natural. 

Atualmente, estima-se que 20% dos jovens em idade escolar são diagnosticados com diferentes tipos de doenças visuais, mas a miopia é, de longe, a mais comum delas. Pessoas com essa doença têm um globo ocular mais “longo”, o que provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade de enxergar de longe. 

No caso dos eletrônicos, o músculo dos olhos, que normalmente trabalha como uma espécie de zoom para a captura da imagem, acaba precisando fazer esse trabalho de maneira repetitiva, desgastando-o, o que pode causar miopia. Além disso, há uma queda na lubrificação: o ser humano pisca cerca de 12 vezes por minuto. Em frente às telas, esse número cai para aproximadamente oito vezes, ou até menos. 

O crescimento em diagnósticos, principalmente infanto-juvenis, foi considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos problemas de saúde pública que mais crescem no mundo. Cerca de 15% dos jovens de 15 anos têm a enfermidade. Especialistas apontam que, apesar das tecnologias serem a principal causa desse crescimento, outros fatores contribuem para a situação. 

"A gente também verifica, de anos para cá, um aumento na consciência da população em relação ao problema, muitas vezes identificado na escola, pelos professores. Serviços também têm sido ampliados e atingem agora quem antes não realizaria os testes para saber das doenças. Então, muita gente que antes não entrava na estatística agora está entrando, não porque não tinha a doença, mas porque não sabia ter", explica a oftalmopediatra Adriana Fecarotta.
 

Tratamento e prevenção: novas tecnologias são aliadas 

A miopia é tratável: óculos e lentes corretivas, além da cirurgia (que já está na medicina há mais de 4 décadas) estão disponíveis para os míopes. Porém, especialmente nos casos infanto-juvenis, é possível prevenir o desenvolvimento da doença. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orientam os pais a estimularem os filhos a olhar mais para o horizonte, como em brincadeiras ao ar livre. A exposição de telas deve ser evitada para crianças menores de 2 anos. Até os 5 anos, deve-se limitar o tempo ao máximo de uma hora por dia e sempre com a supervisão de pais e responsáveis. Para crianças com idade entre 6 e 10 anos, o tempo limite deve ser de duas horas por dia e adolescentes até três horas. 

Além de controlar o tempo de tela, novas tecnologias também vêm surgindo e contribuindo para que o problema seja minimizado. Um deles é uma lente voltada para a progressão da miopia em crianças, a Essilor® Stellest™, que atua na correção da miopia e impede que os olhos se alonguem mais rápido do que deveriam. “Esse alongamento, que acontece em crianças míopes, é o responsável pela piora da condição”, explica a médica. 

Segundo estudo clínico duplo-cego randomizado realizado no Eye Hospital, da Wenzhou Medical University, na China e publicado na revista científica Jama Ophthalmology em março de 2022, essa nova alternativa de lente ocular desacelera a progressão da miopia em 67% das crianças na faixa etária dos 8 aos 13 anos, quando utilizada diariamente por 12 horas. 

Aliadas ao diagnóstico precoce, essas alternativas avançadas para correção da visão e tratamento da miopia em crianças podem ainda contribuir na prevenção de uma infinidade de outras doenças oculares, como a ambliopia, o chamado ‘Olho Preguiçoso’, bem como problemas escolares, como déficit de aprendizagem. 

“Crianças com graus altos, por exemplo, podem apresentar alterações de comportamento. Além disso, o diagnóstico em fases iniciais somado ao uso correto de lentes corretivas pode prevenir determinados estrabismos decorrentes da falta de prescrição do óculos adequado, além da anisometropia, a diferença de graus entre ambos os olhos”, ressalta a Adriana. 

Há ainda casos em que as crianças com histórico familiar podem ser acompanhadas com antecedência por um especialista, podendo contar com uma linha de cuidado voltada à detecção precoce de alterações na visão para identificação e prevenção de uma progressão rápida da doença.
 

Covid-19 pode ter influenciado cenário atual 

Segundo a oftalmopediatra, ainda é cedo para cravar, mas pesquisas apontam que a Covid-19 também pode ter tido um efeito importante sobre esses números. "É algo multifatorial: há algumas suspeitas que a miopia pode ser uma das sequelas da infecção. Ao mesmo tempo, as medidas de isolamento não só colocaram as pessoas mais tempo em frente às telas, mas também com menos exposição à luz natural e o horizonte, o que contribui, em muito, para prevenir a doença". 

Em qualquer cenário, a consulta com o especialista é fundamental para identificar qualquer mudança na visão e na saúde dos olhos e se informar sobre ações preventivas, além dos cuidados básicos. Fecarotta afirma que o primeiro exame oftalmológico deve ser feito no primeiro ano de idade do bebê, ou seja, no primeiro ano de vida, de preferência, até os 6 meses de idade. 

“Após esse período, o ideal é que os pais levem as crianças ao especialista de 6 em 6 meses em um período de dois anos. Depois desse prazo, uma visita anual ao especialista é suficiente, caso a criança não desenvolva nenhum problema de visão nesse período”, finaliza Adriana Fecarotta.


Fibromialgia: a "doença invisível" que é cercada de muito preconceito

Doença caracterizada por dor no corpo inteiro, principalmente na musculatura, não aparece em exames e acomete mais mulheres do que homens 

 

A campanha Fevereiro Roxo objetiva conscientizar as pessoas sobre a fibromialgia, síndrome clínica que se manifesta através de dor no corpo todo, principalmente na musculatura. De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED), a fibromialgia acomete 3% da população brasileira, tendo maior incidência entre as mulheres – 90% dos casos diagnosticados envolvem pessoas do sexo feminino – com idades de 25 anos a 50 anos.

Segundo a médica intervencionista em dor, Dra. Amelie Falconi, por se tratar de uma doença considerada invisível – não aparece em exames laboratoriais e não tem fácil diagnóstico – e por acometer mais mulheres de meia idade, a fibromialgia não raramente é cercada de muito preconceito. “As dores são alvo de bastante descrença. Nunca são consideradas reais, mas emocionais, psicológicas, fruto até da falta de religiosidade. Por isso as pacientes costumam ser taxadas de 'frescas', sofrendo um tipo de silenciamento, não apenas de parente e amigos, mas também do sistema de saúde”, afirma.

Mas as dores são sim bem reais. “É como se qualquer dor fosse ampliada”, diz Dra. Amelie. Uma característica bem comum de quem sofre com a fibromialgia é a grande sensibilidade a dor, que pode ser desencadeada pela compressão da musculatura ou até por um simples toque. “Como se não fosse suficiente, pacientes portadores da síndrome apresentam diversos outros sintomas, entre os quais, fadiga (cansaço patológico), sono não reparador e consequentemente, repercussões clínicas significativas na parte emocional, com o desenvolvimento de quadros depressivos e de ansiedade”, relata.


Diagnóstico excessivo

A fibromialgia não aparece em exames laboratoriais, que costumam ser solicitados, segundo Dra. Amelie, somente para descartar outras hipóteses de patologias que apresentam quadros semelhantes (cansaço e dores musculares), como, por exemplo, o hipotireoidismo.

“O diagnóstico é sobretudo clínico”, afirma a médica intervencionista em dor, o que faz com que seja corriqueiro o exagero no momento de determinar se o paciente é portador ou não da síndrome. “O paciente que passa em consultas ou dá entrada no pronto-socorro com queixas de dores em vários lugares costuma ser diagnosticado pelos médicos com fibromialgia, mas nem sempre ele apresenta a doença”, diz. Para evitar o diagnóstico errado, Dra. Amelie recomenda que a pessoa faça uma reavaliação com um médico especializado em dor.


Exercício físico é o principal tratamento

A fibromialgia é uma doença incurável, mas há tratamento para mitigar os sintomas. A principal ferramenta terapêutica é o exercício físico, segundo a médica intervencionista em dor, que considera o estilo de vida como um fator gerador e de tratamento para o portador da dor crônica. “O paciente precisa inicialmente enquadrar-se em uma terapia de movimento, como a fisioterapia e/ou exercício físico, por exemplo”, diz.

Segundo Dra. Amelie, a inserção do exercício físico na rotina do portador de fibromialgia é bem desafiadora. “Imagine como é difícil fazer com que um paciente que tem dor no corpo inteiro, está sempre fadigado e não dorme direito, comece a praticar atividade física”, pondera. Assim, a medicação também é um fator importante para o tratamento da síndrome. “Ela é que o paciente muitas vezes precisa para conseguir fazer as mudanças de estilo de vida necessárias - principalmente as relacionadas com o exercício físico - para mitigar suas dores”, destaca.

Contudo, enfatiza a médica intervencionista em dor, o exercício físico deve ser sempre considerado a principal forma de tratamento. O que não significa, segundo Dra. Amelie, que o paciente deva adotar uma carga pesada de exercícios logo de início. “Trata-se de uma paciente com dor crônica e fadiga, que não tem o costume de fazer atividades justamente por causa disso. Desse modo, é importante começar de maneira leve e gradual, para que o corpo se adapte a essas atividades”, diz.

Além dos sintomas já descritos, a fibromialgia causa alterações gastrointestinais em seus portadores. Assim, conforme a médica intervencionista em dor, uma dieta alimentar adequada, com pouco ingestão de industrializados, enlatados e refinados e que priorize o consumo de  “comidas naturais” como arroz, feijão, verdura, legumes, frutas, carnes e ovo, é importante  para o controle dos sintomas e também para regular a microbiota intestinal. Uma dieta alimentar adequada também pode ser empregada como tratamento adjuvante para as dores causadas pela síndrome. 

 

Dra. Amelie Falconi - Especialização em Medicina da Dor pela Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista em Dor pela AMB (Associação Médico Brasileira). Fellow Of International Pain Practice (FIPP) pelo World Institute of Pain (WIP). Fellowship de Intervenção em Dor - Clínica Aliviar / sinpain Rio de Janeiro.

 

Alergias de carnaval: o perigo das tintas, sprays e maquiagens

Já é tempo de fantasias, samba no pé e rostos pintados para esquentar os tamborins para as festas de carnaval, mas os cuidados com a pele não tiram folga e, se não usadas corretamente, podem causar alergias, irritações e envelhecimento precoce

 

A Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD) revela que, ao utilizar maquiagem irregular ou produtos não apropriados como glíter, tintas, lápis não adequados para pintura facial, entre outros, há uma grande tendência da pele absorver substâncias tóxicas, acumular resíduos irritadiços, a desenvolver irritações e até mesmo alergias graves. 

A orientação da médica é usar produtos hipoalérgicos de uso testado para a face ou cabelos, protegendo-os, e não esquecer de usar sempre uma água termal e/ou hidratante leve ao menos 10 minutos antes da aplicação. 

“Na hora de fazer uma pintura diferente, é essencial usar esponjas e lápis macios (o que pode ser feito com sabão de coco) e sem esquecer de observar a validade dos produtos", aconselha. 

O grande perigo é que os sintomas de reação alérgica com alguns produtos raramente são imediatos. "O inchaço e vermelhidão costumam aparecer com o uso cumulativo, associação com medicamentos e/ou exposição à luz.

Sinais e sintomas podem aparecer até 24h depois do uso", explica Dra. Adriana, que acrescenta: “se o paciente notar irritação na pele, vergões vermelhos (pode ser urticária ou dermatites diversas) deve procurar imediatamente o médico, já que, como toda lesão em medicina, agrava com o tempo e alguns hábitos (como exposição à luz, coceira e outros). 

A gravidade das reações varia de pessoa para pessoa, e também do tipo de química ao qual foi exposto. Crianças possuem a pele mais fina e sensível à intoxicação e irritação por estes químicos presentes em cosméticos e tinturas inadequadas, e é necessário consultar-se com agilidade para que sejam tomadas as devidas providências para cada caso", destaca. 

Outro vilão da folia são os sprays de espuma artificial. “A composição do produto apresenta substâncias que, em contato com a pele, podem causar reações alérgicas e urticária, além de irritações na garganta e nos olhos. Além disso, o gás utilizado para fazer com que o mecanismo de spray funcione é derivado de petróleo altamente inflamável. “Além das reações alérgicas, caso haja contato direto do spray com alguma parte do corpo, a recomendação é lavar bastante o local com água corrente. Persistindo os sintomas, o folião deve procurar atendimento médico”, alerta.

E os alertas não param por aí, mesmo a maquiagem segura e indicada para a você pode prejudicar a oxigenação, ressecar a pele, e causar acne e alergias, seja por uso indiscriminado, em local não indicado, ou sem limpeza adequada. A médica enumera dicas:

 

1- Excesso de lápis preto na linha d'água dos olhos

O lápis preto na linha d'água em excesso, pode deixar o olhar pesado e intensificar a área das olheiras, que podem ficar mais escuras e marcadas.
 

2- Pesar a mão na base de cobertura

No intuito de esconder todas manchinhas, espinhas e cravos, muita gente acaba exagerando na quantidade de produto, predispondo a acúmulo de resíduos e acne.

O ideal é usar uma cobertura líquida (penetra menos que o pó) e de origem mineral, prescrita pelo seu médico. E lavar com frequência a esponja e/ou pincéis.

Várias camadas de produtos sequencialmente irão “saturar” e conferir aspecto craquelado à pele, que precisa de um tempo (ao menos 10 min) pra absorver cada produto.

 

3- Batom acumulado ou craquelado nos lábios

Deixar o produto acumular ou deixa a pele dos lábios ressecada e com aparência envelhecida.

Quando a mulher aplica o batom e não consegue um delineado linear, pode ser por necessitar de preenchimento labial (a atrofia destrói o contorno).

 

4- Sobrancelhas muito marcadas ou preenchidas envelhecem o olhar

Sobrancelhas grossas e bem preenchidas tem sido queridinhas das mulheres e realmente entregam um olhar mais sedutor, mais amplo e mais aberto. Mas exagerar no contorno e no preenchimento dos fios pode dar um aspecto falso e deixar o olhar muito pesado.

 

5- Cuidado ao retirar pomadas e fixadores de cabelos

A lavagem feita incorretamente pode irritar os olhos aos produtos terem contato com a região ocular. 



Dra Adriana Vilarinho - Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD - Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE -- SP 27.614
Instagram: @clinicaadrianavilarinho


Aterosclerose e arteriosclerose representam risco à saúde arterial dos homens

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Ambas as doenças presentes em todo o sistema circulatório não têm cura e o monitoramento dos sintomas deve ser acompanhado por especialistas

 

Embora possuam nomes semelhantes, de impactarem o funcionamento das artérias responsáveis por levar sangue a todas as partes do corpo, e fazerem parte de um mesmo espectro, a aterosclerose e a arteriosclerose são condições distintas. Suas manifestações, causas e sintomas ocorrem de formas diferenciadas e representam grande risco à saúde arterial, principalmente aos homens, os mais atingidos.

 

Aterosclerose

A aterosclerose se caracteriza pelo acúmulo de placas de gordura, cálcio ou outros elementos nas paredes arteriais associados a um processo inflamatório que dificulta a passagem do sangue e prejudica a irrigação dos órgãos e o funcionamento celular. Segundo o cirurgião vascular e membro do Departamento de Doenças Arteriais Periféricas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Vinícius Diniz, os sintomas variam conforme a artéria comprometida.

“Nos vasos do coração pode haver dor no peito ou infarto, nas carótidas (artérias do pescoço) provoca o AVC isquêmico ou derrames, alterações visuais ou perda da força/sensibilidade nos membros. Em vasos ilíacos e femorais (artérias das pernas) ocorre dor nas pernas ao caminhar, queda de pelos, enfraquecimento da pele, das unhas e dos músculos, e a impotência sexual, e a também pode provocar a gangrena nos casos mais avançados”, informa.

A doença se desenvolve devido às condições ambientais e genéticas. “É possível citar o tabagismo, a dieta rica em gordura, obesidade, estresse emocional e o sedentarismo como os fatores ambientais mais prevalentes. Enquanto o diabetes, a hipertensão e os antecedentes familiares como componentes genéticos”, explica Dr. Diniz.

 

Arteriosclerose

A arteriosclerose é um termo genérico, relacionado ao estreitamento e endurecimento da parede arterial. Esse endurecimento pode levar ao aumento da pressão arterial e, consequentemente, a alterações estruturais do coração. É três vezes mais frequente em homens do que em mulheres, devido à produção protetora do estrogênio relacionada ao ciclo menstrual. Com o fim dessa etapa e ao entrarem na menopausa, as mulheres apresentam riscos igualmente aos homens. “Normalmente essa doença manifesta-se em pessoas maiores de 45 anos, pois nesse momento outras doenças que contribuem para o desenvolvimento da arteriosclerose, como a hipertensão, diabetes e colesterol alto, também têm maior ocorrência”, afirma o vascular.

Para o diagnóstico, o médico pode realizar exames de imagem, como ultrassom ou procedimentos como angiotomografias, ressonância magnética, arteriografias e cateterismo cardíaco. Ambas as doenças não possuem cura, e o tratamento é focado no monitoramento dos sintomas e controle da progressão como, por exemplo, uso de medicamentos para o manejo do colesterol, diabetes e pressão arterial. “Em alguns casos determinados medicamentos podem melhorar a circulação e evitar complicações, porém, em quadros mais complexos, procedimentos cirúrgicos para restabelecer o fluxo sanguíneo são necessários”, avalia o Dr. Vinícius.

É recomendado que o paciente pratique atividades físicas regularmente, não fume, mantenha uma dieta balanceada - sem o abuso de alimentos industrializados e ricos em sódio, cafeína e bebidas alcoólicas. Da mesma forma, os hábitos saudáveis auxiliam na prevenção dos casos e suas complicações.

“A aterosclerose e a arteriosclerose, além trazerem sintomas clínicos relacionados ao entupimento das artérias, como claudicação intermitente dos membros e nos casos mais avançados a gangrena e a amputação do membro acometido, são também fatores de risco para o Infarto do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Dessa forma, é importantíssima a conscientização da população sobre a necessidade de uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e  o controle dos fatores de risco, como a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a dislipidemia e a interrupção do hábito do tabagismo”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

www.sbacvsp.com.br

 

Cirurgia a laser é nova opção para tratar cisto pilonidal

Localizado na região do cóccix, o problema é incômodo e doloroso

 

Também chamado de cisto sacrococcígeo, o cisto pilonidal é uma doença relativamente comum em adolescentes e adultos jovens, geralmente observada dos 15 aos 30 anos de idade, acometendo o sexo masculino em 80% dos casos. Trata-se de uma inflamação crônica, localizada na região do cóccix. É bastante incômoda e dolorosa por ser com tratamento cirúrgico.

 

As causas da doença ainda são motivo de controvérsia, mas dentre as teorias mais aceitas estão atrito no local, inversão do crescimento do pelo e microtraumas, que levariam à inflamação crônica e formação dos cistos e trajetos fistulosos. 

O cisto pilonidal fica localizado no cóccix, região acima da prega glútea, e devido à proximidade com o ânus e também com a parte final da coluna vertebral muitas vezes causa dificuldade diagnóstica e os pacientes costumam percorrer diversos especialistas antes de terem o diagnóstico corretamente firmado. 

A médica Sônia Time, coloproctologista do Hospital VITA, em Curitiba (PR), explica que após o surgimento, o paciente fica suscetível a episódios de recidiva. Poucas pessoas não apresentam sintomas, porém a maioria delas sente dor devido à inflamação e em muitos casos há saída de secreção e abscessos que exigem cirurgias de emergência para drenagem. “Isso é bastante incômodo para quem sofre com o problema”, frisa a especialista. 

Segundo a Dra. Sônia, a conduta definitiva para pacientes que sofrem com dor, desconforto e saída de secreção é o tratamento cirúrgico. No entanto, o procedimento convencional, com corte, apresenta um pós-operatório bastante temido por ser muito trabalhoso, devido à necessidade de curativos diários e de um tempo de recuperação longo, por volta de dois a três meses. Além disso, o problema apresenta um índice relativamente alto de recidiva, o que leva o paciente a postergar o tratamento definitivo. 

Para minimizar o problema, uma moderna técnica de cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia a laser, foi desenvolvida e já está presente como opção de tratamento. “A técnica, sem dúvida, vem mudando a qualidade de vida de muitos pacientes que sofrem com cistos pilonidais”, pontua a coloproctologista.

 “Com o laser é possível realizar o procedimento cirúrgico sem cortes grandes, aplicando o laser nos trajetos internos do cisto, proporcionando cicatrização mais rápida, sem a necessidade de curativos trabalhosos, e de forma praticamente indolor”, revela a Dra. Sônia. A médica destaca também que o tratamento pode ser feito em esquema de hospital dia, ou seja, sem a necessidade de internamento, e com retorno precoce às atividades.

 

HISTERECTOMIA

Quando a retirada do útero é o tratamento mais indicado e quais as principais formas para a realização desta cirurgia

 

 

O útero é um órgão feminino em formato de pera, que integra o sistema reprodutor feminino. Sua principal função é abrigar o desenvolvimento do feto ao longo da gestação. Localizado na parte anterior da cavidade pélvica, o útero pode ser afetado por diversas complicações ao longo da vida.

 

Em alguns casos, a melhor forma de tratamento é a sua retirada, a histerectomia. As dúvidas sobre este procedimento e qual o método a ser adotado para a sua realização ainda são comuns. Confira a seguir as orientações do Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

 

Para que serve a histerectomia? 

“A histerectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção do útero para tratar alguma patologia. Ela pode ser indicada para o tratamento doenças benignas, como miomas, ou no caso de doenças malignas, como o câncer, entre muitas outras situações. A recomendação da cirurgia deve ser realizada por um especialista, após a análise da paciente e de alguns exames que ela realizará, a pedido do médico”, explica o Dr. Alexandre.

 

Principais tipos de histerectomia 

Segundo o especialista, esta cirurgia é bastante frequente em mulheres em idade reprodutiva, atrás apenas da cesárea, e pode ser realizada de diferentes formas.

 

·       Histerectomia abdominal 

Nesse método, o útero é removido através de uma incisão abdominal baixa, similar à da cesárea. É uma das formas mais tradicionais. Tem um pós-operatório que requer alguns cuidados e acarreta em uma recuperação um pouco mais lenta.  

 

·       Histerectomia laparoscópica 

Nessa cirurgia, o cirurgião insere longas pinças, através de pequenas incisões no abdômen.

 

“O processo é todo acompanho por vídeo. O útero é removido pela vagina ou pelas próprias incisões abdominais, após sua fragmentação. Este método, por ser menos invasivo que o anterior, proporciona uma recuperação pós-cirúrgica mais rápida”.

 

·       Histerectomia vaginal 

“Esse método faz a remoção do útero através da vagina, sem cortes abdominais. É o menos invasivo em relação a todos os anteriores. Desse modo, quando não há ressalvas, tende a ser o mais indicado às pacientes”.

 

Benefícios da histerectomia vaginal 

Segundo o Dr. Alexandre, o pós-operatório é menos doloroso e oferece uma recuperação mais rápida, permitindo que a mulher retorne às suas atividades em pouco tempo, a histerectomia vaginal costuma ter custos reduzidos em relação aos outros métodos e riscos menores. Há, ainda, a vantagem na questão estética, já que não deixa cicatriz.

 

“Apesar de ser mais recomendada em casos de prolapso (queda do útero), essa cirurgia também pode ser realizada para tratar outros quadros, como miomas e sangramentos, e já há estudos que eliminam algumas contraindicações que até pouco tempo atrás impediam a realização do procedimento, como a ausência de prolapso, tamanho maior do útero, cirurgias abdominais prévias ou ausência de parto normal, por exemplo”.

 

De qualquer forma, a indicação do procedimento só poderá ser confirmada pelo médico ginecologista, especialista no assunto, após avaliação da paciente. Entre outras questões, serão avaliadas a amplitude da vagina, a estrutura óssea da pelve, além de solicitados exames específicos para a avaliação pré-operatória.

 

Pós-operatório 

Os sintomas comuns no pós-operatório da histerectomia são alteração no funcionamento do intestino, acúmulo de gases e inchaço abdominal. Pequenos sangramentos também poderão ocorrer.

 

“Qualquer sintoma diferente daqueles alertados pelo médico devem ser observados e comunicados pela paciente o quanto antes”, alerta o médico. 

O tempo exato de repouso e recuperação varia de acordo com cada caso, e as atividades físicas e sexuais devem ser retomadas apenas após a avaliação e liberação do médico. A libido da mulher não é alterada após a histerectomia, no entanto, como seu útero foi removido, ela não poderá mais engravidar.

 

Fevereiro Roxo Laranja: perda auditiva pode contribuir para agravamento do Alzheimer

Ausência do estímulo sonoro afeta cognição e memória, afirma especialista do HP


Durante todo o segundo mês do ano acontece a campanha Fevereiro Roxo (Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia) Laranja (Leucemia), com o objetivo de conscientizar a população e combater a proliferação dessas doenças.

De forma ampla, conforme o Ministério da Saúde, o lúpus é caracterizado como um distúrbio crônico, que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para manter o organismo em pleno funcionamento. Já a fibromialgia ataca especificamente as articulações, causando dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões.

A leucemia, por sua vez, é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida, enquanto o Alzheimer é neurodegenerativo e provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. A sua causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.

Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), no Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, sendo que 6% delas são portadoras de Alzheimer.

Dr. José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista no Hospital Paulista, afirma que a perda auditiva não tratada é um fator que pode contribuir para o agravamento do Alzheimer, pois a pessoa com surdez pode se isolar do convívio social, o que afeta negativamente as funções cognitivas.

“A necessidade de esforço para ouvir cria uma tensão capaz de interferir no funcionamento padrão do cérebro, e a condição tende a levar ao isolamento social, solidão, depressão e preocupação, gerando estagnação mental. A combinação desses fatores contribui para o esgotamento da energia mental, tirando a vitalidade necessária para funções cruciais, como lembrar, pensar e agir”, explica.

Conforme o especialista, a falta de estímulo sonoro ao cérebro afeta diretamente o desenvolvimento de funções cognitivas e da memória, pois o córtex auditivo, responsável por processar as informações e entender os sons, fica debilitado.

O som enviado para o cérebro chega desordenado e, no lugar de ativar áreas responsáveis pela compreensão de linguagem, ativa regiões do lobo frontal, relacionadas ao raciocínio, memória e tomada de decisão.

As pessoas que fazem uso de aparelhos auditivos, conforme o médico, não apresentam a mesma incidência no desenvolvimento de Alzheimer, pois o equipamento estimula as vias auditivas periféricas e centrais, beneficiando a cognição e melhorando a qualidade de vida.

“A surdez não deriva do Alzheimer, mas toda surdez pode ser reabilitada com aparelhos de amplificação sonora (aparelhos de surdez). O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são importantes para que o declínio nas habilidades auditivas não comprometa a atividade cerebral. Também é importante passar por avaliações audiológicas regulares”, finaliza.




Doação de medula óssea

A campanha Fevereiro Roxo Laranja também chama a atenção à importância da doação de medula óssea, pois, a cada cem mil pacientes, apenas um doador é compatível.

Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde. Com isso, basta ir ao hemocentro mais próximo, realizar um cadastro e coletar uma amostra de sangue para o exame de tipagem HLA, sistema de antígenos leucocitários humanos.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Carnaval sem alergia: fique de olho nessas dicas

Vai viajar no Carnaval? Aproveite, mas é bom também prevenir as possíveis alergias, muito comuns nesta época do ano. Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) prepararam algumas dicas:

Protetor solar: Não é comum, mas pode causar dermatite de contato e desencadear coceira, vermelhidão, descamação e irritação na pele. Por isso, antes de usar um protetor solar, aplique-o em uma pequena região do corpo e espere algumas horas para verificar se houve o aparecimento de qualquer sinal ou sintoma de alergia.

Sprays de espuma: Podem causar lesões em mucosas como olhos, boca e nariz. Alguns desses sprays não obedecem às normas do INMETRO por serem importados de forma ilegal, além de serem inflamáveis. O contato prolongado com a pele pode causar sensibilidade, que é uma forma de alergia.

Insetos: Borrachudos, pernilongos podem ser evitados usando mosquiteiro na cama, telas contra insetos nas janelas, repelentes na pele (de acordo com a idade) e inseticidas. Evite ambientes abertos no início e final do dia. Cuidado com gramados onde proliferam formigas. Atenção também às vespas e abelhas, que podem ferroar e levar a reações graves, como a anafilaxia.

Pintura de rosto e corpo: Pinte pequenas áreas da pele, já que áreas extensas perdem a capacidade de eliminar toxinas e não deixam o suor sair. Muito cuidado com olhos e boca, já que essas tintas podem ser tóxicas. Não deixem as crianças dormirem sem remover a tinta com água e sabonete. Dê preferência às tintas orgânicas. Outras recomendações:

– Use produtos de qualidade certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

– Guarde a maquiagem em lugar fresco e protegido da luz solar;

– Não use produtos que estejam com o prazo de validade vencido;

– Não compartilhe maquiagens com outras pessoas;

– Se tiver dúvidas sobre um determinado cosmético, peça orientação ao seu médico alergista imunologista.


Alergia Alimentar: No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência das alergias alimentares parece se assemelhar com a literatura internacional, onde cerca de 8% das crianças e 2% dos adultos são acometidos.

O camarão, muito consumido nas praias nesta época do ano, está entre os principais alimentos causadores de alergias. O fato de já ter ingerido camarão e nunca ter apresentado reação alérgica não significa que, em algum momento da vida, a pessoa não possa começar a ter alergia por esse alimento. Indivíduos com asma, rinite e dermatite atópica são um pouco mais predispostos do que a população geral.

Lembre-se de hidratar bem as crianças, oferecer alimentos leves, moderar nos doces e balas coloridos e evitar roupas que cubram todo o corpo, o que pode aumentar a sudorese, causando desidratação e insolação por excesso de calor.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Especialistas da Unimes falam sobre a expectativa dos medicamentos à base de canabidiol serem oferecidos pelo SUS

 

Freepik

A lei foi sancionada pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcisio Freitas, em janeiro 

Medicamentos à base de canabidiol são utilizados para diversas doenças, como Alzheimer


No último mês, o governador do Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas, sancionou a lei que garante medicamentos à base de canabidiol gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lei nasceu de um projeto criado pelo deputado estadual Caio França (PSB) e foi aprovado em dezembro de 2022 pela Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

A ação traz esperança de vida melhor para muitos, já que as pesquisas científicas dos últimos anos apontam que a substância traz benefícios para pessoas autistas, com epilepsia refratária e outras diversas doenças raras.

A farmacêutica e coordenadora do curso de Farmácia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Juliana Altavista Gallo, explica que o fitocanabinoides canabidiol (CBD) é um composto terpenofélico e um dos 80 canabinoides presente na planta Cannabis e que apresenta propriedades terapêuticas.

“A evidência de que o CBD tem uma promessa terapêutica, ou seja, para tratamentos, decorre em grande parte de estudos que sugerem que ele pode ser neuroprotetor, cardioprotetor e anti-inflamatório. Uma lista de 18 produtos de Cannabis foram aprovados pela Anvisa, sendo que, desses, oito são à base de extratos de Cannabis sativa e dez do fitofármaco canabidiol”, comenta a farmacêutica.

Para a Doutora Andrea Anacleto, médica neurologista e professora do curso de Medicina da Unimes, a lei já é um ganho incrível para a medicina e toda a comunidade. Atualmente, quem precisa fazer o uso do medicamento precisa arcar com um custo muito alto.

“Os medicamentos serão distribuídos apenas para tratar doenças cujo uso de canabinoides esteja indicado na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). A substância não tem o efeito de curar qualquer doença, entretanto, alivia os sintomas”, explica a doutora.

A especialista ainda afirma que medicamentos com canabidiol na composição não são a primeira opção de tratamento e muitas vezes o paciente que faz o consumo, não pode parar de se medicar com os outros remédios que controlam a doença.

“O canabidiol age no comportamento, ou seja, em pacientes que são acometidos com Alzheimer e costumam ser mais agressivos ou agitados. O uso de canabinoides faz com que esses sintomas sejam mais controlados”, frisa a doutora.

A Lei tem 45 dias para entrar em vigor e todo o processo de cadastro de pacientes será feito pelo SUS. Para se cadastrar a pessoa deverá apresentar o laudo médico juntamente com a prescrição do medicamento.

 

Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES


Volta às aulas: o que fazer para evitar infecções virais em crianças nas escolas

Para evitar quadros de resfriado, gripe, sinusite e entre outras infecções virais, é importante manter o nariz, a garganta e os ouvidos das crianças sempre limpos! 

 

Com a volta às aulas, é inevitável os pais se questionarem se a saúde do filho permanecerá intacta com o retorno à escola. A preocupação tem fundamento, como explica Carla Falsete, otorrinolaringologista pela ABORL-CCF. 

“O maior convívio entre as crianças, muitas vezes em ambientes fechados com pouca circulação de ar, predispõe à maior proliferação e transmissão de microrganismos, entre eles vírus e bactérias, principalmente os de transmissão inalatória e/ou por superfícies contaminadas”, esclarece a especialista. Assim, os pequenos podem ficar mais doentes ao retornarem às salas de aula. 

De acordo com a Dra. Maura Neves otorrinolaringologista pela USP, os principais quadros infantis são infecções do trato respiratório - como resfriados, gripes, sinusites, otites, amigdalites e bronquiolite -, além das roséolas. 

Os sintomas mais comuns dessas infecções virais são: 

  • Febre;
  • Coriza;
  • Congestão nasal;
  • Tosse;
  • Diminuição do apetite;
  • Maior necessidade de descanso.

 

Como evitar as infecções virais nas escolas? 

Para contornar possíveis quadros infecciosos, a otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, explica que os cuidados dos pais devem começar em relação ao nariz do filho. Em outras palavras, eles devem fazer com frequência a lavagem nasal com soro fisiológico, que diminuirá a duração e a intensidade de possíveis sintomas gripais. “A sugestão é lavar o nariz ao menos 2 vezes ao dia”, detalha a médica. 

Dra. Carla Falsete alerta: “nesta fase as principais causas de redução de audição são excesso de cerume e otites”. Portanto, além do nariz, é importante que os pais também mantenham os ouvidos dos filhos higienizados corretamente. Para isso, não se deve usar hastes flexíveis e sim uma toalha enrolada no dedo, limpando até onde alcançar, sem forçar a entrada no canal auditivo. 

Dra. Carla ainda complementa indicando uma boa hidratação e alimentação com “comida de verdade” para garantir mais imunidade e melhor aproveitamento das aulas. Também é recomendado que a criança esteja com a caderneta de vacinação em dia para, então, estar com a saúde em ordem. 

Por fim, mas não menos importante, é fundamental que crianças acima de 2 anos e professores usem máscara diante de qualquer sintoma gripal e, se possível, não frequentem o ambiente escolar nesse caso para que assim o ciclo de contágio seja rompido. 

 

Dra. Carla Falsete - otorrinolaringologista geral e pediátrica titulada pela ABORL-CCF.
Instagram: Link

Dra. Maura Neves - Otorrinolaringologista


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