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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Nova estação: relembre 4 dicas para aproveitar o verão com saúde

A estação mais quente chegou. O verão começou em dezembro e prossegue até março, e para aproveitar as altas temperaturas, muitos programam passeios ao ar livre como praias, parques, entre outros. Portanto, não podemos deixar de lado a preocupação com a saúde, já que existem algumas doenças que se intensificam nessa época do ano. 

Segundo o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), até 29 de outubro de 2022, o DF notificou mais de 68 mil casos prováveis de dengue. Além desse fato, outras infecções típicas do verão também vêm à tona, como micose, viroses, conjuntivite, entre outras. Esses problemas estão relacionados diretamente com o clima, já que nessa época, o aumento das chuvas e ondas de calor, contribuem para que o organismo fique mais fragilizado e, consequentemente, que fatores de risco estejam mais presentes. 

Pensando em ajudá-los, especialistas da Doctoralia e Medictalks listaram quatro dicas para evitar preocupações durante os momentos de lazer. Confira:

 

Desidratação

Segundo a Dra. Rosamar Rezende, parceira da Medictalks, Gastroenterologista e Hepatologista, a água atua em diversas reações metabólicas e químicas, e controla a temperatura do organismo. Por isso é essencial que as pessoas se mantenham hidratadas, principalmente durante as altas temperaturas, já que ocorre uma perda maior de água, principalmente por meio do suor. 

“A desidratação pode trazer sintomas como fraqueza, dor de cabeça, tontura e até mesmo convulsões, insuficiência renal e em casos graves, levar à morte. A necessidade de água diária varia de acordo com a idade e o peso de cada um, mas no verão é preciso aumentar a ingestão de líquidos. No adulto é ideal uma média de três litros por dia e para quem faz atividades físicas, a ingestão deve ser ainda maior. Uma boa opção também é a água de coco, pois possui sais minerais, vitamina C e do complexo B. Porém, é importante ressaltar que esta deve ser natural, pois a de caixa pode conter açúcar”, diz a Dra. parceira da Medictalks.

 

Micoses

De acordo com a Dra. Milena Carestiato, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da Doctoralia, além das idas à praia e piscinas, com a chegada do verão há um aumento da transpiração e da umidade da pele, e isso favorece o surgimento de algumas doenças cutâneas. 

A perda de água pela transpiração altera a barreira cutânea e faz com o que a pele fique mais seca e áspera. Essa fragilidade desencadeia inúmeros problemas como micoses. Isso é causado por fungos que entram em contato com nossa pele nas piscinas, saunas, compartilhamento de roupas, entre outros. Para manter a saúde no verão é importante evitar horas mais quentes, usar roupas mais leves e não esquecer do protetor solar diariamente”, explica.

 

Viroses

As viroses mais comuns no verão são aquelas que causam sintomas gastrointestinais, segundo o Dr. Alexandre Naime, parceiro da Medictalks e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Muitas pessoas consomem alimentos que ficam conservados de maneira inadequada e usando gelo de origem de uma água inapropriada para consumo. Assim, diarréias infecciosas virais atingem as pessoas com mais frequência nesta época do ano. Por isso, é sempre importante ficar de olho nos alimentos e usar água mineral”, informa.

 

Proteger os olhos do sol

De acordo com a Dra. Pamela Haueisen, Médica Oftalmologista e membro da Doctoralia, os óculos de sol são acessórios indispensáveis nessa época do ano. ”Uma dica, se possível, é escolher lentes polarizadas e se certificar da procedência dessas lentes, pois devem ter proteção UV (ultravioleta) adequada. Caso contrário, os óculos podem trazer malefícios aos olhos por permitirem a entrada de maior quantidade de radiação solar”, auxilia. 

De acordo com a Oftalmologista, aqueles que são usuários de lentes de contato, não devem expô-las na piscina, mar ou rio, já que as lentes não podem ter contato com águas pelo risco de contaminação e infecção ocular. Além disso, é importante evitar coçar ou tocar os olhos, já que dessa forma, há maior risco de expor os olhos a infecções, inflamações e alergias oculares.


Vem chegando o verão, o calor no coração... 

 

Na verdade, ele já chegou e trouxe consigo uma profusão de cores, ânimo e festas, e o tão esperado carnaval; E de fato, depois de todas as mazelas da pandemia grande parte dos brasileiros não vê a hora de botar o pé fora de casa. 

Que o Brasileiro é festeiro e ama se cuidar já sabemos, e embora os procedimentos estéticos sejam sempre bem-vindos à construção da nossa autoestima, existe algumas contraindicações nessa época do ano, principalmente se você vai se expor a mudanças bruscas de temperatura. 

Então, seja no bloquinho, avenida, praia ou até mesmo na piscina de casa, abram alas para informação e aproveite, sem surpresas desagradáveis, o melhor desses dias festivos.

 

·                    Proteção solar! Sem desculpas e sem economia.  

O fator de proteção solar deve ser de, no mínimo, 30. Isso é imperativo para garantir a saúde da sua pele durante todo o período.

 

·                    Não faça peelings ou use ácidos com ação clareadora nas semanas anteriores.

O uso de ácidos sensibiliza a pele tornando-a mais propensa ao aparecimento de manchas e irritações cutâneas.

 

·                    Não aplique botox, preenchedores ou outros injetáveis se você vai se expor ao sol. Eles podem deixar hematomas que uma vez expostos pigmentam permanentemente a pele.

 

·                    Evite o uso de vitamina C tópica.

Embora seja um ativo antioxidante com potente ação estimulante na síntese das proteínas estruturais da pele, seu uso diurno sem adequada proteção solar pode provocar hiperpigmentação da pele.

 

·                    Faça skincare todas as noites.

Remova completamente a maquiagem. Use e abuse do poder das toalhas miscelares com ácido hialurônico na composição. Além de remover as impurezas, elas auxiliam na tonificação e hidratação da pele.

 

·                    Cuidado com o uso de glitters, óleos e acessórios autocolantes.

Alguns tipos de fantasias podem deixa-la (o) com o bronzeado bicolor e até mesmo provocar queimaduras.

 

·                    Hidrate-se muito e evite o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Exagerou na bebida? Muito cuidado com a automedicação. Alguns analgésicos comumente usados para dor de cabeça interagem com o álcool presente no organismo e podem provocar desde uma irritação na mucosa a danos mais severos no fígado.

 

·                    Vai viajar? Não esqueça de levar a carteira de vacinação.

Aproveite para checar com antecedência se há surtos de doenças locais ou alguma restrição de saúde.

 

E lembre-se, respeite seu corpo, seus limites e sua saúde. Vista sua fantasia e caia na Folia!

  

Ilma Freitas – Farmacêutica Esteta, especialista em Estética Avançada e Cosmetologia. Conselheira do CRF-RO. Docente em pós de Estética Avançada. CEO Instituto Dra. Ilma Freitas - Centro de Especialização em Saúde Estética. Mentora, palestrante e escritora.

 

Check up anual previne doenças, mas ainda é ignorado por brasileiros

A avaliação de rotina possibilita a identificação de fatores para doenças graves como hipertensão, problemas cardíacos e alguns tipos de câncer

 

A avaliação médica anual completa, conhecida como check-up, ainda não é uma rotina ou hábito do brasileiro, em geral. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em um estudo de julho de 2021, a série de testes e exames para verificar se a sua saúde está em boas condições e identificar quaisquer problemas de saúde potenciais apontou que 70,6 milhões de brasileiros não realizam o check-up a cada ano.

A médica cardiologista, Sueli Vieira Santos, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, alerta que realizar o check-up regularmente é fundamental para prevenir e identificar doenças graves e que se instalam de forma silenciosa, como o diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e alguns tipos de câncer. “Detectar essas doenças em estágio inicial ou identificar fatores que evitam o surgimento delas é o melhor caminho para a preservação de uma boa saúde, correção de hábitos e promoção da qualidade de vida”, explica.


Avaliação do coração e prevenção de riscos

No caso das doenças relacionadas ao coração, a Dra Sueli destaca que, principalmente para pessoas a partir dos 40 anos, os exames eletrocardiograma e ecocardiograma serão responsáveis por identificar doenças congênitas ou do pericárdio, insuficiência cardíaca, arritmias e taquicardias. 

O teste ergométrico ou exame de esforço, é realizado, com o paciente conectado a eletrodos espalhados pelo tórax, no qual um paciente realiza um esforço físico numa esteira. Este teste avalia o desempenho do sistema cardiovascular e indica risco de infarto, derrame ou diagnóstico de uma doença arterial coronariana. Em conjunto, a pressão arterial também é avaliada no sentido de prevenção a esses riscos e detecção da hipertensão.

Confira também os principais itens que compõe um check-up médico anual para verificar se a saúde está em boas condições e identificar quaisquer problemas de saúde potenciais:


Histórico médico: O médico pode perguntar sobre qualquer condição médica existente ou histórico familiar, medicamentos que você está tomando, e qualquer outra informação relevante para sua saúde.


Exame físico: O médico pode realizar um exame físico completo, incluindo medir sua pressão arterial, batimentos cardíacos e respiração, verificando seus olhos, ouvidos, nariz, garganta e áreas de linfonodo, além de verificar a sua massa corporal, bem como medir a circunferência abdominal e realizar o teste ergométrico.

Exames de laboratório: Pode ser realizado exames de sangue e urina para verificar os níveis de glicose no sangue, colesterol, hemoglobina A1C (para diabetes), função renal e outros marcadores de saúde.


Exames de imagem: Dependendo das necessidades específicas, podem ser realizadas radiografias, tomografias, ecografias ou outros exames de imagem para avaliar sua saúde interna.


Exames de rastreamento: Pode ser realizado exames de rastreamento para detectar problemas de saúde como câncer de próstata ou câncer de mama para homens e mulheres, respectivamente.


Consultas especializadas: Pode ser necessário que você seja encaminhado para um especialista, dependendo do resultado dos exames e da história médica.

É importante lembrar que um check-up médico anual é um processo contínuo e requer uma comunicação aberta com o médico, quaisquer preocupações ou problemas de saúde devem ser discutidos durante as consultas. Além disso, sempre é recomendado seguir um estilo de vida saudável, manter-se fisicamente ativo, alimentação equilibrada e evitar hábitos ruins como fumar e beber excessivamente.

  

Rede de Hospitais São Camilo

 

Bloquinho da Saúde: entenda como o beijo pode atrapalhar sua folia


No carnaval é comum as pessoas se infectarem com a doença do beijo. Freepik

Mononucleose, herpes e sapinho são só algumas das doenças que podem ser transmitidas através do beijo

 

O carnaval de 2023 será nos dias 20 e 21 de fevereiro, e quem curte a folia está ansioso para aproveitar a maior festa brasileira, já que nos dois últimos anos a comemoração foi cancelada por conta da Covid-19. 

Mas já era hora de tirar a fantasia do armário, comprar o glitter e ver se o samba no pé está em dia. Entretanto, a animação para pular carnaval precisa vir junto ao cuidado para voltar para casa apenas com boas memórias. 

Para muitos, a festa é sinônimo de beijo na boca e é principalmente nessas horas que o cuidado com a saúde deve prevalecer. A cirurgiã-dentista e professora do curso de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Carolina Foot Gomes de Moura, explica que várias doenças podem ser transmitidas pelo beijo. 

“A doença do beijo ou mononucleose é a mais prevalente, além de ser bem comum entre jovens de 15 a 25 anos. Ela pode causar febre, dor de garganta e gânglios aumentados. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar sintomas semelhantes a resfriado e gripe, com congestão nasal, coriza, além de petéquias no palato e comprometimento de fígado e baço”, fala a professora. 

Além da mononucleose, a herpes, a sífilis e o sapinho também podem ser transmitidos através de um beijo. Por esse motivo, os cuidados precisam ser tomados. 

“A prevenção primária é a grande arma para evitar a propagação e consequente contaminação por essas doenças. Ao sinal de quaisquer sintomas incomuns, bem como o surgimento de lesões avermelhadas, esbranquiçadas ou ulceradas sintomáticas ou não, é importante procurar atendimento médico ou odontológico imediatamente”, alerta Carolina. 

Para evitar consequências piores é necessário seguir os cuidados à risca, como beber muita água, o que vai ajudar a evitar o mau hálito e também que as bactérias responsáveis pela cárie e gengivite se proliferem. 

“E para manter os lábios sempre saudáveis, não esqueça de usar um protetor labial, pois auxilia na hidratação dos lábios e protege a região, evitando danos maiores à pele, como o câncer”, lembra a especialista. 

Então, durante o carnaval, não esqueça: sempre ande com muita água, protetor labial e por que não serpentinas e confetes. E ao sinal de qualquer alteração bucal, procure por um especialista.

 

Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES


Eritroblastose fetal: entenda o que é a incompatibilidade sanguínea

Adobe Stock
Condição se deve à interção entre proteínas que podem ou não estar presentes no sangue da mãe e do feto


A eritroblastose fetal, também conhecida por doença hemolítica do recém-nascido, é uma alteração que acontece quando os glóbulos vermelhos do bebê são destruídos por anticorpos maternos que passam a barreira placentária, atingindo aproximadamente 10% das gestações no Brasil, segundo dados da Fiocruz. 

De acordo com Dr. Nelson Tatsui, diretor-técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, esta situação é muito comum na segunda gravidez, pois é necessária uma gestação anterior para que a mãe seja sensibilizada pelo sangue incompatível do bebê, desta forma produzindo uma resposta imune que afetará a gestação subsequente. “Os sintomas vão desde anemia e icterícia leves, a situações graves neurológicas e sistêmicas incompatíveis com a vida”, afirma. 

Para identificar os possíveis riscos gestacionais é preciso realizar um exame de sangue no início da gravidez, que avalia o tipo de Rh — proteína encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos. Caso a gestante seja Rh negativo, o médico deve pedir que o pai do bebê também realizar o exame de sangue. Se ele também for, não é necessário fazer qualquer tipo de tratamento. Porém, se for constatado Rh positivo, a gestante deverá fazer uso da injeção de imunoglobulina anti-Rh para prevenção da formação de anticorpos contra o sistema Rhelica. 

O tratamento com imunoglobulina é uma das maneiras de tratar e evitar a eritroblastose fetal. “A aplicação tem o objetivo de neutralizar essa diferença. Entretanto, cabe um pré-natal completo para detectar a formação de novos anticorpos, seja do grupo Rh ou de outros sistemas que podem causar o mesmo problema" pontua. 

Esse tipo de “vacina” age impedindo a exposição do sangue do bebê ao sistema imunológico da mãe, impedindo o início da produção de anticorpos, ou seja, a mãe não terá anticorpos que causam a eritroblastose fetal nas próximas gestações. A injeção é usada há muitos anos, para essa e outras condições, e pode ser aplicada sempre que houver alguma possibilidade de sensibilização do sistema Rh. 

Após o nascimento do bebê, a eritroblastose fetal pode ser tratada através de exsanguineo transfusão. “Antes do nascimento, pode ser necessária a transfusão do bebê intrauterina. Este tipo de distúrbio requer atenção multidisciplinar do pediatra, hematologista e obstetra, para tratar a anemia e icterícia, evitando situações que ponham em risco a saúde do bebê”, finaliza.

 

Criogênesis
criogenesis.com.br/


Pesquisa investiga a sexualidade sob a lente de saúde pública


A sexualidade é algo que está sempre presente no cotidiano humano e que impacta, essencialmente, a saúde em suas diferentes dimensões. Mesmo que sutilmente, ela habita os corpos expostos nas ruas; está no Carnaval e na pornografia; na vida das gestantes, nos divãs de psicanalistas, no discurso político, nos movimentos por direitos, na literatura. Entretanto, está também nos assédios sexuais e morais, na estrutura social opressiva, no mercado de trabalho. Em resumo, podemos defini-la como “um aspecto central do ser humano ao longo da vida”, mas sabemos que a sexualidade extrapola limites conceituais – ela engloba uma miríade formada por sexo, identidades, papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução.

A sexualidade é vivida e expressada por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. E, é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, jurídicos, históricos, religiosos e espirituais, segundo o descrito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no report Sexual health, human rights and the law (em livre tradução, Saúde Sexual, direitos humanos e direito). Sendo assim, sexualidade não significa puramente e exclusivamente o ato sexual – que, inclusive, também tem passado por questionamentos e deslocamentos para entendê-lo como sinônimo de penetração. Em si, a sexualidade passa a ser compreendida como um conjunto de relações sociais, públicas e privadas, que englobam desde a nossa intimidade e relação com o prazer, como a construção de uma identidade socialmente reconhecida. Ou seja, como são construídas, por exemplo, as noções de masculinidade, feminilidade, corpo, performance de gênero. E, além disso, estamos falando no desdobramento destas questões quando sob a ótica dos aspectos de classe e raciais.

Sob a égide desse novo olhar, cabem inúmeras questões. Será que a construção da masculinidade se dá igualmente para homens pretos, brancos e de ascendência asiática? Será que a vivência da homossexualidade ocorre da mesma forma em todas as classes sociais? E quando fazemos um segundo passo, de pensar o impacto dessas vivências à luz da saúde da mente, como podemos escutar as especificidades de cada identidade? Atualmente, os novos movimentos sociais estão lutando para conquistar espaços na construção de saberes sobre a sexualidade; eles estão trazendo seus olhares e o diálogo sobre novas concepções, discursos e ética. Significados não podem ser fechados, pois estamos constantemente nos transformando – e a nossa identidade sempre está em movimento e, em tese, deveria estar aberta ao novo. Devemos reconhecer as singularidades humanas, legitimando as escolhas do indivíduo, assim como seus desejos e seu desenvolvimento.

De acordo com a OMS, muitos fatores podem prejudicar a saúde das pessoas e, em especial, da mente. Estamos falando de grandes mudanças sociais, condições de trabalho estressantes, discriminação de gênero e raça, exclusão social, violência, violação dos direitos humanos e estilo de vida não saudável. Olhando para esses fatores, após a reflexão de ampliar a categorização da sexualidade, concluímos que se trata de um assunto de saúde pública, pois interfere diretamente no que somos e como agimos. E ousamos dizer que tudo o que se refere à saúde está intimamente ligado ao nosso sistema educacional, que é o primeiro passo para que as pessoas internalizem e se apropriem da necessidade de se cuidarem. 

Sem a instrução adequada para crianças e adolescentes, eleva-se o risco de abuso sexual, iniciação sexual precoce, gravidez não planejada, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e bullying sexual. Pela curiosidade, os indivíduos de qualquer idade acabam buscando informações por meio de amizades, parceiros amorosos, internet e via pornografia – veículos que as deixam mais suscetíveis a conteúdos que alimentam mitos, estigmas, preconceitos e modismos. Com isso, aumentam os casos de problemas de saúde de várias ordens. 

Na busca por dados e informações confiáveis, acessamos a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, que, pela primeira vez em sua série, traz dados sobre a saúde sexual dos entrevistados: idade de iniciação sexual, uso de preservativos, casos notificados de IST, reprodução feminina. Pouco ou nada é falado sobre sexualidade pela ótica de promover qualidade de vida; não se investiga, ainda, o impacto dela na saúde da mente das pessoas e de suas atividades cotidianas. Do mesmo modo, questões de identidade de gênero e orientação sexual ainda não ganharam expressividade em pesquisas públicas – vide CENSO do IBGE –, porém, essa pauta precisa ser cada vez mais discutida, uma vez que o Brasil é o país que mais mata LGBTQIAP+. A correlação entre sexualidade e saúde da mente tem sido analisada e tem conquistado respaldo em estudos acadêmicos. Uma pesquisa da Unicamp (2012), por exemplo, aponta que 40% dos adolescentes homossexuais relataram prevalência de transtornos mentais; entre os adolescentes heterossexuais este número cai para 20%. 

Dentro deste contexto, a NOZ Inteligência e o Instituto Bem do Estar se juntaram para a realização de uma pesquisa com o intuito de assimilar as compreensões das pessoas sobre sexualidade e saúde da mente e entender como elas as relacionam em suas próprias vidas. A proposta deste estudo é coletar dados sobre as percepções dos públicos em relação à sexualidade e saúde da mente, popularizar informações, além de provocar reflexões e debates sobre o assunto. No site da NOZ Inteligência é possível conhecer cada um desses formatos e participar da pesquisa. Além disso, o projeto está recebendo instituições parceiras – com afinidades no assunto –, para formar uma coalizão. Para saber mais, acesse www.nozinteligencia.com.br/sexualidadeesaudedamente, participe da pesquisa e saiba como colaborar!

  


JAQUE LIZI - graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade de São Paulo (FZEA/USP) com especialização em Indústria de Alimentos pela Montpellier SupAgro (França). Possui experiência em indústria alimentícia com análise de KPI’s, melhoria contínua e acompanhamento de processos produtivos; atua como pesquisadora na NOZ, é professora de francês do curso Se Vire en Français.

ISABEL MARÇAL - especialista em gestão de projetos sociais; possui 19 anos de experiência no setor de Impacto Social, à frente da gestão de organizações. Atualmente cursa Psicanálise e é presidente e cofundadora do Instituto Bem do Estar. Apaixonada pela vida, pelos seres humanos e suas relações, sonha com uma sociedade mais saudável e justa, por isso, acredita que o primeiro passo esteja na consciência individual de cada ser humano.

LAURA BING - se interessa por questões sociais e em tecer perguntas sobre o impacto delas no indivíduo. É cientista social formada pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e possui inclinação para a área de sociologia; também atua como psicanalista e é membro do departamento de Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Antes de trabalhar com pesquisa, atuou por cerca de 10 anos na área cultural, em espaços como editoras, orquestras e museus. Além de pesquisadora da NOZ Inteligência, divide seu tempo com clínica particular, lugar no qual encontrou o casamento entre a investigação e a inquietação; atua, também, com atendimentos à população no coletivo de Clínica aberta de Psicanálise, que ocupa espaço na Casa do Povo.

 

Entenda a importância da atuação dos psicólogos nos cuidados paliativos

Lidar com esse processo junto à família é uma das indicações da psicóloga Tais Fernandes 

 

O cuidado paliativo é um modelo de tratamento voltado para o conforto e bem-estar de um paciente terminal. A equipe médica opta por este modelo quando já não há mais possibilidades de melhora do paciente. 

De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), o número de idosos nessas condições, com mais de 80 anos, era de 153 mil em 1950, passou para 4,2 milhões em 2020 e deve alcançar 28,2 milhões em 2.100. Entre os fatores que estão levando a isso, o estudo mostrou ser o envelhecimento mais acelerado no Brasil, comparado ao cenário global. 

Contudo, olhando para outra visão, o idoso quando se depara com este momento de sua vida pode sofrer com a angústia de não saber o que está por vir e pelo medo que está sentindo por se ver nessa situação. Por isso, a Tais Fernandes, psicóloga do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, explica a importância dessa pessoa ser acolhida e passar por um acompanhamento feito por uma equipe multidisciplinar. 

Nesse momento, o trabalho do psicólogo é promover uma escuta humanizada, fazer com que o idoso se sinta seguro para vivenciar este momento da forma que ele escolher e com foco na sua qualidade de vida. “É interessante também estar ao lado da família, para poderem falar, caso desejem, sobre a aceitação da doença, seus medos, tristezas e sobre a possível perda de uma pessoa querida”, complementa a profissional.

Por fim, Tais explica que se trata de um momento delicado tanto para quem está vivendo, por saber o que está por vir, quanto para quem está acompanhando, por ter consciência de que passará por uma perda dolorosa. “O ideal é que a família, diante dessa notícia, junto ao idoso, busque uma ajuda profissional para lidar com os fatos e que não ocorra um agravamento do quadro psicológico de nenhum dos envolvidos, prezando sempre pela saúde.

 

Grupo Said


Alimentação: praticidade x qualidade de vida

Nutricionista do CEJAM destaca alguns pontos de atenção à preparação da marmita

 

Cuidados na preparação, montagem, transporte e acondicionamento dos alimentos estão entre os principais pontos de atenção a serem observados para quem é adepto à marmita.

Nesse sentido, a nutricionista Solange Schenfeld, da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Calú, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, destaca a importância de priorizar a qualidade de vida à praticidade.

“Por vezes, pensamos que a praticidade é a melhor escolha ao fazer consumo de alimentos industrializados, que são os processados ou ultraprocessados. Entretanto, o impacto na saúde é tremendo e acaba resultando no surgimento ou agravo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que requerem investimento de tempo em consultas médicas e tratamentos medicamentosos”, explica a especialista.

Solange ressalta que o refino moderno retira dos alimentos nutrientes e micronutrientes de alto nível de importância para o organismo e traz o aumento de calorias, adicionadas às gorduras, sal e açúcares. “Podemos estar superalimentados, mas estamos subnutridos”, afirma.

Sobretudo no preparo de marmitas, a atenção precisa ser redobrada. A profissional recomenda a elaboração caseira à compra de marmitas prontas, devido ao conhecimento da procedência dos alimentos, garantindo a qualidade da refeição com ingredientes naturais, orgânicos, frescos e sustentáveis (uso de talos, folhas, sementes e cascas).

Além disso, há a higienização ou desinfecção adequada dos utensílios utilizados no processo e no manuseio dos legumes, folhosos e frutas, assim como a questão dos temperos utilizados, sendo comum em restaurantes o uso de aditivos industrializados e excesso de sal.

O tempo e a temperatura também devem ser observados, evitando o favorecimento do crescimento microbiano. “É possível fazer a marmita no momento do preparo do jantar ou tirar uma tarde para cozinhar e congelar as porções”, sugere.

Entre as técnicas que preservam os nutrientes dos alimentos, a nutricionista do CEJAM pondera que, no caso da salada, ela deve ser sempre fresca, higienizada e sem excesso de umidade (água).

Quando se trata de legumes e verduras, é indicado a técnica de branqueamento, para conservação da cor, crocância e nutrientes do alimento. “É preciso primeiro ferver a água para adicioná-los. Deixe-os cozinhar por alguns minutos (escaldá-los) e depois imediatamente mergulhe-os em água bem gelada, pois é esse choque que os manterão conservados.”

Em relação às proteínas, a nutri indica que o melhor é optar por carnes magras e priorizar a frequência de carnes brancas (frango sem pele e peixes). Ela orienta que as preparações devem ser grelhadas, cozidas, refogadas ou assadas. Outro ponto importante para esse alimento é o descongelamento, que não deve ser feito em temperatura ambiente. O correto é descongelar na geladeira para, então, iniciar o preparo.

O recipiente também é um ponto de atenção, pois os potes de plástico, mesmo sendo livres de bisfenol A, podem correr o risco de conter substâncias tóxicas que fazem mal à saúde. “Muitas pessoas utilizam vasilhas de plástico, mas o pote de vidro é muito melhor, considerando os aspectos de higienização, facilidade e sustentabilidade”, afirma.  

Outra dica é não colocar a marmita ainda quente no congelador, porque ela cria cristais de gelo que também impactam na qualidade da comida.

“Primeiramente, o pote deve ser colocado na geladeira para esfriar, antes de ser levado ao freezer, onde pode ser preservado por até 90 dias. Se houver peixes e frutos do mar, a validade do congelamento é reduzida a 30 dias. O transporte deve ser realizado em bolsa térmica, acrescidos de gelo, e devem ser acondicionados sob refrigeração (geladeira) até o momento do consumo”, pontua.

Estudos atuais indicam que o uso de marmita é uma tendência crescente e vem ganhando mercado entre os consumidores, independentemente da classe social. “Outro fator importante a ser considerado é a economia, pois, investir em produções caseiras, reduz os custos individuais e familiares”, finaliza a especialista.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim


Confira alguns cuidados íntimos para curtir a folia sem neuras

Ginecologista e obstetra, Dra. Viviane monteiro, dá dicas de como manter a higiene íntima mesmos nos perrengues típicos de Carnaval

  

Carnaval é época de muito brilho, cor e agito, porém, quem vê os closes dos bloquinhos e desfiles, nem imagina os perrengues que as mulheres enfrentam seja na hora de usar o banheiro químico, lidar com o calor excessivo ou de se manterem dispostas mesmo “naqueles dias”. Pensando nisso, a ginecologista e obstetra, Dra. Viviane Monteiro, separou algumas dicas de cuidados básicos e produtos para levar na pochete e curtir ao máximo a folia sem prejudicar a saúde íntima.


Ao usar um protetor de mamilo: Vai usar um adesivo de mamilo? Ao retirar nunca puxar o adesivo de uma só vez e de forma bruta. A dica é usar um hidratante para os seios, ou óleo natural, como o de coco e ir descolando delicadamente pela borda.


Ao usar o banheiro químico: Utilizar SEMPRE cones descartáveis para fazer xixi em pé, nunca se sente no vaso. Para quem não conhece, trata-se de cones dobráveis de papel firme, descartáveis e práticos para carregar na bolsa ou pochete sem ocupar muito espaço. Lenços umedecidos íntimos também são ótimas alternativas para a higienização fora de casa.


Para prevenir assaduras nas coxas: Dançar o dia inteiro debaixo do sol pode causar muito atrito na região das coxas. Para isso, evitar assaduras use um shorts ou bermuda confeccionada de material respirável, 100% algodão ou opte por um bom hidratante antiatrito.


Para quem ficou menstruada, mas não quer perder a festa: O mercado já oferece calcinhas, shorts e bodys ou as chamadas hot pants produzidas de tecido absorvente e personalizadas na temática do carnaval, perfeitas para se manter fashion sem perder o conforto ou se preocupar com vazamentos.


Na hora de montar o look de carnaval: Levando em conta que você passará diversas horas com a mesma roupa, escolha peças confortáveis, por exemplo, um body de algodão e uma calcinha descartável. Após algumas horas, é possível jogar a calcinha fora ficando apenas com o body e mantendo a região da vulva limpa e arejada. Você também pode levar uma calcinha dessas de reserva, já que são fáceis de carregar para qualquer lugar.

E claro, não esquecer da camisinha. Sua proteção deve estar em primeiro lugar! 



Viviane Monteiro - Formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), fez residência médica no Instituto Fernandes Figueira (IFF) onde atualmente é doutoranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher. É especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), em Medicina Fetal, Gestação de Alto Risco e Ultrassonografia Obstétrica e Ginecológica pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. É Membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ) e mestre em Ciência Médicas pela Universidade Fluminense (UFF). Em sua clínica particular localizada no bairro de Ipanema no Rio de Janeiro, o espaço que acolhe suas pacientes, também exalta obras de artistas mulheres, com peças únicas distribuídas em 250m². A médica ainda conduz um projeto de educação sexual e saúde íntima na comunidade da Rocinha, como parte do programa Oficina do Sucesso.
l@dravivianemonteiro


ONCOFERTILIDADE: Saiba o que é e como a especialidade tem realizado o sonho de pacientes com câncer de serem pais

Especialidade mantém a fertilidade e dá qualidade de vida aos portadores da doença 

 

Estima-se que até 2025, mais de dois milhões de brasileiros devam ser diagnosticados com algum tipo de câncer no país. Com a alta incidência da doença, é sabido que o tratamento, feito à base de quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia oncológica, tem sido o principal meio para a cura e melhora da qualidade de vida de milhões de pacientes. Apesar dos efeitos benéficos, os procedimentos também podem acarretar em reações adversas, entre elas, a infertilidade. Segundo a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), ela pode ser evitada através da oncofertilidade.

Mas, o que é oncofertilidade? E quais os benefícios dela para pacientes com câncer? De acordo com o urologista e membro da SBRA, Moacir Rafael Radaeli, a especialidade busca manter o sonho de homens e mulheres que desejam ter um filho após o tratamento da doença. “A oncofertilidade busca preservar o potencial fértil de pacientes que serão submetidos a tratamentos oncológicos. Essas ações pretendem minimizar as lesões do tecido germinativo, proteger os órgãos reprodutivos, congelar células e tecido e planejar o futuro fértil das pessoas que serão submetidas a tratamentos gonadotoxicos”, explicou.

O médico urologista alerta que a busca por um profissional de reprodução humana deve ser feita logo após o diagnóstico do câncer, já que a própria doença pode levar a infertilidade antes mesmo de qualquer tratamento. “Converse com seu oncologista e procure centros de reprodução que as opções de preservação serão abordadas com o paciente e otimizadas junto à equipe da oncologia. Interessante é que a preservação da fertilidade não atrasa em nada o tratamento oncológico. Hoje temos procedimentos rápidos, com ótimos resultados, que podem ser feitos a qualquer tempo”, disse Radaeli.

O especialista afirma que, entre o diagnóstico da doença oncológica e o tratamento, é possível ofertar alguns métodos de preservação de acordo com cada paciente. Mas, esclarece também que a utilização destes métodos não dá a certeza de “bebê em casa”. Por isso, ele ressalta a importância de procurar profissionais qualificados, que prezem pela qualidade na preservação, na quantidade e nas modalidades de preservação utilizadas, além de informações corretas que aumentarão a chance do bebê futuro.

“Quanto mais conhecimento das equipes médicas e dos pacientes, melhor será o acesso às alternativas para preservação da fertilidade. O paciente também precisa demonstrar o seu interesse pelo assunto e sempre pensar na possibilidade de ter filhos no futuro. É sempre importante discutir sobre a constituição de prole e planejar o tratamento oncológico junto com a preservação da fertilidade. Por último, o paciente deve seguir os cuidados pré, intra e pós-tratamento para maximizar os resultados”, destacou o médico Moacir Rafael Radaeli.

 

Fonte: Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)

 

Transtornos ansiosos lideram atendimentos de saúde mental por telemedicina

Levantamento realizado pela Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital, destaca o aumento de atendimentos relacionados a ansiedade e depressão

 

Com base no histórico de 71,8 mil consultas específicas em saúde mental realizadas pela telemedicina da Docway no último ano, a empresa elaborou um ranking das principais razões que levam alguém a procurar assistência médica a distância. 

O primeiro lugar ficou com os transtornos ansiosos, com 30% dos atendimentos -- o CID inclui transtorno de pânico, ansiedade generalizada e transtorno misto ansioso e depressivo. Na segunda posição aparecem os episódios depressivos, que englobam a depressão leve, moderada e grave, assim como sintomas psicóticos, com 4% da demanda. 

Quando comparados os dados de 2021 e 2022, essa demanda representa um aumento de 36,5% no número de pacientes diagnosticados com transtornos de ansiedade e de 14% com quadros de depressão. “A saúde mental da população sofreu uma mudança expressiva nos últimos anos. As razões vão desde o receio pela morte, que se tornou mais presente após a pandemia, até a exaustão emocional”, aponta Karen Valeria da Silva, Coordenadora de Psicologia da Docway. 

Tendo em vista a situação preocupante que se vive atualmente, a psicóloga reforça a importância do acompanhamento psicológico e de ações preventivas. “O acompanhamento terapêutico e/ou psiquiátrico ajuda a flexibilizar os pensamentos e a diminuir os sintomas de ansiedade. Esse autoconhecimento proporcionado permite um melhor controle de suas próprias emoções e cognições, a fim de alcançar uma vida saudável e funcional", complementa.


Segurar a urina durante o Carnaval? Cuidado, a prática pode prejudicar a saúde

Pessoas que prendem o xixi durante a folia, estão propícias a desenvolverem infecções e incontinência urinária, explica especialista

 

Com as temperaturas altas e muita diversão durante o Carnaval, os foliões tendem a ingerir mais líquidos e com isso, a vontade de fazer xixi aumenta. Porém, com a lotação dos bloquinhos, sambódromo e festas em geral, a preguiça de ficar na fila e até mesmo o medo de pegar doenças ao utilizar banheiros públicos, fazem com que as pessoas segurem a urina por muito tempo, principalmente as mulheres e não tomem água. 

Isso pode parecer inofensivo mas, pode causar sérios problemas de saúde levando ao desenvolvimento de incontinência, infecções urinárias, podendo deixar a bexiga dilatada e podendo chegar a cistite. “Prender o xixi impede a limpeza natural da uretra e com isso, facilita o aparecimento de bactérias responsáveis por infecções. A desidratação e a retenção urinária gera algumas complicações como a infecção urinária e pedra nos rins e é sem dúvida, um dos vilões no pós-carnaval.”, explica Marta Lira, enfermeira estomaterapeuta com foco em incontinência na clínica ConvaCare. 

De acordo com a especialista, é recomendado que as mulheres não passem de 3 a 4 horas sem urinar, já os homens de 4 a 5 horas. Isso porque no público feminino, a principal bactéria causadora de infecções necessita de 4 horas para migrar para o períneo (espaço entre o ânus e a vagina) e adentrar a uretra. Durante o xixi, o jato urinário empurra as bactérias para fora e a urina lava a região, impedindo a infecção.  

Nos homens o tempo é maior porque o risco de adesão de infecções é menor, mas segurar a urina pode dilatar a bexiga. Com o passar do tempo e a bexiga não conseguindo eliminar toda a urina, pode levar a infecções”, comenta Marta. 

 

Dicas para evitar infecções: 

·  Mantenha-se hidratado (a) e consuma bastante água;

·  Utilize lenço umedecido ou lenço de papel, isso diminui chances de ter uma infeção e corrimento causados por fungo ou bactéria;

·  Vá ao banheiro ao menos 6 vezes ao dia, não ultrapassando 4 horas sem fazer xixi;

·  Não sente no vaso sanitário;

·  Use preservativo nas relações sexuais, isso previne diversas doenças. Dentre elas, a cistite, que é uma infecção urinária baixa;

·  Se for à praia ou piscina não fique com o biquíni molhado por muito tempo, pois pode alterar o pH vaginal e gerar infecções, como a candidíase;

 

Os tipos de infecções urinárias mais comuns e seus sintomas 

·  Cistite: infecção na bexiga. E tem sintomas como: disúria (dificuldade para urinar) e aumento da frequência urinária;

·  Uretrite: infecção no canal da uretra. Que causam disúria, aumento da frequência e corrimento uretral;

·  Pielonefrite: infecção nos rins. Pode causar febre, náuseas e vômito, calafrio, dor no na parte lateral do abdômen.

 

ConvaCare
https://clinicaconvacare.com.br


Avanço nos tratamentos oncológicos promove redução na mortalidade e melhor qualidade de vida

  Brasil reduziu em 6,4% as mortes por câncer de mama e 6,6% na próstata, dois dos tumores mais comuns no país. A comunidade médica busca promover o tratamento personalizado e humanizado

 

O tratamento oncológico é um momento de muita tristeza e apreensão para qualquer paciente e seus familiares. O medo dos efeitos colaterais e da cura não acontecer desmotivam desde o início do processo. No entanto, com o avanço da tecnologia em terapias e em ferramentas diagnósticas, cada vez mais, os tratamentos oncológicos alcançam melhores resultados.  

Os avanços mostram resultados na redução da mortalidade pela doença. Nos Estados Unidos, segundo o NIH, Instituto Nacional de Saúde do país, o número de mortes caiu 2,3% por ano em homens e 1,9% em mulheres entre 2015 e 2019. Os tumores com maior redução foram o melanoma e os que acometem o pulmão. 

No Brasil, os números também diminuíram entre 2019 e 2021. De acordo com o 12º Fórum Nacional Oncoguia, o país viu uma redução de 6,4% das mortes por câncer de mama; 6,6% por câncer de próstata; 8,1% por câncer de traqueia, brônquios e pulmão; 10,3% por câncer de esôfago; 13,4% por linfoma de Hodgkin; e 13,7% por câncer da cavidade oral. Por outro lado, o estudo aponta que a pandemia atrapalhou o diagnóstico de grande parte dos casos. 

“O principal recurso nesta última década para o tratamento oncológico tem sido a terapia-alvo, uma tecnologia que veio para ficar e dar mais potência no processo. Atualmente, com essas novas terapias, os efeitos colaterais são menores, quando comparados aos de quimioterápicos convencionais, o que ajuda na melhora da qualidade de vida do paciente”, explica o Dr. Gregório Pinheiro Soares, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

A escolha do tratamento é feita por diversos fatores como tipo, localização e tamanho do tumor. Além da faixa etária e das condições de saúde prévias do paciente. 

“Hoje, o foco do tratamento oncológico é personalizarmos o tratamento, desenvolvendo uma terapia que seja efetiva para o paciente e, ao mesmo tempo, evite efeitos colaterais. Estudamos cada tipo de perfil e percebemos que um medicamento voltado para o que acomete o pulmão, pode ter o perfil genético parecido com o de um que atinge o cérebro, por exemplo. Dessa forma, podemos usar a mesma medicação para ambos”, afirma o Dr. Aumilto Silva Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Outra tecnologia cada vez mais consolidada que permite o desenvolvimento de uma terapia personalizada é a Oncogenética. O teste genético possibilita que determinadas alterações sejam identificadas previamente ao surgimento de doença e possíveis tratamentos ou ações preventivas sejam tomadas para reduzir a possibilidade do desenvolvimento do câncer ou identificá-lo de maneira precoce. 

Em certos casos, a descoberta de um gene cancerígeno possibilita ações preventivas e a possibilidade de intervenções precoces antes do desenvolvimento do tumor. Por exemplo, a retirada preventiva das mamas, em situações em que a mulher é portadora de um gene que predispõe ao surgimento do câncer de mama. 

“Cerca de uma a dez pessoas com câncer possuem alterações genéticas herdadas e que estão circulando pela família. Antes bastante restrita, a Oncogenética está cada vez mais acessível e mais avançada em termos de tecnologia”, comenta o Dr. Gregório Pinheiro. “Entre as novas tecnologias para diagnóstico, podemos destacar a biópsia líquida, que é a utilização de exame de sangue para análise do DNA do tumor, sem precisar de um pedaço dele, ou seja, é um método menos invasivo. No Hospital Santa Catarina - Paulista, utilizamos a biópsia líquida em casos de tumores no pulmão para pesquisa de mutação de drive (genes cancerígenos) ” completa o médico. 

Referência em tratamento humanizado, o Hospital Santa Catarina - Paulista inaugurou, em dezembro, seu novo Centro de Oncologia e Hematologia. O espaço aumentou em 120% os boxes dedicados à quimioterapia e à infusão de medicamentos não oncológicos e triplicou o número atual de consultórios oncológicos.
 

Cuidados paliativos no tratamento oncológico 

Visando promover os benefícios de um tratamento humanizado e responsável, muitos médicos optam por realizar os cuidados paliativos concomitante a terapia convencional. Seus objetivos é permitir que o paciente e seus familiares experenciem uma abordagem que permite um bem-estar físico e psicológico. 

Para esse método ser efetivo, a equipe médica toma algumas medidas como uso de analgésicos e a redução ao máximo de procedimentos incômodos, que visam sempre a qualidade de vida da pessoa em tratamento. Mesmo nos casos de fim de vida, os cuidados paliativos funcionam como promotores da melhor qualidade de vida, confortando e cuidando do paciente e familiares. 

Não são raros os casos de famosos que passaram pelos cuidados paliativos na oncologia. O ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o maior jogador da história do futebol, Pelé, realizaram essa abordagem para diminuir a dor e aumentar o bem-estar.


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