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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Avanço nos tratamentos oncológicos promove redução na mortalidade e melhor qualidade de vida

  Brasil reduziu em 6,4% as mortes por câncer de mama e 6,6% na próstata, dois dos tumores mais comuns no país. A comunidade médica busca promover o tratamento personalizado e humanizado

 

O tratamento oncológico é um momento de muita tristeza e apreensão para qualquer paciente e seus familiares. O medo dos efeitos colaterais e da cura não acontecer desmotivam desde o início do processo. No entanto, com o avanço da tecnologia em terapias e em ferramentas diagnósticas, cada vez mais, os tratamentos oncológicos alcançam melhores resultados.  

Os avanços mostram resultados na redução da mortalidade pela doença. Nos Estados Unidos, segundo o NIH, Instituto Nacional de Saúde do país, o número de mortes caiu 2,3% por ano em homens e 1,9% em mulheres entre 2015 e 2019. Os tumores com maior redução foram o melanoma e os que acometem o pulmão. 

No Brasil, os números também diminuíram entre 2019 e 2021. De acordo com o 12º Fórum Nacional Oncoguia, o país viu uma redução de 6,4% das mortes por câncer de mama; 6,6% por câncer de próstata; 8,1% por câncer de traqueia, brônquios e pulmão; 10,3% por câncer de esôfago; 13,4% por linfoma de Hodgkin; e 13,7% por câncer da cavidade oral. Por outro lado, o estudo aponta que a pandemia atrapalhou o diagnóstico de grande parte dos casos. 

“O principal recurso nesta última década para o tratamento oncológico tem sido a terapia-alvo, uma tecnologia que veio para ficar e dar mais potência no processo. Atualmente, com essas novas terapias, os efeitos colaterais são menores, quando comparados aos de quimioterápicos convencionais, o que ajuda na melhora da qualidade de vida do paciente”, explica o Dr. Gregório Pinheiro Soares, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

A escolha do tratamento é feita por diversos fatores como tipo, localização e tamanho do tumor. Além da faixa etária e das condições de saúde prévias do paciente. 

“Hoje, o foco do tratamento oncológico é personalizarmos o tratamento, desenvolvendo uma terapia que seja efetiva para o paciente e, ao mesmo tempo, evite efeitos colaterais. Estudamos cada tipo de perfil e percebemos que um medicamento voltado para o que acomete o pulmão, pode ter o perfil genético parecido com o de um que atinge o cérebro, por exemplo. Dessa forma, podemos usar a mesma medicação para ambos”, afirma o Dr. Aumilto Silva Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Outra tecnologia cada vez mais consolidada que permite o desenvolvimento de uma terapia personalizada é a Oncogenética. O teste genético possibilita que determinadas alterações sejam identificadas previamente ao surgimento de doença e possíveis tratamentos ou ações preventivas sejam tomadas para reduzir a possibilidade do desenvolvimento do câncer ou identificá-lo de maneira precoce. 

Em certos casos, a descoberta de um gene cancerígeno possibilita ações preventivas e a possibilidade de intervenções precoces antes do desenvolvimento do tumor. Por exemplo, a retirada preventiva das mamas, em situações em que a mulher é portadora de um gene que predispõe ao surgimento do câncer de mama. 

“Cerca de uma a dez pessoas com câncer possuem alterações genéticas herdadas e que estão circulando pela família. Antes bastante restrita, a Oncogenética está cada vez mais acessível e mais avançada em termos de tecnologia”, comenta o Dr. Gregório Pinheiro. “Entre as novas tecnologias para diagnóstico, podemos destacar a biópsia líquida, que é a utilização de exame de sangue para análise do DNA do tumor, sem precisar de um pedaço dele, ou seja, é um método menos invasivo. No Hospital Santa Catarina - Paulista, utilizamos a biópsia líquida em casos de tumores no pulmão para pesquisa de mutação de drive (genes cancerígenos) ” completa o médico. 

Referência em tratamento humanizado, o Hospital Santa Catarina - Paulista inaugurou, em dezembro, seu novo Centro de Oncologia e Hematologia. O espaço aumentou em 120% os boxes dedicados à quimioterapia e à infusão de medicamentos não oncológicos e triplicou o número atual de consultórios oncológicos.
 

Cuidados paliativos no tratamento oncológico 

Visando promover os benefícios de um tratamento humanizado e responsável, muitos médicos optam por realizar os cuidados paliativos concomitante a terapia convencional. Seus objetivos é permitir que o paciente e seus familiares experenciem uma abordagem que permite um bem-estar físico e psicológico. 

Para esse método ser efetivo, a equipe médica toma algumas medidas como uso de analgésicos e a redução ao máximo de procedimentos incômodos, que visam sempre a qualidade de vida da pessoa em tratamento. Mesmo nos casos de fim de vida, os cuidados paliativos funcionam como promotores da melhor qualidade de vida, confortando e cuidando do paciente e familiares. 

Não são raros os casos de famosos que passaram pelos cuidados paliativos na oncologia. O ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o maior jogador da história do futebol, Pelé, realizaram essa abordagem para diminuir a dor e aumentar o bem-estar.


Estudo mostra que técnica de respiração cíclica é mais eficaz na redução do estresse do que a meditação mindfulness

Em artigo publicado na revista Cell Reports Medicine, pesquisadores descrevem várias técnicas para redução do estresse 

 

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford relata evidências de que as pessoas que se envolvem em exercícios respiratórios cíclicos veem uma redução maior no estresse do que aquelas que praticam a meditação de atenção plena, que é quando uma pessoa tenta relaxar, colocando-se no momento sem julgamento por um período. Outras técnicas envolvem a prática de exercícios respiratórios. 

Pesquisadores compararam três tipos de exercícios respiratórios e meditação mindfulness para avaliar sua eficácia. As atividades testadas incluíram suspiros cíclicos, nos quais mais tempo e pensamento são gastos na expiração do que na inspiração ou retenção da respiração; respiração de caixa, na qual a respiração e a retenção são feitas no mesmo tempo; e hiperventilação cíclica, na qual as inspirações duram mais do que as expirações. 

A pesquisa para o estudo foi realizada on-line durante a pandemia, quando o estresse era alto para a maioria das pessoas. 114 voluntários se envolveram em um dos redutores de estresse por cinco minutos todos os dias durante um mês no horário de sua escolha. Cada voluntário manteve um diário de estresse para avaliar a eficácia de suas atividades de redução de estresse. 

Os pesquisadores descobriram que, em sua maioria, os voluntários relataram que acharam o exercício uma experiência positiva -- 90% relataram sentimentos positivos. Eles também descobriram que os voluntários que usaram exercícios respiratórios mostraram mais redução do estresse do que aqueles que fizeram meditação mindfulness. Além disso, descobriram que aqueles que fizeram suspiros cíclicos relataram as maiores reduções no estresse em comparação com outras técnicas de respiração. 

 

Rubens de Fraga Júnior - Professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Fonte: Melis Yilmaz Balban et al, Breves práticas de respiração estruturada melhoram o humor e reduzem a excitação fisiológica, Cell Reports Medicine (2023). DOI: 10.1016/j.xcrm.2022.100895

 

Doleira, e-wallet e muito mais: checklist para curtir o Carnaval em segurança

Fintech Wise lista sugestões para que folião não passe por apuros financeiros durante as festas, que acontecem na segunda quinzena de fevereiro


O mês de fevereiro traz com ele uma das festas mais populares do Brasil: o Carnaval. Confete, serpentina, fantasias e muita irreverência marcam a festa nos quatro cantos do país. Mas nem tudo é celebração: o período também é marcado pelas ocorrências de furtos, roubos e perdas de bens, especialmente carteiras e celulares.

 

Uma descoberta recente da empresa de segurança Kaspersky mostra que o cenário deste ano é ainda mais delicado, depois de cibercriminosos brasileiros desenvolverem um novo tipo de golpe para roubar dados de cartões de crédito durante os pagamentos por aproximação, utilizando o malware Prilex.

 

Diante disso, a Wise, empresa global de tecnologia que está construindo a melhor maneira de movimentar dinheiro ao redor do mundo, listou algumas dicas para curtir a festa de Momo com mais segurança e evitar perrengues e acessos indevidos à conta do folião:


 

Reforce a segurança do cartão pelo aplicativo

 

Os clientes da Wise podem ajustar a qualquer instante os limites do cartão direto no aplicativo, com rapidez e sem burocracia. Além disso, há a opção de ativar a necessidade de senha a cada uso do aplicativo. "Os clientes da Wise ainda podem ativar e desativar o cartão pelo celular de acordo com sua necessidade. Também é possível adicionar a verificação em duas etapas, que pode ser código enviado por SMS, chamada de voz ou uma notificação no aplicativo da Wise", reforça Helene Romanzini, gerente de Marketing de Produto da Wise para América Latina, África e Oriente Médio.


 

Aja rápido em caso de imprevistos

 

O usuário que perder ou tiver roubado seu cartão ou celular deve entrar em contato com a Wise imediatamente, por e-mail ou telefone, para que a empresa agilize o bloqueio de transações indevidas. Isso vale também para o bloqueio do chip do aparelho, por meio da operadora telefônica.   


 

Registre o cartão nas e-wallets

 

Boa parte dos brasileiros usa cartões virtuais e armazená-los nas carteiras digitais é uma boa pedida. Elas têm recursos de criptografia para garantir a segurança das informações. Em alguns casos, o usuário também pode cadastrar a biometria, o que evita o acesso de pessoas não autorizadas.


 

Invista em doleiras e redobre a atenção

 

Usar celular e cartão sempre em doleiras por debaixo da roupa e evitar ficar com o aparelho desbloqueado em meio a multidões são boas medidas de segurança. Para quem estará em lugares públicos, outra dica importante é não utilizar redes abertas de internet, apenas a própria rede do celular, evitando a invasão de pessoas mal-intencionadas e o vazamento de dados pessoais durante a navegação.


 

Atente para os preparativos

 

Caso precise comprar passagens, reservar hospedagem ou fazer outras transações online, o ideal é manter as precauções. "Evitar salvar os dados do cartão em sites é o primeiro passo para evitar golpes. Mesmo que sejam confiáveis, os sites estão sujeitos a ataques de hackers e vazamento de dados, principalmente depois do roubo do celular", explica Helene.

Por fim, é recomendável ter o hábito de monitorar o CPF no site do Serasa Antifraude, que informa se o e-mail ou informações pessoais do usuário foram expostos por meio de vazamento.

 

Wise

wise@smartpr.com.br


Conteúdos digitais permitem transformação profissional e melhores oportunidades de emprego

Cursos e treinamentos online oferecem aprendizado com flexibilidade e investimento, atraindo cada vez mais adeptos no Brasil

 

Com a rotina “corrida” de grande parte da população, conciliar vida social, família e trabalho com estudos pode parecer utópico. No entanto, com o auxílio da internet, transicionar de carreira ou obter competências específicas por melhores oportunidades está mais acessível do que nunca. Flexibilidade de horários e investimento justo são as principais razões para o mercado de cursos e treinamentos online ganhar cada vez mais adeptos. 

Esse é o caso do engenheiro de petróleo, Rennan Damasceno, que encontrou na Hashtag Treinamentos a chance de melhorar sua competência no Excel e conseguir melhores vagas. 

“Eu achei que sabia algo, mas na verdade, meu conhecimento era quase nulo. Do quinto ao oitavo período da graduação, participei de 14 processos seletivos e fui reprovado pelo meu nível no programa de planilhas. Não dava para fingir que sabia, precisava aprender de fato para garantir meu futuro profissional”, relata. 

A insegurança de estudar online o fez questionar a escolha pela plataforma algumas vezes, mas logo nas primeiras aulas entendeu que era ali que encontraria excelência que buscava. “Além do método excelente, aprendi diversos atalhos que nunca tinha ouvido falar e que otimizam muito meu tempo. O suporte também foi fundamental e ocorria quase que em tempo real”, continua.

Os resultados dos estudos, ele leva para a vida: aprovações em tantos processos seletivos, que precisa examinar a vaga que mais encaixa com seu perfil. “Após a conclusão, em um curto período, fui aprovado em três vagas importantes e dos sonhos. Refleti, com base na minha experiência, que as reprovações não fazem de ninguém um fracasso. O que faz de alguém um fracasso é desistir de lutar”. 

E a luta tem muito a ver com persistir nos estudos para garantir mais qualificação. “Os hábitos de consumo de conteúdo mudaram. A preferência por atividades online está em maior evidência, por conta da transformação digital e também nesse período pós-pandemia. Mas ainda há quem resista ao ensino a distância, quando na verdade, essa pode ser considerada uma das melhores maneiras de melhorar o currículo”, pontua João Paulo Martins, CEO da Hashtag Treinamentos.


Certificação é válida

Uma das maiores dúvidas de quem considera fazer cursos ou treinamentos online é se os contratantes levarão a sério a certificação. De acordo com Martins, nada muda quando o assunto é educação a distância: “na verdade, chama atenção, porque mostra o interesse no aprimoramento para oferecer um melhor serviço. Outro ponto que chama atenção é que mostra habilidade de gerenciamento de tempo, afinal, conciliou o trabalho com uma capacitação”. 

Estudar online é mais acessível e pode encaixar bem até nas rotinas mais ocupadas. As oportunidades de networking também não são prejudicadas, já que grande parte das plataformas oferecem fórum de dúvidas e bate-papos para os alunos se conectarem. 

“Como podem notar, os benefícios são enormes, principalmente para quem trabalha em uma empresa com programa de incentivo de qualificação profissional. Ou seja, quanto mais cursos e treinamentos são feitos, maiores são as chances de promoção”, diz. 

O único alerta, segundo ele, é em relação à reputação da plataforma. “Assim como existem instituições com sede física com baixa reputação, também existem espaços na internet, cujo ensino não é de qualidade É fundamental pesquisar a grade, docentes e também depoimentos de quem concluiu os cursos para entender se faz sentido para o que busca ou não”, conclui.

  

Hashtag Treinamentos

 

5 dicas para empreender em 2023

 Com o modelo de trabalho cada vez mais híbrido, as pessoas estão com mais tempo e passaram a enxergar oportunidades para investirem em um negócio próprio; especialista indica como empreender nos tempos atuais

 

Segundo dados do Painel Mapa de Empresas, há cerca de 20 milhões de empresas ativas no país, sendo 2,7 milhões abertas em 2022. O Brasil está entre os países que mais empreendem no mundo: ele saiu da 13ª posição para a 7ª posição do ranking mundial de empreendedores, em uma escala de 50 países. Tudo bem, empreender a grande maioria das pessoas têm vontade, mas como manter a empresa ativa e no verde depois que o plano saiu do papel?

 

Com as mudanças políticas e econômicas todos os anos, empreender é quase que uma tarefa que precisa ser renovada com o passar do tempo, ou seja, quem empreendeu em 2010 com certeza usou outros atributos de quem abriu um negócio em 2020. Hoje, por exemplo, uma empresa não vai para frente sem estar presente no digital - não importa o nicho que está atuando.

 

Por isso, abaixo, Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP da BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo, lista 5 dicas atuais para empreender em 2023. Confira: 

 

1. Coloque o sonho no papel e estude sobre empreendedorismo: o principal ponto quando se começa um novo negócio, é buscar estudar sobre todas as coisas que irão ajudar nesse empreendimento. “É preciso ter bem definido qual ramo deseja seguir, procurar os concorrentes e saber seu diferencial, ter um modelo de negócio bem definido, estudar seu público alvo detalhadamente e começar a planejar os próximos passos. Comece com o que tem”, aconselha Mara. 

 

2. Saia da zona de conforto e converse com novas pessoas: quando se trata de empreendedorismo, é importante falar com as pessoas e pensar em maneiras criativas de construir o seu negócio. Criar relações e conexões é fundamental em qualquer negócio, principalmente quando o assunto é empreender. “Dedique tempo aos relacionamentos que você já tem. Estenda a mão e pergunte se as pessoas estão bem, se há algo que você pode fazer para ajudá-las”, explica a especialista. 

 

É possível fazer parte de grupos online ou presenciais que ajudem empreendedores. “Além de possibilitar conhecer novas pessoas, todos estão abertos para conversar e melhorar suas habilidades. Nessas reuniões, também é possível treinar a desenvoltura, comportamento e abordagens. Além da inspiração em histórias de outros empreendedores”, sugere. 

 

3 - Comprometimento e autoconfiança: essas soft skills são necessárias para quem deseja empreender e ser capaz de enfrentar qualquer dilema que vier em sua jornada empreendedora. “Quanto mais confiante, se torna cada vez mais possível racionalizar as tomadas de decisões. Se você é inseguro, se afunda nos problemas e triplica os gargalos de uma corporação”, explica Leme. 

 

Além disso, o empreendedor precisa cumprir com uma agenda de tarefas, ele, geralmente, tem muitas responsabilidades em suas mãos, e tudo isso requer um comprometimento sério com todos os afazeres. “Além disso, ele deve servir como um exemplo para quem trabalha no local”, acrescenta. 

 

4- Invista na sua vitrine digital: “Seu negócio também deve estar presente no meio digital. Invista em uma página no instagram para aproximar sua empresa do público e até gerar vendas. Tenha um conta ativa no linkedin para ficar atento ao mercado e aos comentários de outros empreendedores. Também faça um site para trazer notoriedade e informações para seus clientes. Hoje, se torna ainda mais fundamental estar presente no digital, em que é possível atingir um número ainda maior de pessoas”, indica Mara. 

 

5- Autogestão e comprometimento: Saber controlar a sua própria gestão é uma habilidade não técnica mega necessária nos dias atuais, ainda mais pensando no mundo digital, onde cada vez mais as pessoas estão trabalhando home office. “Um empreendedor necessita ter essa característica e ainda apostar em pessoas que também tenham - pensando no bem-estar e desenvolvimento da corporação. Essa gestão é fundamental para tirar o negócio do papel e planejar os próximos passos”, comenta Mara. 

 

O empreendedor também deve ter uma mente inovadora, ou seja, estar sempre pensando em ideias e melhorias para a corporação. “E isso vale também para ideias que melhorem a estrutura física da empresa, ou até em medidas para beneficiar um colaborador”, salienta.

 

Além disso, o empreendedor precisa cumprir com uma agenda de tarefas, ele, geralmente, tem muitas responsabilidades em suas mãos, e tudo isso requer um comprometimento sério com todos os afazeres. “Além disso, ele deve servir como um exemplo para quem trabalha no local”, finaliza Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP da BNI Brasil - Business Network International - a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.



Universidade Pública: pilar da contemporaneidade

Descartes já dizia que o bom senso "é a coisa do mundo melhor partilhada”, e que todos possuem a sua cota de racionalidade para melhor compreender. No entanto, dá muito trabalho abandonar as formas não racionais de enxergar as coisas, exigindo tempo, experiência e esforço. Ou seja, não se pode esperar que isso ocorra magicamente.

Kant, um cartesiano de carteirinha, pelo menos até aquele escocês  aparecer na sua vida, destacava que a busca pela autonomia intelectual, consolidada no que ele chamou de “maioridade”, era muito difícil de se alcançar sozinho, pois o medo, a preguiça e a comodidade exercem um poder muito grande sobre a nossa vontade, determinando, na maior parte das vezes, a famosa “área de conforto”, em torno da qual balizamos nossa existência e nossas decisões. “Ousa pensar”, exasperava-se o filósofo alemão, testemunhando o estrago causado pelas superstições, pela manipulação das vontades pueris, pelos preconceitos que ameaçavam existências. No entanto, sem um ambiente para que essa racionalidade possa prosperar, retroalimentar-se e dividir suas conquistas, seremos como os cegos do livro do Saramago, aprisionando-nos, com nossas próprias mãos, ao fundo da caverna.

Foram os franceses quem implementaram a ideia de uma prática coletiva da Razão, transformando a Ciência em uma atividade estratégica para o desenvolvimento da sociedade e o fortalecimento do Estado. Os estudiosos não precisariam mais contar apenas com o mecenato dos ricos e dos nobres, como aconteceu no Brasil com D. Pedro II, conhecido por doar bolsas para artistas e ganhar fama de filantropo enquanto o país patinava na insignificância da educação pública em meio a uma escravidão anacrônica que se estendeu até o penúltimo ano de seu reinado. Surgem na França, ainda em 1794, a Escola Politécnica, para formar engenheiros, e a Escola Normal, para formar professores. É fato que esse impulso acabou tolhido pelas idas e vindas do reacionarismo, mas o bem já estava feito: a contemporaneidade implicaria a Educação Pública como instituição basilar na formação e expansão da racionalidade e no desenvolvimento da ideia de um conhecimento “cívico”, voltado para o bem-estar da sociedade. Hoje consubstanciadas nas universidades públicas, esse espaço onde se “ousa pensar” e amadurecer as racionalidades, esse bastião contra os retrocessos medievais e contra o assalto às conquistas da modernidade. Portanto, um pilar sem o qual qualquer projeto de Nação Moderna e aspirante ao futuro tende a desmoronar.

É evidente que a Ciência, que trouxe avanços inegáveis para a humanidade, principalmente no campo da saúde, da produção de alimentos, na estrutura das cidades, no conforto e bem- estar das pessoas, também proporcionou violência em escala inaudita. Principalmente porque a lição de Kant foi esquecida, a do uso da Razão para delimitar o campo da Ética, por meio de seu imperativo categórico: faça apenas o que puder ser universal. Máxima que, até hoje, é de grande utilidade, quando, por exemplo, você resolve colocar na sua página da internet um fato sem verificação, apenas porque agrada ao seu modo de ver o mundo. Imagina se todos pudessem fazer a mesma coisa? Acabaríamos com as instituições com as quais fizemos um pacto de confiança para manter e expandir o modelo que define a própria contemporaneidade: saúde pública, universidades, imprensa, divisão dos poderes, ciência. Mergulharíamos no caldeirão do preconceito e da superstição, onde o que vale é o que se acredita, sem questionamento. E a falta de questionamento, de problematização, é o veneno da Razão.

Os caminhos que temos diante de nós são muito claros: apostar no que construímos de mais confiável ou entregarmo-nos aos desvarios das certezas da opinião. Como diria Descartes: afundarmos na areia movediça ou fincarmos nossa bandeira sobre rocha sólida? A resposta não é uma mera escolha individual, mas um compromisso público: seremos uma Nação do Bem Comum ou um campo de batalha devastado. 

Sapere Aude !

 

Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros


Entenda o que causou o terremoto na Turquia e na Síria

Reprodução: Twitter | @UnicefBulgaria

Professor de geografia explica como a magnitude do tremor considerado um dos mais mortais do mundo pode intensificar os problemas sociais da região

 

Desde o dia do abalo, as equipes de resgate da Turquia e da Síria conseguiram retirar mais de 8 mil pessoas dos escombros dos terremotos e o número de mortos passou dos 7 mil. Os países se encontram em uma verdadeira corrida contra o tempo, visto que as primeiras 72 horas após uma destruição como essa são consideradas críticas para encontrar pessoas com vida. Por isso, cada salvamento é muito comemorado pelos socorristas e pelos parentes.

Desde a madrugada de segunda-feira, a Turquia registrou mais de 280 tremores secundários e outros abalos mais fortes. As autoridades turcas estimam que a quantidade de prédios destruídos pode chegar a 11 mil. O presidente Recep Tayyip Erdogan decretou estado de emergência em 10 províncias pelos próximos 3 meses, além de abrir hotéis para receber desabrigados e agradecer o apoio da comunidade internacional. Na Turquia e na Síria, mais de 23 milhões de pessoas foram afetadas, sendo 1.400.000 apenas crianças.


O que causa o terremoto?

Com a magnitude de 7.8, o ocorrido levanta dúvidas sobre como esses tremores se manifestam e quais são as consequências para a região afetada. Os terremotos acontecem devido ao encontro das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre. As regiões próximas destes encontros possuem terremotos ou maremotos (nos oceanos) com maior intensidade e maior frequência.

De acordo com Marcos Dihl, professor de geografia do Colégio Adventista de Santo André, os terremotos ainda não são possíveis de prever ou antecipar para que haja um plano de evacuação com antecedência, como ocorre no caso de eventos climáticos como furacões ou tempestades. “O número de mortos e feridos está tão relacionado com a intensidade dos tremores, mas sim a fatores como tipo do relevo da região, qualidade das construções, horário em que ocorre o tremor e se a região possui planos emergenciais”, explica.

No caso da Turquia e da Síria, a região possui o encontro das placas tectônicas Euroasiática, Arábica, Africana, Anatólia e do Mar Egeu. O terremoto desta segunda-feira teve o seu epicentro próximo das placas de Anatólia e Arábica. “As construções da região, que não são preparadas para enfrentar este tipo de tremor, levam a um maior número de desabamentos. O fato de o tremor ter ocorrido de madrugada enquanto muitos dormiam também aumenta a tragédia, bem como o clima frio que também dificulta as buscas e diminui a expectativa de se encontrar sobreviventes a cada minuto que passa”.

De acordo com o professor, por ser uma região subdesenvolvida e com problemas de infraestrutura nas construções e serviços de saúde, a tendência é que a população tenha grandes problemas para se restabelecer. “Muitos podem se deslocar para outros locais dentro da própria Turquia buscando refúgio em outras regiões enquanto os lugares atingidos sejam reconstruídos. Isso não costuma ser rápido e amplia as diferenças sociais na região”, aponta. “A Síria, por exemplo, já enfrenta uma grande crise de refugiados desde 2011 com a Primavera Árabe e depois com a invasão do grupo terrorista Estado Islâmico. Este terremoto irá contribuir para o aumento do deslocamento de refugiados nas regiões afetadas”.

O professor destaca que, quando abordado em sala de aula, o tema vai muito além do ensino e traz ao aluno um olhar empático sobre as diferentes realidades presentes nos outros países. “Além de mostrar imagens sobre as placas tectônicas para ajudar na hora de contextualizar, é sempre importante fazer uma comparação com outros tremores para explicar que a infraestrutura dos diferentes lugares é o fator decisivo na hora de salvar vidas”, finaliza.

 

Oito em cada dez empregos foram gerados nos pequenos negócios em 2022

No ano passado, os setores de Serviços e Comércio foram os que mais contrataram nas micro e pequenas empresas

 

Em 2022, a cada 10 postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente 8 foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE), segundo levantamento do Sebrae feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com o resultado positivo, o acumulado do ano ultrapassou 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios.

Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.

“Mais uma vez, os pequenos negócios não decepcionaram o Brasil e mantiveram a tradição de grandes geradores de empregos no país. Assim como em 2022, tenho certeza de, neste ano, as MPE, principalmente na figura do Microempreendedor Individual (MEI), continuarão a impulsionar a nossa economia, com destaque para os setores de Serviços e Comércio”, assegura o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Na soma dos 12 meses do ano passado, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). No ranking dos saldos de empregos por unidade federativa, o primeiro lugar ficou com Roraima, seguido de Amapá e Amazonas. Em valor absoluto de vagas nas MPE, São Paulo ficou na liderança.

A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes. No último mês do ano passado, o Brasil encerrou pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%). Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE.


Inadimplência alcança 5,7 milhões de Micro e Pequenas Empresas em dezembro de 2022, indica Serasa Experian

Total foi de 6,4 milhões de negócios de todos os portes com débitos em atraso no período

 

Dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostram que, em dezembro de 2022, 5,74 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram alcançadas pela inadimplência. Comparado com o mesmo mês de 2021, a variação foi de 7%. Veja a seguir os dados completos: 


“A estimativa é que o cenário de inadimplência das empresas ainda perdure, em conformidade com o índice de negativação dos consumidores que já chega em 69,4 milhões de pessoas. O impacto da inflação começa no bolso do brasileiro, que tem seu poder de compra e de pagamento afetado e acaba impactando o fluxo de caixa das companhias. Para que haja melhora deste cenário, é necessário investir na reorganização financeira, com renegociação de dívidas junto aos credores e contenção de gastos até que a economia sinalize positivamente uma melhora”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. 

Ainda na avaliação do cenário das Micro e Pequenas Empresas em dezembro, 52,5% foram do setor do Serviço, 39,1% do Comércio, 7,9% da Indústria e 0,5% do segmento de Outros. A quantidade foi de 39,5 milhões de dívidas negativadas cujo valor chegou em R$ 89,1 milhões. Cada empresa tinha, em média, 6,9 contas atrasadas que, juntas, somam por volta de R$ 15.521,20. A maior parte das MPEs com CNPJs negativados eram do Sudeste (53%) e a menor parcela do Norte (5,3%). Confita a comparação completa no gráfico a seguir:

 

Com São Paulo (1.865.890), Minas Gerais (560.084) e Rio de Janeiro (511.401), o Sudeste liderou o ranking das Unidades Federativas (UFs) com mais micro e pequenas empresas inadimplentes. Abaixo, veja a lista completa:


Cenário nacional chega em R$ 110,2 milhões em débitos atrasados 

O mês de dezembro registrou mais de 6,44 milhões de empresas inadimplentes. Considerando todos os portes, a somatória das dívidas atrasadas chegou em 45,8 milhões com valor total de R$110,2 milhões, sendo a média de 7,1 boletos e R$ 17.123,10 devidos por empresa. Cerca de 54% dos negócios com CNPJs no vermelho eram do setor de Serviços. Confira os dados completos no gráfico e na tabela abaixo:


Na análise por segmentos nos quais os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas, “Outros” – categoria que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio – foi o que se destacou (28,4%). No gráfico abaixo está o levantamento completo, confira: 


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



Como mentes saudáveis geram mais resultados nas empresas?


Discutir sobre a saúde mental no ambiente de trabalho vem sendo um tema cada vez mais recorrente – não por ser uma tendência de mercado, mas sim por sua importância em garantir a satisfação dos profissionais e, consequentemente, alavancar o crescimento da empresa em seu segmento. Muitas doenças decorrentes de espaços estressantes e pela sobrecarga no dia a dia estão se tornando mais frequentes, o que acende o alerta para tratarmos deste assunto com maior atenção e, assim, evitar graves danos que possam comprometer o psicológico dos colaboradores.

Segundo uma definição da própria OMS, a saúde mental no trabalho é caracterizada pelo estado de bem-estar dos profissionais – não apenas emocionalmente, como também psicologicamente e socialmente. Mesmo diante das situações desafiadoras que todos enfrentamos em nosso cotidiano nas empresas, uma boa saúde mental ajuda a lidar com esses momentos da melhor forma possível.

De acordo com dados divulgados pelo Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS, cerca de 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e ansiedade – afastamentos que custam à economia global quase um trilhão de dólares. Apenas no Brasil, enquanto estes sintomas eram fator de preocupação para apenas 18% dos profissionais, segundo informações do Global Health Service Monitor, em 2022 essa quantia cresceu para 49%, levando ao que a própria Comissão Nacional de Enfermagem em Saúde Mental (Cofen) denomina como a segunda pandemia que a sociedade enfrenta.

Seja por fatores profissionais como a alta demanda, falta de horário para trabalhar e excesso de cobranças para entregar resultados, ou questões pessoais que estejam afligindo o psicológico, a insatisfação gerada em qualquer uma dessas áreas é, inevitavelmente, transferida para a outra, desencadeando problemas preocupantes em todas as esferas da vida de cada um. O efeito cascata deste cenário quando não tratado e prevenido, é severo – levando cada vez mais pessoas a se demitirem por estarem insatisfeitas e podendo gerar muitas outras consequências graves para a vida de todos.

Mesmo ainda sendo um tema relativamente novo, não há como dissociar a importância em prezar pela saúde mental dos profissionais para seu próprio bem-estar e, consequentemente, para que se sinta mais feliz e produtivo em suas tarefas. Uma mudança essencial como essa precisa ser muito bem conduzida – o que vem fazendo com que muitas companhias invistam em um líder genuinamente engajado com esta causa para comandar a diretoria de felicidade do negócio.

Com um olhar estratégico e humanizado, é papel deste profissional olhar de forma abrangente para a vida de cada membro da empresa, compreendendo quem eles realmente são e o que gostam para, a partir disso, pensar nas ações que podem ser adotadas internamente para fazê-los que se sintam mais felizes e confortáveis no ambiente de trabalho. Trazer alguém com essa responsabilidade é uma excelente forma de mostrar que a companhia não possui apenas um discurso atraente, mas que se preocupa em como levá-lo à prática para todos e de forma igualitária.

Mais do que nunca, o mercado precisa de uma mudança intensa que saia da cobrança constante por resultados, e entenda a capacidade de produtividade individual e como adequá-la às demandas de serviços. Cada pessoa tem uma forma diferente de encontrar prazer dentro da sua realidade – mas, quando satisfeitas com este ambiente, certamente tenderão a entregar mais resultados e com maior qualidade.

As empresas precisam se ajustar aos times e aos perfis de cada um. Os profissionais devem se sentir acolhidos, livres para poderem falar o que querem e ser quem são. Quanto mais verdadeiros forem e quanto mais se abrirem, as relações de trabalho serão fortemente beneficiadas em prol de conquistas cada vez maiores para o crescimento do negócio.

 

 Fábio Steren - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/

 

O valor do 5G e do Edge Computing na transformação das empresas da América Latina


O Edge Computing e o 5G são dois assuntos do momento, graças ao seu enorme potencial para viabilizar e explorar a transformação digital acelerada pela pandemia. A expansão de ambos é uma relação simbiótica – enquanto o edge computing já está presente no mercado há alguns anos, seu crescimento será bastante impactado pelo 5G, e o 5G, é claro, depende da borda da rede para uma adoção bem sucedida.

 

Para atender às demandas da digitalização, as aplicações têm a missão de proporcionar experiências cada vez mais fluidas, em que a latência é uma inimiga. Nesse contexto, o edge computing oferece pequenos ou micro data centers que incluem mais infraestrutura de energia, de gerenciamento térmico e de gerenciamento de TI, implementados mais próximos aos consumidores dos dados para que eles sejam entregues com a menor latência. Mas para que isso seja possível, é necessária uma rede de 5G com as características certas de velocidade, largura de banda e conectividade. Em resumo: o 5G viabiliza e expande o potencial daquilo que o edge computing realiza.

 

É uma situação de ganha-ganha que abre o caminho para uma nova revolução nos processos de produção e de operação de diversos setores, permitindo que eles sejam mais produtivos, automatizados e eficientes.

 

A tendência é definitiva. De acordo com previsões globais do IDC, em 2024, 50% da infraestrutura do mundo deverá estar na borda da rede. Na América Latina, os investimentos em edge computing também estão aumentando e, de fato, a empesa de consultoria espera que em 2024 a taxa de crescimento anual composta (CAGR) para a região chegue em 16%, o que significa investimentos de 8,5 trilhões de dólares.

 

O prognóstico do IDC é de que os maiores responsáveis pelos investimentos na borda da rede na região serão as inovações nos veículos autônomos, na robótica, na Internet das Coisas (IoT) e na Inteligência Artificial (IA).

 

O potencial para as verticais

 

A implementação do edge computing e das redes 5G nos setores mais dinâmicos já está tendo impactos operacionais interessantes no mundo. São avanços que podem agregar muito valor no desenvolvimento da América Latina.

 

Em termos da indústria manufatureira, a borda da rede está permitindo gerenciar os dados das fábricas que são cada vez mais numerosos, sistematizar processos de produção e até monitorar e controlar máquinas remotamente através da Internet das Coisas (IoT). Ao mesmo tempo, pelo lado do consumidor, o varejo inteligente e a realidade aprimorada estão alterando completamente a experiência de compras.

 

Outros exemplos podem ser vistos no setor de saúde, representados pela telemedicina para acessar mais facilmente os pacientes, incluindo a telecirurgia que permite o melhor uso do tempo dos especialistas para ajudar mais pacientes através de cirurgias remotamente assistidas. Outro exemplo é o setor de educação, com o 5G massificando o uso da Internet e a sincronização de aplicativos para que os alunos possam assistir a aulas virtuais onde e quando quiserem.

 

Adicionalmente, o controle remoto de gruas nos portos também possibilita que o setor de logística melhore a sua produtividade e garanta operações contínuas mesmo durante lockdowns devidos à pandemia, proporcionando mais níveis segurança para seus colaboradores. Situações similares ocorreram no setor de mineração com os caminhões de direção autônoma.

 

Em relação às telecomunicações, o potencial atinge duas vertentes. As operadoras de telecom são tanto usuárias quanto fornecedoras, o que significa que elas não apenas configuram suas próprias redes na borda, mas também oferecem serviços de edge computing aos seus clientes. Isso faz com que a topologia de rede seja vista mais como um data center do que como uma rede de comunicação tradicional.

 

O potencial para o edge computing é gigantesco, entretanto, como já mencionado, seu crescimento está diretamente relacionado à penetração do 5G e a América Latina ainda tem muito o que fazer em relação a essa questão.

 

Como evidenciado nos relatórios da Statista de 2022, o Brasil e o México são os mercados mais promissores, em que as conexões móveis por 5G devem chegar, respectivamente, a 20% e 14% em 2025. Para o restante da América Latina, a previsão de penetração para aquele ano é de 12%.

 

Os dados revelados pela Statista mostram que a região está indo na direção certa e que o progresso logo será sentido. Entretanto, para haver uma maior adoção do edge computing e a concretização dos seus benefícios para o desenvolvimento dos diversos setores da economia, a implementação do 5G precisa ser acelerada.

 

Edge Computing e 5G: A articulação de dois mundos

 

Disponibilidade, segurança, gestão da energia e monitoramento são desafios que surgem quando falamos sobre a articulação entre 5G e Edge Computing em qualquer lugar do mundo. À medida que essas tecnologias ganham força, os data centers se tornam mais complexos e seu gerenciamento se torna mais exigente. Isso acontece porque os operadores precisam gerenciar centenas (ou milhares) de data centers de edge computing para maximizar o potencial de suas redes 5G.

 

Para equacionar esse desafio foram definidos os quatro modelos de infraestrutura de Edge. Esses modelos padronizam o design e a implementação de diversos hubs de Edge Computing, incluindo os que dão suporte às redes 5G: Edge de Dispositivo, Micro Edge, Data Center de Edge Distribuído e Data Center de Edge Regional.

 

Para apoiar esses quatro modelos, o mercado conta com diversas soluções de infraestrutura, como sistemas de distribuição de energia, sistemas de gerenciamento térmico eficientes, plataformas de monitoramento, KVMs e servidores de console avançados, bem como sistemas modulares integrados que combinam isso tudo de maneira eficiente.

 

 

Daniel De Vinatea - Diretor de Operações de Vendas, Entrega e Execução para a Vertiv LATAM.

 

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