Pesquisar no Blog

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Plaza Sul Shopping promove ação de doação de sangue neste dia 03

Em parceria com a ONG AmorseDoa, 1ª campanha de 2023 visa

incentivar o reabastecimento dos bancos de sangue 


 

 

No próximo dia 3, o Plaza Sul Shopping promove, em parceria com a ONG AmorseDoa, a primeira campanha de doação de sangue deste ano.  A ação será realizada das 9h às 15h, no piso P2 - próximo à praça de alimentação. 

 

A coleta ocorre para a @amorsedoa que, desde 2018, já realizou mais de 600 ações, totalizando mais de 40 mil bolsas de sangue. Desta vez, o Hemocentro São Lucas será beneficiado com as doações recebidas. 

 

Em média, cada doação permite a coleta de 450 ml de sangue, quantidade que pode ajudar a salvar até quatro vidas. “Estamos felizes em receber esta ação novamente aqui no Plaza Sul. Esta iniciativa tão importante salva muitas vidas, facilitando o acesso e encurtando a distância entre os doadores e os bancos de sangue”, afirma Tatiane Piza gerente de marketing do empreendimento. 

 

Pode participar da ação qualquer pessoa saudável, com idade entre 16 e 69 anos. Para a doação, basta portar documento de identidade oficial com foto e agendar o horário para a coleta de sangue pelo site, além de preencher alguns pré-requisitos, como: não fumar por, pelo menos, duas horas antes da doação; pesar acima de 52kg; não ter ingerido bebidas alcoólicas por, no mínimo, 12 horas antes da coleta; gestantes e lactantes não podem doar (exceto mães de crianças a partir de um ano); em caso de ter tido alguma infecção recentemente, a doação é liberada após 14 dias depois do tratamento de antibióticos; em caso de ter tomado Vacina Coronavac é necessário esperar 48 horas (demais vacinas após sete dias); não ter realizado procedimentos como aplicação de piercings e/ou tatuagens nos últimos 12 meses; menores de 18 anos só podem realizar as doações mediante termo de autorização dos responsáveis e, por fim, para os idosos doarem, a primeira doação deve ter sido até os 61 anos. 


 

Sobre o “AMORSEDOA” 

O projeto “Amorsedoa” iniciou em novembro de 2018, liderado por Adriano Lopes de Oliveira (Presidente/Fundador) através de um grupo de Franquias (MOVEFRANCHISING) que tem que tem por objetivo a prática de esportes e um dos critérios daquela competição (era doar sangue para pontuar), mas como algumas pessoas do grupo estavam impossibilitadas de fazer essa boa ação, Oliveira por ter um perfil competitivo começou a fazer convites pedindo ajuda para seus familiares e amigos, surgindo assim o projeto. 

 

 

Coleta de sangue no Plaza Sul Shopping – ONG Amorsedoa  

Quando: 03 de fevereiro de 2023, das 9h às 15h 

Local: Plaza Sul Shopping – P2, próximo à praça de alimentação 

Agendamento pelo site: https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-shopping-plaza-sul---dia-0302/1840362 

Endereço: Praça Leonor Kaupa, 100 - Jardim da Saúde 



Pressão baixa no verão? Saiba os mitos e verdades que cercam essa disfunção

Ações como colocar sal debaixo da língua e molhar a nuca não são eficazes

Pixabay


Pressão baixa não é uma doença e pode acontecer por diversos motivos, um deles é a desidratação

 

Tontura, fraqueza e sensação de desmaio. Já sentiu estes sintomas no verão e não soube o que fazer? É comum e geralmente eles são causados por um só motivo: pressão baixa. 

Considerada vilã por muitos, a pressão baixa não é uma doença, sendo assim, fique tranquilo e não recorra às medidas populares, como colocar sal debaixo da língua, molhar a nuca e ingerir uma pequena quantidade de açúcar. 

Segundo o Doutor Carlos Alberto Cyrillo Sellera, médico cardiologista e responsável pela disciplina de Doenças Cardiovasculares da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), essas ações não são medidas isentas de risco e a resposta da pressão é apenas transitória. 

“O açúcar não tem nada a ver e a água na nuca ou o sal debaixo da língua não apresentam resultados. O que se deve fazer é deitar elevando os membros inferiores e se hidratar bem”, explica o médico. 

Segundo o especialista, a pressão baixa ocorre por diversos motivos, os mais comuns são: desidratação, hemorragia, jejum prolongado, gravidez, problemas nutricionais, diabetes, hipotireoidismo, manter-se em pé ou parado em locais abafados por tempo prolongado, pós exercício físico com parada abrupta, ingestão excessiva de álcool, uso de certos medicamentos e algum tipo de arritmia cardíaca. 

E mesmo com diversos motivos, muitos também podem ser acometidos pela pressão baixa por conta do calor. O Dr. Sellera comenta que isso acontece porque a temperatura mais alta faz os vasos dilatarem. 

“No inverno é exatamente o inverso, a pressão fica mais elevada pela constrição dos vasos. Por isso, agora nessa época do ano em que as temperaturas ultrapassam os 30º, é muito importante que as pessoas se hidratem mais”, relata Sellera. 

Outro ponto importante que o médico ressalta é o cuidado com os idosos, já que eles são mais suscetíveis à desidratação principalmente em dias muito quentes e correm maior risco de desmaio.

 

O que fazer quando estiver com a pressão baixa

  1. É recomendado a pessoa deitar-se numa posição confortável e com os pés mais elevados do que o coração e a cabeça.
  2. Ingerir bastante líquido para aumentar o volume do fluxo sanguíneo, mas em pequenos goles.
  3. Caso a pessoa esteja em jejum há muito tempo, é indicado dar preferência a sucos de frutas. Entretanto, hidratantes do tipo isotônicos também são válidos.
  4. Caso os sintomas sejam recorrentes e passe a interferir na qualidade de vida da pessoa, é necessário procurar um médico.



Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES


Alucinógenos naturais? Médico comenta estudo sobre substâncias encontradas na natureza


Muitos alucinógenos ocorrem naturalmente, incluindo psilocibina, substância que é encontrada nos cogumelos mágicos, DMT (dimetiltriptamina), Salvia divinorum e mescalina (do cacto peiote). De acordo com o médico Dr. Vital Fernandes Araújo, a psilocibina ou psilocina são substâncias alucinógenas encontradas em mais de 180 espécies de cogumelos.  

"Eles são usados principalmente para fins espirituais ou recreativos e causam experiências alucinógenas semelhantes, mas distintas, em comparação com o LSD", diz trecho do estudo publicado no portal Drug Info.

Dr. Vital afirmou que o estudo apontou que é perigoso colher e comer cogumelos silvestres porque é difícil distinguir cogumelos comestíveis de seus semelhantes venenosos. 

"Cogumelos venenosos podem causar dores de estômago, vômitos e diarreia, enquanto alguns podem causar danos permanentes ao fígado, insuficiência respiratória, inconsciência e até a morte. Os sintomas podem levar até 40 horas para se desenvolver", diz mais um trecho.

Outros tipos de alucinógenos

Já o DMT, conforme o estudo, é um poderoso alucinógeno encontrado nas sementes, cascas, folhas ou caules de várias plantas ao redor do mundo, incluindo algumas espécies de acácia nativas da Austrália. 

É consumido por muitos indivíduos como ayahuasca, que é usado principalmente para fins espirituais. Alternativamente, pode ser sintetizado em uma forma cristalina que é tipicamente vaporizada ou fumada.

A Salvia divinorum é uma espécie da família das mentas que pode ser mastigada, bebida ou fumada para produzir experiências alucinógenas. Dado que a sálvia não é controlada pelas convenções da ONU, é classificada como uma nova substância psicoativa.

A mescalina é mais comumente conhecida como o ingrediente ativo do cacto peiote e é usada espiritualmente e recreativamente. Os efeitos da mescalina incluem alucinações visuais e estados alterados de consciência, mas também podem incluir vômitos, dores de cabeça e medo/ansiedade.

 

Dependência

Conforme o estudo, não se acredita que os alucinógenos naturais causem dependência física. Usuários regulares podem desenvolver dependência psicológica, embora isso não seja comum.

Cancelamento

Dado que há pouco risco de dependência física, os efeitos físicos são mínimos quando o uso cessa. Os usuários podem experimentar efeitos psicológicos residuais, como baixos sentimentos de ansiedade.



Overdose

Dr. Vital pontuou, assim como o artigo, que os alucinógenos de ocorrência natural não são drogas particularmente tóxicas; mortes que foram associadas a alucinógenos são geralmente consequências não intencionais de distorção perceptiva, como quedas.  

"Apesar disso, tomar uma dose maior do que a pretendida pode resultar em percepção extremamente distorcida, humor instável, medo intenso e humor extremamente deprimido e também pode prolongar a experiência por muito mais tempo do que o esperado".

Ainda segundo o médico, um dos perigos do uso de cogumelos mágicos é a ingestão acidental de uma variedade não alucinógena altamente tóxica. Alguns outros alucinógenos de ocorrência natural, como datura, podem causar envenenamento em altas doses.



Dr. Vital Fernandes Araújo - Médico e se formou pela Universidade Federal da Bahia. Ele é pós-Graduado em Medicina Ortomolecular e pós-Graduado em Psiquiatria. O médico hoje atua como mentor de médicos e grandes empresários através da sua metodologia que denominou de Integração Neuro Emocional.

 

Dia Nacional da Mamografia: pesquisa mostra efeito da pandemia nos diagnósticos de câncer de mama no Brasil

Aumento nos casos avançados mostra como a Covid-19 afetou a oncologia no país; Estudo realizado por pesquisadores do Grupo Oncoclínicas considerou mais de 11 mil mulheres diagnosticadas com a doença entre 2018 e 2021

 

Desde o início da pandemia da Covid-19, especialistas já esperavam que as medidas necessárias para conter o vírus, como o isolamento social, teriam efeitos em outras áreas da saúde. Na oncologia não foi diferente. Estimativas anteriores já apontavam queda de até 70 mil no número de diagnósticos, já que muitas pessoas deixaram de fazer exames, como o papanicolau, mamografia e outros de rastreamento preventivo, fundamentais para identificar tumores em estágio inicial, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Um estudo realizado por pesquisadores do Grupo Oncoclínicas e inédito no Brasil mostra que o cenário se confirmou. Segundo os dados, publicados recentemente pela prestigiada revista científica internacional JCO® Global Oncology, houve um aumento de 4% no número de pacientes que identificaram o tumor em estado avançado. E uma queda de 6% nos casos diagnosticados em estágio inicial. 

"Essa é uma pesquisa importante, pois até agora ainda não tínhamos estudos no Brasil, com as especificidades do nosso país, que identificavam essa tendência no caso de câncer de mama, o mais incidente em todo o mundo. Conseguimos englobar um número de 11.700 mulheres em diversos estados do Brasil, das cinco regiões, o que é muito significativo para averiguar as suspeitas", explica Cristiano Resende, oncologista do Grupo Oncoclínicas e um dos responsáveis pela análise. 

O estudo envolveu apenas pacientes de uma base própria da instituição, a maior da América Latina entre as redes privadas, e analisou o número de pessoas que chegaram ao diagnóstico de câncer e em qual estágio da doença, em 2020 e 2021 (6.500 mulheres), em comparação com aqueles que chegaram em 2018 e 2019 (5.200 mulheres), antes da pandemia. Com isso, percebeu-se que houve um aumento de pessoas sendo diagnosticadas em estágio 4, considerado avançado, e diminuição de mulheres em estágio inicial. Vale lembrar que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) indica que no Brasil 74 mil casos da doença serão detectados a cada ano do triênio 2023-2025. 

Outro corte que os pesquisadores fizeram foi em relação à idade dos diagnósticos: elevou-se o número de pessoas acima de 50 anos e mulheres após a menopausa que tiveram tumores identificados em estágio avançado. "Esse é um dado muito importante, pois é exatamente quando a mamografia se torna essencial para descobrir os casos em estágio inicial. A cura é muito mais possível nesses casos e o tratamento menos invasivo muitas vezes", diz o médico e pesquisador. 

Segundo Cristiano, não é possível chegar a conclusão direta de que foi a diminuição da mamografia que levou a esses números, já que a pesquisa não quantificou esse dado. Mas pode-se inferir, ao analisar o contexto de pandemia, que houve uma grande influência. "Esse grupo de idade mais avançada era também aquele grupo de risco para a Covid-19. São pessoas que provavelmente adiaram o seu exame para se proteger do vírus", analisa.

 

Tumores agressivos 

Outra conclusão da pesquisa é que os tumores mais agressivos também tiveram um impacto maior nos diagnósticos avançados, cenário esperado pelo pesquisador. "A biologia do tumor é assim, ele cresce de forma muito mais veloz e tem alto poder de metástase. Pessoas que chegaram ao diagnóstico e tiveram esse tumor foram afetadas de maneira pior", comenta o oncologista do Grupo Oncoclínicas. 

O pesquisador faz a ressalva de que a análise englobou apenas pacientes que têm acesso a planos de saúde. "Sabemos que a realidade de muitas mulheres no Brasil é diferente, depende não só de nível socioeconômico, mas também de regionalidade, por exemplo. O atraso nos diagnósticos já é uma triste realidade no sistema público, então, sabemos que o cenário pode ser ainda mais grave de forma geral”, aponta. 

“Ainda assim, é um recorte de extrema relevância para que mantenhamos o alerta neste Outubro Rosa e em todos os meses que estão por vir: faça seus exames de rotina e não deixe de consultar um especialista periodicamente. O diagnóstico quando feito no início do câncer faz com que ele seja altamente curável, chegando a um índice de 95% das situações", finaliza Cristiano Resende.


Grupo Oncoclínicas
www.oncoclinicas.com


ANTIDEPRESSIVOS: O uso como fuga das variações emocionais

● Venda de medicamentos para a saúde mental cresceu cerca de 58% entre 2017 e 2021, apontam Dados do Conselho Federal de Farmácia;

● Um dos motivos da busca é a necessidade de aplacar sentimentos que são normais na vida, diz a Psicóloga Ana Gabriela Andriani

 

A busca incessante ao bem-estar tem chamado a atenção de especialistas. A ausência de controle emocional e a fuga em lidar com os sentimentos como a angústia e a tristeza tornam os medicamentos antidepressivos a “solução” até para as depressões consideradas mais leves, onde o uso de remédios não costuma ser recomendado como tratamento, por exemplo. A busca por resultados rápidos e bem-estar a qualquer custo têm sido alvo de preocupação e um assunto amplamente discutido por profissionais da área.

Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, a venda de medicamentos para a saúde mental cresceu cerca de 58% entre 2017 e 2021, porém a maioria dos pacientes que tomam esses medicamentos apresentam casos leves de depressão ou apenas sentimentos negativos. Os antidepressivos têm o poder de normalizar o estado de humor quando o paciente se encontra deprimido, com sentimentos de tristeza, angústia, desinteresse, desmotivação, falta de energia, alterações do sono e apetite etc. O seu uso pode causar dependência dos pacientes se forem usados de forma indiscriminada.

É de extrema importância o acompanhamento médico para a escolha do medicamento, da dosagem e o tempo de uso. Os efeitos colaterais muitas das vezes limitam a vida, eles incluem disfunção sexual, tonturas, ganho de peso, alterações no sono e apetite e, em idosos, podem afetar funções urinárias, intestinais ou cognitivas.

“É importante saber tolerar e viver os momentos de angústia, de tristeza, de insegurança e desorganização, a busca por remédios tem como objetivo tentar aplacar esses sentimentos, que são normais da vida. Um profissional pode fazer um diagnóstico da necessidade de fazer uso desses estabilizadores de humor, mas, outros métodos podem ser levados em consideração se o caso de depressão for leve. Pode ser o caso da psicoterapia até a recomendação para mudança de estilo de vida, como alimentação mais saudável, prática de exercícios físicos e regular o sono”, aponta a Psicóloga Ana Gabriela Andriani.

Na sociedade contemporânea o que se percebe é cada vez uma intolerância em relação ao sofrimento, à angústia e decepções, as pessoas ficam muito assustadas quando estão em um momento que as fazem se sentirem deprimidas. Existe uma necessidade de compra e venda das pílulas de felicidades com o objetivo de aplacar esses sentimentos, mas é importante viver a tristeza e não a ignorar, pois está desempenha um papel de grande importância para o desenvolvimento e crescimento pessoal.

 

Ana Gabriela Andriani - CRP 06/58907 - psicóloga formada pela PUC- SP, Mestre e Doutora pela Unicamp, especialista em terapia de casal e família pela Northwestern University - EUA, especialista em Psicoterapia Breve pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, e membro Filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

 

Dez coisas que você precisa saber sobre doenças raras

Criado pela Organização Europeia de Doenças Raras (EURORDIS), o Dia Mundial das Doenças Raras é celebrado em 28 de fevereiro e procura aumentar a consciencialização para estas patologias que afetam milhões de pessoas no mundo. Somente no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são cerca de 13 milhões de afetados.


O filme Extraordinário, lançado em 2017 nos Estados Unidos e dirigido por Stephen Chbosky, narra a vida de August Pullman, um menino de 10 anos que nasceu com uma doença rara conhecida como Síndrome de Treacher Collins. A representação da pessoa afetada por uma síndrome no cinema não só permite superar preconceitos pré-estabelecidos como também proporciona um olhar realista sobre a diversidade através do modelo social de algumas doenças raras.

Mas você sabe quando uma doença é considerada 'rara’? Falamos de doenças raras quando as patologias afetam um número limitado da população, menor em comparação com outras patologias e que apresentam situações específicas em seu diagnóstico. Estas caracterizam-se por uma grande diversidade de sinais e sintomas que variam não só de uma doença para outra, mas que também podem se distinguir entre um paciente e outro que tenham a mesma condição.

Os dois grandes desafios são a dificuldade no diagnóstico e o desenvolvimento de tratamentos eficazes. Portanto, mais informações e conhecimento são necessários para ajudar a fornecer cuidados mais assertivos e melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças raras.  Por conta disso, a biomédica geneticista Diana Frazzato, da Igenomix Brasil, elencou dez pontos importantes sobre doenças raras para conhecimento da população.


  1. População acometida

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 350 milhões de pessoas sofrem com doenças raras. São 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos, ou seja, aproximadamente um caso para cada 2.000 pessoas. No Brasil são 13 milhões de afetados, conforme os dados do Ministério da Saúde. Segundo a OMS, o número de doenças raras conhecidas é cerca de 6.000 a 8.000 - algumas dessas patologias ainda são “sem nome”. Mas este valor está crescendo constantemente, pois hoje existem técnicas diagnósticas cada vez mais eficazes na detecção de condições até então desconhecidas. Entre as doenças raras já conhecidas, estão a Síndrome de Turner, Doença de Pompe, Hemofilia, Fibrose Cística, Histiocitose, Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Galactosemia, Doença de Gaucher Tipos 1, 2 e 3, Doença de Fabry, Hiperplasia Adrenal Congênita, Homocistinúria, entre outras.


  1. Causa genética

Até hoje, sabe-se que cerca de 80% das doenças raras são causadas por alterações genéticas, tanto hereditárias quanto “de novo” - ou seja, quando surgem naquele indivíduo e não são herdadas dos pais. Por isso, mais da metade dessas condições se manifesta já na infância. As doenças raras são, em sua maioria, patologias resultantes de mutação em um ou mais genes, embora possam ser resultantes também de alterações cromossômicas.


  1. Diagnóstico demorado

O principal impacto enfrentado pelos pacientes com uma doença rara são os diagnósticos errôneos ou tardios e a escassez de tratamentos. Duas pessoas podem ser afetadas pela mesma doença e ter diferentes graus de acometimento e evolução. O tempo médio estimado entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a obtenção do diagnóstico é de 6 anos, podendo se estender em alguns casos. Consequentemente, a dificuldade de acesso à informação necessária e a localização de profissionais ou centros especializados complicam o quadro.


  1. Em 95% dos casos não há tratamento

Os tratamentos disponíveis para esse tipo de doença são um desafio no atendimento ao paciente. Segundo dados da Organização Europeia de Doenças Raras (EURORDIS), apenas 5% das doenças raras têm tratamento disponível. Além disso, há também a questão de acesso aos medicamentos órfãos, destinados ao tratamento de doença raras. Esses medicamentos são assim chamados pois a indústria farmacêutica, em condições normais de mercado, tem pouco interesse em produzir e comercializar produtos destinados apenas a um número limitado de pacientes.


  1. 80% das doenças raras surgem em famílias sem histórico

Embora a maioria dos casos sejam doenças causadas por alterações genéticas, 8 entre 10 casos surgem em famílias sem história prévia da patologia. Isso porque uma variante genética “de risco” pode estar presente durante várias gerações sem se manifestar – é o caso das doenças de herança autossômica recessiva. A maioria dos casos podem ser evitados se, antes de uma gestação, os progenitores identificarem o risco para essas doenças com o painel genético de portador (CGT), popularmente conhecido como avaliação de compatibilidade genética. Diante de um risco aumentado para dada doença, existem opções de prevenção para que haja o nascimento de um bebê saudável. Quando uma família possui casos anteriores de parentes afetados por doenças genéticas, são primos ou possuem qualquer grau de parentesco é de extrema importância realizar um aconselhamento genético (veja item 9) antes de engravidar para avaliar a probabilidade de nascimento de um bebê afetado por uma condição grave e conhecer as opções de prevenção. O Teste de Compatibilidade Genética compara o DNA dos futuros pais para identificar se eles são portadores de variantes em genes em comum para doenças de herança autossômica recessiva ou ligadas ao X. Ser portador não tem implicação clínica direta nos pais, mas os futuros filhos podem ser afetados pela patologia se herdarem as variantes de seus genitores.


       6.Taxas altas de mortalidade

As doenças raras são patologias crônicas e incapacitantes que apresentam altas taxas de morbidade e mortalidade. Para preservar a qualidade de vida, os pacientes requerem cuidados integrais e multidisciplinares, nos quais participam o pediatra ou médico de família, especialistas que lidam com problemas clínicos específicos, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de serviços sociais e de apoio psicológico. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos pacientes acometidos pelas doenças raras morrem antes dos cinco anos de idade.


  1. 50-75% das doenças se manifestam na infância

Para a literatura médica, os primeiros sintomas já se apresentam na infância. Dado o grande número de patologias e considerando a diversidade e variabilidade entre elas, muitas são graves, crônicas, incapacitantes e podem até abreviar o tempo de vida. Essas crianças podem apresentar atraso no crescimento, dificuldades na fala, entre outros problemas comuns.


  1. 20% das doenças raras tem causas ambientais, infecciosas e imunológicas

Como falamos, 80% dos casos estão ligados à genética, mas os 20% restantes são doenças multifatoriais decorrentes da interação com fatores de risco (ambientais e dietéticos ou da junção entre causas genéticas e ambientais).


  1. A importância do aconselhamento genético

Se há casos na família, indica-se o aconselhamento genético, que pode ser realizado por médicos geneticistas (se ainda não houver um diagnóstico da condição) ou ainda por outros profissionais habilitados, como biólogos e biomédicos geneticistas. Em uma consulta de aconselhamento genético, a pessoa é informada não só sobre os riscos de doenças hereditárias para si, mas também para os familiares próximos, bem como sobre o risco de deficiências, malformações e doenças genéticas na descendência futura.


  1. Testes genéticos ajudam na prevenção

Grande parte das doenças raras, como vimos, são também doenças genéticas, causadas por alterações em genes ou em cromossomos. Na maioria das vezes, essas condições são hereditárias; no entanto, também podem ser geradas devido às mutações espontâneas. As doenças genéticas podem ser observadas desde o período pré-natal, ao nascimento, na infância ou durante a idade adulta. Em um contexto de reprodução assistida, dentre as ações de prevenção, os testes genéticos são recomendados e o diagnóstico de uma doença genética pode evitar que futuras gerações da família sejam afetadas.

Da mesma forma, os testes genéticos podem ser aplicados com finalidade diagnóstica, para pacientes com suspeita clínica de uma condição genética. Nesses casos, a obtenção de um diagnóstico claro e específico permite, por um lado, que o paciente tenha a certeza do seu estado e conheça as possíveis complicações; por outro lado, que os médicos entendam a história natural e o prognóstico da doença, avaliando possíveis tratamentos e garantindo o manejo médico adequado do indivíduo e de sua família.

Portanto, os avanços no tratamento, graças às pesquisas realizadas nos últimos 20 ou 30 anos, levaram cada vez mais pacientes a atingirem a idade adulta. Uma chance a mais para quem não tinha boas perspectivas.

 

Fonte: Diana Frazzato - da Igenomix Brasil


Referências de consulta:

https://www.eurordis.org/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/doencas-raras
https://www.igenomix.com.br/80-das-doencas-raras-surgem-em-familias-sem-historico/


Leite materno, vacinas e animais domésticos estão entre elementos que participam da formação da imunidade na criança

 

O leite materno vai muito além de fornecer nutrientes. Ele contém elementos que participam ativamente da imunidade do bebê, como anticorpos maternos (chamados IgA secretora), células de defesa maternas (macrófagos, linfócitos), substâncias que inibem a proliferação de bactérias, como a lactoferrina, e várias substâncias que colaboram com a organização da resposta imunológica na criança.

Junto com o leite materno estão as vacinas, fundamentais para a consolidação de uma imunidade forte contra os agentes causadores de doenças graves mais comuns. “As vacinas têm a capacidade de antecipar um estímulo imunológico, permitindo que o corpo organize e treine seu exército para o momento da batalha real. Funciona como um simulador, que otimiza a performance de quem é treinado”, explica a Dra. Germana Pimentel Stefani, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

A especialista comenta que além do leite materno e as vacinas, a manutenção de bons hábitos de higiene (saneamento básico, uso de água filtrada, sem exageros como esterilização excessiva) e o contato com a natureza também estimulam a imunidade natural. O contato com animais no primeiro ano de vida, especialmente cachorros, também é considerado fator de proteção.

“A suplementação de vitamina D, que é indicada para todos os lactentes, é outro fator importante, já que essa vitamina atua como cofator em vários mecanismos imunoalérgicos”, conta Dra. Germana.

Introdução alimentar - A partir dos seis meses, a criança começa a introdução alimentar e quanto mais variada a alimentação, maior a diversidade de microbiota (a flora intestinal) no organismo, e isso está diretamente relacionado a melhor saúde. “Além disso, destaca-se o melhor funcionamento intestinal (constipação e diarreia são patológicas), maior integração sensorial, já comer vai muito além do paladar e envolve a visão, o olfato, a percepção de diversas texturas, cores, sabores e cheiros”, explica a médica da ASBAI.

Dra. Germana detalha ainda que a introdução alimentar diversificada a partir dos seis meses estimula mecanismos imunológicos de tolerância oral e fornece micronutrientes fundamentais ao bom funcionamento de várias células imunes, como ferro, zinco, vitamina D. “Já a introdução alimentar muito monótona, sem variedade de alimentos, resulta em uma flora intestinal menos diversa e a maior risco de desenvolvimento de doenças. A alimentação rica em ultraprocessados, por sua vez, favorece a liberação de mediadores pró inflamatórios que são nocivos ao organismo a curto e longo prazo”.

Probióticos - Crianças podem fazer uso de probióticos, tanto para tratamento quanto para prevenção. Os probióticos “conversam” com o sistema imunológico, ora estimulando, ora inibindo reações celulares associadas à imunidade. Essa conversa resulta na liberação de substâncias denominadas citocinas, que transitam pelo corpo todo, e, portanto, os efeitos dos probióticos e da microbiota não se restringem ao intestino.

Dra. Germana conta que existem inúmeros estudos abordando o uso de diversas cepas para diferentes finalidades. “Um uso bastante comum é para tratamento da diarreia associada ao uso de antibiótico, ou para outras doenças funcionais do trato digestivo. Alguns estudos demonstram efeito positivo na prevenção de cólicas nos bebês, outros observam aceleração no mecanismo de aquisição de tolerância de crianças com alergia alimentar. Para aquelas com quadros intestinais associados a disbiose (quando há um desequilíbrio na flora intestinal levando a diversos sintomas), a reposição de probióticos faz-se necessária. É importante ressaltar que há inúmeras cepas de probióticos, e que o benefício verificado em estudos para uma cepa e concentração não pode ser extrapolado para outras cepas. Muito tem-se avançado nos últimos anos acerca do uso de probióticos como ferramenta tanto de tratamento quanto de prevenção, para inúmeras doenças e públicos (de bebês a idosos)”, finaliza Dra. Germana.

 



ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
www.asbai.org.brhttps://bit.ly/ASBAI_Podcast
https://bit.ly/ASBAI_Instagram
https://www.facebook.com/asbai.alergia/
https://twitter.com/ASBAI_alergia
http://www.youtube.com/c/ASBAIAlergia


Saúde em cores: exposição no Shopping Frei Caneca faz alerta sobre as campanhas anuais de prevenção

Freepik.com


Espaço busca conscientizar as pessoas com guarda-chuvas coloridos que simbolizam movimentos contra a saúde mental e câncer
Divulgação

Na saúde, todo mês uma cor simboliza um movimento importante de conscientização sobre alguma doença. Além desse alerta, também representa o amor pela vida, de uma forma que reforça a importância de um tratamento precoce. Para entender um pouco mais sobre essas campanhas mensais, o Shopping Frei Caneca inaugura a exposição ‘Cores para Conscientização do Amor à Vida’, que explica e reflete sobre essas ações na saúde em um espaço totalmente instagramável.

Localizado no piso térreo superior, o cenário traz guarda-chuvas espalhados, onde cada cor dá voz às campanhas de cada mês.

Além do Outubro Rosa e Novembro Azul, que são iniciativas contra o cânceres mais conhecidos no País, a exposição também apresenta informações sobre o janeiro branco, por exemplo, escolhido como tema para falar sobre a saúde mental e fevereiro laranja, mês de conscientização e enfrentamento da leucemia.

O espaço com acesso gratuito fica disponível de segunda a sábado, das 10h às 22h e aos domingos e feriados, das 14h às 20h.

 

Exposição ‘Cores para Conscientização do Amor à Vida’
Horário: durante o funcionamento do shopping
Exposição gratuita
Classificação livre

Dia Mundial do Câncer: 10 mitos e verdades sobre a doença que você precisa saber

O dia 4 de fevereiro reforça ainda mais a necessidade de desmistificar as mais diversas fake news ao redor do tema; Oncologista tira as principais dúvidas e comenta a importância da informação de qualidade

 

O termo "câncer" ainda é cercado por preconceitos e informações que nem sempre são verdadeiras sobre o que pode ou não contribuir para o surgimento da doença. Por isso, é muito importante não acreditar em tudo o que se escuta por aí. 

De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, o primeiro passo é buscar informações de qualidade, seja em veículos que tenham autoridade e com o próprio médico. "Durante as consultas, é fundamental que o paciente leve quais são suas principais dúvidas. É bastante comum diversos mitos serem compartilhados nas redes sociais e internet como um todo, portanto o combate à fake news deve começar dentro do consultório e ir além dele". 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é previsto que cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano sejam diagnosticados no triênio 2023/2025. Nas mulheres, a incidência da doença no Brasil tem como localização primária a mama (27,8%); (5,7%); e estômago (3,3%) Já nos homens, é possível notar os casos de próstata (20,4%); traqueia, brônquio e pulmão (11,3%); cólon e reto (9,6%); estômago (5,3%); e Sistema Nervoso Central (3,1%). 

Apesar de existirem muitos tipos de câncer, os tumores aparecem pelo crescimento descontrolado das células em qualquer região do corpo. Podendo ser causado tanto por fatores externos como internos, alguns cuidados contribuem para a prevenção da doença - sendo a informação um deles. 

Abaixo, o Dr. Daniel Gimenes lista 10 mitos e verdades sobre o câncer que você precisa ficar de olho:
 

1. Esquentar alimentos no microondas aumenta risco de câncer 

Mito! Até o momento, não existem evidências científicas que comprovem o risco de câncer relacionado ao uso do microondas. Sabe-se que a radiação interna do aparelho é testada nos altos padrões de segurança. Por isso, é essencial consumir apenas eletrônicos com o certificado do InMetro.
 

2. Airfryer é cancerígena 

A principal relação entre o aparelho com o câncer se dá por substância liberadas durante o preparo dos alimentos. A principal dela é a acrilamida, que se forma em preparos em alta temperatura - ou seja, quando a batata, mandioca, entre outros possui um tom marrom escuro. 

Em animais, por exemplo, existe sim uma possível ligação de alimentos que contêm acrilamida ao risco de câncer. Mas, no caso dos humanos, não existem fatos científicos que comprovem a condição, por isso, a airfryer não é considerada cancerígena.

 

3. Amamentar protege contra o câncer de mama 

Verdade! Durante a amamentação, as células começam a produzir leite e passam a se multiplicar menos. Como o câncer é o aparecimento anormal delas, o risco da doença é sim reduzido.

 

4. Câncer tem cura 

Verdade! Quando é descoberto precocemente, as chances de cura podem chegar a mais de 90%. Cada tratamento é único e individualizado para cada paciente, pois cada um pode responder de maneiras diferentes.

 

5. Desodorante pode causar câncer 

Esse mito circula na internet há tempos e não é verdadeiro! Vale lembrar que não existem evidências científicas que comprovem o fato, principalmente sua relação com o câncer de mama.
 

6. Atividades físicas podem prevenir alguns tipos de câncer 

Verdade. Quando os exercícios fazem parte da rotina diária, há o equilíbrio dos níveis hormonais, defesa do organismo, entre outros benefícios. Segundo o Inca, eles contribuem para diminuir o risco de câncer de cólon, mama e endométrio.
 

7. Câncer é contagioso 

Mito. Ele não pode passar de uma pessoa para a outra. Porém, no caso do câncer causado por vírus, como o do HPV ou hepatite B, pode haver um risco de contaminação por relações sexuais, transfusões de sangue e seringas compartilhadas. Mas, vale lembrar que nestes casos a infecção não garante que o paciente irá desenvolver a doença. Diversos vírus, como os mencionados acima, possuem vacinas que fazem parte do calendário infantil de imunização, podendo ser prevenidos.
 

8. Aquecer alimentos ou deixá-los quentes em potes plásticos pode aumentar o risco de câncer 

Verdade. É importante que os alimentos não sejam aquecidos em recipientes plásticos, ou ainda não sejam armazenados enquanto estiverem quentes. Nestes casos, eles podem liberar substâncias cancerígenas, como a dioxina, bisfenol, entre outros. A recomendação pela INCA é de utilizar vasilhas de vidro ou porcelana.
 

9. Açúcar pode fazer com que o tumor cresça mais rápido 

Mito! O alimento não é considerado uma substância cancerígena. Até o momento, não existem provas científicas de que ele pode acelerar o crescimento de um tumor, portanto deixar de consumi-lo não significa que o processo deixará de acontecer.

 

10. Álcool e tabaco podem aumentar as chances do desenvolvimento do câncer 

Verdade. Pesquisas mostram que esse hábito concomitantemente possui um risco aumentado para o câncer de faringe, laringe, boca e esôfago. Ou seja, no caso do consumo de álcool e tabaco juntos, os efeitos são multiplicados quando comparados aos riscos individuais. 



Grupo Oncoclínicas
www.oncoclinicas.com


Biomédica dá dicas para aproveitar o verão com segurança

Divulgação
Profissional de saúde fala sobre a importância de redobrar a atenção com o corpo na época mais quente do ano


O verão é a estação do ano que proporciona vários momentos de lazer ao ar livre como praias, cachoeiras, piscinas e vale a pena desfrutar os dias ensolarados. Porém, não podemos esquecer os cuidados necessários com o corpo e com a saúde para evitar que a diversão se transforme numa preocupação. 

A biomédica esteta, doutora em Medicina Interna e Segunda Secretária do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6), Valéria Miranda Avanzi, separou algumas dicas para quem deseja curtir o verão tranquilamente: 


Hidrate-se: Ingerir pelo menos 2 litros de água diariamente é essencial para o funcionamento correto dos nossos órgãos. Nos dias quentes, transpiramos mais, perdemos mais água e sais minerais. Por isso, beber água auxilia o corpo a controlar a temperatura e mantê-lo mais confortável ao longo do dia. 


Prefira alimentos leves: Opte por alimentos de fácil digestão, evite comidas gordurosas já que com as temperaturas elevadas a digestão fica mais lenta. Atenção também para a preservação dos alimentos, pois as bactérias se proliferam com mais intensidade no calor. 


Bebidas alcoólicas: Moderação com álcool é sempre recomendado, mas no verão é importante redobrar a atenção. A bebida alcoólica retira água das células e promove a desidratação. Assim, o ideal é beber bastante água entre uma dose e outra. 


Pele: O sol é benéfico para o ser humano, quando a exposição é moderada. Ele estimula a produção de serotonina, melanina, vitamina D e ainda melhora a qualidade do sono. Entretanto, o excesso pode ser extremamente prejudicial. Insolação, queimaduras e câncer de pele são alguns dos malefícios que os raios solares podem causar. Evite ficar exposto ao sol das 10h às 15h e lembre-se de passar protetor solar a cada duas horas.

 

Acessórios e proteção: Chapéus e bonés são ótimos aliados para proteger rosto, ombros e couro cabeludo. Dê preferência também para roupas claras, leves e ventiladas. Lembre-se de usar óculos de sol, pois os raios ultravioletas estão mais evidentes nessa época.

 

Cuidado com os fungos: No verão, muitas vezes as pessoas ficam com biquínis e sungas molhadas por bastante tempo, formando assim o ambiente ideal para o desenvolvimento e proliferação dos fungos. Se não estiver nadando, procure se secar e colocar roupas secas.


30 de janeiro: Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase

 Saiba identificar sinais da doença e como funciona o tratamento

 

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium, também conhecida como bacilo de Hansen (em homenagem à Gerhard Hansen, médico e bacteriologista norueguês que identificou em 1873 o bacilo causador da doença). O bacilo se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais da doença é de aproximadamente cinco anos, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos de hanseníase, com 28.660 casos, atrás apenas da Índia (120.334 casos), de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2019. Conforme aponta o boletim epidemiológico enviado à OMS, somente em 2021 o Brasil diagnosticou 15.155 novos casos da doença. Anualmente, são detectados cerca de 200 mil novos casos no mundo.

Hoje, graças ao avanço da ciência, a hanseníase tem cura. A médica Ana Marques, professora do curso de Medicina da Uniderp, assinala a importância de identificar os possíveis sintomas, diagnosticar e tratar precocemente pois o tratamento diminui o número de bacilos infectantes rompendo assim a cadeia de transmissão com consequente diminuição de novos casos, portanto a importância de se reconhecer a doença. “A hanseníase não escolhe sexo e nem idade, qualquer pessoa pode abrigar o bacilo e ao longo da vida apresentar a doença que se caracteriza por ser uma doença infecciosa de curso crônico de progressão lenta e incapacitante, deformidades muitas vezes irreversíveis, quando não tratada, e assim mantem-se a transmissão”, pontua.

 

Sinais e sintomas

A hanseníase é uma doença que acomete principalmente a pele e os nervos e, geralmente deixando manchas aparentes na pele avermelhadas, marrons, esbranquiçadas; além de manchas que não são sensíveis ao toque. Caroços no corpo, dolorosos e inflamados, dores articulares, inchaço nas mãos e pés também podem ser avisos da doença. Nos olhos, queixas de ressecamento ocular são frequentes. Sintomas neurais, como sensação de “formigamento” em braços e pernas devem ser sempre investigados. 

Como a bactéria M. leprae se replica muito lentamente, levando até anos, as lesões na pele podem não surgir rapidamente e não ser o fator na identificação da doença.

 

Transmissão

A transmissão ocorre quando uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar -- MB) e que, estando sem tratamento elimina bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. Nem todos desenvolvem a hanseníase, já que grande parte das pessoas apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo. A pessoa com hanseníase deve manter o convívio familiar e não precisa ser afastada do trabalho, em pouco tempo após o início do tratamento a pessoa deixa de transmitir a doença, porém as pessoas que moram na mesma casa devem ser examinadas e se não apresentarem a doença, devem ser acompanhadas no mínimo por cinco anos.

 

Tratamento

O final do mês de janeiro marca o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e um dos grandes desafios é o diagnóstico precoce e pronto tratamento, além do exame de todos os contatos intradomiciliares e informar que o diagnóstico e o tratamento são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diante de qualquer dúvida mediante os sintomas já mencionados, é preciso buscar atendimento médico para investigar se há ou não a presença da patologia. O tratamento é ambulatorial, com doses mensais supervisionadas administradas na unidade de saúde e doses autoadministradas no domicílio por 6 a 12 anos.

 


Uniderp

 Kroton Med


Posts mais acessados