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sexta-feira, 22 de julho de 2022

Síndrome do Olho Seco afeta mais de 745 milhões de pessoas em todo o mundo

13% da população brasileira , o equivalente a 25 milhões de pessoas¹, são acometidas pela doença

 

A Síndrome do Olho Seco é uma doença multifactorial que afeta 745 milhões de pessoas[1] em todo o mundo e muitas vezes não é reconhecida e não diagnosticada. A visão é o sentido mais desenvolvido que temos, isso porque 80% da informação que o nosso cérebro recebe é visual, por isso manter uma boa saúde ocular é fundamental para todos os aspectos da vida de um indivíduo.

Dados da Johnson & Johnson afirmam que 67% dos brasileiros se preocupam com a saúde ocular, enquanto 43% acreditam que sinais de doenças crônicas podem ser detectados em exames oftalmológicos[1]. Por esse motivo, há um senso de urgência em nossa comunidade para recomendar um exame oftalmológico para tratar condições complexas, crônicas ou multifatoriais, como a Síndrome do Olho Seco.

Uma elevada porcentagem de pacientes que realizam consulta oftalmológica têm sinais e sintomas de Olho Seco e muitos deles se desenvolvem com o tempo. Estudos do Instituto de Microcirurgia Ocular mostram que 86% dos pacientes com Síndrome do Olho Seco têm disfunção nas glândulas de Meibomius (DGM)[2], fator que ocorre quando há comprometimento na estrutura das glândulas de Meibomius, nas pálpebras, responsáveis pela produção de uma camada oleosa, capaz de evitar que a lágrima evapore quando os olhos estão abertos.

No Brasil, estima-se que cerca de 50% das consultas oftalmológicas se devem ao olho seco[3], uma condição difícil de identificar pelos pacientes porque os sintomas, tais como olhos irritados, coceira, ardor e visão turva, são facilmente confundidos com outros problemas.


Brasil teve aumento de casos de Olho Seco durante a pandemia

A pandemia fez com que milhões de pessoas passassem muito tempo em frente às telas, levando à Síndrome do Olho Seco. De fato, mais de 38% dos entrevistados da pesquisa da Fight for Sight, instituição britânica que financia pesquisas sobre prevenção e tratamento de cegueira e doenças oculares, revelaram que os problemas de visão se agravaram desde o início da pandemia.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia ressalta que 90%[3] dos usuários que passam mais de três horas por dia em frente às telas apresentam algum sintoma que pode prejudicar a saúde dos olhos, já que mantêm a atenção em computadores, celulares e televisores, o o número de piscadas diminui e, consequentemente, os olhos são lubrificados com menos frequência, causando um desequilíbrio no filme lacrimal.

Também estima-se que no Brasil, 13% da população, na proporção de três mulheres para cada homem, têm os olhos secos2 enquanto que, em São Paulo, a prevalência de olho seco na população adulta é de 24%[4], e em estudantes universitários a incidência é de 23%, ocasionada por fatores de risco como pessoas do sexo feminino, uso de telas, lentes de contato e menos de seis horas de sono[5].

Anteriormente, essa patologia passava despercebida, mas com os avanços tecnológicos e a constante exposição às telas, a síndrome do olho seco se tornou um grande problema de saúde. Hoje, é possível obter uma imagem em alta definição do interior das pálpebras inferiores do paciente, o que pode corroborar e apontar o diagnóstico da síndrome. Um diagnóstico de alta qualidade, sem dúvida, ajudará a educar o paciente sobre a doença e indicar o melhor tratamento para cada caso.


O Tratamento

Uma das mais recentes soluções para pacientes com olho seco, causado pela DGM (Disfunção da Glândula Meibomius), é o sistema de pulso térmico, tecnologia que emite calor e pressão simultaneamente, promovendo o desobstrução das glândulas de meibomius. Além disso, o tratamento tem um alto nível de eficácia na redução dos sintomas, melhorando a funcionalidade das glândulas palpebrais e secreção da camada lipídica da lágrima. Estimativas de especialistas na área de oftalmologia prevêem que o efeito terapêutico poderia proteger os olhos do paciente por até doze meses.

A visão é fundamental para nossas vidas, mas nossos olhos passaram pela mudança de viver apenas com luz natural para estar em frente às telas por até 10-12 horas por dia; embora esta condição agora possa ser controlada, se deixada sem tratamento ou não tratada corretamente, os sintomas do olho seco podem piorar e afetar a qualidade de visão do paciente.

Existem diferentes tecnologias disponíveis para diagnóstico de olho seco e imagem das glândulas de meibomius. Recomenda-se que o paciente consulte seu oftalmologista de confiança sobre as alternativas e opções terapêuticas mais avançadas do mercado.

 

Johnson & Johnson Vision

 www.acuvue.com.br

 

[1] Johnson & Johnson Visual. J&J Global Sight Survey 2021.Global participants: 16,034 online interviews; Countries: Global participants: 16,034 online interviews; Countries: 8. July, 21 to August 31, 2021.

[2] Lemp MA, Crews LA, Bron AJ, Foulks GN, Sullivan BD. Distribution of Aqueous-Deficient and Evaporative Dry Eye in a Clinic-Based Patient Cohort. Cornea. 2012; 31(5): 472-478. doi:10.1097/ico.0b013e318225415a.

[3] https://enfarma.lat/index.php/noticias/4051-genomma-lab-lanza-en-brasil-colirio-para-tratamiento-de-ojo-seco

[4] Marculino LGC, Hazarbassanov RM, Hazarbassanov NGTQ, Hirai F, Milhomens Filho JAP, Wakamatsu TH, Gomes JAP. Prevalence and risk factors for dry eye disease: the Sao Paulo dry eye study. Arq Bras Oftalmol. 2022

[5] Yang, I., Wakamatsu, T., Sacho, I. B. I., Fazzi, J. H., de Aquino, A. C., Ayub, G., ... & Alves, M. (2021). Prevalence and associated risk factors for dry eye disease among Brazilian undergraduate students. Plos one, 16(11), e0259399.


Alimentação e saúde das articulações: entenda como hábitos alimentares podem prevenir a artrose

Entre outras condições, a obesidade, que acomete um em cada cinco brasileiros acima dos 20 anos de idade e provoca o desgaste das articulações, pode ser evitada a partir de uma dieta saudável. Nutricionista dá dicas de alimentos que auxiliam e outros que devem ser evitados na rotina alimentar.

 

A artrose, doença degenerativa que afeta as cartilagens e tecidos protetores das articulações, acomete mais de 15 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre as principais causas da doença está a obesidade, diagnosticada em uma a cada cinco pessoas acima de 20 anos no país.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 25,7% da população estava obesa, com maior incidência entre o sexo feminino. A obesidade prejudica as articulações pois, com o passar dos anos, o excesso de peso, especialmente nos joelhos, gera o desgaste e a degeneração das cartilagens que revestem as extremidades ósseas, causando dores, rigidez e dificuldade nos movimentos.

Segundo a nutricionista Aline Maldonado Franzini de Alcântara, uma dieta balanceada é importante para que o organismo consiga produzir o colágeno, proteína produzida naturalmente pelo corpo e responsável por manter a saúde das cartilagens. “Com o passar dos anos, a produção de colágeno vai diminuindo, aumentando as chances do desenvolvimento de problemas articulares. Uma boa alimentação também atua no líquido sinovial, que lubrifica as articulações e diminui o impacto entre elas”, explica.

Existem alimentos que contribuem para a boa saúde das articulações e que ajudam a evitar os danos nessas estruturas, principalmente por suas propriedades anti-inflamatórias. Entre as escolhas saudáveis, a profissional indica alimentos ricos em Ômega 3, como peixes, sementes e castanhas, frutas vermelhas e cítricas, alho, cebola e alimentos ricos em fibras.

Sobre os alimentos a serem evitados, Aline destaca os que são pró-inflamatórios, como os industrializados, fast-foods, comidas ricas em sal e açúcar, gorduras, frituras e bebidas alcoólicas. “Esses alimentos podem aumentar a produção de substâncias inflamatórias no nosso organismo e consequentemente o aumento do peso corporal. O sobrepeso e a obesidade têm grande relação com dores articulares, pois gera uma sobrecarga maior sobre os ossos, além de dificultar a realização de exercícios físicos com regularidade”, acrescenta a nutricionista.

Pensando em ajudar pacientes que sofrem com doenças ósseas e têm interesse em saber mais sobre a saúde musculoesquelética, a líder global em saúde musculoesquelética, Zimmer Biomet, lançou recentemente o portal The Ready Patient. Por meio de diversos artigos publicados no canal é possível entender um pouco mais sobre a temática, diagnósticos, curiosidades, dicas de vida saudável, preparo e recuperação de cirurgias como as de quadril e joelho. Basta acessar www.thereadypatient.com.br e conferir o conteúdo completo.

 


Zimmer Biomet

www.zimmerbiomet.com

http://linkedin.com/showcase/zimmerbiometbrasil


Predominante no público masculino, câncer de cabeça e pescoço tem boas chances de cura, quando descoberto precocemente

Shutterstock
Tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol e práticas sexuais desprotegidas estão entre os fatores de risco à doença, alerta especialista do Hospital Paulista

 

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que em 2022 surjam 36.620 novos casos de câncer de cabeça e pescoço. O nome, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, não se refere à existência de tumores no cérebro, mas aos que se manifestam na região acima das clavículas, dentre eles boca, faringe, laringe, fossas nasais, seios paranasais, glândulas salivares e tireoide. 

A campanha nacional Julho Verde foi criada com o objetivo de conscientizar os brasileiros sobre a importância do tratamento e do diagnóstico precoce da doença, que tem como principais fatores de risco hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol sem uso de protetor solar e prática sexual desprotegida, por conta de infecções pelo vírus HPV.

Conforme Dr. Mituro Hattori Junior, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Paulista, a iniciativa é importante para estimular o autocuidado na prevenção, diminuindo o diagnóstico tardio da doença.

“Como todo tipo de câncer, quanto mais cedo for diagnosticado, menores serão as sequelas do tratamento e maiores as chances de cura. Campanhas de divulgação, como o Julho Verde, são essenciais pois alertam as pessoas a não postergarem a ida ao médico, principalmente os homens, que estão entre os mais atingidos em razão de certos hábitos de vida.”

Levantamento feito pelo Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) indica que os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a 6% de todos os tipos de câncer. Entre os brasileiros, os cânceres de boca, laringe e tireoide estão entre os tumores mais comuns.

 

Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico precoce dos cânceres de cabeça e pescoço é especialmente importante, já que os sintomas costumam variar muito, desde o aspecto até a localização do tumor. No entanto, Dr. Mituro destaca que sinais de percepção de nódulo no pescoço, lesões que não cicatrizam na boca, diminuição do olfato e sangramento intermitente prolongado podem servir de alerta. 

“A maioria dos sintomas envolve uma percepção prolongada. Uma ferida que não sara. Um sangramento prolongado. Por isso, é muito importante não minimizar e subestimar a ocorrência dessas desordens, recorrendo ao auxílio médico especializado o quanto antes. Outros sintomas presentes são a disfagia -- dificuldade para comer -- e a rouquidão”, reitera.


Tratamento

De acordo com o médico, uma equipe multidisciplinar é responsável por definir qual a melhor forma de combate à doença, já que tumores malignos podem ser tratados por diferentes modalidades de tratamento oncológico, dentre elas cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. 

“O tratamento pode ser realizado de forma isolada ou combinada, desde a retirada total do tumor por cirurgia, associado ou não à radioterapia e quimioterapia. A identificação precoce possibilita, na maioria das vezes, a retirada total do tumor, dependendo da localização, e uma maior eficácia local da radioterapia ou quimioterapia. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.”

Dr. Mituro chama a atenção à prevenção primária, que pode ser feita reduzindo os fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, para os tumores de boca e faringe, laringe e esôfago. E o uso de bloqueador solar e a redução da exposição ao UV para diminuir a incidência dos tumores da pele.

“A prevenção secundária também é extremamente importante e pode ser realizada indo ao médico regularmente ou procurando assistência em caso de algum sintoma persistente. Estas ações visam diagnosticar os tumores malignos em fases iniciais”, finaliza o especialista.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dependência química pode ser tratada e tem controle

Considerada um transtorno mental e problema social, doença intensifica comportamentos impulsivos


Drogas ilícitas, álcool, cigarro, comprimidos para insônia ou ansiolíticos são sempre ligados como estimulantes da dependência química. As reações corporais e mentais dessa doença influenciam um estigma, gerando preconceito, desinformação e mitos. Para esclarecer um pouco mais sobre essa disfunção crônica, é necessário elencar os muitos fatores que contribuem para definir o quadro dessa patologia. 

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine Monteiro, a dependência química é a relação que uma pessoa tem com alguma droga e como ela consome essa substância. “É necessário ligar o alerta quando uma pessoa desenvolve comportamentos impulsivos para aliviar sensações da sua vida, muitas vezes, que não está conseguindo lidar”, explica a psicóloga. 

Reconhecida como uma doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ela pode trazer consequências físicas e mentais pelo uso abusivo de substâncias no organismo. “Existem questões hereditárias que enfatizam uma predisposição para a doença, como também dificuldades de lidar com frustrações, problemas, traumas de infância, sintomas de depressão, tristeza sem motivo aparente e ansiedade também podem ajudar a desencadear”, comenta.

 A dependência química carrega muito estigma e preconceito, a maioria das pessoas que passam por esse processo apresentam dificuldade de controlar o uso dessas substâncias, síndrome de abstinência, tolerância aumentada para drogas e mudanças no comportamento. “Toda dependência e a maioria das doenças mentais ainda são carregadas de muito preconceito. Inclusive, essa é uma das dificuldades das pessoas que demoram a procurar ajuda. Mas é importante destacar que é necessário procurar ajuda o quanto antes”, comenta. 

O tratamento mais indicado é o multidisciplinar. Isso porque é necessário que os profissionais olhem, acolham, receba e trate os pacientes de acordo com sua singularidade. Os mais conhecidos incluem o acompanhamento terapêutico, desintoxicação, dinâmicas de grupo e atividades físicas.


Indústria 5.0: entenda seu impacto na sociedade

Saiba quais os principais benefícios da quinta revolução industrial e quais tecnologias estarão por trás disso


Melhorar a eficiência e a produtividade por meio das novas tecnologias foi um dos principais pilares da Indústria 4.0, mas, a próxima fase da revolução industrial já está cada vez mais próxima. A Indústria 5.0 vem com a ideia de um modelo de trabalho no qual pessoas operam em total sinergia com máquinas inteligentes. Neste cenário, robôs ajudam humanos a trabalhar melhor e mais rápido, valendo-se, para isso, de tecnologias digitais avançadas, como a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial e Big Data. “Os dados foram fundamentais para a transformação digital, porém, eles estarão no centro das mudanças propostas pela Indústria 5.0. Diante disso, os data centers terão um papel importante no desempenho operacional das tecnologias que estarão unidas à inteligência humana, sendo um pilar para a nova era industrial”, explica Eliel Andrade, Gerente de Produtos e Arquitetura de Soluções da ODATA, provedora brasileira de data centers.

De acordo com a pesquisa Industry 5.0: A Survey on Enabling Technologies and Potential Applications, o panorama da Indústria 5.0 vislumbra novas abordagens resilientes, sustentáveis e centradas no ser humano, em diversas aplicações emergentes. Como exemplo, as fábricas do futuro e a sociedade digital. O que mostra como essa visão alavanca a inteligência humana e a criatividade vinculadas a robôs colaborativos cognitivos inteligentes, eficientes e confiáveis. O objetivo é alcançar soluções de fabricação baseadas em zero desperdício, zero defeito e customização em massa. “Conforme as máquinas e dispositivos funcionais se tornam mais inteligentes e conectados, a Indústria 5.0 busca combinar tais tecnologias com inteligência humana em operações colaborativas. A quinta revolução industrial ainda está em desenvolvimento, mas, já está no dia a dia de países mais avançados, mesmo sendo uma novidade em outros, nos quais a Indústria 4.0 ainda é o objetivo”, conta Eliel.

O propósito da Indústria 5.0 é alavancar a criatividade única, o pensamento crítico e cognitivo de especialistas humanos para colaborar com máquinas poderosas, inteligentes e precisas. Por esse motivo, os visionários técnicos acreditam que a Indústria 5.0 trará de volta o toque humano à indústria manufatureira. Diferente da quarta revolução industrial onde a prioridade é a automação de processos, de modo que se reduza a intervenção humana no processo de fabricação. Essa nova era industrial usará análises preditivas e inteligência operacional para criar modelos que visam tomar decisões mais precisas e menos instáveis. Assim, ampliará significativamente a eficiência de fabricação e criará versatilidade entre humanos e máquinas, delegando a responsabilidade pela interação e atividades de monitoramento constante.

A ideia é desempenhar um papel significativo em uma variedade de aplicações, ao adotar tendências tecnológicas da nova geração como habilitadoras para seu funcionamento. Tecnologias como Big Data Analytics, por exemplo, auxiliará nos processos de customização em massa na Indústria 5.0, garantindo integração sem falhas com os recursos disponíveis. Com isso, dados analíticos em tempo real, compartilhados com sistemas inteligentes e com robustos data centers, auxiliarão os fabricantes na produção e no gerenciamento de grandes quantidades de dados.

“Neste cenário, a customização é um dos pilares da manufatura do futuro, sendo os dados fundamentais para as indústrias, que deverão se adequar a uma realidade na qual a manufatura será escalável e personalizada. Com isso, acontecerá um aumento massivo de dados que precisará ser processado de forma eficiente. Os data centers serão pontos centrais da estrutura e devem estar bem-preparados para uma grande procura. Além disso, a alta disponibilidade de energia, capacidade e flexibilidade são algumas das características necessárias para esse novo momento”, disse Eliel.

Mesmo com o impulso da transformação digital e a chegada do 5G, ainda há um longo caminho a se percorrer no Brasil, embora a tecnologia avance rapidamente, o mercado nacional ainda enfrenta alguns gargalos para avançar com a implementação desses recursos: nos faltam profissionais especializados, igualdade digital, e impulso a um ecossistema de inovação. Mesmo com tantos desafios, as tendências apontam para um futuro promissor em que finalmente passaremos a usar o melhor de nossos recursos: as habilidades humanas conectadas ao poder da inovação.

 

ODATA

http://odatacolocation.com

 

Demissões em startups: vale a pena buscar um emprego nessas empresas?

A era de ouro das startups chegou ao fim? Há poucos anos, conquistar um emprego nessas empresas brilhava os olhos de inúmeros profissionais – atraídos pela rápida escalabilidade do negócio no mercado, possibilidade de crescimento interno em um curto espaço de tempo e, um chamariz de oportunidades de negócios. Mas, em meio a tamanhas ondas de demissões divulgadas nos últimos meses, a construção de uma carreira nessas companhias virou alvo de questionamento para muitos. A resposta para essa dúvida, contudo, irá variar conforme inúmeros fatores subjetivos.

Em uma breve análise cronológica, é de se impressionar as tamanhas mudanças que as startups sofreram em um curto espaço de tempo. Há apenas dois ou três anos, o cenário econômico e mercadológico internacional era o palco perfeito para o desenvolvimento dessas empresas – marcado por uma mudança de mercado que começou a valorizar jornadas mais flexíveis, uma hierarquia menos robusta, ambiente de trabalho menos formal e o início da transição para o modelo remoto.

Atraindo cada vez mais olhares, os fundos de investimentos nessas empresas chegaram a registrar recordes consecutivos. Em 2021, por exemplo, mais de R$ 46 milhões em captações foram registrados, segundo dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) – quantia três vezes maior à de 2020. Em um cenário altamente otimista, contudo, tal crescimento veloz foi, ao mesmo tempo, o principal desacelerador dessas companhias.

Todas as intensas transformações do mercado macroeconômico tornaram o aporte de investimentos uma missão cada vez mais difícil, obrigando que muitas startups iniciassem uma série de demissões recorrentes na tentativa de contingenciar suas despesas e tornar o negócio novamente viável. Em todos os segmentos, a medida se tornou essencial como ajuste financeiro de operação, exigindo dos executivos um olhar mais cauteloso ao avaliar qualquer nova oportunidade de negócio.

Menos dispostos a injetar recursos em empresas, agora temerosas pela inconstância, buscar uma oportunidade profissional em qualquer startup deixou de ser um sonho de consumo para, em muitos casos, se tornar uma opção duvidosa. Não há como afirmar que qualquer vaga nessas empresas trará sucesso ou fracasso – muito menos, ter certeza de que essas demissões continuarão ocorrendo. Por isso, aqueles que cogitam se candidatar a uma carreira nas startups, precisam levar alguns critérios em consideração.

Em sua natureza, as trilhas profissionais nessas companhias podem ser completamente efêmeras, passíveis de iniciarem e terminarem a qualquer momento e de forma muito rápida. Diante disso, é essencial que, ao aplicar seu currículo para uma posição, avalie cuidadosamente todo o ciclo do negócio. Busque compreender, em termos de governança, aqueles que estão por trás de sua criação e, especialmente a viabilidade do segmento apresentado.

É muito comum encontrar startups que se vendem no mercado por histórias encantadoras e promessas mirabolantes que, apesar de conquistarem muitas atenções, dificilmente possuem real perspectiva de sucesso. Mas, para evitar frustrações, é necessário analisar se a companhia possui real fôlego financeiro para fomentar suas atividades e, acima de tudo, sua rentabilidade para prosperar.

Por mais devastador que tamanhas demissões sejam, essa readaptação do modelo de negócios pode ser, justamente, a ação necessária para que as startups recuperem seu fôlego e voltem a se tornar tão atrativas quanto costumavam ser. Para aqueles que ainda se questionam sobre a viabilidade de trabalhar nessas empresas, é preciso acompanhar o movimento dessas companhias e analisar seu desempenho. Mas, acima de tudo, unir essas informações com suas próprias ambições e desejos, em prol de uma construção de carreira alinhada aos seus sonhos profissionais. 

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/

 

Companhia de Estágios divulga programas de estágio com bolsa-auxílio de até R$4 mil

QI Tech, Scania, Ubyfol, Odontoprev e UPL estão com vagas abertas para São Paulo, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Pará, Roraima e Tocantins


 

A Companhia de Estágios, empresa líder de recrutamento e seleção de estagiários e trainees, está conduzindo processos seletivos para programas de estágio com oportunidades em onze estados brasileiros. 

QI Tech, Scania, Ubyfol, Odontoprev e UPL estão com inscrições abertas com bolsa-auxílio que chegam até R$4 mil, além de outros benefícios.

Alunos de cursos de diversas áreas, inclusive cursos técnicos, podem participar. Veja abaixo os detalhes, links e prazos de inscrição de cada programa. Aproveite essas oportunidades!

 

QI TECH

A QI Tech, empresa de tecnologia com licença bancária e primeira Sociedade de Crédito Direto aprovada pelo Banco Central do Brasil,  apresenta seu primeiro programa de estágio, voltado para estudantes que se formarão em 2023 e 2024, nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Comunicação, Economia, Engenharias, Marketing, Matemática e correlatos.

Ao todo, 21 vagas nas áreas de tecnologia, tesouraria, comercial, middle, financeiro, marketing e estratégia na cidade de São Paulo/SP. O processo seletivo, com final previsto para setembro, terá 5 etapas que envolvem testes comportamentais, inglês e raciocínio lógico, entrevistas e o desenvolvimento de um case, que será apresentado na etapa final para os gestores da área.

Os talentos terão acesso ao Programa de Desenvolvimento, com duração de 1 ano, iniciando pelo onboarding e, na sequência, formação técnica e comportamental. Utilizaremos a metodologia 70% (aprendizado na prática), 20% (mentoria e troca) e 10% (teoria).

Além da bolsa-auxílio, os aprovados receberão um cartão de benefícios flexíveis de R$1.450, assistência médica e odontológica e bônus por performance. A QI Tech ainda oferece uma série de benefícios presenciais, como frutas no escritório, café da manhã às sextas-feiras, bebidas à vontade, entre outros.  

Bolsa-auxílio: R$4.000,00

Prazo de inscrição: 10/08//2022

Site: https://www.ciadeestagios.com.br/vagas/qitech/

 

SCANIA 

A Scania, um dos principais fabricantes mundiais de caminhões pesados, ônibus e motores industriais e marítimos, está com diversas vagas de estágio abertas. Os selecionados terão a chance de passar por diversos níveis de treinamentos técnicos e comportamentais e ainda terão a oportunidade de desenvolver e apresentar um projeto de impacto na sua área de atuação

Para participar do processo seletivo, os estudantes devem estar cursando a partir do primeiro semestre do curso superior ou técnico em Administração, Comércio Exterior, Comunicação e Jornalismo, Direito, Economia e Ciências Contábeis, Engenharias, Gastronomia, Marketing, Nutrição, Psicologia, Sistema da Informação, Técnico em Cozinha, Técnico em Logística, Técnico em Mecânica/Mecatrônica e ter disponibilidade de no mínimo 20 horas semanais em São Bernardo do Campo/SP. Além disso, a empresa deseja conhecimento em Pacote Office e Inglês. 

Os estagiários terão acesso a programa de desenvolvimento, Clube da Scania, recesso remunerado, seguro de vida, restaurante no local, ambulatório médico, convênio médico, convênio odontológico, auxílio transporte e fretado, estacionamento no local e desconto na compra de veículos VW. 

Bolsa-auxílio: R$1.800,00

Prazo de inscrição: 11/08/2022

Site: https://www.ciadeestagios.com.br/vagas/scania/

 

UBYFOL

A Ubyfol, multinacional brasileira especialista em nutrição vegetal, está com 10 vagas abertas no seu Programa de Estágio 2022. Durante o estágio, os estudantes construirão uma carreira de sucesso por meio de uma experiência única de desenvolvimento, ao lado de profissionais de excelência e gerenciando um projeto interno que possa trazer soluções inovadoras para os clientes. 

Para isso, a empresa busca talentos que possuem previsão de conclusão de curso: entre jun/23 e jun/24 nos cursos de Administração, Comunicação Social, Direito, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Jornalismo, Relações Públicas, Agronomia ou Engenharia Agronômica. Além disso, é necessário ter conhecimentos no Pacote Office, disponibilidade para viagens e mudança de cidades para trabalhar até 40h/semanais nas cidades de Uberaba/MG, Balsas/MA, São Luís/MA, Teresina/PI, Belém/PA, Paragominas/PA, Boa Vista/RR, Uberlândia/MG, Barreiras/BA, Luís Eduardo Magalhães/BA, Palmas/TO, Gurupi/TO, Cuiabá/MT, Primavera do Leste/MT, Rondonópolis/MT, Campo Verde/MT e Dourados/MS. 

Os estagiários poderão atuar nas áreas de comercial, jurídico, marketing e produção de processos. Como benefício, a empresa oferece: Auxílio mobilidade, Vale-alimentação, Alimentação na empresa, Seguro de vida e Reembolso das despesas.

Bolsa-auxílio: compatível com o mercado

Prazo de inscrição: 31/07/2022 (última semana!)

Site: https://ciadeestagios.com.br/vagas/ubyfol

 

ODONTOPREV 

O Programa de Estágio Odontoprev 2022, da líder em planos odontológicos na América Latina, oferece 21 vagas para estagiários. Durante 12 meses, os estudantes irão vivenciar uma experiência única para se desenvolver, crescer, aprender e colocar em prática todos os seus conhecimentos. A empresa busca estudantes que estejam cursando a graduação com término previsto entre dezembro/2023 e julho/2024 nos cursos de administração, análise e desenvolvimento de sistemas, ciências atuariais, ciências contábeis, ciências da computação, direito, economia, engenharias, estatística, marketing, matemática, psicologia, publicidade e propaganda, redes de computadores, relações internacionais, segurança da informação, sistemas de informação, tecnologia da informação e áreas correlatas.

Além disso, disponibilidade para atuar em Alphaville-Barueri/SP (20 vagas) ou Fortaleza/CE (1 vaga) é importante. A Odontoprev oferece vale-refeição e alimentação, assistência médica e odontológica, seguro de vida, auxílio academia, apoio psicológico, vale-transporte, universidade corporativa, day-off de aniversário, apoio jurídico e tributário, treinamento e capacitação, cesta de Natal e possibilidade de trabalho híbrido ou 100% home office

Os estagiários atuarão nas áreas: atuarial; CIC - Núcleo de inteligência; contabilidade; controladoria; escritório de projetos; finanças; fusões, aquisições e novos negócios; inteligência clínico operacional; jurídico; marketing; recursos humanos; relações com investidores; segurança e privacidade de dados; tecnologia da informação (backoffice, infraestrutura, sistemas internos, canais digitais) e tributário.

Bolsa-auxílio: R$1.800,00

Prazo de inscrição: 24/07/2022 (últimos dias!)

Site: https://www.ciadeestagios.com.br/vagas/odontoprev/

 

UPL

O Programa de Estágio UPL 2022, da UPL, empresa fornecedora global de produtos e soluções agrícolas sustentáveis, tem como missão identificar 22 jovens talentos que tenham pensamento inovador, que sejam protagonistas de sua história e que queiram crescer, se desenvolver e evoluir, obtendo experiências únicas e transformadoras para sua trajetória profissional.

Para participar, o estudante deve ter conhecimento do pacote Office, inglês e estar cursando o ensino superior de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Engenharias, Química, entre outros (preferencialmente no 2° ou 3° ano). As oportunidades são para diversas áreas, sendo necessário ter disponibilidade para estagiar em Campinas, Ituverava ou Salto de Pirapora, em São Paulo.

Como benefícios, a empresa oferece Seguro de Vida, Assistência Médica, Assistência Odontológica, Clube de Desconto, Vale-Transporte ou Estacionamento, Vale-Alimentação, Vale-Refeição ou Refeitório, Gympass e Fretado.  

Bolsa-auxílio: Entre R$1.600,00 e R$1.900,00

Prazo de inscrição: 27/07/2022

Site: https://www.ciadeestagios.com.br/vagas/upl/

 

Companhia de Estágios

www.ciadeestagios.com.br


Segurança Eletrônica no enfrentamento de tragédias ambientais

Nos últimos meses, municípios brasileiros enfrentaram a pior face das chuvas: as enchentes e os deslizamentos de terra. Ao passo que o cuidado com as famílias atingidas é uma tarefa essencial e imediata, também é preciso que a administração pública se atente para evitar que as tragédias se repitam ano a ano. Nesse sentido, as soluções da segurança eletrônica indicam uma nova e necessária abordagem para este problema social e ambiental: a tecnologia.

É certo que o monitoramento de áreas sensíveis não é algo novo, mas, talvez, nunca tenha ocorrido um momento tão propício para este investimento. Primeiro pela disponibilidade de infraestrutura tecnológica, como a chegada do 5G, que será responsável por reduzir a latência e possibilitar uma conexão segura, estável e adequada às demandas de novas aplicações como Internet das Coisas (IoT), que conecta os mais diversos dispositivos à rede, e aprendizagem de máquina em tempo real. Segundo, pela própria evolução e popularização tecnológica.

Por exemplo, é comum a presença de câmeras de segurança pelas ruas. Por que não as transformar em ferramentas de análise inteligente de vídeo capazes de identificar situações de risco? Isso é possível. Outra evolução necessária é a integração, tanto entre as diversas secretarias para estruturar políticas públicas e estratégias de proteção, quanto com os cidadãos, seja enviando alertas em tempo real nos smartphones sobre o risco de enchentes e deslizamentos ou recados sobre a situação do transporte público.

O fato é que o desafio é desenvolver um ecossistema de cidades inteligentes ativo, com participação dos munícipes e órgãos públicos. Para isso, é necessário o engajamento dos atores do poder federal, estadual, municipal, organizações da sociedade civil, educacionais e também empresas. Neste caminho, iniciativas como o laboratório de inovação da Abese, para uso de seus associados, em parceria com o InovaUSP, que apresentará as últimas tendências tecnológicas para a segurança e bem-estar público, são fundamentais para construir pontes entre fabricantes de hardware e software abertos e municípios interessados em replicar estas soluções em larga escala.

Outras iniciativas com foco na inovação à serviço do bem-estar social e, sobretudo, da proteção à vida já despontam pelo Brasil e devem ser celebradas. Durante a pandemia, as soluções de segurança eletrônica se mostraram valiosas para responder às demandas que surpreenderam a todos naquele momento. O que está em jogo é que com a tecnologia podemos pensar em novas respostas para problemas antigos ou inéditos, basta incentivo, ação e trabalho coletivo.

 

Selma Migliori - presidente da ABESE - Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança

 

Vendas em lojas de shopping no inverno devem crescer 7% em relação ao ano passado

ALSHOP registra movimentação mais alta do que o esperado para o período e vendas crescem no inverno com expectativa de aumento de até 7% até agosto


Mesmo que o inverno de 2022 não pareça ser tão rigoroso, até agora, a movimentação do comércio de shopping está mais alta do que o esperado. O movimento de pessoas já cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo um levantamento da ALSHOP (Associação de Lojistas de Shopping) que tem pouco mais de 40.000 associados no país. "A recuperação de público já era esperada até mesmo em função do fim das restrições impostas pela pandemia e, agora, com as férias escolares e a retomada das áreas de lazer e exposições nos shoppings, mas notamos maior público nos shoppings, uma recuperação mais forte das áreas de alimentação e mesmo com a inflação um consumo mais forte", explica Luís Augusto Ildefonso, diretor de relações Institucionais da ALSHOP. 

A movimentação no comércio como um todo deve representar uma venda de R$ 13,76 bilhões entre maio e agosto, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC. 

Além da volta das áreas de lazer e exposições, as férias escolares e a temporada de inverno levam mais clientes aos shoppings em busca de promoções. O inverno começou oficialmente em 21 de junho e mesmo com preços mais altos e uma temporada menos rigorosa em temperatura, as vendas vêm crescendo. “Por ser uma estação curta, o inverno faz com que muitos lojistas coloquem em promoções mercadorias com preços convidativos de produtos novos e, também, de peças remanescentes do inverno do ano passado. Essa estratégia ajuda os vendedores a trazerem mais consumidores para dentro das lojas, assim vendendo ainda mais”, completa Ildefonso. 

Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que tem como base a Pesquisa Mensal de Comércio – PMC e a Pesquisa Mensal de

Serviços – PMS, as vendas durante o inverno geralmente registram um acréscimo médio de até 9,2% na comparação com as estações da primavera e outono. 

“Muitos produtos são ofertados com descontos atrativos e praticamente a temporada de vendas já se inicia com liquidações. Se o período de dias com temperaturas baixas se prolongar, o comerciante pode manter os preços cheios elevando sua receita. Caso tenhamos alternância de dias frios com dias mais quentes os preços terão descontos ainda maiores”, ressalta Ildefonso. 


Desafios e empregabilidade até o fim do ano 

Apesar dos bons números, os desafios da economia seguem no radar dos lojistas de shopping que enfrentam dificuldades com a logística de alguns produtos, a inflação impulsionada pela alta recente dos combustíveis e do dólar que segue em um patamar acima dos R$ 5.


O Brasil e a necessidade de uma nova industrialização

Nas duas últimas décadas, diversos choques afetaram profundamente as cadeias globais de valor. Tivemos a quebra do Lehman Brothers, em 2008, e a subsequente crise financeira, passamos pelo terremoto e tsunami, que arrasaram a usina nuclear de Fukushima em 2011, interrompendo a atividade de importantes fábricas japonesas e culminamos com a pandemia da Covid 19, que paralisou fábricas no mundo todo, causando insegurança e desabastecimentos.

Já a partir de 2011, nas manufaturas dos principais países produtores de bens industriais, o conteúdo importado parou de crescer e, regra geral, passou a declinar. As relações entre os EUA e a China, mudaram a partir de Trump, para uma atitude de rivalidade, e até de hostilidade, o que abalou ainda mais a globalização e, na sequência, a pandemia confirmou os riscos da excessiva dependência das cadeias globais e mostrou a importância da produção local.

Poder contar com um nível confortável de produção doméstica, tanto em matéria de insumos e equipamentos de saúde, quanto de bens de capital e outros produtos essenciais à segurança nacional, passou a ser tão importante, depois desta crise pandêmica, como sempre foram a segurança alimentar, a militar e a energética. A redescoberta da importância da indústria está ocorrendo ao mesmo tempo de uma profunda mudança tecnológica, na própria indústria.

O surgimento de um novo paradigma produtivo, baseado na digitalização, na internet das coisas, na ampla utilização de sensores inteligentes e no uso intensivo da big data e da inteligência artificial, abre oportunidades a quem tiver vontade política, para renovar seu setor industrial e torna-lo mais competitivo, condição indispensável tanto para aumentar a participação da indústria no PIB, quanto para alcançar a “segurança industrial”.

Esta oportunidade tem sido percebida pelos países desenvolvidos mais importantes que, a partir da segunda metade da década passada, tem revisitado o papel do Estado na economia, mudando seu posicionamento e passando a defender tanto políticas públicas de desenvolvimento, quanto políticas industriais, com os objetivos de aumentar a capacitação tecnológica e a competitividade de seus respectivos setores industriais e, assim, fortalecê-los.

Deixando de lado a China, onde o desenvolvimento sempre foi função do Estado, a Alemanha, com a “Estratégia Industrial Nacional 2030”, em fins da década passada, foi o primeiro país a declarar que passaria a apoiar ostensivamente sua indústria, protegendo-a contra aquisições externas, ajudando a capitaliza-la se necessário, e criando instrumentos adicionais de apoio financeiro e de P&D,I para que a indústria crescesse dos 20% atuais para 25% do PIB até 2030.

Os Estados Unidos, além de perderem, nas últimas décadas, boa parte de sua manufatura e milhões de empregos de qualidade, exportados basicamente para a Ásia, perderam também a liderança tecnológica e produtiva em setores sensíveis como bens de capital sofisticados, insumos farmacêuticos e até na produção de circuitos integrados.

Com a eleição do Biden, o governo americano passou a defender um plano ambicioso, com um vasto conjunto de ações, coordenadas pelo Estado, contando com recursos superiores a 5 trilhões de dólares para recuperar a infraestrutura, gerar empregos de qualidade, investir em P&D e mão de obra, apoiar a reindustrialização do país, para trazer de volta boa parte da produção exportada e recuperar e manter a liderança tecnológica nos setores chaves da economia.

O Brasil,  a partir da década de 90, abandonou o modelo de desenvolvimento baseado na industrialização e crescimento econômico, que foi o projeto do país que uniu sociedade e governo, desde Vargas até os governos militares, substituindo-o pela preocupação com a inflação e com as contas públicas.

Foi a industrialização quem transformou o Brasil, ao longo de meio século, de uma grande fazenda num país relativamente desenvolvido, o que nos permitiu figurar entre as mais importantes economias mundiais, fazendo os brasileiros sonharem com a real possibilidade de virmos a ser um país de primeiro mundo. A partir da década de 80, perdemos o caminho do crescimento e, de um país de construtores e industriais, passamos a ser um país de economistas e contadores.

O ano do bicentenário da proclamação da independência é uma boa ocasião para o Brasil retomar o caminho do crescimento restabelecendo como sua prioridade o desenvolvimento, com redução das desigualdades e respeito ao meio ambiente. Entretanto, manter o câmbio competitivo, um controle eficaz do endividamento público e juros baixos, são itens que, por mais importantes que sejam, são apenas meios e não fins em si mesmos.

Um plano sério para controlar as contas públicas é essencial para o Estado recuperar, desde já, sua capacidade de fazer políticas anticíclicas e retomar os investimentos em infraestrutura, essenciais para gerar empregos, criar demanda para a indústria e melhorar a competitividade da economia brasileira.

Ainda que estas condições sejam necessárias para a retomada do crescimento, não serão suficientes sem a utilização de políticas públicas de desenvolvimento, como mostram os exemplos já citados. Não se trata, simplesmente, de recuperar  fábricas fechadas e sim de construir uma nova indústria fortalecendo seus setores mais dinâmicos, aqueles mais intensivos em tecnologia e com mais capacidade para trazer ganhos de produtividade que se espalhem por toda a economia.

Recuperar o desenvolvimento como prioridade da sociedade e da vontade política do Estado é fundamental para se alcançar esses objetivos, como nossa própria experiencia histórica já demonstrou. Uma indústria competitiva, complexa e diversificada é o caminho mais eficiente para crescer de forma sustentada a taxas iguais ou superiores à media mundial. Para construí-la, a mão visível do Estado terá que ser usada com todos seus instrumentos.


João Carlos Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

 

Microapartamento é a nova tendência imobiliária em bairros nobres de São Paulo

Mudança de comportamento das pessoas, facilidades tecnológicas e alto preço do metro quadrado nessas regiões elevam procura por imóveis pequenos 

 

A sociedade se reinventa e se atualiza à medida que surgem novos padrões culturais e econômicos. Dentro deste cenário, o setor imobiliário está entre os mais dinâmicos e recentemente tem assistido ao surgimento de uma nova tendência, especialmente em regiões nobres de São Paulo: os chamados microapartamentos, que vão de 10 a 30 metros quadrados.

De acordo com dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), nos últimos sete anos, os microapartamentos  tiveram um "boom" na cidade de São Paulo, passando de 0,8% para 22% do total de lançamentos imobiliários realizados na capital paulista entre os meses de janeiro e maio.

Em 2016, nos cinco primeiros meses do ano, foram lançados 30 imóveis desta categoria. No mesmo período de 2022, o número saltou para 5.066. Um aumento expressivo também foi registrado no lançamento de apartamentos com área entre 30 m² e 45 m², que deixaram de representar 29,1% dos imóveis residenciais lançados na capital, em 2016, para se tornarem maioria (50,8%) neste ano.

Segundo Edgar Ueda, um dos maiores especialistas em vendas do setor imobiliário e fundador da hub Neximob, a procura por apartamentos mais simples, compactos, práticos e em grandes centros está ocorrendo por iniciativa de pessoas mais jovens, que naturalmente já têm outros hábitos de vida. Muitas delas, por exemplo, não possuem veículos e preferem utilizar os serviços de aplicativos de mobilidade ou mesmo bicicletas para se locomoverem na cidade.

Estudos feitos por incorporadoras apontaram o surgimento de um público ligado em tecnologia que prefere morar só e próximo a grandes centros, onde tudo acontece. Ou seja, elas estão acostumadas a ter inúmeros serviços disponíveis a um clique de distância.

Sabendo disso, construtoras apostam cada vez mais nesse perfil em São Paulo, onde só entre 2014 e 2020 foram lançados 250 mil apartamentos compactos. O nicho também atrai mais comércio e serviços, antes menos explorados, para os bairros nobres da capital paulista.

“Com a chegada da tecnologia, a tendência é vermos o surgimento de novos serviços do gênero em um futuro breve. Para se ter uma ideia, antes do 4G, não existiam aplicativos de mobilidade, de música ou de entregas. Essas inovações que só foram possíveis após a nova tecnologia”, explica Ueda, que também é escritor best-seller de cinco livros e três vezes palestrante do TEDx.

Outra tendência, segundo o especialista, para a escolha de menores apartamentos é a opção de muitos por não terem filhos. A preferência desse público mais jovem, das classes médias e altas, é por animais de estimação.

Na visão de Ueda, esse novo conceito também se moldou após as transformações que a pandemia causou, entre elas a valorização do metro quadrado, especialmente em áreas nobres das grandes cidades. “Apesar disso, a tendência desse novo mercado imobiliário já vinha se desenvolvendo nos últimos 7 anos, o que fez com que essa indústria aproveitasse espaços menores e cobrasse mais por metro quadrado, visto que dentro dos bairros nobres esse é um perfil bem aceito pelo público-alvo”, finaliza. 

 

Edgar Ueda - especialista em vendas do setor imobiliário, fundador da Neximob - um hub do setor imobiliário, escritor best-seller de cinco livros e três vezes palestrante do TEDx. Morou por nove anos no Japão e há 24 anos começou a empreender. Com sua empresa, Ueda já gerou mais de R$4,2 bilhões em contratos e está presente em mais de 40 cidades do Brasil. Atualmente, a Neximob totaliza 56 empreendimentos de sucesso e mais de 17.500 unidades comercializadas em todo o país. Como palestrante, já participou de workshops e seminários, com grandes personalidades, como Jordan Belfort (O Lobo de Wall Street) e Kevin Harrington (Shark Tank).

 

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