Especialista dá dicas após inadimplência no Brasil atingir 28,5% das famílias no país
Já estamos na metade do ano. Muita coisa aconteceu
desde a realização do planejamento das metas para 2022. Você já parou para
analisar como está a sua vida financeira neste meio do caminho? Uma pesquisa
divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC) revelou que a inadimplência atingiu 28,5% das famílias brasileiras em
junho. Entre os endividados, 86,6% possuem dívidas no cartão de crédito. O
número é alarmante, mas ainda dá tempo de reverter a situação, de sair do
“vermelho” e alcançar aquilo que foi desejado.
Planejamento financeiro
Lembra da lista de objetivos criada na virada do ano? Agora, é hora de ver
o que foi feito, o que falta fazer e como encaixar isso nas contas. O primeiro
passo é criar uma planilha de gastos - ou pegar uma pronta na internet. Em
seguida, é preciso inserir as despesas mensais. Também é possível baixar, pelo
celular, aplicativos que oferecem a possibilidade de incluir entradas e saídas
de dinheiro, visualizar gráficos, além de receber relatórios.
Para Victor Loyola, sócio da Neon ConsigaMais, unidade de negócio responsável
por crédito ao consumidor na Neon, é fundamental que haja um planejamento das
finanças e um monitoramento constante dos gastos realizados e metas financeiras
para que não surjam surpresas desagradáveis. “Independentemente da ferramenta
escolhida, é importante registrar todos os objetivos no início do mês e acompanhá-los
com frequência. No fim de cada mês, o ideal é analisar o fluxo do caixa para
entender de que forma a renda foi distribuída e, se necessário, identificar
onde é possível reduzir ou cortar custos”.
Alternativas de crédito
O problema é que são tantos boletos mensais e gastos imprevistos que
riscar os itens da lista de metas parece um sonho cada vez mais distante de ser
concretizado. Por isso, o especialista lembra que existem alternativas caso as
pessoas percebam que precisarão de ajuda para fechar o mês (ou o ano) “no
azul”. “Pegar empréstimo é algo comum. A maior parte da população não tem como
pagar uma geladeira ou um imóvel à vista, por exemplo. Para isso, recorre ao
crédito e é ele que faz a economia girar. O problema é quando a pessoa não consegue
honrar o compromisso firmado com a instituição financeira”, explica Victor.
Isso pode acontecer por imprevistos como problema de saúde grave, demissão do
emprego, alguma intercorrência com o imóvel… Mas também por altas taxas de
juros e desorganização financeira. E para as duas últimas opções, há saída.
“Existem hoje, no país, algumas formas de obter crédito. Mas parte delas conta
com juros exorbitantes, como o cartão de crédito e o cheque especial. Neste
sentido, o crédito consignado privado aparece como melhor opção. Conta com
taxas que podem ser até 70% mais baixas e é oferecido em uma parceria com o
departamento de Recursos Humanos das empresas conveniadas. Assim, é entregue
com programas de educação financeira, que auxiliam na hora de quitar o empréstimo,
e tem o desconto direto na folha de pagamento, o que diminui a inadimplência.
A possibilidade de cair na inadimplência é uma das principais preocupações, não
só dos brasileiros. De acordo com o estudo “The Employer’s Guide to Financial
Wellbeing 2018-19”, feito no Reino Unido, funcionários com preocupações com
dinheiro produzem, em média, 15% menos que os colegas. Já os médicos dizem que
eles podem comprometer a saúde mental. Por isso, em vez de pensar que “já foi”,
vale lembrar que “falta” metade do ano ainda para ele acabar. Dá tempo de se
reorganizar e chegar a 2023 com as metas cumpridas e o nome limpo.