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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Dengue continua a crescer e casos tiveram aumento de 374% via telemedicina

Os diagnósticos de dengue via telemedicina aumentaram 374% de janeiro até o final de maio, se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina. Em todo ano de 2021, foram computados cerca de 1.600 casos, quando em apenas cinco meses deste ano o número já ultrapassa 4.500. O mesmo levantamento havia sido feito no início do mês, dia 4, quando o crescimento já era alarmante, de 284%. Essa alta expressiva reflete o surto da doença no país, da ordem de 113%, em comparação com o ano passado, segundo o Ministério da Saúde. 

De acordo com Gabriel Garcez, diretor médico da Conexa, existem possíveis explicações para o surto deste ano: chuvas torrenciais que geram água parada, ambiente propício para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti; os ciclos da doença, já que vêm em ondas e a última foi em 2019; e a população ter deixado de lado as medidas preventivas por estarem focadas na pandemia. “Não podemos esquecer que em 2021 o isolamento social contribuiu para o menor número de infecções, já que as pessoas se deslocaram e transitaram por menos locais.” A boa notícia é que o surto tende a diminuir com a chegada das estações mais frias do ano e a perspectiva é que acabe até o início de junho.  

Garcez pontua que, após o diagnóstico, além dos sintomas comuns da doença, como febre, dor de cabeça, muscular e nas articulações, cansaço e vermelhidão no corpo, é preciso estar atentos aos sinais de evolução para um quadro mais grave. O diretor médico reforça que cada pessoa pode ser infectada quatro vezes na vida, já que existem quatro sorotipos do vírus e após a primeira infecção, as demais costumam ser mais graves. É preciso estar alerta. “Os sintomas comuns são amplamente divulgados, mas os do agravamento não são tão conhecidos. Identificar rapidamente esses sinais pode impactar positivamente no desfecho do paciente. Caso a febre não passe, tenha dor na barriga, sangramentos e vômitos, procure um médico.” 

Para Guilherme Weigert, CEO da Conexa, o aumento da procura por telemedicina para casos de dengue reflete a mudança de comportamento da sociedade em identificar a praticidade de uma consulta online, evitando filas em pronto atendimentos. “O teleatendimento é uma forma segura de consultar um especialista sem se preocupar com aglomeração e distância geográfica. É uma ferramenta útil e eficiente para cuidar da saúde da população.”   


Cuidados e prevenção 

Evitar locais que acumulem água parada em casa em pneus, garrafas e vasos de plantas é uma medida que deve ser tomada o ano todo. Neste momento, usar repelente e instalar telas nas portas também são recomendados.  

Se já estiver com a infecção, a principal medida é se hidratar bem e fazer repouso até os sintomas cessarem. Caso ache necessário, medicamentos podem ser indicados pelo médico para aliviar as dores e o desconforto.  

 

Conexa

 https://www.conexasaude.com.br/   


Dia Mundial sem Tabaco - Nada de sorriso amarelo

 Data representa um grande desafio para milhões de fumantes


O Dia Mundial sem Tabaco é assinalado em 31 de maio. Para a maioria dos fumantes, a data representa um grande desafio. Marcada por uma série de ações que visam a conscientização da população para os males do tabagismo, a ocasião pode ser encarada também como o “Dia D” para cuidar da saúde, da aparência ou até mesmo para abandonar o cigarro.    

O tabagismo afeta a saúde geral de várias formas. Seus efeitos podem se refletir no organismo, inclusive na boca. Além de ser responsável por uma série de doenças crônicas, como distúrbios cardiovasculares e reprodutivos, doenças respiratórias, neoplasias malignas em vários órgãos, doenças da pele, gastrointestinais e anormalidades na tireoide, o tabagismo afeta também a saúde bucal.


O tabagismo e as lesões bucais 

Reconhecido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) como uma doença crônica causada pela dependência da nicotina presente nos produtos à base de tabaco, o hábito de fumar pode contribuir para o surgimento e progressão de lesões bucais, como o câncer de boca e a doença periodontal (DP).

O INCA estima que ocorrerão 4.330 novos casos de câncer de cavidade oral em cada ano do triênio 2020-2022, no Estado de São Paulo, sendo 3.260 em homens e 1.040 em mulheres. Na capital, o número total de novos casos estimados é de 690, sendo 450 homens e 240 mulheres. São Paulo é o estado com o maior número de mortes relacionadas ao câncer de boca. Em 2020, 1.492 pessoas morreram vítimas da doença no Estado, sendo 1.172 homens e 320 mulheres. 

O câncer de boca, segundo o cirurgião-dentista Dr. Fabio Alves, é um tumor maligno que atinge o lábio, estruturas como a língua, as gengivas, o céu da boca e parte da garganta. Dentre os causadores da doença, o tabagismo aparece como o principal fator etiológico (pode estar relacionado a 70% das novas ocorrências). Quando diagnosticado precocemente, o câncer de boca apresenta maior chance de tratamento e cura.

Já a doença periodontal, também conhecida como gengivite ou periodontite, caracteriza-se pela inflamação e destruição dos tecidos de proteção (gengiva) e suporte (osso, cemento e ligamento periodontal) dos dentes. Essa doença tem uma evolução mais acelerada principalmente em pacientes diabéticos, imunossuprimidos e fumantes. “Além dos fumantes abrigarem maior número de microrganismos potencialmente causadores de periodontite, o fumo modifica vários mecanismos da resposta imune do hospedeiro, como função dos neutrófilos, atividade dos fibroblastos, produção de anticorpos e de mediadores inflamatórios”, explica.


Sorriso amarelo - clareamentos e implantes dentários resolvem?

O hábito de fumar desperta algumas preocupações relacionadas também à estética e à autoestima. Os incômodos costumam ser driblados com recursos simples, como balas (para melhorar o hálito), e com medidas mais sofisticadas, como o clareamento dental (procedimento para remoção das manchas) ou até mesmo implantes dentários (usados na substituição dos dentes perdidos).

No entanto, o especialista chama a atenção para alguns detalhes sobre o clareamento, pois essas medidas podem ser temporárias. As principais substâncias encontradas no tabaco e relacionadas às alterações da pigmentação normal da boca, seja ela dente ou tecidos moles, são a nicotina e o alcatrão. O alcatrão presente no cigarro escurece os dentes e causa mau hálito. Esta substância dissolve-se na saliva e penetra facilmente nas fossetas e fissuras do esmalte.

Já a nicotina, além de pigmentar o dente, estimula a produção de melanina nas mucosas, causando manchas nos dentes e mucosas da boca. A dica, segundo o Dr. Fabio, é realizar a profilaxia por meio de consultas regulares ao cirurgião-dentista para fazer a limpeza e remoção das manchas. “Caso o paciente opte pelo clareamento, é importante lembrar que o procedimento de limpeza será temporário. Se a pessoa continuar fumando, haverá pigmentação novamente”, diz.

Já nos casos de implantes dentários, ele explica que os índices de sucesso variam de 91,8% a 95,6%, sendo que as lesões peri-implante são as principais causas de perda de implantes. Os índices de falência foram maiores em implantes localizados na maxila, em pacientes com doenças metabólicas, pacientes fumantes e com pobre higiene bucal.

De acordo ainda com o cirurgião-dentista, os efeitos do fumo na osteointegração de implantes não são totalmente esclarecidos, contudo, os pacientes que fumam têm mais problemas na gengiva e consequentemente têm mais chances de perder os dentes. “Essa perda não se dá por cárie, a perda se dá por problemas gengivais, isso porque perde-se o suporte de tecido do dente que é a gengiva (periodonto) e o mesmo se dará no caso dos implantes, pois, sem suporte da gengiva, haverá uma durabilidade menor do procedimento”, esclarece.


Fumante passivo

Atualmente, conhecem-se vários efeitos deletérios do fumo passivo. Embora o efeito do mesmo no desenvolvimento da doença periodontal ainda não esteja bem estabelecido, o Dr. Fabio lembra que o fumante passivo está exposto a um ambiente (casa, trabalho ou qualquer local público) com fumaça do cigarro e, consequentemente, também está suscetível aos malefícios do tabaco. “Pessoas expostas cronicamente à fumaça do cigarro podem desenvolver asma, bronquite, doenças cardiovasculares e câncer no pulmão”, diz.  


Os riscos do cigarro eletrônico

A venda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, no entanto, a versão moderna ganha cada vez mais adeptos, o que gera mais preocupações, pois eles também têm suas peculiaridades e seus riscos.       

Segundo o cirurgião-dentista, são poucos os estudos que abordam os diferentes formatos, mas já se sabe, por exemplo, que uma hora de cigarro eletrônico equivale a 10 cigarros convencionais fumados. A comparação é importante, pois as versões eletrônicas chamam a atenção por emitir menos fumaça e pela discrição, já a ameaça está na alta concentração de nicotina, provocando o vício de forma mais intensa.

Como orientação final, o Dr. Fabio lembra que todos nós devemos consultar um cirurgião-dentista regularmente para avaliação da boca. “Manchas ou placas brancas/vermelhas, feridas que não cicatrizam podem ser sinais do câncer de boca e o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz e cura destas doenças”, finaliza.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Aneurisma cerebral afeta três vezes mais as mulheres, especialmente após os 40 anos de idade

Fatores de risco, como histórico familiar, fumo, hipertensão e diabetes, além do nível de estrogênio, que diminui consideravelmente após a menopausa e enfraquece a parede arterial, aumentam a chance de desenvolver o aneurisma cerebral  

 

Os aneurismas cerebrais não são uma exclusividade das mulheres, mas, levando-se em conta alguns fatores, são mais frequentes no gênero feminino. O principal aspecto a se considerar é a idade. Estudos apontam que durante a infância e a adolescência, os aneurismas são mais comuns em homens. Entre os 20 e 30 anos, a distribuição é parecida entre os dois gêneros. Mas, o cenário muda após os 40 anos de idade, quando a doença passa a ser mais frequente nas mulheres, chegando à proporção de 3:1. “E é justamente a partir dessa faixa etária que os casos são mais abundantes, porque os fatores de risco que causam a doença, bem como que levam ao rompimento do aneurisma, já estão instalados. E a situação é preocupante”, alerta o Dr. Renato Tosello, Neurorradiologista Intervencionista, especializado em doenças cerebrovasculares e doutorando na área pela UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo.

Segundo Dr. Tosello, existe um consenso médico em apontar, como fatores de risco para o aneurisma cerebral, a hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo, diabetes e rins policísticos, além de histórico familiar da doença. Mas, no caso das mulheres, além dos hábitos, histórico familiar e as outras comorbidades, diferentes elementos devem ser levados em consideração. Um deles é o nível de estrogênio, que diminui consideravelmente após a menopausa e enfraquece a parede arterial, devido a redução do colágeno e da elastina reduzindo a elasticidade da parede da artéria, o que aumenta o risco de desenvolver o aneurisma cerebral.

 

Prevenção 

Sabendo que estão mais suscetíveis a ter um aneurisma, as mulheres devem ter atenção máxima em determinados aspectos da saúde. Para a prevenção dos aneurismas cerebrais, necessita-se de um controle rigoroso da pressão arterial, ao redor de 120 x 80 mmHg, manutenção dos níveis normais da glicemia (açúcar no sangue), colesterol e triglicérides, associado a uma alimentação saudável à base de vegetais, frutas, fibras e carnes magras, assim como praticar regularmente exercícios físicos, não fumar e não ingerir bebida alcoólica em excesso.

Pessoas com história familiar positiva para aneurisma cerebral devem visitar um Nerorradiologista Intervencionista periodicamente para o rastreamento, pois o risco de desenvolver esta doença é maior do que naquelas sem história familiar. “O exame de detecção do aneurisma é simples, e pode ser feito pela angiotomografia ou pela angiorressonância magnética arterial do crânio, que podem salvar a vida do paciente, porque é possível fazer o diagnóstico precoce e realizar um procedimento preventivo, que evitará o rompimento do aneurisma. É a neurocirurgia endovascular, minimamente invasiva, também chamada de embolização”, explica Dr. Tosello.

 

O Aneurisma Cerebral 

Tendo tudo isso em mente, é importante entender o que é a doença. O aneurisma cerebral é uma “dilatação” que se desenvolve em um local de fragilidade da parede de um vaso sanguíneo (artéria ou veia) que irriga o cérebro. Frequentemente, se forma na bifurcação das artérias intracranianas. Por causa da dilatação, a parede do vaso fica mais enfraquecida e afilada à medida que aumenta de tamanho, como se fosse a borracha de uma bexiga que vai ficando mais fina e frágil enquanto se enche de ar até romper. Ao se romper e sangrar, o aneurisma causa um AVC hemorrágico sendo o do tipo subaracnóide, o mais comum.

 

Sintomas 

O aneurisma normalmente não causa sintomas enquanto está pequeno, não comprime tecido cerebral ou nervos adjacentes e mantém sua parede íntegra (ou seja, quando não há ruptura).

Dependendo da localização e do tamanho do aneurisma, ele pode pressionar o tecido cerebral e os nervos ao seu redor, podendo gerar alguns sintomas como dor de cabeça; dor acima e atrás de um olho; dilatação da pupila de um olho; mudança na visão ou visão dupla e dormência de um lado do rosto e do corpo.

Se a pessoa não procura assistência médica, mas o aneurisma cresce e um dia se rompe e sangra, os sintomas podem variar conforme a seriedade do quadro.

Das pessoas que sofrem de aneurisma roto cerca de 40 – 50% morrem e ao redor de 20 – 25% ficam com algum déficit neurológico moderado ou grave.

 

Por que o diagnóstico ainda é pequeno 

Os diagnósticos precoces do aneurisma cerebral são poucos porque, justamente, não existe uma recomendação médica para um check-up neurológico preventivo – um erro que pode custar uma vida. “A cada dia, percebemos que é necessário fazer uma correlação entre doenças e as cardiológicas estão diretamente ligadas às cerebrais. Por isso, é importante realizar um checkup cardiológico e um neurológico anualmente”, aconselha o Dr. Tosello.

 

Clínica Tosello

 

27% das brasileiras já sofreram aborto, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 41% das participantes.

 

Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano, em média 15% do total; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. E conforme observou a Famivita em seu mais recente estudo, 27% das brasileiras já sofreram aborto. Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 41% das participantes. E dos 30 aos 34 anos, com 36% delas.

Os dados por estado demonstram que o Amapá é o estado com o maior número de mulheres que já sofreram aborto, com 45% das respondetes. No Rio de Janeiro e em Santa Catarina, pelo menos 29% já tiveram alguma perda. Em São Paulo e Minas Gerais, 28% e 26%, respectivamente, já sofreram aborto. O estado com o menor percentual de abortos é o Paraná com 21% das participantes.

Após sofrer tão grande perda, a mulher precisa entender que não está sozinha. Porém, nem sempre o seu entorno consegue proporcionar este tipo de ajuda. Por isso, o atendimento psicológico pode ser de grande ajuda. Assim, ela terá o acompanhamento e direcionamento adequados para conseguir superar a sua perda, e continuar suas tentativas, se assim o desejar.

Porém, nem todas as brasileiras têm condições financeiras para buscar ajuda psicológica após sofrer um aborto. Afinal, não é assim fácil e rápido encontrá-lo no sistema de saúde pública. E é por isso que os atendimentos online podem ser uma ótima opção. Com a consulta psicológica para tentantes, a mulher pode fazer todas as sessões em casa, basta ter um dispositivo com acesso à internet. Além disso, o custo das sessões é acessível e abaixo dos preços no mercado.


Como identificar a artrose do quadril? Ortopedista explica

É possível identificar a artrose do quadril logo nos primeiros sintomas? O médico ortopedista especialista em quadril e cartilagem, David Gusmão, explicou que sim. 

Na situação inicial, a pessoa começa a ter sintomas após práticas como a atividade física, em especial atividades físicas que contenham mais rotação da articulação do quadril. 

“Podemos falar do exemplo do futebol, do tênis, ou até mesmo atividades na academia. Todas podem gerar esse desconforto. O importante é saber que o desconforto vai começar após uma prática esportiva e normalmente, o local que a pessoa desenvolve sintomas, é na parte da frente da união da coxa com o tronco.”

Conforme o médico, os outros pontos de dor podem ser na parte lateral, na parte do glúteo, na parte da lombar e na parte do joelho. “Esses outros pontos podem tornar a identificação da dor mais difícil, mas quando a dor aparece na virilha o culpado realmente é o quadril.”

Dr. Gusmão ainda afirmou que em um estágio um pouco mais avançado, “a pessoa começa a ter dor ao ficar agachado, sentar em um banquinho mais baixo, colocar meias, colocar sapatos, cortar a unha dos pés, entrar e sair do carro. Em viagens longas a pessoa se sente meio travada da articulação do quadril, as pernas também ficam travadas e ela precisa levantar do carro e dar uma caminhada para aliviar. Isso é uma coisa bem comum de acontecer.”

O médico ponderou que os movimentos que foram descritos são movimentos que têm alguma amplitude maior da movimentação da articulação do quadril. “Em uma situação mais avançada o paciente começa a ter muita dor ao caminhar na região da virilha, dor ao subir e descer escadas, dor ao se levantar de uma cadeira depois de um certo tempo sentado… E na medida que o tempo vai passando a pessoa começa a mancar. A partir disso, a pessoa manca porque não está tendo dor, mas sim porque está tendo fraqueza naquela musculatura que comanda o quadril.”

Já em um caso ainda mais avançado, segundo David, a pessoa começa a ter uma diminuição de comprimento da perna que está sendo afetada pelo desgaste.

“A maneira de diagnosticar é através do exame físico com um médico especialista em quadril onde o paciente fica deitado, a coxa dobrada em relação ao tronco 90° e a gente faz o movimento de rotação da perna pra ver como é que está a amplitude e movimento do quadril. A partir disso, fazemos dois exames, um exame de raio-x e um exame de ressonância nuclear magnética para se determinar a presença ou não e o grau do desgaste que o paciente se encontra, porque o tratamento vai ser completamente dependente de qual o grau de artrose que está presente no quadril”, finalizou.  

 

David Gusmão - Médico Ortopedista, especialista em Quadril e Cartilagem. Formado em Medicina pela PUC do Rio Grande do Sul e com diversas especializações nos Estados Unidos e Europa. A sua missão é preservar a função do quadril com as melhores e mais modernas técnicas da medicina.

https://instagram.com/davidgusmao?igshid=YmMyMTA2M2Y=


Menopausa: estudo aponta benefícios de tratamento por medicina alternativa

A menopausa é uma época da vida da mulher que ocorre entre os 45 e 55 anos de idade e corresponde ao período que se inicia após um ano da última menstruação. Ela representa o fim do ciclo menstrual e da produção de hormônios.

Esse momento atribulado de transição produz diversas mudanças físicas e neuropsicológicas com a manifestação de vários sintomas que prejudicam o bem-estar da mulher. Por essa razão, muitas mulheres buscam diferentes formas de tratamentos convencionais e alternativos para aliviar os sintomas.

Dentre esses tratamentos, a medicina ortomolecular apresenta uma opção para o alívio dos sintomas de maneira natural e individualizada.

Com o objetivo de explicar os benefícios desse tratamento, o PhD, neurocientista e biólogo, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos, nos Estados Unidos,
 Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, produziu mais um estudo, pela mesma universidade, pontuando algumas informações, que foi publicado na revista científica multidisciplinar Cognitionis

“A medicina alternativa pode ser definida como uma intervenção na saúde do paciente que está fora dos padrões convencionais da medicina formal, não é discutida por médicos e não é encontrada em hospitais. Ela é diversa, englobando diferentes aspectos da saúde (física, mental e emocional) e sua aceitação varia de acordo com a cultura que ela está inserida. Em muitos países ela não só é aceita como coexiste com a medicina formal”, pontuou.

Conforme o PhD, pesquisas mostram que a terapia apresenta benefícios imprescindíveis para uma quantidade considerável de doenças graves como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, deterioração das funções cognitivas relacionadas com o envelhecimento e ou outras doenças neurodegenerativas, melhora a imunidade, entre outras.

“Alem delas, a terapia é beneficial para problemas ‘menores’, de menor escala, mas que causam desconforto e debilidades no dia-a-dia. O foco é trabalhar com nutrientes que se encontram no corpo de maneira natural e são extremamente necessárias para o organismo e que por razões diversas e individuais estão em uma quantidade insuficiente para uma boa saúde”, argumentou.

Fabiano aponta ainda que a medicina ortomolecular busca por meio de um tratamento natural o equilíbrio bioquímico do corpo, através uma dieta rica em vitaminas e mineral além de suplementos naturais, promovendo uma melhor saúde para mulher.

Com a ajuda de um profissional, também segundo ele, esse tratamento se mostra seguro e efetivo no alívio dos sintomas da menopausa e é imprescindível que profissionais de saúde compreendam essa fase de forma sistêmica, levando em consideração, os hábitos de vida e de alimentação, as especificidades dos sintomas apresentados e as experiências de mulheres nessa fase.

“Somente assim, com ações pontuais de prevenção, recuperação e promoção da saúde e bem-estar físico e neuropsíquico, será possível neuroeducar a mulher para essa fase. Visto que só assim, se conscientizando a respeito dessa etapa de vida é que encontram saída para agir diante dos sintomas apresentados de modo mais autônomo e tranquilo”, finalizou.



Dr. Fabiano de Abreu Agrela - diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.


Técnica baseada em inteligência artificial permite detectar a doença de Chagas usando imagens de celular


Pesquisadores brasileiros desenvolveram um algoritmo capaz de identificar o protozoário Trypanosoma cruzi em fotos de amostras de sangue obtidas com câmeras de dispositivos móveis. Método de baixo custo foi descrito na revista PeerJ e pode ser reproduzido (imagens: acervo dos pesquisadores)·          

 

Quando o imunologista Helder Nakaya visitou o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), em 2017, havia uma comoção porque um dos melhores microscopistas da entidade estava se aposentando à época. Com isso, grande parte daquele conhecimento que permitia identificar rapidamente e com precisão cepas do protozoário Leishmania se perderia.

“Fiquei intrigado achando um desperdício perder toda a expertise acumulada por décadas. Foi aí que começamos a pesquisar e tentar treinar o computador com a sabedoria do profissional para atuar na identificação de microrganismos e com baixo custo”, explica Nakaya à Agência FAPESP.

Cinco anos depois, um grupo de pesquisadores, sob a coordenação de Nakaya e do cientista Mauro César Cafundó de Morais, publicou o resultado de um estudo mostrando que é possível usar inteligência artificial para detectar o Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas, em imagens de amostras de sangue obtidas com celular e analisadas em microscópio óptico.

O algoritmo desenvolvido pelo grupo está disponível em artigo publicado sexta-feira (27/05) na revista científica PeerJ. A pesquisa recebeu apoio da FAPESP (projetos 20/12017-9 e 15/22308-2) e reuniu profissionais de várias áreas, desde biologia até matemática e computação.

“Conseguimos um bom resultado de aprendizagem da máquina. Tendo o algoritmo funcionado bem para doença de Chagas, ele poderá ser adaptado para outros propósitos que dependam de imagens, como análise de amostras de fezes, dermatologia e colposcopia”, diz Nakaya, que é pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein, da Plataforma Científica Pasteur-USP, do Instituto Todos pela Saúde e do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

Uma forma de diagnóstico da doença de Chagas é feita por microscopistas treinados que detectam os parasitas em amostras de sangue. Para isso, é preciso um microscópio profissional, que pode ser acoplado a uma câmera de alta resolução, mas isso muitas vezes deixa o método caro e de difícil acesso para pessoas de baixa renda.

Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das doenças tropicais negligenciadas (DTNs), a de Chagas é considerada uma condição infecciosa crônica, cuja prevenção está ligada ao modo de transmissão, ou seja, ao controle do inseto barbeiro. Isso demanda resposta das redes de atenção à saúde.

Endêmica em 21 países das Américas, a infecção pelo Trypanosoma cruzi afeta aproximadamente 6 milhões de pessoas, com incidência anual de 30 mil casos novos na região, levando, em média, a 14 mil mortes por ano. Além disso, estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas vivam em áreas de exposição ao barbeiro e corram o risco de contrair a doença.

No Brasil, mesmo com a tendência de queda das taxas de mortalidade, houve uma média de 4 mil óbitos a cada ano decorrentes da doença na última década.


‘Ensinando’ a máquina

Os pesquisadores desenvolveram uma abordagem de aprendizado do computador baseada na chamada random forest (floresta aleatória, em tradução livre), criando um algoritmo para detecção e contagem de tripomastigotas do Trypanosoma cruzi em imagens obtidas com a câmera de telefone celular. Os tripomastigotas são a forma morfológica do protozoário presente na fase extracelular e encontrada no sangue de pacientes com a doença aguda.

Foram analisadas micrografias de amostras de esfregaço de sangue registradas em imagens com uma resolução de 12 megapixels. Foi extraído um conjunto de parâmetros morfométricos (forma e tamanho), cor e medições de textura de 1.314 parasitas.

Nessa etapa, os cientistas João Santana SilvaPaola Minoprio e Ricardo Gazzinelli, especialistas em parasitas, ajudaram a “ensinar” a máquina a reconhecê-los, especialmente o Trypanosoma. Também colaboraram os pesquisadores da USP Roberto Marcondes César Jr. e Luciano da Fontoura Costa, especialistas em aprendizado de máquina e processamento de imagem.

Depois, as amostras foram divididas em conjuntos de treino e teste, e, então, classificadas usando o algoritmo random forest. Os resultados foram valores de precisão e de sensibilidade considerados altos – ficaram em 87,6% e 90,5%, respectivamente. Foi analisada a área sob a curva Característica de Operação do Receptor (curva ROC, na sigla em inglês), uma representação gráfica que ilustra o desempenho ou a performance de um sistema classificador binário à medida que o seu limiar de discriminação varia.

Assim, o grupo conseguiu automatizar a análise de imagens adquiridas com um dispositivo móvel, obtendo uma alternativa para reduzir custos e aumentar a eficiência no uso do microscópio óptico.

“A ideia é gerar imagem e analisá-la em microscópio que possa ser enviado a lugares remotos do Brasil para o próprio aplicativo dizer se é ou não doença de Chagas. Por isso é importante termos também um microscópio robusto e de baixo custo que possa automaticamente coletar as imagens”, complementa Nakaya.

Segundo o pesquisador, a proposta é deixar o algoritmo aberto para que a comunidade científica contribua com outros dados e recursos. Um dos desafios agora é conseguir microscópios de baixo custo, como o equipamento produzido em papel https://foldscope.com/ e inventado pelos cientistas Manu Prakash e Jim Cybulski, na Stanford University (Estados Unidos), mas que acabou não tendo resultados esperados na aplicação com os parasitas.

O artigo Automatic detection of the parasite Trypanosoma cruzi in blood smears using a machine learning approach applied to mobile phone images pode ser lido em: https://peerj.com/articles/13470/.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/tecnica-baseada-em-inteligencia-artificial-permite-detectar-a-doenca-de-chagas-usando-imagens-de-celular/38741/


Cuidados redobrados: proteja-se das doenças causadas pelo frio

 

Doenças de inverno

Médico alerta sobre o aumento dos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias nos meses mais gelados do ano 


Com a proximidade do inverno, é muito comum o aumento dos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias, as famosas "ites". Por isso, é preciso estar atento aos problemas para preveni-los. A primeira dica para amenizar os problemas causados pelo clima nesta época do ano é se atentar ao período de infecção. É o que explica o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital. 

“Se após cinco ou sete dias a pessoa apresentar os mesmos sintomas, podendo ser agravados por secreções amareladas ou esverdeadas no nariz e no ouvido ou pontos de inflamação e pus na garganta, é melhor procurar um médico”, aponta. "Nosso sistema respiratório é basicamente mucosa com cílios, que tem a função de eliminar possíveis invasores. Com o frio, esses pelinhos sofrem, e vírus e bactérias entram com mais facilidade no nosso corpo", explica o médico. 

Segundo o médico, é bom evitar lugares fechados e sem ventilação, já que eles concentram um número maior de micro-organismos, aumentando as chances de contágio. Por isso, não importa o local, seja ônibus, casa ou escritório, mesmo com as temperaturas mais baixas, é importante que haja ventilação. "Ao chegar em casa, lave o nariz com soro fisiológico. Ele ajuda a limpar a poluição das vias respiratórias e eliminar possíveis invasores que causam as doenças. Se o ar estiver seco, use um umidificador de ar ou uma toalha úmida no ambiente. Beba muita água, pois ela ajuda a prevenir as infecções", comenta. 

Para prevenção da gripe, existe ainda a possibilidade de vacina. Idosos com mais de 65 anos, grávidas e crianças com idade entre 6 meses e 2 anos devem ser vacinados. O médico lembra ainda que esse método de prevenção não é aconselhável a pessoas com alergia a albumina, proteína encontrada no ovo e usada em sua fabricação. "O inverno tende a trazer mais doenças, mas medidas simples podem ajudar no combate. Seja uma gripe ou resfriado, ou até mesmo uma rinite ou sinusite, tais cuidados ajudam no dia a dia do paciente", detalha o coordenador da equipe médica da Docway.

 

Dados mundiais 

Segundo estima a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,2 bilhão de pessoas tem risco elevado de contrair a gripe e suas complicações. Desse total, 385 milhões são idosos acima de 65 anos, 700 milhões de crianças e adultos com doenças crônicas e outros 140 milhões de crianças. Estudos demostraram que a vacina, no caso da gripe, pode reduzir em até 75% a mortalidade global. Quanto aos idosos que residem em lares especiais, a imunização pode diminuir em até 60% o risco de pneumonia e 68% o risco de internação. 

Vale lembrar que em 95% dos casos a gripe é causada por vírus, e apenas 5% por bactéria. Em determinado casos, a infecção por vírus pode acabar facilitando a infecção por bactéria, já que por conta da infecção há uma redução das defesas. "A vacina não causa gripe nos pacientes imunizados, mas leva de quatro a oito semanas para ter eficácia plena, por isso a pessoa que tomou a vacina pode chegar a ficar doente nesse período", completa o Dr. Aier Adriano Costa.


Tabagismo: como abandonar o hábito?

 Doença mata mais de 400 brasileiros por dia e é responsável por 25% de mortes por câncer no mundo, segundo Inca


O tabagismo é uma doença crônica que se origina da dependência à nicotina. O vício ainda é visto como um hábito cotidiano por muitos, mas não deve ser menosprezado. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco leva ao óbito 8 milhões de pessoas por ano, sendo mais de 7 milhões motivadas pelo seu uso frequente.

E não é só os usuários que sofrem. Estima-se também a morte de 1,2 milhão de pessoas não fumantes ao ano por conta da exposição ao fumo passivo.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) afirma que 25% das mortes por câncer no mundo são causadas pelo fumo. “A nicotina é altamente viciante e, quando associada ao aumento do estresse e ansiedade, potencializa o risco de doenças graves, como o câncer”, explica Dra. Beatriz Cavalheiro, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo SP Dr. Celso Padovesi, por sua vez, destaca que, além do câncer, os fumantes estão expostos a diversas patologias, como doenças cardiovasculares, osteoporose, catarata, úlceras do aparelho digestivo, impotência sexual, infertilidade, complicações na gravidez e problemas graves que afetam o sistema respiratório.

Trazendo o panorama para o Brasil, o Inca informa que 443 brasileiros morrem todos os dias por causa do tabagismo, o que mantém a prática como um problema de saúde pública no país.



Como parar de fumar e quais as mudanças que o corpo enfrenta?

Embora difícil, parar de fumar é possível. E, segundo os médicos do São Camilo, são inúmeras as vantagens adquiridas ao longo do processo, que podem atuar como importantes motivadores para largar o vício. Os especialistas descrevem o que muda no corpo quando a pessoa fica longe do cigarro por:

1 dia: os brônquios começam a limpar todos os resíduos deixados pelo fumo nas vias respiratórias, permitindo que os pulmões comecem a funcionar melhor.

3 meses: a função pulmonar melhora em até 30% e também há benefícios à circulação sanguínea.

1 ano: reduz pela metade o risco de desenvolver doenças cardíacas.

5 anos: o risco de AVC ou de morte por infarto cai consideravelmente.

10 anos: diminuem os riscos de câncer de boca, garganta, esôfago, pâncreas, rins e bexiga.

15 anos: o risco de câncer de pulmão torna-se o mesmo das pessoas não fumantes.

O pneumologista explica também que o coração do ex-fumante pode ter melhora significativa com o avanço dos anos longe do cigarro. “Uma pessoa que deixou de fumar há 15 anos tem os mesmos riscos de sofrer um infarto do que aquelas que nunca fumaram.” 



Dicas dos especialistas

Além de frisar os importantes benefícios conquistados a cada dia sem fumar, os médicos recomendam algumas medidas simples que podem ajudar o fumante a reduzir a quantidade de cigarros no dia a dia ou, até mesmo, parar completamente. Confira:



1. Torne o momento de fumar menos confortável

Dr. Celso afirma que parte do vício é alimentado pela associação criada no momento do fumo. Por isso, a recomendação é escolher uma postura e local diferentes, evitando estar relaxado e confortável.

 

2. Faça pequenas mudanças na rotina

Segundo a Dra. Beatriz, novos hábitos podem construir uma relação mais saudável com o corpo, reduzindo a procura pelo vício do cigarro. “O fumante tem costumes rotineiros e tende a fumar sempre nos mesmos momentos do dia, nos mesmos lugares e da mesma forma”, destaca. Assim, a dica da médica é inserir novas atividades na rotina, com ações que mudem o ritmo usual e ocupem a mente.


3. Vá aos poucos

Embora a decisão de parar de fumar precise ser definitiva, os fumantes que tiveram aumento no número de cigarros podem enfrentar picos de ansiedade e estresse durante a tentativa. A sugestão dos especialistas é criar um cronograma de redução de cigarros/dia, sempre seguindo as dicas anteriores para auxiliar no processo.


4. Atrase o primeiro cigarro

Essa dica está relacionada à anterior e pode ser importante para reduzir a quantidade de cigarros. A ideia é adiar o primeiro cigarro do dia em uma hora, progressivamente ao longo dos dias. “É importante que a pessoa estabeleça um prazo nesta etapa para que, ao final do período, consiga parar por completo”, explica a oncologista.

 

5. Procure apoio multiprofissional

Além do acompanhamento médico, que é crucial principalmente para pessoas que fumam há muitos anos e encontram mais dificuldade no processo de parar, acionar outros recursos neste momento também é importante.

“O suporte psicológico e social, através de grupos de apoio, por exemplo, tem efeitos muito positivos na luta contra o vício e atua, sobretudo, com atenção à saúde mental do paciente, fundamental para parar de fumar”, ressalta o pneumologista.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Estudo sobre puerpério revela que 40% das mulheres têm dificuldade em amamentar

 

A mãe gesta o bebê por nove meses, são três trimestres de conexão, e depois o ser único que formavam passam a ser dois. Duas pessoas entendendo como coabitar o mesmo espaço e ao mesmo tempo, como o amor da mãe passa da teoria e entra na prática dos cuidados de um recém-nascido? A amamentação é um cuidado primordial e garante a vida ao bebê que precisa se alimentar de alguma forma. A equação da amamentação não é exata, afinal foram três trimestres de amor, mas invariavelmente nenhum deles preparou os dois seres para a amamentação. 

 

O peito da mãe não é só alimento, é conexão, carinho e aconchego. É com o peito que as mães acalmam e nutrem seus bebês. É o leite que cala o choro e silencia a angústia. É lindo, mas não é fácil. O estudo realizado pela MindMiners com 1800 mães, grávidas e puérperas revela que conseguir amamentar é (ou era) o maior desejo de todas elas, isso fica claro com 94% delas amamentando por algum período de tempo, mesmo que 30% delas afirmam faltar informação sobre amamentação. 

 

Somente 12% das puérperas não tiveram nenhuma dificuldade para amamentar, e a maior dificuldade encontrada foi a dor - 48%, seguida por pega errada do bebê e vazamento de leite. Confira o ranking completo: 


Uma parcela significativa das puérperas, 40% precisaram de ajuda para amamentar e toda a dificuldade gerada é um dos principais motivos das mães oferecerem fórmula. Sendo assim, entre as puérperas, 50% dos bebês nunca tomou fórmula, 45% toma como complemento e 5% só tomou/ toma fórmula. Entre os motivos para o uso da fórmula, 45% usam para complementar a amamentação/introdução alimentar, 33% teve dificuldade em amamentar, 30% indicação do pediatra, 23% não produziu leite suficiente e 7% não queria amamentar. 

 

A oferta compartilhada de leite é uma realidade, 54% das puérperas costumam ou costumavam tirar leite por diversos motivos, entre a amostra 50% delas tem muito leite, 60% delas o fazem para que outra pessoa dê o leite para seus bebês em horários nos quais não estão em casa ou para poderem realizar outras atividades no momento da amamentação e quase 30% se previnem contra emergências estocando leite. 

 

 

MindMiners - empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital

Especialista do CEJAM alerta para danos físicos e sociais do tabagismo

Shutterstock
Tanto fumantes como não fumantes, expostos à fumaça do cigarro, estão suscetíveis a cerca de 4 mil compostos, sendo mais de 200 tóxicos e 40 cancerígenos 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o tabagismo como responsável por mais de 8 milhões de óbitos por ano no mundo. Considerado a principal causa de morte evitável no mundo, o cigarro é um fator de risco importante para o aparecimento de diversas doenças crônicas não-transmissíveis. 

Conforme a Dra. Luciana Defendi Navarrete, médica de Saúde da Família responsável pelo Grupo de Tabagismo da UBS Jardim São Bento, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, o vício, que na maioria das vezes é incentivado por influência de amigos, está relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50 patologias. 

“Fumar diminui consideravelmente a expectativa de vida de uma pessoa, uma vez que o cigarro possui substâncias que reduzem a quantidade de captação de oxigênio no organismo”, afirma. 

A especialista explica que o tabaco ainda aumenta os riscos de infarto e doenças cardiovasculares, pois propicia a formação de ateromas -- placas compostas por lipídeos e tecido fibroso nas artérias.  

Além disso, o cigarro é uma importante influência para a maioria dos cânceres e de doenças pulmonares, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e enfisema pulmonar. 

O Dia Mundial sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, foi criado pela OMS para alertar as pessoas sobre os riscos deste vício letal.

 

Danos sociais do tabagismo  

O tabagismo não é um vício que afeta apenas os fumantes diretos, já que pessoas não-fumantes que convivem com o hábito também podem sofrer com o problema. São os fumantes passivos.  

O cigarro pode aumentar a irritabilidade do nariz, ampliando as chances de inflamações e piorando os sintomas clínicos de doenças como asma, alergias respiratórias, rinites e sinusites.  

“O fumante passivo está exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos presentes na fumaça ambiental do tabaco, que contém praticamente a mesma composição da fumaça tragada pelo fumante. São cerca de 4 mil compostos, dos quais mais de 200 são tóxicos e cerca de 40 são cancerígenos”, reitera a médica.  

Por fim, tratando-se de um vício com danos sociais, a halitose -- ou mau hálito, como é popularmente conhecido -- pode ser agravada pelo hábito de fumar, causando situações desconfortáveis e constrangedoras.

 

Como deixar de fumar? 

Pessoas que têm o desejo de abandonar o cigarro podem encontrar apoio especializado e gratuito. O Programa Nacional de Cessação ao Tabaco, instituído pelo Ministério da Saúde em 2013, foi inserido na Atenção Básica, tornando as UBS responsáveis por assistir os pacientes tabagistas.  

“O primeiro e mais importante passo é ter o desejo e já estar planejando parar. Depois, é importante que o fumante agende uma consulta com o médico da família de sua região, para realizar os exames prévios que avaliarão se ele está apto a participar do grupo”, afirma Dra. Luciana. 

Nele, o participante recebe orientações sobre os malefícios do cigarro e apoio psicológico e comportamental, com vivências e exercícios físicos, que ajudarão na luta contra a abstinência. “O importante do grupo é que o ex-fumante não estará lutando sozinho.”  

Conforme a especialista, grande parte das doenças se inicia por uma má vivência e costumes herdados da comunidade e da família.  

“Precisamos aprender a ter qualidade de vida, buscando em primeiro lugar os sete remédios naturais: exercício físico, alimentação saudável, exposição ao sol, água em quantidade adequada, 8 horas de sono de qualidade, temperança e espiritualidade”, finaliza a médica.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” - entidade filantrópica e sem fins lucrativos. a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.


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