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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Cuidados redobrados: proteja-se das doenças causadas pelo frio

 

Doenças de inverno

Médico alerta sobre o aumento dos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias nos meses mais gelados do ano 


Com a proximidade do inverno, é muito comum o aumento dos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias, as famosas "ites". Por isso, é preciso estar atento aos problemas para preveni-los. A primeira dica para amenizar os problemas causados pelo clima nesta época do ano é se atentar ao período de infecção. É o que explica o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital. 

“Se após cinco ou sete dias a pessoa apresentar os mesmos sintomas, podendo ser agravados por secreções amareladas ou esverdeadas no nariz e no ouvido ou pontos de inflamação e pus na garganta, é melhor procurar um médico”, aponta. "Nosso sistema respiratório é basicamente mucosa com cílios, que tem a função de eliminar possíveis invasores. Com o frio, esses pelinhos sofrem, e vírus e bactérias entram com mais facilidade no nosso corpo", explica o médico. 

Segundo o médico, é bom evitar lugares fechados e sem ventilação, já que eles concentram um número maior de micro-organismos, aumentando as chances de contágio. Por isso, não importa o local, seja ônibus, casa ou escritório, mesmo com as temperaturas mais baixas, é importante que haja ventilação. "Ao chegar em casa, lave o nariz com soro fisiológico. Ele ajuda a limpar a poluição das vias respiratórias e eliminar possíveis invasores que causam as doenças. Se o ar estiver seco, use um umidificador de ar ou uma toalha úmida no ambiente. Beba muita água, pois ela ajuda a prevenir as infecções", comenta. 

Para prevenção da gripe, existe ainda a possibilidade de vacina. Idosos com mais de 65 anos, grávidas e crianças com idade entre 6 meses e 2 anos devem ser vacinados. O médico lembra ainda que esse método de prevenção não é aconselhável a pessoas com alergia a albumina, proteína encontrada no ovo e usada em sua fabricação. "O inverno tende a trazer mais doenças, mas medidas simples podem ajudar no combate. Seja uma gripe ou resfriado, ou até mesmo uma rinite ou sinusite, tais cuidados ajudam no dia a dia do paciente", detalha o coordenador da equipe médica da Docway.

 

Dados mundiais 

Segundo estima a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,2 bilhão de pessoas tem risco elevado de contrair a gripe e suas complicações. Desse total, 385 milhões são idosos acima de 65 anos, 700 milhões de crianças e adultos com doenças crônicas e outros 140 milhões de crianças. Estudos demostraram que a vacina, no caso da gripe, pode reduzir em até 75% a mortalidade global. Quanto aos idosos que residem em lares especiais, a imunização pode diminuir em até 60% o risco de pneumonia e 68% o risco de internação. 

Vale lembrar que em 95% dos casos a gripe é causada por vírus, e apenas 5% por bactéria. Em determinado casos, a infecção por vírus pode acabar facilitando a infecção por bactéria, já que por conta da infecção há uma redução das defesas. "A vacina não causa gripe nos pacientes imunizados, mas leva de quatro a oito semanas para ter eficácia plena, por isso a pessoa que tomou a vacina pode chegar a ficar doente nesse período", completa o Dr. Aier Adriano Costa.


Tabagismo: como abandonar o hábito?

 Doença mata mais de 400 brasileiros por dia e é responsável por 25% de mortes por câncer no mundo, segundo Inca


O tabagismo é uma doença crônica que se origina da dependência à nicotina. O vício ainda é visto como um hábito cotidiano por muitos, mas não deve ser menosprezado. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco leva ao óbito 8 milhões de pessoas por ano, sendo mais de 7 milhões motivadas pelo seu uso frequente.

E não é só os usuários que sofrem. Estima-se também a morte de 1,2 milhão de pessoas não fumantes ao ano por conta da exposição ao fumo passivo.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) afirma que 25% das mortes por câncer no mundo são causadas pelo fumo. “A nicotina é altamente viciante e, quando associada ao aumento do estresse e ansiedade, potencializa o risco de doenças graves, como o câncer”, explica Dra. Beatriz Cavalheiro, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo SP Dr. Celso Padovesi, por sua vez, destaca que, além do câncer, os fumantes estão expostos a diversas patologias, como doenças cardiovasculares, osteoporose, catarata, úlceras do aparelho digestivo, impotência sexual, infertilidade, complicações na gravidez e problemas graves que afetam o sistema respiratório.

Trazendo o panorama para o Brasil, o Inca informa que 443 brasileiros morrem todos os dias por causa do tabagismo, o que mantém a prática como um problema de saúde pública no país.



Como parar de fumar e quais as mudanças que o corpo enfrenta?

Embora difícil, parar de fumar é possível. E, segundo os médicos do São Camilo, são inúmeras as vantagens adquiridas ao longo do processo, que podem atuar como importantes motivadores para largar o vício. Os especialistas descrevem o que muda no corpo quando a pessoa fica longe do cigarro por:

1 dia: os brônquios começam a limpar todos os resíduos deixados pelo fumo nas vias respiratórias, permitindo que os pulmões comecem a funcionar melhor.

3 meses: a função pulmonar melhora em até 30% e também há benefícios à circulação sanguínea.

1 ano: reduz pela metade o risco de desenvolver doenças cardíacas.

5 anos: o risco de AVC ou de morte por infarto cai consideravelmente.

10 anos: diminuem os riscos de câncer de boca, garganta, esôfago, pâncreas, rins e bexiga.

15 anos: o risco de câncer de pulmão torna-se o mesmo das pessoas não fumantes.

O pneumologista explica também que o coração do ex-fumante pode ter melhora significativa com o avanço dos anos longe do cigarro. “Uma pessoa que deixou de fumar há 15 anos tem os mesmos riscos de sofrer um infarto do que aquelas que nunca fumaram.” 



Dicas dos especialistas

Além de frisar os importantes benefícios conquistados a cada dia sem fumar, os médicos recomendam algumas medidas simples que podem ajudar o fumante a reduzir a quantidade de cigarros no dia a dia ou, até mesmo, parar completamente. Confira:



1. Torne o momento de fumar menos confortável

Dr. Celso afirma que parte do vício é alimentado pela associação criada no momento do fumo. Por isso, a recomendação é escolher uma postura e local diferentes, evitando estar relaxado e confortável.

 

2. Faça pequenas mudanças na rotina

Segundo a Dra. Beatriz, novos hábitos podem construir uma relação mais saudável com o corpo, reduzindo a procura pelo vício do cigarro. “O fumante tem costumes rotineiros e tende a fumar sempre nos mesmos momentos do dia, nos mesmos lugares e da mesma forma”, destaca. Assim, a dica da médica é inserir novas atividades na rotina, com ações que mudem o ritmo usual e ocupem a mente.


3. Vá aos poucos

Embora a decisão de parar de fumar precise ser definitiva, os fumantes que tiveram aumento no número de cigarros podem enfrentar picos de ansiedade e estresse durante a tentativa. A sugestão dos especialistas é criar um cronograma de redução de cigarros/dia, sempre seguindo as dicas anteriores para auxiliar no processo.


4. Atrase o primeiro cigarro

Essa dica está relacionada à anterior e pode ser importante para reduzir a quantidade de cigarros. A ideia é adiar o primeiro cigarro do dia em uma hora, progressivamente ao longo dos dias. “É importante que a pessoa estabeleça um prazo nesta etapa para que, ao final do período, consiga parar por completo”, explica a oncologista.

 

5. Procure apoio multiprofissional

Além do acompanhamento médico, que é crucial principalmente para pessoas que fumam há muitos anos e encontram mais dificuldade no processo de parar, acionar outros recursos neste momento também é importante.

“O suporte psicológico e social, através de grupos de apoio, por exemplo, tem efeitos muito positivos na luta contra o vício e atua, sobretudo, com atenção à saúde mental do paciente, fundamental para parar de fumar”, ressalta o pneumologista.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Estudo sobre puerpério revela que 40% das mulheres têm dificuldade em amamentar

 

A mãe gesta o bebê por nove meses, são três trimestres de conexão, e depois o ser único que formavam passam a ser dois. Duas pessoas entendendo como coabitar o mesmo espaço e ao mesmo tempo, como o amor da mãe passa da teoria e entra na prática dos cuidados de um recém-nascido? A amamentação é um cuidado primordial e garante a vida ao bebê que precisa se alimentar de alguma forma. A equação da amamentação não é exata, afinal foram três trimestres de amor, mas invariavelmente nenhum deles preparou os dois seres para a amamentação. 

 

O peito da mãe não é só alimento, é conexão, carinho e aconchego. É com o peito que as mães acalmam e nutrem seus bebês. É o leite que cala o choro e silencia a angústia. É lindo, mas não é fácil. O estudo realizado pela MindMiners com 1800 mães, grávidas e puérperas revela que conseguir amamentar é (ou era) o maior desejo de todas elas, isso fica claro com 94% delas amamentando por algum período de tempo, mesmo que 30% delas afirmam faltar informação sobre amamentação. 

 

Somente 12% das puérperas não tiveram nenhuma dificuldade para amamentar, e a maior dificuldade encontrada foi a dor - 48%, seguida por pega errada do bebê e vazamento de leite. Confira o ranking completo: 


Uma parcela significativa das puérperas, 40% precisaram de ajuda para amamentar e toda a dificuldade gerada é um dos principais motivos das mães oferecerem fórmula. Sendo assim, entre as puérperas, 50% dos bebês nunca tomou fórmula, 45% toma como complemento e 5% só tomou/ toma fórmula. Entre os motivos para o uso da fórmula, 45% usam para complementar a amamentação/introdução alimentar, 33% teve dificuldade em amamentar, 30% indicação do pediatra, 23% não produziu leite suficiente e 7% não queria amamentar. 

 

A oferta compartilhada de leite é uma realidade, 54% das puérperas costumam ou costumavam tirar leite por diversos motivos, entre a amostra 50% delas tem muito leite, 60% delas o fazem para que outra pessoa dê o leite para seus bebês em horários nos quais não estão em casa ou para poderem realizar outras atividades no momento da amamentação e quase 30% se previnem contra emergências estocando leite. 

 

 

MindMiners - empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital

Especialista do CEJAM alerta para danos físicos e sociais do tabagismo

Shutterstock
Tanto fumantes como não fumantes, expostos à fumaça do cigarro, estão suscetíveis a cerca de 4 mil compostos, sendo mais de 200 tóxicos e 40 cancerígenos 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o tabagismo como responsável por mais de 8 milhões de óbitos por ano no mundo. Considerado a principal causa de morte evitável no mundo, o cigarro é um fator de risco importante para o aparecimento de diversas doenças crônicas não-transmissíveis. 

Conforme a Dra. Luciana Defendi Navarrete, médica de Saúde da Família responsável pelo Grupo de Tabagismo da UBS Jardim São Bento, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, o vício, que na maioria das vezes é incentivado por influência de amigos, está relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50 patologias. 

“Fumar diminui consideravelmente a expectativa de vida de uma pessoa, uma vez que o cigarro possui substâncias que reduzem a quantidade de captação de oxigênio no organismo”, afirma. 

A especialista explica que o tabaco ainda aumenta os riscos de infarto e doenças cardiovasculares, pois propicia a formação de ateromas -- placas compostas por lipídeos e tecido fibroso nas artérias.  

Além disso, o cigarro é uma importante influência para a maioria dos cânceres e de doenças pulmonares, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e enfisema pulmonar. 

O Dia Mundial sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, foi criado pela OMS para alertar as pessoas sobre os riscos deste vício letal.

 

Danos sociais do tabagismo  

O tabagismo não é um vício que afeta apenas os fumantes diretos, já que pessoas não-fumantes que convivem com o hábito também podem sofrer com o problema. São os fumantes passivos.  

O cigarro pode aumentar a irritabilidade do nariz, ampliando as chances de inflamações e piorando os sintomas clínicos de doenças como asma, alergias respiratórias, rinites e sinusites.  

“O fumante passivo está exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos presentes na fumaça ambiental do tabaco, que contém praticamente a mesma composição da fumaça tragada pelo fumante. São cerca de 4 mil compostos, dos quais mais de 200 são tóxicos e cerca de 40 são cancerígenos”, reitera a médica.  

Por fim, tratando-se de um vício com danos sociais, a halitose -- ou mau hálito, como é popularmente conhecido -- pode ser agravada pelo hábito de fumar, causando situações desconfortáveis e constrangedoras.

 

Como deixar de fumar? 

Pessoas que têm o desejo de abandonar o cigarro podem encontrar apoio especializado e gratuito. O Programa Nacional de Cessação ao Tabaco, instituído pelo Ministério da Saúde em 2013, foi inserido na Atenção Básica, tornando as UBS responsáveis por assistir os pacientes tabagistas.  

“O primeiro e mais importante passo é ter o desejo e já estar planejando parar. Depois, é importante que o fumante agende uma consulta com o médico da família de sua região, para realizar os exames prévios que avaliarão se ele está apto a participar do grupo”, afirma Dra. Luciana. 

Nele, o participante recebe orientações sobre os malefícios do cigarro e apoio psicológico e comportamental, com vivências e exercícios físicos, que ajudarão na luta contra a abstinência. “O importante do grupo é que o ex-fumante não estará lutando sozinho.”  

Conforme a especialista, grande parte das doenças se inicia por uma má vivência e costumes herdados da comunidade e da família.  

“Precisamos aprender a ter qualidade de vida, buscando em primeiro lugar os sete remédios naturais: exercício físico, alimentação saudável, exposição ao sol, água em quantidade adequada, 8 horas de sono de qualidade, temperança e espiritualidade”, finaliza a médica.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” - entidade filantrópica e sem fins lucrativos. a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.


Queda de temperatura aumenta as dores, mas é possível fugir delas

Os dias de extremo frio e a queda brusca de temperatura aumenta as dores articulares e musculares e na coluna lombar. Mas, é possível minimiza-las com algumas dicas dos médicos ortopedistas Dr. Pedro Baches Jorge e Dr. Bruno Takasaki Lee, ambos de SP.

 

“Quando a temperatura cai é inevitável sentir incômodo ou mal-estar que tende a enrijecer os músculos e ficar mais encolhido para tentar diminuir a sensação dos dias mais frios. Isso pode gerar tensão muscular, contraturas, má circulação ou mal-estar”, explica Dr. Pedro. 

“Quando acontece a postura de contração dos músculos dos braços, há um aumento da curvatura fisiológica da coluna dorsal (corcunda) e anteriorização da coluna, desta forma fica mais fácil manter o corpo aquecido", esclarece. Mas, essa contração muscular involuntária deixa as articulações e músculos mais rígidos, facilitando as inflamações de músculos e nervos. Além disso, a circulação sanguínea diminui nesses dias mais frios, para que o organismo consiga preservar a temperatura por volta de 36,5 graus centígrados. “Em consequência, há também uma diminuição na circulação dos músculos, piorando as dores de origem muscular, pois eles permanecem em estado contrátil por mais tempo", relata. 

Dr. Bruno explica que a temperatura que cai em um espaço muito curto de tempo também têm impacto sobre as articulações, já que o esfriamento do corpo torna o líquido sinuvial mais espesso, que pode prejudicar movimentos e gerar incômodos.  

E ainda temos um agravante: com a temperatura mais baixa, as pessoas tendem a ficar paradas e abandonar as atividades físicas, e se esquecem que esse é o principal ponto para não sentir dores nesta época do ano. Isso porque, os exercícios ajudam a diminuir a sensibilidade à dor.  

A seguir, Dr. Lee lista algumas dicas para encarar esse tempo maluco sem dor e com mais disposição:  

Agasalhe-se corretamente mesmo estando no Verão e não acreditando nos dias mais frios. Manter o corpo aquecido é fundamental. Para sentir-se aquecido, o ideal é cobrir as extremidades do corpo: pés, punhos, mãos, pescoço e cabeça;  

  • Espreguiçar-se quando acorda, é uma forma de despertar o corpo e alongar-se para evitar as dores e a contração dos músculos e para ajudar as articulações a se manterem lubrificadas não pule essa etapa do dia;
  • Quem tem fraturas antigas que voltam a doer com a temperatura mais baixa ou doenças ósseas degenerativas pode recorrer a sessões de fisioterapia como estratégia para aliviar os incômodos;
  • Faça massagens, elas ajudam a estimular a circulação e a destravar a musculatura enrijecida, aliviando as dores;
  • Bolsas de água quente podem trazer alívio imediato para dores musculares, sequelas de fraturas ou desconfortos provocados por artrose, artrite e fibromialgia. A aplicação local de calor estimula a circulação e relaxa os músculos. Nas dores crônicas e sem edema, use compressas quentes. Já nas dores agudas com edema se deve fazer uma compressa fria ou aliar a fria e quente. Faça isso entre 20 e 30 minutos. 



Dr. Pedro Baches Jorge - CRM 117.484 - Ortopedista Especialista em Joelho e Medicina Esportiva. Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é especialista em Cirurgia do Joelho e Oncologia Ortopédica, Medicina Esportiva e Artroscopia. É responsável pelo Núcleo de Medicina do Joelho da Clínica SOU, Mestre e Doutorando em Ortopedia pela Santa Casa de São Paulo e também membro de seu Grupo de Trauma Esportivo, é membro do corpo clínico e membro cofundador do Núcleo de Medicina Esportiva do Hospital Sírio Libanês, Diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE) e também membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.

Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM: 120.229 - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo. Médico formado e Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés. Esta nova técnica, em sua
 opinião, revolucionou e continuará revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.



Automedicação? Conheça os riscos à saúde desse perigoso hábito

Especialista do Hospital HSANP explica que remédios sem prescrição podem mascarar doenças graves, além de provocar intoxicação e até mesmo a morte

 

Embora seja desaconselhada por qualquer profissional ou órgão de saúde, a automedicação já se tornou um hábito em nosso país. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, 77% dos brasileiros usam remédios sem nenhum tipo de prescrição ou orientação médica. O que talvez essas não saibam, porém, é que um frasco ou comprimido esquecido no armário pode ser responsável por uma intoxicação medicamentosa, além de mascarar sintomas de doenças mais graves, alergias e patologias. 

Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que aproximadamente 10% das internações hospitalares são provocadas por reações a remédios ingeridos de maneira indevida. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), as drogas para dor, febre e inflamações lideram o ranking dos causadores de intoxicação medicamentosa. 

“O uso indiscriminado de medicamentos antigripais, por exemplo, pode levar ao comprometimento cardiovascular em pacientes suscetíveis, o que pode gerar imediatamente picos hipertensivos, arritmias cardíacas, risco de derrames, infartos e até mesmo a morte”, alerta Vanessa de Araújo Cassimiro, supervisora da farmácia do Hospital HSANP. 

A especialista lembra que receitar medicamentos não é tarefa para qualquer um. “Necessita de estudo, experiência e, principalmente, de responsabilidade. Caso esteja com alguma dor ou sintoma, a orientação de um profissional habilitado é o melhor a fazer por você e pela sua família, pois as consequências podem ser enormes”, aponta. 

A supervisora da farmácia do Hospital HSANP lista os principais riscos provocados pela automedicação: 

Mascaramento de doenças graves e evolutivas: “Quando o paciente recorre à automedicação, o intuito geralmente é diminuir algum sinal indesejável. Mas esses sintomas, na verdade, são um alerta de que o organismo está entrando em sofrimento por algum fator. O remédio utilizado sem auxílio médico pode mascarar o motivo pelo qual o organismo está entrando em sofrimento, podendo agravar uma doença e diminuir as chances de cura”.

Resistência microbiana: “Há classes de medicamentos que, quando usadas em demasia, causam dependência. Esta dependência faz com que, cada vez mais, sejam necessárias dosagens mais altas para obter o efeito desejado. Os antibióticos usados indiscriminadamente criam resistência. Ou seja, é formada uma memória de defesa à formulação do medicamento, que deixa de surtir efeito”. 

Interações medicamentosas: “Alguns fármacos interagem entre si, o que pode potencializar ou anular o efeito um do outro. Por isso, quem já toma algum remédio contínuo deve ter cuidado redobrado”.

 

HSANP - Hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo


Consumo de cigarro favorece o aparecimento do câncer de pulmão

O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo alertar a sociedade sobre as doenças e mortes que podem ser causadas e relacionadas ao tabagismo. Ao todo são, aproximadamente, cerca de 50 enfermidades, como: vários tipos de câncer (pulmão, esôfago, fígado, estômago, leucemia, colo de útero, entre outros), enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias e doenças cardiovasculares. E, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), com o advento do cigarro eletrônico, que tem se popularizado entre os jovens, o número de fumantes no Brasil pode aumentar nos próximos anos. 


O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, segundo dados do INCA. Além do consumo de tabaco, a exposição à poluição do ar, pneumonia recorrente, doenças pulmonares obstrutivas e fatores genéticos favorecem o aparecimento desse tipo de tumor. O médico oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), Gustavo Gouveia, aponta que a idade avançada também é um fator de risco. “A doença, geralmente, afeta pessoas entre 50 e 70 anos. É um público que já foi exposto por mais tempo a um ar de pouca qualidade e que está mais propenso ao surgimento de mais enfermidades”, comenta. “Porém, com o crescimento do uso do cigarro eletrônico, os jovens também estão se tornando um alvo mais fácil para o surgimento do câncer”. 


O médico aponta que os sintomas da doença costumam aparecer quando ela já está em um estado mais avançado. “Os pacientes precisam ficar atentos a dores no peito, tosse persistente, rouquidão, falta de ar, fadiga, infecções pulmonares recorrentes, entre outros”, afirma. “Se diagnosticado em um estágio inicial, o tratamento pode ser mais efetivo”. 


Além de não fumar e evitar o tabagismo passivo, manter uma alimentação balanceada e uma rotina de exercícios também ajudam a prevenir a doença. “É importante cuidar de todos os campos da saúde e aliar esses dois pontos aos exames e consultas de rotina, com ou sem sintomas”, finaliza Gustavo. 

 

 


ICB   - Instituto de Câncer de Brasília - referência no setor de saúde da Capital Federal.


Maternidade de Campinas orienta sobre cuidados com bebês para evitar internações

Preocupada com a lotação dos leitos de UTI (Unidade de terapia Intensiva) e de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) Neonatal e com o aumento da incidência das doenças respiratórias no inverno, a instituição recomenda às mães que redobrem a atenção com os bebês para evitar que adoeçam.

 

A superlotação dos leitos (Unidade de terapia Intensiva) e de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) somada ao aumento da frequência dos casos de infecções virais respiratórias – responsáveis por atacar o nariz, a garganta e os pulmões –, principalmente no outono e no inverno, preocupam os pediatras e gestores dos hospitais, que alertam sobre a necessidade de redobrar os cuidados com os bebês a fim de evitar que adoeçam.

Tanto a UTI quanto a UCI Neonatal do Hospital Maternidade de Campinas têm registrado mais de 100% de ocupação nos últimos meses. Por isso, a Maternidade faz o alerta na tentativa de evitar as internações. As medidas de prevenção são simples, entre elas, evitar o contato dos bebês com pessoas que apresentem sintomas até de um simples resfriado e manter a boa higienização da casa, evitar aglomerações, manter o uso de máscaras de proteção e a lavagem e o uso de álcool em gel nas mãos, protegê-las do vento e mantê-las hidratadas.

O vírus sincicial respiratório, que geralmente é inofensivo para crianças maiores de dois anos e para os adultos, pode ser perigoso para recém-nascidos. “Por isso, nesta época do ano, principalmente, é importante que os pais evitem até mesmo receber visitas de parentes e amigos que desejam conhecer o bebê”, aconselha o pediatra Dr. Rogério Manuel Duarte Nogueira, diretor do Hospital Maternidade de Campinas. De acordo com o médico, é essencial manter o calendário de vacinação atualizado e muito recomendável que as grávidas e as crianças entre seis meses e cincos anos de idade tomem a vacina contra a gripe e contra a covid-19, disponíveis na rede pública”, orienta. 


                                   

Resfriado x gripe

Resfriado e gripe são as doenças mais comuns nesta época do ano e que podem afetar as vias respiratórias. Apesar de, muitas vezes, serem confundidas e compartilharem dos sintomas iniciais – nariz entupido e dores no corpo –, trata-se de duas infecções distintas. O resfriado pode ser desencadeado por várias espécies diferentes de vírus e provoca, no máximo, dores leves, tosse, espirros e coriza nasal. Já a gripe é causada por um vírus específico (influenza) e se diferencia principalmente pelos sintomas que aparecem a médio prazo: dores mais intensas do que nos resfriados, náuseas, febre, congestionamento das vias respiratórias e comprometimento do sistema imunológico. É importante estar atento à gripe, uma vez que, ao comprometer o sistema imunológico, ela pode abrir espaço para problemas mais graves, como a pneumonia.

Outra preocupação é com a bronquiolite viral que, embora provoque sintomas semelhantes aos do resfriado ou da gripe, nos bebês ela pode evoluir e provocar inflamação das vias aéreas do pulmão. “Essa inflamação pode ser identificada pelo “chiado” no peito, similar ao de crianças com asma, e pela dificuldade respiratória. Dependendo da gravidade, pode exigir até a internação das crianças em Unidades de Terapia Intensiva”, explica o pediatra.


Orientações básicas

Uma das orientações mais importantes é que as pessoas com o menor sintoma de gripe, resfriado ou doenças respiratórias evitem o contato com as crianças. Caso não seja possível – se os pais ou irmãos estiverem doentes, por exemplo – recomenda-se o uso de máscaras dentro de casa. É necessário, também, que todos lavem bem as mãos com maior frequência, principalmente ao chegar rua e antes de pegar ou tocar nos bebês. Mesmo as crianças maiores com infecções respiratórias não devem ter contato com outras para evitar uma possível transmissão da doença. Além disso, elas necessitam de repouso e cuidados para a recuperação mais rápida.

É aconselhável que o acompanhamento médico, quando a criança apresentar quaisquer dos sintomas da gripe ou resfriado, seja feito no Centro de Saúde ou em consultórios, evitando-se os prontos-socorros para reduzir o risco do contato das crianças com pessoas que estão ali pelos mais variados problemas de saúde.


Em casa

A casa e os quartos das crianças devem estar sempre limpos e arejados. É preciso ficar atento aos brinquedos de pelúcia, tapetes, cortinas, protetores de berço e almofadas entre outros, que acumulam poeira e, consequentemente, concentram ácaros, grandes causadores de alergias respiratórias. Animais de estimação devem ficar longe das crianças. O leite materno é o alimento ideal para o bebê e deve ser mantido de forma exclusiva até os seis meses de idade. Depois, até os dois anos de idade, recomenda-se o aleitamento juntamente com comidas saudáveis. O leite funciona como uma vacina e protege a criança de infecções respiratórias, visto que contém os anticorpos da mãe.

Outo alerta é garantir que ninguém fume nos cômodos da casa, pois a fumaça do cigarro irrita as vias respiratórias das crianças. Também é aconselhável umidificar os ambientes – para diminuir as irritações da pele e mucosa dos olhos, nariz e vias respiratórias –, lavar o nariz com soro fisiológico, principalmente em caso de coriza ou obstrução nasal e oferecer bastante água, a fim de hidratar o corpo e eliminar secreções.


Alimentação como aliada para abandonar o cigarro

 

Adobe Stock

No dia mundial sem tabaco, nutricionista explica quais alimentos são benéficos e prejudiciais para aqueles que desejam dar o primeiro passo para se livrar do vício


Criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial sem Tabaco acontece em 31 de maio e busca promover a conscientização da população sobre os malefícios do cigarro para a saúde. Tudo indica que tem funcionado e que o hábito vem perdendo força no Brasil nos últimos anos -- dados levantados pelo Vigitel mostram que, em 2021, apenas 9,1% da população fumava, contra 15,6% de 2006 -, mesmo assim, cerca de 22 milhões de pessoas ainda são fumantes. 

Cientes dos prejuízos que a prática proporciona, como dentes amarelados, mau hálito, problemas pulmonares e diversos tipos de câncer, os fumantes têm se conscientizado sobre a questão e desejado, cada vez mais, se livrar do vício. Mas, além dos famosos adesivos de nicotina junto à prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada se mostra como uma importante aliada nessa missão. Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, explica que a eficácia de uma alimentação balanceada não pode ser negligenciada na luta contra o tabagismo: 

“Certos alimentos têm efeito bloqueador da vontade de fumar, e adotá-los em sua dieta pode ser uma ótima maneira de largar o cigarro de forma gradativa, gerando, consequentemente, menos estresse, ansiedade e as famosas recaídas”. 

Segundo a nutricionista, as primeiras semanas são cruciais, já que são nelas que se sente de forma mais intensa a abstinência da nicotina. Para estes momentos, ela indica o consumo de alimentos que proporcionam sensação de bem-estar e auxiliam na redução da ansiedade. As bananas são conhecidas por possuírem altos índices de vitamina B6, além de contarem com o aminoácido triptofano, responsável pela produção de serotonina e a consequente diminuição do estresse. Chocolate, grão de bico, peixes e laticínios são outros bons exemplos. 

O tomate, por sua vez, auxilia na missão graças a um fato curioso: ele e as plantas de tabaco são da mesma família, sendo conhecida também como o grupo de “solanáceas”. Por isso, a fruta contém uma pequena quantidade de nicotina, que auxilia na redução do cigarro. Seu consumo é recomendado, principalmente, por meio de sucos -- para uma maior absorção de nutrientes -, mas ele também pode ser consumido cru, em saladas e molhos. 

Outra dica valiosa, como aponta a profissional, é investir em hábitos que possam substituir o antigo (de ter o cigarro à mão). Cenoura e aipo cortados em palitos são boas opções para os momentos em que o desejo de fumar aparece, tanto pela fixação oral que o cigarro proporciona, quanto pelo hábito de segurá-lo entre os dedos. Pode parecer simples, mas por replicar a mecânica corporal de fumar, o ato deve acalmar os nervos nos momentos mais cruciais. Chicletes sem açúcar também podem servir de “muleta” nestes momentos. 

Por último, Júlia Canabarro explica que dois itens devem ser evitados ao máximo quando o abandono progressivo do cigarro estiver sendo feito: álcool e café. Ambas as bebidas estão diretamente ligadas ao costume de fumar e, por isso, podem ser “gatilhos” para os tabagistas que veem dificuldade em as desvencilhar do hábito. “Para sua substituição nos primeiros meses, o consumo de chás e, principalmente, água é muito indicado. Conhecida por ser um desintoxicante natural e acalmar o organismo, contar com uma garrafinha de água para levar durante o dia pode ser uma boa válvula de escape”, explica a profissional. 

“O tabagismo é uma doença séria e deve ser tratada como tal. Para aqueles que desejam parar de fumar, indico o acompanhamento médico e nutricional, além da prática de exercícios físicos. Esses profissionais da saúde têm o conhecimento para guiar seus pacientes durante a transição e os ajudar a evitar consequências que a falta de nicotina pode trazer, como o ganho de peso e o consumo compulsivo de comida. Não tenha medo: procurar ajuda é a parte mais difícil, mas quando feito, o abandono do cigarro só proporciona benefícios a curto, médio e longo prazo”, finaliza.


ESET alerta usuários do Android sobre novo malware bancário

Mais de 460 aplicativos de instituições financeiras foram atingidos, entre softwares de bancos, carteiras digitais e de criptomoedas


O malware bancário EMARC 2.0, voltado para dispositivos Android, está disponível em fóruns clandestinos para venda desde março deste ano e já atingiu cerca de 460 aplicativos ao redor do mundo, de acordo com nova pesquisa divulgada pela ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças. Por meio deste código malicioso, criminosos estão roubando dados de vítimas em aplicativos de finanças e criptomoedas. 

 

O Brasil é o país com o maior número de ataques de malware em toda a América Latina, com 19% de todas as ameaças detectadas na região. A segurança dos dados tem sido realmente o foco de debates em todas as esferas sociais e os brasileiros estão cada vez mais preocupados com o futuro das informações sensíveis. Exemplo disso, é o que aponta a 7ª edição da pesquisa FEBRABAN, com um terço dos 3 mil entrevistados afirmando que acreditam estar menos seguros nos últimos cinco anos.

 

De acordo com a mesma pesquisa, 86% dos brasileiros têm medo de serem vítimas de fraudes ou terem seus dados violados, e cerca de 33% acreditam que estão menos seguros quando se trata da proteção das suas informações pessoais. Pensando nisso, a ESET preparou algumas dicas para ajudar os usuários a terem mais segurança em suas operações bancárias, principalmente em ambientes online: 

  • Utilize um equipamento confiável - dê preferência para dispositivos próprios ao invés de acessar por meio de aparelhos de outras pessoas ou até mesmo de acesso público. Além de se colocar na posição de controle dos seus dados, será mais fácil para identificar quando ocorrer alguma atividade suspeita;
  • Não utilize qualquer rede WiFi - não são todas as conexões que oferecem um grau de segurança recomendável, principalmente em espaços públicos. Preferencialmente, use uma rede 3G ou 4G. Caso não tenha essa opção, busque utilizar uma rede privada virtual (VPN), que permitirá a criptografia das informações;
  • Instale as últimas atualizações - sistemas desatualizados servem como porta de entrada para criminosos conseguirem acessar dados e também infectarem seus dispositivos. Muitos sistemas operacionais e aplicativos contam com a atualização automática, que você pode configurar para não correr risco de deixar sua proteção em segundo plano;
  • Crie senhas seguras - utilize caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas, dando prioridade para uma senha exclusiva ao serviço bancário;
  • Use dupla autenticação - habilite o segundo fator de autenticação no seu dispositivo, caso este seja um recurso oferecido pelo seu banco. Esta é uma forma de verificar se é realmente você que está tentando o acesso a sua conta;
  • Desconfie de e-mails e ligações para confirmação de dados - os criminosos podem se passar por funcionários de bancos e, desta forma, conseguir que você passe informações como números de cartões e senhas de contas. Em caso de dúvida, o ideal é sempre ligar para os números oficiais ou ir presencialmente à sua agência;
  • Use o botão “desconectar” - ao terminar de realizar as transações em sua conta, desconecte-se da sessão, isto pode dificultar o acesso de cibercriminosos à sua conta online;

 

“Caso você esteja preocupado que seu dispositivo Android tenha sido comprometido por algum tipo de malware, alguns sinais podem ser indicativos, como o fato da sua bateria descarregar rapidamente, a existência de pop-ups de publicidade ou aplicativos que aparecem em seu aparelho sem você ter instalado. Para reforçar a proteção, o recomendado é que você instale um programa de segurança confiável e atualizado, e esteja atento às últimas notícias de segurança cibernética”, acrescenta Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET.

 

Para saber mais sobre segurança da informação, visite o portal de notícias da ESET: https://www.welivesecurity.com/br/

 

Por outro lado, a ESET convida você a conhecer o Conexão Segura, seu podcast para descobrir o que está acontecendo no mundo da segurança da informação. Para ouvir, acesse: 

https://open.spotify.com/show/61ScjrHNAs7fAYrDfw813J?si=242e542c107341a7&nd=1

 

ESET®

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Fila para automóveis segue longa, mas consumidor não quer esperar

Crise de insumos ainda não está resolvida; estudo de mercado mostra que compradores não estão dispostos a esperar por veículos


Em 2021, Marian Trigueiros, 40 anos, decidiu trocar de carro. Até o início de 2020, ela tinha usado um Ford Ka 2012, vendido no início da pandemia. Depois de passar quase um ano e meio sem carro, estava disposta a investir, agora, em um Onix. Mas a longa fila de espera pelo modelo escolhido na cor desejada fez com que a jornalista desistisse da tão sonhada troca. Quando ela procurou a concessionária, em outubro de 2021, foi avisada de que o novo veículo só estaria disponível dali a quase três meses, entre dezembro e janeiro.

“Em outubro de 2021 não havia veículos disponíveis à pronta entrega, porque as montadoras estavam sem peças. E, se eu quisesse uma cor específica ou adicionais, teria que esperar por até quatro meses, o que era inviável. Como estava sem carro há 1,5 ano, não queria esperar mais”, detalha. Ela começou, então, uma nova jornada, à procura de um carro que chegasse rápido, fosse do modelo escolhido e cujo valor coubesse no orçamento. A princípio, definiu que compraria um HB20, mas o plano não saiu como esperado. “Para minha surpresa, o carro de entrada estava com valor muito acima do que havia pesquisado, por volta de R$ 75 mil. Eles tinham à pronta entrega, mas apenas nas cores branca e preta. Como não tinha conseguido o carro do meu plano A, decidi ouvir o que a concessionária tinha a dizer.”

A realidade de Marian não é diferente da de muitos consumidores brasileiros. Quase no fim do primeiro semestre de 2022, a indústria automotiva ainda não conseguiu retomar a produção de antes da pandemia - e os consumidores não querem mais esperar por seus veículos.

De acordo com um levantamento feito pela Tecnobank, empresa especializada em registros de contratos de financiamento de veículos, quanto maior a idade do comprador, menor a paciência para aguardar pelo carro escolhido. “O que encontramos na nossa pesquisa de mercado foi um cenário de impaciência, depois de mais de dois anos de pandemia. Muitas pessoas não estão dispostas a esperar por meses antes de conseguir colocar as mãos no carro novo. Ao mesmo tempo, o setor ainda não conseguiu solucionar problemas como a crise de insumos que atrasa a produção há quase dois anos”, afirma o diretor de Comunicação e Marketing da Tecnobank, Cristiano Caporici.

Os dados da pesquisa mostram que 63% dos consumidores topam esperar menos de um mês, após o pedido, até terem seu novo carro nas mãos. No outro extremo, apenas 2,2% deles aceitam esperar de dois a três meses. Não foi o caso de Marian, que abriu mão de comprar o carro que havia escolhido e decidiu ficar com um Creta 1.6, modelo que estava disponível à pronta entrega. “No primeiro momento, achei que não era para mim, por ser um carro mais alto e que consome mais. Mas a diferença de valor final para o carro 1.0 era bem baixa. Consegui uma taxa de juros baixa, o que resultou em uma parcela acessível, também”, relata. Mas, à pronta entrega, não havia a cor que ela queria. Para isso, seria necessária uma espera de três meses. “Depois de muita negociação, optei pela cor branca mesmo e ‘ganhei’ alguns adicionais que eram colocados na concessionária e, portanto, não exigiam espera. Em uma semana estava com o carro novo em mãos.”

Para o vice-presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Luís Antônio Sebben, o cenário atual é fruto dos desafios produtivos ocasionados pela pandemia de covid-19. Ele aponta três fatores primordiais para as dificuldades em retomar os níveis de produção de 2019. O primeiro deles é a falta de insumos como chips eletrônicos e outras peças fundamentais. “Imaginava-se que até meados de 2022 esse problema da cadeia de fornecimento estivesse solucionado, mas hoje está claro que ele deve se estender ainda por um bom período”, avalia.

Em segundo lugar está o preço das commodities a nível mundial. Vidros, peças de fuselagem, pneus e outros componentes subiram de valor em todo o mundo. Muitas vezes essa valorização ficou acima até mesmo da inflação, o que dificulta manter a produção nos níveis previstos pelo setor, uma vez que há pressão de custos e falta de produtos.

Por fim, o dinheiro também é uma questão que preocupa. “O preço do dinheiro influencia diretamente no custo dos estoques e, principalmente no financiamento do veículo para o consumidor final. A situação chegou a um ponto em que já não há apenas falta de oferta, mas também de demanda”, destaca. Ele lembra que os juros altos e o mercado sem muita demanda não apenas no Brasil, mas no mundo todo, dificultam uma retomada sólida. “No Brasil, a oferta está adequada à demanda, mas muitas lojas fecharam na pandemia, enquanto outras reduziram de tamanho e enxugaram o estoque. Ou seja, não existe mais tanto veículo à pronta entrega quanto antes da pandemia e não se sabe se um dia voltará a ter”, finaliza.


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