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sábado, 28 de maio de 2022

Dia Mundial Sem Tabaco: oncologistas alertam sobre riscos de liberação do cigarro eletrônico

Dispositivos eletrônicos têm atraído principalmente adolescentes e traz diversas consequências à saúde. Fumo é o principal responsável pelo surgimento de tumor pulmonar, tipo que mais mata em todo o mundo

 

Em meio às discussões sobre a liberação do cigarro eletrônico, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está recebendo, desde 11 de abril, dados sobre a segurança do uso dos dispositivos. Até o momento, os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) são proibidos no Brasil. 

No entanto, na segunda-feira, 9 de maio, cerca de 46 entidades médicas pediram para que a Anvisa se atente para os riscos do cigarro eletrônico. Eles defendem que a proibição dos produtos seja mantida. Através de um documento debatido em evento online, é pontuado que: "Os cigarros eletrônicos não podem reverter décadas de esforços da política de controle do tabaco no Brasil". 

Desde 2009, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 46 da Anvisa. Contudo, em 2019 o órgão iniciou um processo regulatório que pode levar a uma aprovação dos dispositivos ou continuar mantendo a sua proibição no país.
 

Desafios 

Atualmente, cerca de 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista, segundo o Instituto Nacional de Câncer (IBGE). O número representa um avanço em relação há 20 anos, quando esse percentual era o dobro, mas o vício ainda atinge mais de 20 milhões de brasileiros. E conforme as políticas públicas de prevenção avançam, novos desafios também se apresentam. O cigarro eletrônico é um dos principais deles. 

Segundo o Ibope Inteligência, o número de pessoas que usam cigarro eletrônico no Brasil, em apenas um ano, dobrou, saltando de 0,3% da população para 0,6%. São cerca de 600 mil usuários brasileiros da tecnologia que, dizem os especialistas, é capaz de causar tanto dano físico e psicológico quanto o cigarro tradicional. 

“Como não há regulação em relação ao cigarro eletrônico no país, não sabemos o que as pessoas estão aspirando. Outro importante ponto é que esse tipo de vício tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, pela novidade e pela falta de informação também sobre o impacto nocivo deles. Os produtores investem em um design moderno, com cara de aparelho eletrônico, para atrair essa geração que, até então, já tinha quase que abandonado o cigarro”, explica Clarissa Mathias, oncologista do Grupo Oncoclínicas. 

Nas redes sociais, os e-cigs, vapes, ou pods, outras denominações para o cigarro eletrônico, têm sido cada vez mais difundidos. Diversos jovens estão compartilhando suas experiências de uso, ou ainda mostrando formas caseiras de montar o próprio produto. De maneira clandestina, é até mesmo possível encontrar os dispositivos em tabacarias e bancas de jornal.
 

Consequências 

As consequências da pandemia da Covid-19 também estão no radar dos especialistas quando o assunto é combate ao fumo. Ansiedade, solidão provocada pelo isolamento social e o medo da doença levaram ao crescimento no consumo de cigarros, diante dos sentimentos de incerteza gerados pela crise mundial na saúde. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os tabagistas aumentaram o número de cigarros consumidos diariamente em até 40%. E isso também pode estar acontecendo com os consumidores de cigarro eletrônico, acreditam especialistas. 

“Não temos como saber quais serão as consequências do consumo desse tipo de cigarro a médio e longo prazos. Teremos que esperar talvez 20 anos para medir isso, o que pode ter consequências para toda uma geração, já muito afetada por um evento de grande proporção, que foi a pandemia, que deixou muita gente mais ansiosa e mais angustiada e que pode buscar esse hábito como válvula de escape”, ressalta Clarissa. 

O dispositivo vaporiza um líquido que contém uma grande quantidade de nicotina e, embora não existam ainda estudos definitivos que indiquem o impacto no desenvolvimento de cânceres, os dispositivos eletrônicos possuem sim elementos que podem ser altamente prejudiciais, mesmo não contendo tabaco em sua composição. O crescimento desse consumo pode representar um retrocesso para o Brasil, que é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao tabagismo. 

“A nicotina pode ser consumida com combustão e produção de fumaça - caso de cigarros, charuto, narguilé - ou sem combustão e produção de fumaça, como acontece em situações de uso de rapé e cigarros eletrônicos sem tabaco ou com tabaco modificado para ser aquecido. Por isso devemos estar atentos ao estímulo da conscientização dos riscos de todo e qualquer tipo de fumo”, comenta o oncologista Carlos Gil Ferreira, líder de tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas.
 

Tabagismo ainda é a principal causa de câncer 

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão em todo o mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: em 2017, conforme dados do INCA, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de câncer provocado pelo tabagismo no país e 428 pessoas morrem diariamente no país por conta dele. A entidade aponta ainda que mais de 156 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado. 

Em 79% dos casos de câncer de pulmão, por exemplo, os pacientes eram fumantes, ou ex-fumantes. Apenas 21% nunca tiveram contato com o tabaco. “Todo ano, cerca de dois milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão ao redor do globo. E quem fuma tem de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de tumor. Isso porque as substâncias químicas presentes no cigarro danificam e provocam mutações no DNA das células pulmonares, fazendo com que deixem de ser saudáveis e se transformem ​​em células malignas, diz Carlos Gil Ferreira. 

O hábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.
 

Novos hábitos 

“Parar de fumar não é um ato isolado na vida. A sensação de perda é muito grande, e o fumante deve encarar a cessação como uma oportunidade de fazer um balanço e modificar seus hábitos e estilo de vida. Para vencer a dependência psíquica, a dependência física e os condicionamentos é preciso ter muita força de vontade e contar com o apoio de profissionais de saúde, amigos e familiares. A partir desta mobilização, temos o objetivo de incentivar esse movimento em prol da saúde e da vida”, finaliza Clarissa Mathias.

 

 Grupo Oncoclínicas 

Para obter mais informações, clique aqui.


sexta-feira, 27 de maio de 2022

28 de maio: data chama atenção para os cuidados com a saúde da mulher e a redução da mortalidade materna

Médicos do primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho fazem alerta para a importância da conscientização e principais fatores que podem reduzir os casos de óbito no parto


Amanhã, dia 28 de maio, celebram-se duas datas que estão relacionadas ao cuidado da mulher: o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Apesar de possuírem propostas um pouco diferentes, as duas celebrações estão, de certa forma, interligadas, com objetivos semelhantes, como trazer um alerta e promover a conscientização em torno da saúde do sexo feminino. 

Segundo Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, em sua área de atuação, a luta pela saúde da mulher começa pela decisão de evitar gravidez em idades avançadas, pois mulheres que engravidam depois do 40 anos podem apresentar riscos na gestação. 

Nesse sentido, os cuidados com a saúde feminina interferem diretamente na redução da mortalidade materna. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 830 mulheres morrem todos os dias no mundo por conta de complicações na gravidez e no parto. Diante desse cenário, é importante destacar que para tentar evitar situações como essa, os cuidados devem começar durante a realização do pré-natal. 

Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, explica que ao longo da gravidez é preciso ter cautela para garantir a saúde da mãe e do bebê. “Um pré-natal mal conduzido pode levar ao desenvolvimento de doenças gestacionais, como a pré-eclâmpsia, o diabetes, a hipertensão e também ao surgimento de problemas respiratórios”, afirma o médico. 

Durante o pré-natal é realizado um monitoramento da saúde da mulher, com o intuito de evitar que apareçam doenças e complicações que possam atrapalhar futuramente. De acordo com Edgar Borges de Oliveira Junior, também sócio-fundador da Immunogenic, quando uma alteração é detectada pelos exames, geralmente os médicos tendem a recomendar medicações para impedir a evolução do quadro e assim promover a prevenção. 

Além disso, o pré-natal é responsável por monitorar fatores que impactam diretamente na saúde do bebê e sua infância. Por essa razão, se os eventuais problemas na gestação das mulheres não são tratados corretamente, podem afetar gravemente o bebê. “São várias consequências, como o parto prematuro, sequelas e até o óbito fetal. Também aumentam as chances do surgimento de doenças genéticas e aparecimento da síndrome down”, explica Oliveira. 

Entre os cuidados que devem ser adotados para evitar eventuais problemas na gravidez e no parto e, desta forma, assegurar a saúde da mulher, do bebê, bem como reduzir as chances de mortalidade materna, os médicos destacam como essenciais:

- Planejamento da gravidez e acompanhamento precoce, procurando estabelecer todos cuidados à saúde materna, no sentido de evitar complicações durante a gravidez;

- Monitoramento da gravidez e instituição precoce de medidas preventivas e terapêuticas, que visem prevenir ou corrigir patologias gravídicas específicas. Para tal, um pré-natal personalizado é fundamental.

 

Immunogenic 

Mais informações no site.

 

Pulmão de mais de seis metros de altura alerta passageiros de Viracopos sobre os malefícios do tabagismo

Inflável será instalado pelo Grupo SOnHe, em 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco; uso do cigarro eletrônico e do narguilé disparou entre jovens durante a pandemia

 

Pelo segundo ano consecutivo, passageiros e visitantes do Aeroporto Internacional de Viracopos irão se deparar com um protótipo gigante de pulmão de mais de seis metros de altura no Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio. O inflável faz parte da campanha permanente do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia, Educar, Respirar e Viver e estará das 8 às 14 horas aberto para visitação. A população poderá ver de perto os malefícios causados pelo tabagismo e receber orientações sobre as consequências do hábito de fumar e os danos causados à saúde de quem fuma ou convive com tabagistas. “O cigarro é a maior causa evitável de morte no mundo todo. Hoje o tabaco está disfarçado e uma de suas faces é o cigarro eletrônico. O recente relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), trouxe novos dados sobre o impacto da pandemia de Covid-19 na saúde da população brasileira e fez um levantamento inédito sobre uso de cigarros eletrônicos no país. Pelo menos 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. É muito alarmante!”,afirma o oncologista, Vinícius Corrêa da Conceição, sócio do Grupo SOnHe –Oncologia e Hematologia, responsável pela ação.A pesquisa é resultado de entrevistas feitas com 9.000 pessoas por telefone em todas as regiões do Brasil.

Segundo o oncologista, o estudo com os jovens mostrou outro dado inédito, o do uso de narguilé.  “A taxa de experimentação de narguilé entre os jovens de 18 a 24 anos é de 17%. Ou seja, nossos jovens estão usando muito tabaco disfarçado”, aponta.

Mais de 10 milhões de pessoas passaram por Viracopos em 2021, um dos aeroportos mais movimentados do país. “Por isso, a escolha do local. Nosso pulmão estará ao ar livre, de forma segura em que o visitante terá acesso às informações por meio de QR Code. Nosso objetivo é alertar o maior número de pessoas neste Dia Mundial Sem Tabaco”, afirma o oncologista.

O médico alerta para os danos causados à saúde pelo tabagismo e a exposição passiva ao cigarro, que são responsáveis por cerca de 428 mortes por dia no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). “O tabaco também é o responsável por mais de 15 espécies de câncer, dentre eles pulmão, boca, rim, bexiga e, ainda problemas cardíacos e doenças crônicas. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. Sendo 85% dos casos diagnosticados, está associado ao consumo de derivados de tabaco. Isso poderia ser evitável com o fim do tabagismo”, finaliza Dr. Vinícius.

 


Vinícius Corrêa da Conceição - médico oncologista graduado pela Unicamp, com residência médica em Clínica Médica e Oncologia pela Unicamp. Tem título de especialista em Cancerologia e Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia. Foi visitingfellow no Serviço de Oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO), no Porto. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), da InternationalAssociation for theStudyofLungCancer (IASLC), do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), Vinícius é sócio do Grupo SOnHe e atua na Oncologia do Instituto do Radium, do Hospital Madre Theodora, do Hospital Santa Tereza e atua e é responsável técnico da Oncologia da  Santa Casa de Valinhos.

 

 Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia

www.sonhe.med.br 

@gruposonhe.

 

 

Serviço:

 

Educar, Respirar e Viver “Dia Mundial Sem Tabaco”

Horário: das 8 às 14h

Endereço: Rodovia Santos Dumont, km 66 - Parque Viracopos, Campinas – SP


Unidades de Saúde abrem as portas neste sábado para atendimento multidisciplinar de diabetes

 Unidades como Nossa Senhora do Brasil, República, Sé, Cambuci e tantas outras vão oferecer atendimento dedicado para diagnóstico e controle da doença

 

A Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE), organização social responsável pelo gerenciamento e execução de serviços de saúde em unidades da região central de São Paulo, a partir de contrato firmado com a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza a ação de promoção à saúde de pessoas com diabetes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sob sua gestão no próximo dia 28/05 (sábado) das 8h às 17h.

A iniciativa faz parte do programa educativo “Viva a vida com diabetes” e oferecerá o monitoramento glicêmico, atendimento médico, de enfermagem, farmacêutico e nutricional, além de busca ativa de pessoas com diabetes sem diagnóstico. 

Entre as UBS com atendimento à população estão a UBS Nossa Senhora do Brasil, UBS República, UBS Bom Retiro, UBS Boracea, UBS Sé, UBS Humaitá, UBS Cambuci e, também, a UBS Santa Cecília. 

O programa é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde com o objetivo de conscientizar os pacientes com diabetes sobre o que é a doença e quais as consequências para quem não realiza o controle adequado dos níveis glicêmicos. 

“Nossas portas estão abertas para receber os cidadãos para oferecer todo suporte no diagnóstico e tratamento da diabetes. A população poderá aproveitar todos os recursos disponíveis em nossas unidades de saúde na rede municipal para o melhor controle da doença”, explica João Paulo Tavares Ferreira, gerente médico da AFNE. 

Saiba mais sobre a Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE) – entidade filantrópica fundada em 2003, detentora de título de utilidade pública e CEBAS, com foco em promover e desenvolver gestão de saúde. Em São Paulo, a AFNE é responsável pelo gerenciamento e execução de serviços de saúde em unidades da Supervisão Técnica da Santa Cecília e na Sé, além do Hospital Municipal Santa Dulce dos Pobres, na Bela Vista, a partir de contrato firmado com a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Acesse www.afne.org.br


Campanha “Raros Heróis” traz relatos de pacientes com MPS, doença genética rara

 

Como parte da campanha “Persiga os Sinais”, uma iniciativa das farmacêuticas BioMarin, Sanofi e Ultragenyx, os “Raros Heróis” é o nome dado a uma nova proposta que visa empoderar e contar a história de pacientes com mucopolissacaridose (MPS), um grupo de doenças genéticas raras que envolvem a falta ou quantidades insuficientes de determinadas enzimas essenciais para o bom funcionamento do organismo, afetando cerca de 1 a cada 22.500 bebês nascidos vivos. A estreia acontecerá no dia 26 de maio, no mês em que é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre as Mucopolissacaridoses (MPS), o primeiro episódio poderá ser acessado pelo YouTube neste link.

A programação conta com o relato de Camila Rosalino, de 29 anos, estudante de psicologia e diagnosticada ainda na infância com MPS IV tipo A. Aos 3 anos de idade ela já apresentava alguns sinais, como atraso no crescimento e deformidades ósseas, o que fez com que uma professora notasse e avisasse os seus pais, que logo procuraram assistência médica. Um dos grandes desafios contados por ela foi a dificuldade de encontrar profissionais que tivessem conhecimento da doença, fator esse que pode impedir tanto o diagnóstico precoce de novos casos quanto o tratamento dos pacientes já confirmados.

“Um sonho que tenho é que todos os médicos saibam diagnosticar doenças raras, especialmente a MPS. Inclusive, essa falta de conhecimento dentro da comunidade médica foi um dos motivos que escolhi cursar psicologia para poder dar um suporte a esses raros e suas famílias no momento do diagnóstico. Precisamos dar visibilidade para essas causas para que os pacientes possam ter mais qualidade de vida”, considera a estudante.

Não existe cura para a MPS, porém alguns tratamentos podem ser feitos a partir de terapias medicamentosas. Entretanto, há ainda a necessidade do cuidado integrado desse paciente, que conta com uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeuta, pneumologista, otorrino, neurologista, cardiologista, ortopedista, geneticista, oftalmologista, psicólogo, assistente social e equipe de enfermagem.

Conscientizar a sociedade sobre esse tema é uma forma de mudar o atual cenário de diagnósticos tardios. Com isso, temos à disposição para entrevista a Camila Rosalino, que pode contribuir com mais informações sobre a MPS.

 

Principais sintomas das Mucopolissararidoses 

Existem pelo menos sete tipos de MPS reconhecidas pela medicina, sendo que cada uma envolve diferentes enzimas e, consequentemente, diferentes sintomas e níveis de agravamento2. Os primeiros sintomas das mucopolissacaridoses aparecem antes da criança completar um ano de idade e podem se agravar de forma lenta, mas progressiva. 

Entre os tipos de MPS estão: MPS I (Síndrome de Hurler, Hurler-Scheie e Scheie), MPS II (Síndrome de Hunter), MPS III A-D (Síndrome de Sanfilippo), MPS IV A, B (Síndrome de Morquio), MPS VI (Síndrome de Maroteaux-Lamy), MPS VII (Síndrome de Sly) e MPS IX1,2. 

Entre os principais sinais desse grupo de doenças estão as infecções recorrentes das vias aéreas que também acometem os ouvidos. Com o passar do tempo, outras manifestações passam a ser mais nítidas, levando à rigidez das articulações, dificuldade para respirar com a presença de roncos, comprometimento no ganho de estatura, mudança nas feições, alterações cardiológicas, aumento do volume abdominal e problemas para caminhar1,2. 

Em alguns tipos de MPS, também podem ocorrer comprometimentos neurológicos que levam a um atraso no desenvolvimento da criança, além de surdez e da opacidade das córneas. Em outros casos, as más formações ósseas são mais frequentes1,2.

 

 Sobre a campanha 

A ação #PersigaosSinais faz parte de um esforço global para o Dia Internacional da Conscientização sobre as Mucopolissacaridoses, lembrado no dia 15 de maio, e é uma parceria entre as farmacêuticas BioMarin, Sanofi e Ultragenyx. 

A campanha é uma forma de unir pacientes, famílias, médicos, enfermeiros, profissionais de saúde, associações de pacientes e laboratórios relacionados com o distúrbio em uma única campanha para poder ajudar a aumentar o conhecimento sobre as MPS e assim acelerar o processo de diagnóstico para que, rara, seja apenas a doença, mas não o conhecimento sobre ela. 

Para saber mais sobre a campanha, acesse o site ou o Instagram @mpsday, compartilhe os sinais e use a tag #PersigaOsSinais. 

Para mais informações acesse @MPSDAY (instagram e facebook) ou o site.

   

BioMarin - líder mundial no desenvolvimento e comercialização de terapias de primeira classe ou melhores terapias da categoria para doenças genéticas raras. Sanofi

 

Ultragenyx - empresa biofarmacêutica comprometida em trazer aos pacientes novos produtos para o tratamento de doenças genéticas raras e ultra-raras graves. Para mais informações sobre o Ultragenyx, visite o site da empresa.

 


Referências: 

1. National Center of Advancing, Translational Sciences. Disponível em: rare diseases. Acesso em abril de 2020

2. National MPS Society. Disponível em: MPS Society. Acesso em abril de 2020.

3. Suarez-Guerrero et al.. Rev Chil Pediatr. 2016;87(4):295-304.

4. Parini et al. Int J Mol Sci. 2020; 21(8): 2975.


Dia Mundial da Esclerose Múltipla

 Saiba por que o conhecimento sobre a doença é fundamental, inclusive para a saúde bucal do paciente 

 

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla é em 30 de maio, data escolhida para a divulgação de informações sobre a doença, que atinge atualmente cerca de 2,3 milhões de pessoas no mundo. O conhecimento acerca da esclerose múltipla é fundamental, inclusive na Odontologia, uma vez que a condição ocasiona limitações que prejudicam até mesmo o processo de higienização bucal. 

Saber mais sobre a esclerose múltipla também é importante para avaliar e definir o melhor tratamento e quais as orientações adequadas para cada fase da doença. Mas, afinal, o que é esclerose múltipla? 


A doença e os sintomas mais comuns 

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, neurodegenerativa, que acomete o sistema nervoso central levando à incapacidade progressiva, problemas pessoais, familiares, sociais e profissionais, de origem desconhecida. Afeta em geral adultos na faixa de 18 a 55 anos de idade, sendo observada no Brasil uma taxa de prevalência de aproximadamente 15 casos por 100 mil habitantes.

A doença apresenta quadros de agravo e remissão, caracterizados por surtos ou ataques agudos da atividade. Os sintomas mais comuns são a neurite óptica, paresia ou parestesia de membros, disfunções da coordenação e equilíbrio, mielites, disfunções esfincterianas, alterações cognitivas e comportamentais, espasticidade, ataxia, tremor, fadiga, fraqueza muscular, depressão, levando à deficiência progressiva e dependência de cuidados. 

A cirurgiã-dentista Juliana Franco, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Hospital Auxiliar de Suzano e Instituto Central - HCFMUSP) e Doutora em Patologia Oral e Maxilofacial e Pacientes Especiais pela FOUSP, explica que, em relação à Odontologia, o paciente portador de esclerose múltipla pode apresentar sinais e sintomas pertinentes à região da face e cavidade oral, como neuralgias cranianas, paralisia facial, disfunções temporomandibulares, complicações visuais, disfagia, disartria, espasmos hemifaciais, distonias e dormência em face. “As alterações orofaciais encontradas ou reportadas pelo paciente, juntamente com uma anamnese bem realizada, são importantes e servem de alerta para que o cirurgião-dentista tenha a esclerose múltipla como hipótese diagnóstica auxiliando no diagnóstico precoce pelo médico neurologista, com melhor prognóstico da evolução da doença”.  


A esclerose múltipla em suas fases de progressão

A especialista esclarece que a esclerose múltipla apresenta quatro formas de evolução e, de acordo com o tratamento, da resposta ao mesmo e às morbidades apresentadas, é possível encontrar o paciente em diversas situações clínicas. “Atualmente, sabe-se que os tratamentos controlam bem os surtos da doença, melhorando o prognóstico e qualidade de vida do paciente”.

Com relação ao atendimento, Dra. Juliana explica que ele será efetuado de acordo com a fase da doença. “Quando no estado inicial, o atendimento será o convencional, realizado no consultório odontológico. Com a evolução da doença, principalmente os pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento multidisciplinar/farmacológico ou do tipo de esclerose múltipla, podemos ter um paciente dependendo de cuidados e que necessite do atendimento odontológico domiciliar. Já no caso em que há agravamento, podemos ter um paciente hospitalizado, em que o dentista habilitado em Odontologia Hospitalar realizará o atendimento na internação”. 

Neste contexto, a cirurgiã-dentista destaca que a Odontologia, hoje, se apresenta de forma muito mais acessível, possibilitando o atendimento do paciente em qualquer lugar e condição clínica.


Medicações utilizadas no tratamento e seus possíveis efeitos

O tratamento da esclerose múltipla é multidisciplinar, baseado na reabilitação do paciente, associado ao tratamento farmacológico com o uso de corticóides, imunossupressores e imunobiológicos de uso contínuo, ou na forma de pulsoterapia nos momentos de surto da doença. Esses medicamentos, segundo a Dra. Juliana, ocasionam uma modulação do sistema imune, diminuindo a sua atividade, aumentando o risco de infecções, no geral, incluindo as infecções orais. “O cuidado odontológico de rotina é fundamental para o tratamento e prevenção das infecções dentárias, que podem ser agravadas e apresentarem uma rápida evolução por conta da imunossupressão medicamentosa, assim como nos casos do desenvolvimento de infecções oportunistas em cavidade oral, como a candidíase oral e herpes simples”.  

A cirurgiã-dentista lembra, também, que nos pacientes com doenças neurodegenerativas pode haver a associação de um quadro de hipossalivação (diminuição da produção de saliva) ocasionado pela polifarmácia e de uma perda progressiva e gradual da força muscular e coordenação motora. Segundo ela, a simples diminuição do volume da saliva traz riscos para os dentes (aumento do número de cáries), para as gengivas (progressão da doença periodontal), para as mucosas orais (traumas e infecções oportunistas) e de qualidade de vida do paciente (dificuldade para mastigar, deglutir os alimentos, falar, utilizar próteses dentárias).  


A importância da higienização bucal do paciente com esclerose múltipla

A higienização bucal do paciente com esclerose múltipla é um item de extrema importância para a prevenção de doenças bucais. Alguns estudos associam à doença uma maior prevalência de cáries e problemas orais. Com relação a isso, Dra. Juliana explica que a dificuldade de higienização pode ser proveniente da falta de orientação do paciente e do cuidador sobre a importância da higiene bucal ou da melhor técnica para realizá-la, da perda progressiva da força muscular ou do déficit cognitivo que resultarão em uma higiene bucal deficiente, levando a danos cumulativos à saúde bucal do paciente.

“O aumento de cáries e de doenças bucais é devido a uma associação de fatores que deve ser diagnosticada pelo cirurgião-dentista, o qual deve elaborar um plano terapêutico contemplando o tratamento odontológico, consultas de rotina para prevenção e trabalho conjunto com o paciente e cuidador para adequar forma e estratégias para a realização da higiene bucal”. 

De acordo com a cirurgiã-dentista, além do treinamento voltado aos cuidadores e familiares com relação à higiene bucal do paciente, existe a possibilidade de recorrer a adaptações das escovas dentárias, à utilização de dispositivos para manter a boca do paciente aberta durante a realização da higiene, às técnicas de escovação mais indicadas para cada paciente e ao uso de escovas elétricas. “A aspiração da cavidade oral durante e após a higiene bucal para evitar a possível broncoaspiração da saliva e espuma da pasta dentária, além do uso de colutórios e outros dispositivos para realizar a higiene oral, como os swabs orais de esponja, estão entre os recursos disponíveis”.  

O importante, segundo Dra. Juliana, é deixar que o paciente faça o seu autocuidado e, caso comece a ser observada deficiência para realizá-la, o cuidador/familiar pode completar a higiene oral.

A especialista chama a atenção para a frequência da higienização. “Além da orientação de como realizar a higiene oral, é importante alertar para a frequência e momentos em que a mesma será feita, pois muitos pacientes podem fazer o uso de alimentação por sonda, ou seja, não comem pela boca, o que leva muitos familiares a não realizarem os cuidados orais por não saberem que, independentemente da forma que o paciente se alimenta, é essencial fazer a higiene oral”. 


Cuidados gerais

Orientações sobre a dieta também são indispensáveis, especialmente em relação ao açúcar e carboidrato, que aumentam o risco de cárie, assim como o não consumo de dieta não condimentada, ácida ou gaseificada por conta da hipossalivação.

Conforme Dra. Juliana, a Odontologia deve ser baseada em cuidados gerais preventivos e curativos nos pacientes com deficiências. O cirurgião-dentista especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais é o profissional capacitado para entender de forma global o processo de saúde-doença e a sua evolução, devendo adequar o atendimento desde o preventivo, curativo e adaptações de acordo com as fases de doença. “Acolhimento, comunicação, empatia e humanização são fundamentais para a criação de vínculo com o paciente e sua família, possibilitando maior aderência ao tratamento odontológico, às orientações sobre higiene oral, à dieta e aos cuidados orais”. 

 

  

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Menopausa: Conheça os sintomas físicos e emocionais relacionados a este período


A menopausa é caracterizada pela ausência da menstruação durante doze meses consecutivos, que geralmente ocorre entre os 44 e 54 anos. Até o fim definitivo do ciclo, as mulheres podem perceber algumas alterações físicas e emocionais, este período de transição é chamado de climatério.

Nesta fase, as mudanças começam a aparecer e muitas mulheres não conseguem identificar a causa. Grande parte delas confundem com uma TPM mais acentuada, estresse ou até mesmo com a ansiedade. “As mulheres demoram a lembrar da menopausa porque, normalmente, esperam pelo início dos calorões, o que é um equívoco, já que nem todas as mulheres vão apresentar este sintoma e, raramente, ele será o primeiro sinal a se manifestar”, afirma a Dra. Natacha Machado, ginecologista parceira da Plenapausa, primeira femtech do Brasil que traz informação, soluções e acolhimento durante a menopausa.

Segundo a Plenapausa, que avaliou cerca de 2.600 mulheres pela plataforma até o final de março, 79% delas tiveram perda da libido e 89% sentiram uma redução em sua energia para as atividades do dia a dia. Mas, apesar de estarem no topo das queixas das mulheres, os incômodos não ficam apenas no cansaço, calores e na diminuição do desejo sexual. “Os sintomas da menopausa incluem falta de memória, insônia, suor noturno, dor de cabeça, queda de cabelo, enfraquecimento das unhas, problemas de pele, dor nas articulações, aumento nos riscos de problemas cardiovasculares e osteoporose, cansaço, ressecamento vaginal, coceiras e vaginites, prisão de ventre, aumento de peso, aumento dos níveis de colesterol ruim, ganho de gordura abdominal, ansiedade e depressão.”

A ginecologista também alerta que a intensidade destes sinais pode variar de mulher para mulher e os hábitos adquiridos ao longo dos anos, pode ser um ponto decisivo para se ter mais qualidade de vida nesta fase. “Os hábitos podem influenciar diretamente na intensidade dos sintomas da menopausa. Mulheres que entram no climatério já com problemas de saúde vão sofrer mais, porque o desequilíbrio hormonal potencializa os sintomas”, afirma.

As manifestações da menopausa não se limitam apenas à saúde física, existem fatores emocionais que estão diretamente relacionados a este momento da vida da mulher. De acordo com os dados da Plenapausa, cerca de 81% das mulheres relataram que se sentem ansiosas ou deprimidas e 87% delas afirmaram sofrer com alterações de humor. Para a psicanalista Márcia Cunha, fundadora da plataforma, da mesma maneira com que tratamos os sintomas físicos, também é necessário cuidar do emocional das mulheres. “Assim como cuidados dos sintomas físicos, dores e incômodos, é necessário cuidar da saúde mental e emocional nesta fase. Além dos sinais relatados, percebemos também a solidão das mulheres que estão passando por este período. O assunto não é conversado em casa e, muitas vezes, não é falado nem entre amigas, isso gera uma falta de informação e a mulher se sente sozinha. Pensando nisso, nós criamos o Prosas&Pausas, uma roda de conversa semanal, para que as mulheres troquem experiências e tirem dúvidas com especialistas”, explica Márcia.

Para o tratamento dos incômodos da menopausa, muitas mulheres utilizam a terapia hormonal, segundo a Dra. Natacha, o ideal é dar preferência pelos hormônios bioidênticos, que são mais naturais e manipulados em doses individualizadas. Existem também os hormônios sintéticos, comprados em farmácias em dose comercial padrão.

Caso não possa ou não queira seguir nesta linha de tratamento, o uso de fitoterápicos também é uma opção para o alívio dos sintomas. “Independentemente da escolha, o tratamento deve ser prescrito e acompanhado por um médico. Nos casos em que a mulher não puder, eventualmente, fazer uso de hormônios, há alternativas que incluem fitoterápicos que ajudam a atenuar os sintomas do climatério. Além disso, é fundamental priorizar a qualidade de vida. Atividade física diária, incluindo exercícios de fortalecimento muscular e alimentação equilibrada e saudável”, conclui.

Dia Mundial Sem Tabaco: 78% dos brasileiros acreditam que o cigarro é fator de risco para diferentes tipos de cânceres

 Dado é resultado de pesquisa inédita realizada pelo Instituto IPSOS e encomendada pela unidade de Specialty Care na Sanofi. 9,1% dos brasileiros acima de 18 anos fumam, de acordo com o levantamento Vigitel 2021¹

 

Dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre os perigos e doenças relacionadas ao tabagismo. Levantamento realizado pelo Instituto IPSOS aponta que 78% dos brasileiros acreditam que o cigarro é fator de risco não somente para câncer de pulmão, mas também para outros tipos, como de mama e de pele. 

Encomendada pela Sanofi, a pesquisa “Meu futuro saudável” foi realizada com 1.500 respondentes de todas as regiões do país com o objetivo de avaliar como os brasileiros relacionam os hábitos de saúde com o câncer e de que forma se informam a respeito do tema, com o recorte específico sobre quatro tipos de câncer: pele, pulmão, mieloma múltiplo e mama; sendo o câncer de mama a patologia mais conhecida nesta amostra, seguida pelos cânceres de pele e pulmão com nível de conhecimento similares. A margem de erro do estudo é de 2,5 pontos percentuais. 

Apesar do alto número de respondentes que relacionam o cigarro a algum tipo de câncer, 9,1% dos brasileiros acima de 18 anos (aproximadamente 20 milhões de pessoas) fumam, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2021¹. E a doença está próxima da população brasileira: 92% conhece alguém ou já teve o diagnóstico e 82% têm medo de desenvolver câncer no futuro. 

Quando se realiza o recorte sobre câncer de pulmão, o mais comumente associado ao tabagismo, 20% dos respondentes tiveram ou possuem um familiar que teve a doença. A pesquisa indica ainda que mulheres e mais jovens (18-24 anos) adotam com maior intensidade medidas de prevenção e que, quase a totalidade das pessoas que tiveram câncer ou possuem algum familiar que teve câncer de pulmão reconhecem que o tabagismo aumenta os riscos de câncer. 

O câncer de pulmão é o tipo com maior incidência no mundo² e com maior mortalidade² todos os anos. Não fumar é uma das formas mais eficientes de evitar a doença, que costuma ser agressiva. De acordo com a OPAS, entre 30 e 50% dos cânceres podem ser prevenidos, e o combate ao tabagismo e a adoção de comportamentos saudáveis são práticas que combatem grande parte dos fatores de risco. 

Ainda que essa informação seja reforçada pelo dado de que para 68% dos brasileiros, a saúde é uma preocupação em si, essa consciência não se reflete plenamente na adoção de comportamentos saudáveis, já que apenas 39% dizem praticar atividades físicas regularmente, de acordo com o levantamento IPSOS. O tabagismo, porém, tem diminuído entre a população brasileira¹, de acordo com a Vigitel: em 2006, 15,7% da população afirmava fumar. Em 2021, pouco mais de 9% é fumante.

   

Sanofi 


No Dia Mundial sem Tabaco, SBOC alerta sobre riscos do uso do cigarro eletrônico e sua relação com o câncer de pulmão

 Apesar de proibido no Brasil, dispositivo pode ser a porta de entrada para o tabagismo convencional e aumenta risco para doenças pulmonares e fibrose 


 

O uso do cigarro eletrônico, também conhecido como vape, tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Mesmo com a comercialização e a importação proibidas no país, a moda ganhou força principalmente entre adolescentes e jovens. De acordo com dados do relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgado recentemente pela Umane, associação civil sem fins lucrativos dedicada a apoiar iniciativas de prevenção de doenças e promoção à saúde, 1 a cada 5 jovens entre 18 e 24 anos faz uso de dispositivos eletrônicos de fumo no país, o que equivale a 19,7% da população. E ao contrário do que muitos acreditam, esse tipo de cigarro é bastante prejudicial à saúde. 

 

“As pessoas costumam pensar que o cigarro eletrônico oferece menos riscos, porque o uso não está associado diretamente ao câncer de pulmão. Mas, na verdade, existem outras substâncias nesse tipo de dispositivo que causam danos pulmonares”, explica o coordenador do Comitê de Tumores Torácicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. William William. “O cigarro eletrônico pode sim agredir o pulmão”, enfatiza o especialista. 

 

Dentre as principais substâncias liberadas pelo cigarro eletrônico estão as nano partículas de metais pesados, solventes e outros químicos que variam de acordo com o que é colocado para fumo no dispositivo. Além de doenças inflamatórias e até fibrose pulmonar, o uso desse tipo de cigarro está fortemente ligado ao surgimento de doenças cardiovasculares e distúrbios neurológicos.  

 

 

Efeito contrário 

 

Alguns usuários de cigarro eletrônico acreditam que o dispositivo ajuda no processo de parar de fumar, uma vez que não contém nicotina, mas o que ocorre em muitos casos é a substituição de uma dependência por outra. “O uso de cigarros eletrônicos também pode causar dependência, pois está associado à queima de diversas substâncias químicas e é ainda pior, já que não há regulamentação em torno de sua produção. As pessoas não sabem exatamente o que estão consumindo”, explica a Dra. Aknar Calabrich, também integrante do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC.

 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em adição aos já citados problemas de saúde, o cigarro eletrônico ainda funciona como porta de entrada para o tabagismo tradicional (que tem ligação direta com o surgimento de câncer de pulmão), aumentando em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro comum. Hoje, o tabagismo é considerado uma das principais causas de mortes evitáveis do mundo. 

 

 

Combate ao uso 

 

De acordo com Resolução (RDC) nº 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comercialização, venda e divulgação de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil. Mesmo assim, pessoas de todas as idades têm fácil acesso a esses dispositivos, que podem ser encontrados ilegalmente na internet ou no comércio informal.  

 

Ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, há o Projeto de Lei (PL) 5.087/2020, que pretende reforçar a RDC 46 e proibir, em todo o território nacional, os cigarros eletrônicos ou outros aparelhos semelhantes para fumo. 

 

Além da RDC e do PL, outras medidas que também podem contribuir para o combate ao uso de cigarros eletrônicos são: a fiscalização regular da venda ilegal tanto na internet, quanto no comércio informal; e a conscientização/disseminação de informações relevantes sobre os riscos desses dispositivos.  

 

“Precisamos trabalhar ao lado da informação, reforçando a ideia de que o cigarro eletrônico é realmente prejudicial”, enfatiza Dr. William William. 

 

Para Dra. Aknar, as autoridades sanitárias brasileiras deveriam estimular mais o debate sobre o assunto em escolas, envolvendo pais e filhos. “Precisamos derrubar o mito de que o cigarro eletrônico é bom. Não é”, afirma.  

 


Parar de fumar requer esforço e acompanhamento médico. Conheça as principais dicas!

 Segundo pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista, força de vontade, acompanhamento médico com tratamento farmacológico, apoio da família e mudanças no estilo de vida são fatores fundamentais para o abandono do tabagismo

 

Todo ano, 160 mil brasileiros morrem em decorrência do tabagismo. A boa notícia é que cada vez mais pessoas conseguem abandonar o vício no Brasil. O país lidera o ranking de nações com a maior quantidade de pessoas que pararam de fumar -- o percentual de fumantes caiu de 36% em 1989 para 10% da população.

No entanto, eliminar esse hábito não é uma tarefa fácil e a pandemia pode ter piorado a situação. De acordo com a Fiocruz, durante o isolamento social, os fumantes aumentaram em quase 34% a quantidade de cigarros consumidos. Razões como solidão, ansiedade e nervosismo, que cresceram no período, podem ser explicações para essa alta. 

“O primeiro e mais importante passo é a força de vontade. Não existe remédio milagroso. Para ter sucesso e parar de fumar, a pessoa tem que focar em três pontos principais: força de vontade, ter uma equipe médica acompanhando e dando tratamento farmacológico, e o terceiro é ter orientações para mudança de comportamento, como por exemplo, excluir da rotina fatores que lembrem o cigarro”, explica Dr. Oliver Nascimento, pneumologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Além do próprio fumante, a família também pode ser fundamental nesse momento ao dar apoio, orientar, cobrar e participar efetivamente desse processo. Por exemplo, caso tenha mais de uma pessoa que fuma na casa, o ideal é que todos parem de fumar juntos. 

“O fumante pode tentar descobrir o que o leva a fumar e substituir as ações por outras mais benéficas, como praticar exercícios físicos e beber água. O mais importante é ter uma vida saudável com atividade física e alimentação balanceada”, recomenda o médico.
 

Cigarro pode prejudicar quem convive com o fumante 

O hábito de fumar pode levar a muitos problemas de saúde. Doenças pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), cerebrovasculares e cardiovasculares, além de diversos tipos de cânceres podem aparecer em decorrência do fumo. No entanto, quem vive com o fumante também tem sua saúde prejudicada e pode desenvolver uma gama de enfermidades. 

“Pacientes classificados como fumantes passivos podem ter cerca de 20% a 30% do aumento no risco de desenvolvimento de câncer de pulmão. Para o fumante ativo, quanto maior a exposição, maior o risco”, afirma o Dr. Aumilto Júnior, oncologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

No mundo, 1,2 milhão de fumantes passivos morrem todo ano em decorrência da inalação de substâncias prejudiciais à saúde contidas no cigarro. É preciso ficar atento a alguns sintomas que podem indicar um possível problema. 

“Emagrecimento não planejado, feridas na boca que não cicatrizam, dificuldade de engolir, aparecimento de linfonodos aumentados, conhecidos popularmente como ínguas, na região do pescoço, sangue na urina, tosse com sangue, falta de ar e respiração curta são os principais sintomas que chamam atenção e que devem ser investigados”, afirma o oncologista.
 

Confira os principais métodos para parar de fumar

  • Elimine possíveis fatores que levam ao ato de fumar
  • Busque auxílio profissional e familiar
  • Encontre substitutos saudáveis para o vício, como atividade física

·         Adote um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de exercícios, alimentação saudável e ingestão regular de água.



Dia Internacional pela Saúde da Mulher, neste sábado, 28 de maio, chama a atenção para os cuidados em cada faixa etária

Geriatra indica soroterapia, implante de chip, medicina ortomolecular e acupuntura em tratamentos que embelezam, emagrecem, melhoram a libido e o sono, entre outros

 

O Dia Internacional pela Saúde da Mulher, neste sábado, 28 de maio, é uma data em que vale a pena se pensar nos cuidados em cada faixa etária, assim como nas novidades em tratamentos para os principais problemas enfrentados pelo gênero feminino. A geriatra Márcia Umbelino indica a soroterapia, o implante de chip, a medicina ortomolecular e a acupuntura contra males que vão da insônia à diminuição da libido, assim como para o emagrecimento e para melhorar a aparência de pele, unhas e cabelos.  

Segundo a médica, algumas medidas são para todas. A começar pelo uso do protetor solar e pela realização pelo menos anual de exames ginecológicos. A partir dos 40 anos, é preciso fazer mamografia, ultrassonografia da mama, densitometria e ultrassonografia transvaginal. Abaixo dessa idade, somente ultrassonografia da mama, preventivo e transvaginal.  

“É preciso pensar sempre em dosar os hormônios para saber se está próxima do climatério. É importante fazer o acompanhamento pelo menos uma vez por ano com exames de laboratório e de imagem. Mulheres que usam contraceptivos que podem aumentar o risco de trombose devem fazer dopler de membros inferiores eventualmente”, complementa Umbelino.  

Ter à noite uma boa qualidade de sono, não se estressar tanto e evitar alimentos que inflamem, como frituras, refrigerantes, bebida alcoólica e cigarro também são recomendações gerais. É indicado, desde jovem, realizar a dosagem do hormônio da tireóide e da vitaina b12 e o ultrasson da tireóide. Esses cuidados devem fazer parte da rotina dos exames a partir dos 30 anos. 

“Quanto menos ingestão de gorduras e alimentos industrializados melhor para as mulheres, porque temos uma tendência maior à inflamação e estamos tendo um estresse igual ao dos homens. Só que nós temos uma capacidade 30% menor de suportar esse estresse pelas características do gênero feminino. A gente sofre muito mais os impactos do estresse do que os homens. Então, meditar, fazer exercício físico, terapia e acupuntura ajudam a relaxar”, recomenda a geriatra. 

Uma mulher de 50 ou 60 anos deve realizar a densitometria anual para verificar a massa óssea, praticar exercício físico de resistência, como musculação e pilates, para ganho de massa muscular e massa óssea, e analisar as dosagens hormonais e de vitaminas, que normalmente elas precisam repor, como a vitamina d e a b12 e o ácido fólico. De acordo com a médica, existem chips e soros que ajudam a emagrecer, que melhoram a pele, a libido e a textura do cabelo. Tem ainda para cansaço mental, déficit de atenção e falhas de memória.  

“O chip da saúde melhora a pele e o cabelo principalmente nas mulheres menopausadas. O cabelo fica menos ressecado e o fio do cabelo fica com uma textura melhor. Quando se entra na menopausa, a pele, os cabelos e as unhas mudam”, indica.  

Segundo a geriatra, a soroterapia ajuda muito a desinflamar. O paciente desincha e emagrece com o tratamento. Já o implante de tadalafila auxilia na circulação e diminui a celulite. A acupuntura, por sua vez, é muito boa para a enxaqueca na tpm, para acalmar, desinflamar e auxiliar na qualidade do sono. Para a mulher que está na menopausa o ganho de massa muscular é importante não só por conta da beleza mas porque quando se ganha músculo se ganha também massa óssea. O resultado é andar melhor, subir escada melhor etc. 

Também existem implantes de chip para a memória e para combater o estresse, que pode resultar em fadiga crônica. Alguns implantes de hidrocortisona ajudam bastante nesta questão. De acordo com a médica, com o aumento de cortisol, a mulher inflama, incha e fica irritadiça. Para ela, o implante é o futuro da medicina porque com ele é possível tratar com várias medicações. Por exemplo, com a metformina, que ajuda a emagrecer e é, segundo ela, um excelente antioxidante, além de ajudar na síndrome do ovário policístico e aos pacientes que têm aumento de insulina. A substância está disponível em implante e cápsula. A diferença é que com o implante não vai haver perda pelo estômago, fígado e intestino. Outro tema relevante para as mulheres é a reposição hormonal, que, segundo a médica, “é vida”.  

“Sem a gente entender que o hormônio é o que comanda quase tudo e as enzimas, a gente não está entendendo o corpo todo como cabeça, corpo, mente e espírito”, defende.  

Outro chip indicado por ela é o de melatonina, que melhora a qualidade do sono. A acupuntura ajuda no sono também, caso não se queira colocar o chip. O sono é importante para evitar o ganho de peso, não inflamar, fixar a memória e produzir neurotransmissores. A mulher sofre o impacto do sono logo no climatério. Ela já começa a ter alteração do sono e aí vem a fadiga e a irritabilidade junto.

“Se a gente puder associar várias técnicas complementares, como a acupuntura, a soroterapia, o implante de chip, a medicina alopática e o exercício físico, ajuda muito”, lista a Dra. Márcia.   

Há soros específicos para a pele, unhas e cabelos. Também é possível tratá-los com a medicina ortomolecular oral na manutenção pós-soro, o que é eficaz. O que vai acontecer é que a paciente vai tomar mais cápsulas e mais vezes ao longo do dia, explica a médica. Já a testosterona vai ajudar a mulher no ganho de massa muscular, na libido, no ganho de massa óssea e na disposição física. 


Doenças respiratórias entram em seu momento crítico: saiba como prevenir

Meses mais frios do ano são acompanhados de altas históricas no número de casos de enfermidades em vias aéreas. Cuidados são especialmente necessários para crianças e idosos 

 

É hora de ligarmos o alerta: chegamos naquele que é o período do ano em que estamos mais propensos ao desenvolvimento de doenças respiratórias. Com a chegada do frio mais intenso, principalmente nas cidades mais ao Sul do Brasil, muitas pessoas acabam tendo que lidar com gripes e resfriados. Embora tais enfermidades sejam relativamente comuns, o risco não pode ser ignorado: se não forem tratadas com o rigor necessário, elas podem evoluir para outros problemas respiratórios bem mais graves. 

Para o médico otorrinolaringologista credenciado da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dr. Yasser Jebahi (CRM-PR 18.912, RQE 17.573) o momento requer cuidados especiais: “Estamos vivenciando um período com temperaturas mais baixas e com grande amplitude térmica. Isso aumenta significativamente o número de pessoas acometidas de problemas nas vias aéreas, especialmente as populações mais vulneráveis: crianças e idosos”, afirmou o médico. 

Segundo o Dr. Yasser, além das tradicionais e incômodas gripes e resfriados, outras doenças respiratórias que estão em seu período de maior risco são rinite, asma, sinusite, otite e pneumonia. Embora a gravidade dos seus sintomas possa variar bastante, algumas dessas enfermidades podem evoluir para casos graves, sobretudo em crianças e idosos. O ideal é sempre apostar na prevenção e há algumas dicas simples que podem deixar as pessoas menos vulneráveis a estas doenças.

 

Apostando na prevenção

Embora o frio e as amplitudes térmicas comuns deste período do ano nos coloquem em permanente vulnerabilidade, há alguns cuidados simples que podem minimizar significativamente o risco de contágio. Entre as iniciativas, o Dr. Yasser Jebahi sugere especial cuidado à hidratação, evitar tabagismo, manter os ambientes internos arejados, não se expor a aglomerações, colocar roupas de cama frequentemente ao Sol, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos e evitar a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos, principalmente nos casos específicos de crianças e idosos. 

Outro ponto que não deve ser ignorado é que, apesar da recente redução do número de contágios, a COVID-19 ainda não acabou: “Esta é uma grande preocupação. Ainda estamos na pandemia e temos observado um recente aumento do número de casos. A utilização de máscaras em locais de grande aglomeração é um fator protetivo que deve ser considerado, já que colabora não apenas para diminuição do contágio da COVID-19 como de outras enfermidades de vias respiratórias. Manter a vacinação em dia conforme o calendário vacinal também é outra medida fundamental no combate à propagação das doenças das vias aéreas, incluindo a COVID-19 e variações mais recentes de gripes como a H3N2”, destacou Jebahi. 

Independentemente da idade, a recomendação é não se descuidar: no caso do aparecimento de sintomas típicos de doenças respiratórias e febre alta, mal-estar geral e falta de ar sem indício de melhora após 48 horas do início do início dos sintomas, procure auxílio médico.

 

 

Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br

 

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