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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

TRÊS ANOS APÓS A TRAGÉDIA EM BRUMADINHO, ODE AO CHORO LEMBRA QUE RESPONSÁVEIS AINDA NÃO FORAM PUNIDOS

 


 Documentário inédito fica disponível gratuitamente

na plataforma SESC Digital até 26 de janeiro

 

  

Em 25 de janeiro de 2019, uma tragédia de abateu sobre a cidade de Brumadinho (MG) com o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, sob responsabilidade da Vale S.A.. Mais de 250 vidas foram perdidas, além da imensa destruição ambiental. Até hoje, esse é um crime que segue impune. Entre as vítimas, estava a melhor amiga da cineasta Cecília Engels, Camila. Conhecida como Tatá, a jovem morreu junto com seu irmão, pai e madrasta.

 

"Nesses três anos, percebo que já vivemos algumas fases. Logo no começo é o choque da perda, o luto, a busca por coisas que nos estimule a seguir em frente. Agora o que me desilude é a impunidade. Passo bastante tempo pensando e conversando sobre ela. A banalização de atos criminais contra a vida e contra o meio ambiente me provoca tamanha indignação! Não se pode explorar o minério a qualquer custo, o estado precisa ser rígido nos critérios de operação desta atividade. Os rompimentos de barragens são o ?auge? das tragédias, além disso no dia a dia, com menos visibilidade, as mineradoras estão contaminando rios, criando disputas de territórios, perseguindo ativistas", comenta a cineasta que realizou o documentário ODE AO CHORO, como uma maneira de conseguir lidar com seu luto.

 

O filme, que faz parte 4a Mostra de Cinema Paulista, promovida pelo SESC, está disponível gratuitamente na plataforma SESC Digital até 26 de janeiro. No documentário, a diretora acompanha seu longo e doloroso processo de luto pela perda de seu grande amiga, que conhecia desde a infância. “Cada pedacinho da minha vida tem uma parte sua”, diz numa homenagem a Tatá.

 

"Em 2019 quando rompe a barragem de Brumadinho e morre minha amiga Camila, minha vida vira de ponta cabeça. Eu fui entendendo que a arte seria meu canal de expressão para decantar, assimilar e, quem sabe, curar as feridas que esse luto estava deixando em mim. Foi aí que eu decidi embarcar numa jornada que eu chamei de ritual - ensaio - filme, eram encontros filmados com pessoas que me ajudassem a elaborar todos os sentimentos que eu estava vivenciando", explica a diretora.

 

O documentário a acompanha durante o mês de outubro de 2019, quando ainda tomada por um luto com o qual tinha dificuldade de lidar, Engels procurou diversas tipos de terapias que a ajudariam a enfrentar aquele momento. No longa-metragem, define seu documentário como "uma maneira de esvaziar a racionalidade" para poder continuar com sua vida.

 

De conversa ao canto, com resgate de sua trajetória e de Tatá, que tinha 33 anos quando morreu, ODE AO CHORO é também uma celebração da memória dos que partiram e da vida. Assim, com seu documentário, a diretora faz uma homenagem à amiga e aos anos de amizade, enquanto tenta aprender uma maneira de seguir em frente. "O que fazer em caso de tristeza pós-morte?”, pergunta, lembrando-nos de que nunca estamos preparados para nos separar dos que partem.

 

Reencontrando cartas e fotografias dessa longa amizade, a documentarista busca uma maneira própria de expressar sua perda, uma vez que “palavras não encontram o tamanho da dor." Em busca de dimensionar essa dor, a diretora cria imagens de uma poesia melancólica que reverencia aquela amiga que era a primeira a quem procurava quando queria apresentar novas ideias criativas, e com quem partilhava tantos ideias e pensamentos em comum.

 

ODE AO CHORO acentua também a impunidade no país, e seu lançamento cobra que a justiça seja feita, em nome daqueles e daquelas quer perderam sua vidas, entes e amigos e amigas. "O processo judicial sobre o crime da barragem do Córrego do Feijão precisa ter um desfecho pautado na justiça, com os devidos responsáveis sentenciados e as reparações às vítimas e ao meio ambiente condizentes com o tamanho do estrago."

 

O filme conta com a participação de: Betina Turner, documentarista e terapeuta paliativista; Bianca Turner, vídeo mapping; Carol Pinzan, ritual relacional e performativo; Felipe Gomes Moreira, preparador vocal e cantor; Gustavo Vinagre, cineasta; e Tânia Piffer, ritual relacional e performativo.  

 

 

  

 

ODE AO CHORO está disponível em:

https://sesc.digital/conteudo/cinema-e-video/mostra-sesc-de-cinema/ode-ao-choro

 

 

 

Sinopse:

ODE AO CHORO é um passeio pelo luto de Cecilia, diretora de cinema há 13 anos. Em 2019 ela viu sua vida virar de ponta cabeça quando, no rompimento da barragem de Brumadinho, sua melhor amiga morreu. Em busca da restauração de seu trauma, Cecilia se encontra com algumas pessoas que a estimulam a falar sobre a morte e o luto. Por um recorte autobiográfico, a diretora vira personagem da obra para falar sobre seus medos, sua fé e sua percepção da morte.

 

Ficha Técnica

Direção, roteiro e produção:  Cecilia Engels

Direção de Fotografia:  Thaisa Oliveira

Som Direto: Enrico Porro

Edição: Cecilia Engels e Daniela Gonçalves

Consultoria de edição: Fernando Solidad e Joana Ventura

Edição de Som e Mixagem: Helena Duarte

Correção de cor: Thaisa Oliveira

Designer gráfico e motion: Bruno Bayeux

Trilhas Instrumentais: Gustavo Raulino

Elenco: Bettina Turner, Bianca Turner, Carol Pinzan, Cecilia Engels, Felipe Gomes Moreira, Gustavo Vinagre, Tânia Piffer

Gênero: documentário

País: Brasil

Ano: 2021

Duração: 71 min.

 

Canção: Oceano - Bárbara Malavoglia

Trilhas: Brinquedo - Nei Zigma

Corredeira - Felipe Gomes Moreira

Sou Toda Ouvidos - Sandra Ximenez e Felipe Julián

Buselik taksim - Evgenios Voulgaris

 

Festivais:

 

8th La Paz International Film Festival, Bolivia

Mostra Sesc de Cinema Estadual

Festival de Cine Devocional, Argentina

SAN JOSÉ INTERNATIONAL FILM AWARDS, Costa Rica

Arraial Cine Fest, Bahia, Brasil

 

 

 

Mini Bio Cecilia Engels

 

Cecilia Engels é diretora e montadora audiovisual. Dirigiu seis curtas metragens, dois médias, um longa, vídeos institucionais e web-séries. Desenvolve projetos de ficção e documentário. Tem como norte a linguagem cinematográfica em diálogo com os temas de desenvolvimento social, ambiental, espiritual, artístico e de resgate da memória. Faz cinema com afeto e ética. Formou-se em cinema na FAAP em 2009. Especializou-se em direção na School of Visual Arts em Nova York.

 

Cecilia Engels is a director and an editor. Directed six shorts, two medium length, one feature film, web-series and institucional videos. She is engaged in fiction and documentary films. Cecilia has as a goal developing film that dialogue with social, environmental and spiritual development. She also works on projects to rescue memories. She graduated in cinema at FAAP in 2009. At School of visual arts in NY Cecilia did a specialization in film directing.

 

 

Filmografia

 

2021 - Ode ao Choro - longa metragem documentário

2020 - O dia que me tornei mais forte - curta ficção (Canal Futura)

2019 - Geni - curta metragem ficção

2015 – Apart-Horta – tele-filme doc/ficção

2015 - O Povo Dourado Somos Todos Nós – média metragem documentário

2015 – No Que Me Toca -  curta metragem ficção

2013 - Meu Nome é Bongo, eu toco djambe – curta metragem documentário

2012 - Não Deixe Joana Só – curta metragem ficção

2009 - Um Par a Outro – curta metragem ficção em 35mm

 

Inglês

2009 - One for another – short film fiction 35mm

2012 - Don´t leave Joana alone – short film fiction

2013 - My name is Bongo I play the djambe –short film documentary

2015 - The golden people are all of us – 63min documentary

2015 – How it touches me -  short film fiction

2015 – Home grown garden – 55 min fiction-doc

2019 - Geni - 15 min fiction

2021 - Ode to Tears - feature documentary

 

 

 https://sesc.digital/home


Busca por procedimentos estéticos pode esconder conflitos internos

Psicólogo e consultor de imagem Guto Bolsoni discute em livro o conceito de beleza emocional relacionada à saúde integral


A demanda por mudanças extremas na aparência e o ímpeto de se submeter a intervenções drásticas podem ser sintomas de conflitos emocionais. Este é o ponto de partida para as reflexões apresentadas no livro Casa All – Beleza Física e Emocional, lançamento do psicólogo e consultor de imagem Guto Bolsoni.

Todos os anos, mais de 1,5 milhão de procedimentos estéticos são realizados no Brasil, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Dentre as operações mais procuradas, está a de aumento da mama, com uma média anual de 200 mil cirurgias.

Em 2022, o rejuvenescimento das pálpebras e a rinoplastia devem se consolidar como tendência nos consultórios. Isso porque na pandemia, as pessoas passaram a se observar com mais frequência por meio de telas, gerando um “boom” na busca por transformações faciais.

Com Casa All, Bolsoni apresenta e discute o conceito de beleza emocional. O termo engloba o estado de harmonia entre sentimentos, afetos e a saúde mental de cada indivíduo. O autor incentiva ainda o debate sobre a busca de terapias e profissionais focados na saúde integral.

“Os procedimentos estéticos nem sempre servem para aprimorar a beleza física. Muitas vezes, funcionam apenas como anestesia na tentativa de curar uma ferida emocional”, alerta o psicólogo. No livro, ele apresenta mecanismos de reflexão para conciliar o bem-estar interno e a aceitação da própria imagem.

Ao longo das páginas, Bolsoni responde perguntas como “Qual o papel dos sentimentos na saúde mental?” e “Como curar feridas internas com um abraço?”, com destaque para a relação entre corpo e mente. Cada capítulo é um convite para revolucionar a forma como se entende e enxerga a beleza.

 


Ficha técnica

Livro: Casa All – Beleza Física e Emocional
Autor: Guto Bolsoni
Editora: Lisbon Press
ISBN/ASIN: 9789893725887
Páginas: 180
Preço sugerido: R$ 39,00
Link de venda: Amazon e Livraria da Travessa

 


Guto Bolsoni - psicólogo e pós-graduado em psicologia analítica. Possui ainda formação em jornalismo, letras e teatro. Trabalhou como modelo e ator, atuando em novelas e campanhas publicitárias no Brasil e exterior. Como psicólogo e consultor de imagem, criou o espaço Casa All, onde desenvolve estudos e treinamentos com o intuito de propagar a importância de estabelecer o equilíbrio entre beleza física e emocional.

Instagram: Guto Bolsoni | @gutobolsoni

Facebook: Guto Bolsoni

Amazon: Guto Bolsoni


Médico escreve distopia com viés realista e final feliz para toda humanidade


Assuntos que antes eram exclusivos dos livros de distopias, agora, frequentam as páginas da ciência. A humanidade presenciou este fenômeno nos últimos dois anos de modo massivo, com a pandemia do novo coronavírus. E, em muitas vezes, a ficção se confundiu com a realidade. Em ICTUS: o prisioneiro sem nome, o escritor Marcelo Marçal vislumbra o amanhã sombrio, mas também transmite uma mensagem de esperança por dias melhores.

Marcelo, médico e gestor em saúde, convida o leitor a refletir sobre uma sociedade em que constantes mutações virais transformam a vida de milhões de pessoas. Ele apresenta o mundo pós-pandêmico, no ano de 2027, no qual o vírus ainda é uma ameaça. Uma história em que as pessoas precisarão comprovar a higidez para ter acesso às necessidades básicas.

Esse passaporte para “viver” é dado por um sistema chamado Hope, um scanner viral altamente tecnológico desenvolvido pela empresa SafeLife. A detenção exclusiva desta tecnologia em escala mundial pela empresa privou os menos favorecidos e criou uma espécie de casta de excluídos sanitários. O protagonista é um advogado criminalista procurado por um militar para defender um condenado em um caso altamente sigiloso. Ele se envolve em uma história cheia de mistérios e em uma conspiração que vai além da liberdade de um injustiçado.

Em meio a ação, reviravoltas e a revelação do pior do ser humano, o autor – que atuou na linha de frente do combate do coronavírus – passa uma mensagem positiva em uma trama intensa. É a esperança encontrada na literatura para a realidade do “novo mundo” e de dias melhores.

“Não desperdice sua vida como eu desperdicei a minha. Viva intensamente cada momento sem ter motivos para se arrepender. Viva uma nova vida.” (ICTUS: o prisioneiro sem nome, p.120)


Ficha técnica

Título
: ICTUS: o prisioneiro sem nome
Autor: Marcelo Marçal
Editora:  Editora Labrador
ISBN-10: 655625150X
ISBN-13:
978-6556251509
Formato: 16x23 cm
Páginas: 256
Preço: R$ 25,95
Link de venda: https://amzn.to/2U9cwD4



Sinopse: O ano é 2027. O mundo vive em um ambiente pós-pandemia, onde o vírus ainda se faz presente. Uma poderosa empresa de tecnologia, a SafeLife, desenvolveu um sensor chamado Hope, que foi adotado em todo o mundo e que identifica a presença do agente infeccioso em tempo real.  Márcio, um jovem advogado, ao ser procurado para assumir a defesa de um caso, é envolvido em uma trama cheia de reviravoltas e segredos. Quais são os verdadeiros interesses da SafeLife? Como um criminalista em início de carreira, e um crime praticado no passado podem ser responsáveis por mudar o rumo da humanidade? Em uma narrativa dinâmica com um desfecho surpreendente e emocionante, o leitor é transportado para um futuro possível, sendo inevitável a reflexão sobre o que ele, de fato, nos reserva.

 

Marcelo Marçal - nasceu em Santo André, São Paulo, onde vive hoje com sua esposa e dois filhos. Formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mais tarde especializou-se em Nefrologia. Montou uma empresa de diálise hospitalar em São Paulo, tendo nela atuado por 21 anos, inicialmente como médico Nefrologista e posteriormente como gestor, até sua venda em 2019, quando passou, também, a dedicar-se a escrever seu primeiro romance: ICTUS - O prisioneiro sem nome.

Instagram: @marcelo_pmarcal
Facebook: @marcelomarcal.escritor

Nem todo psicopata é um assassino

Advogado e ator Arthur Santileone estuda assunto pelo viés clínico e jurídico desde 2014 e entrega narrativa ficcional sobre lado B do transtorno


Esqueça o senso comum e deixe a mente livre para encarar a verdade em Legado de História e Imaginação: nem todo psicopata é assassino. Algum deles pode ser seu marido, esposa, primo distante ou colega de trabalho. Quem afirma é o advogado, ator e escritor Arthur Santileone, que estuda desde 2014 a psicopatia voltada ao Direito e levou para a literatura todo o conhecimento sobre o transtorno.

Renan e Ozias, protagonistas deste suspense, são dois psicopatas com visões de mundos diferentes, um quer apenas ver o circo pegar fogo e o outro deseja viver em paz na sociedade. Tais formas de lidar com o transtorno são reveladas ao longo narrativa – tudo começa com um atentado de arma química no ginásio de um condomínio de luxo, crime que ganha maior proporção ao longo das páginas.

Os detalhes da ambientação contribuem para o suspense criado pelo escritor. O condomínio fictício Windpark Club, onde se passa grande parte da obra, foi criado originalmente para ser cidade cenográfica de um filme. Após a morte do cineasta durante as filmagens, a produção foi cancelada e o lugar foi comprado por um milionário que manteve o cenário de 1960 para atrair moradores e turistas. Apenas o uso de smartphones, tablets e relógios digitais, citados durante a trama, fazem o leitor compreender que a história se passa nos tempos atuais e não em 1960, como sugere a descrição dos ambientes.  

Escrito em formato de roteiro, Legado de História e Imaginação fez o caminho inverso: geralmente os textos cinematográficos da indústria audiovisual são lançados em livro após o longa-metragem ir ao ar. Arthur Santileone brinca com a linha tênue entre o real e imaginário e deixa o leitor na dúvida se realmente o roteiro chegou a ser gravado e, por algum motivo, nunca foi visto pelo público.

Divulgação/Arthur Santileone

FICHA TÉCNICA

Título:
Legado de História e Imaginação
Autor: Arthur Santileone
ISBN: 978-65-89952-14-5
Páginas: 208 páginas
Formato:  14x21cm
Preço físico: R$ 39,90
Preço eBook: R$24,99
Link de venda: Amazon 



Arthur Santileone - nascido em Campinas - SP em 1993, Santileone é ator premiado internacionalmente, escritor e um fotógrafo curioso. Bacharel em Direito, formado pelo Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI - RN), publicou seu livro 'Direito Penal brasileiro e Psicologia Jurídica: uma análise sobre os casos de Psicopatia" com base na sua monografia de conclusão de curso.


Bruxaria Natural: a magia da cura ancestral

Lançado no Brasil pela Editora Mantra, a obra de Paige Vanderbeck ensina como utilizar plantas e energia dos cristais para potencializar a saúde

Avós curandeiras, mães benzedeiras e jovens intuitivas. Essas são as mulheres que usavam recursos da natureza para potencializar a cura de muitas enfermidades. Por conta das habilidades em transformar ervas, plantas e a energia dos cristais em remédio, elas acabaram sendo taxadas de bruxas, e acusadas injustamente. Fato é que essas figuras continuam a causar fascínio na humanidade.

É essa ancestralidade e empoderamento que a escritora, podcaster e pesquisadora Paige Vanderbeck resgata na obra Bruxaria Natural, publicada no Brasil pela Editora Mantra, em edição ilustrada. Por meio de oito capítulos, a autora compartilha a sabedoria da bruxaria verde, que transforma o cultivo de plantas, a observação das árvores e dos animais, o uso dos cristais e de outros conhecimentos em um método prático de potencialização da cura física e emocional em comunhão com a natureza.

“A bruxaria natural é uma prática e um estilo de vida, e também uma relação entre você e a Terra. A Terra ampara você, lhe dá sustento e cura, e você retribui. Quanto mais você investe em sua relação com a Terra, mais obtém retorno dela. Por meio do estudo de elementos naturais como plantas, condições do tempo, cristais e o cosmos, e do trabalho com eles, as bruxas entram em sintonia com os ciclos de crescimento, evolução, harmonia, vida e morte. A sabedoria da Terra é infinita, e assim também é o processo de aprendizado que as bruxas tanto apreciam.” (Bruxaria Natural, p.14)

Ao explorar filosofia, práticas, crenças ancestrais, além de compartilhar a história das bruxas ao longo dos séculos, Vanderbeck desmistifica mitos e equívocos sobre a magia natural. A autora revela que acreditar na medicina ocidental e na ciência não impede uma pessoa de também seguir o caminho da bruxaria. “Acreditar no poder da natureza e acreditar no poder da humanidade não se excluem mutuamente. Você pode se proteger com as vacinas e ao mesmo tempo com um ramo de arruda pendurado sobre a porta da frente”, afirma.

Mais que um guia introdutório para quem deseja explorar os presentes fornecidos pela natureza, Bruxaria Natural fornece as ferramentas certas para que os leitores possam descobrir como conectar a vida moderna com os antigos conhecimentos das bruxas, que são passados de geração em geração, a fim de encontrar o equilíbrio, harmonia e despertar a magia que existe dentro de cada um.

Divulgação | Grupo Editorial Edipro

Ficha técnica

Título: Bruxaria Natural
Autora: Paige Vanderbeck
Editora: Mantra
Assunto: Espiritualidade/Bruxaria
ISBN: 9786587173153
Edição: 1ª edição, 2021
Lançamento: 21 de dezembro
Número de páginas: 176
Preço: R$ 56,90
Onde comprar: https://amzn.to/3pUftUi
Baixe AQUI a capa de “Bruxaria Natural” em alta resolução.

 

Sinopse: Vivenciar a bruxaria natural é resgatar esses saberes, se autoconhecer, acordar a sua intuição, fluir com o natural, redescobrir os seus dons de cura, é se empoderar para viver em plenitude e harmonia na vida moderna.

Este é o poder da bruxaria verde! Desperte em você o reconhecimento da sacralidade da terra e o respeito aos seus ciclos. Reconheça e aprecie os movimentos da lua e o feminino, o fluxo da energia das ervas e dos cristais, o poder curativo dos óleos essenciais e a intuição em conexão com os oráculos.

Esta obra lhe ajudará a trilhar este caminho, com uma ampla variedade de instruções e dicas práticas.

Qualquer pessoa pode ser uma bruxa – Enriqueça sua biblioteca com este manual, que vai empoderar tanto bruxas iniciantes quanto praticantes experientes.

Criando um espaço natural – Transforme sua casa em um santuário natural e descubra como preparar seu espaço para se tornar um local de poder natural e a fonte de sua energia mágica.

Magia de verdade – Aprenda o que palavras como “magia” e “energia” significam na prática para as bruxas.

 


Paige Vanderbeck - sempre curtiu tudo o que é místico e o inacreditável. Ela apresenta o The Fat Feminist Witch Podcast e escreve sobre bruxaria moderna, aceitação do próprio corpo e feminismo, para publicações como Medium, Revelist, The Dot e Flare. Você também pode encontrar o trabalho de Paige em seu site, TheFatFeministWitch.com - 

Twitter: @fatfemnistwitch | Instagram: @FatFemnistWitch  

 

Shutterstock apresenta as principais previsões de tendências criativas para 2022

O relatório baseado em dados e em IA identifica as seis tendências de destaque que definirão a expressão criativa e aumentarão o desempenho de campanhas de marketing em 2022

 

A Shutterstock, Inc. (NYSE: SSTK), plataforma criativa líder global que oferece soluções completas, conteúdo de alta qualidade e ferramentas para marcas, negócios e empresas de mídia, anuncia hoje o lançamento de seu relatório anual de tendências criativas. Com base nos dados de pesquisa dos usuários globais da Shutterstock, o relatório interativo deste ano prevê os temas de tempo e espaço dominantes nos projetos criativos e campanhas de marketing em 2022. Além disso, a novidade no relatório deste ano são os dados de desempenho da Shutterstock.AI, que identificam o conteúdo que gerará as maiores taxas de cliques, dando aos criativos e profissionais de marketing os insights para criar e inovar com confiança.  

A pandemia mexeu com o conceito de tempo para muitos; à medida que os dias se vão, a passagem do tempo é processada de forma diferente. Os dados da Shutterstock mostram que, em 2022, espera-se que os criativos visualizem essa sensação abrangente de perder a noção do tempo e do espaço ao entrar em novos territórios, eras e possibilidades em seus materiais de marketing. À medida que os espaços virtuais aumentam em popularidade, o relatório deste ano coloca os usuários diretamente no metaverso por meio de uma experiência interativa aprimorada, permitindo que os usuários explorem as tendências por meio de um avatar personalizado.  

“Quando analisamos mais de perto o que a comunidade global da Shutterstock está procurando, fica claro que 2022 será um ano definido por ultrapassar os limites tradicionais e explorar o desconhecido”, disse Flo Lau, Diretora de Criação da Shutterstock. “Há uma sensação de desejo de viajar e um desejo de explorar o fantástico e o estranho, e as tendências deste ano capturaram exatamente isso. Das paisagens áridas do deserto do Oeste aos reflexos de néon de um horizonte futurista, este ano está pronto para testar os limites da nossa imaginação”, salienta.  

Para Guilherme Tosetto, coordenador de pós-graduação em Fotografia da Belas Artes, “as noções de tempo e espaço na contemporaneidade são completamente diferentes do que poucos anos atrás. Observar essas mudanças e registrá-las pela fotografia é fundamental para os profissionais que desejam se destacar nessa área tão competitiva. Novas experiências também exigem novos olhares, novos métodos e até mesmo novos equipamentos que nunca foram utilizados no campo da fotografia”. 

“Temos que encontrar uma maneira de dar a volta por cima e fazer as coisas diferentes. Como criativos, temos a responsabilidade de reinterpretar ideias e essas tendências nos inspiram e nos ajudam em nossa tarefa de ir além do tradicional e buscar o desconhecido e novo”, completa Yuri Ornelas, Trend Scouter da C&A México. 

As seis tendências criativas de 2022 se enquadram em duas categorias temáticas: tempo e espaço.

 

Fantástico (Século XIV): Refletindo a obsessão global por sagas medievais como Game of Thrones e The Witcher, a popularidade da Idade Média continua a aumentar. Palavras-chave como construção medieval (+6496%), escudo vintage (+2858%) e templários (+831%) tiveram um aumento drástico, à medida que criativos e profissionais de marketing voltam no tempo para revisitar um reino de drama e aventura. De acordo com dados da Shutterstock.AI, o conteúdo que recebe mais cliques inclui torres, taças e machados, sendo os castelos os mais populares. 


 

O Macabro (Era Moderna): Elementos assustadores como múmias egípcias (+6923%), monstros e feras (+3623%) e A Morte (+388%) não são apenas para o Halloween. Os padrões de pesquisa mostram que os gêneros de terror e suspense estão voltando, com foco particular em futuros distópicos e pós-apocalípticos.

 

Em Direção Ao Velho Oeste (Séculos XVIII a XIX): Os dados mostram um aumento no interesse pela cultura cowboy, ambientes do oeste selvagem e campos de pradarias, com pesquisas por cavalos selvagens, por exemplo, aumentando em 1961%. Imagens e vídeos com temas relativos ao faroeste estão subindo rapidamente nas listas de desejos de marketing, com os padrões que remetem aos nativos americanos das tibos Navajo crescendo 225% em popularidade no ano passado.


 

Pé Na Estrada De Novo (Era Moderna): Ficar dentro de casa despertou o desejo de viajar para milhões de pessoas ao redor do mundo. Os usuários procuram por bicicletas na estrada (+14911%), estradas de montanha (+5763%) e lugares remotos (+487%) num esforço para explorar territórios desconhecidos e caminhos menos frequentados a partir do conforto das suas próprias casas. O conteúdo que recebe mais cliques inclui bagagens e serras em montanhas.



O Cyberpunk Não Morreu (Anos 2100): Em um mundo que está constantemente inovando e quebrando barreiras tecnológicas, não é surpresa que os criativos estejam se voltando para a estética de alta tecnologia, como paisagens urbanas noturnas, fundos com fractais (+2955%) e avatares de mulheres (+1503%) para acompanhar essas mudanças. O conteúdo que recebe mais cliques inclui tomadas elétricas, webcams e imagens com LED.

 

Saindo do Forno (Era Moderna): Os lockdowns em todo o mundo estimularam as pessoas a voltar à cozinha e encontrar inspiração em todos os cantos do planeta. As pesquisas por especialidades e ingredientes regionais como Porcini (+2.566%), Takoyaki (+2.024%) e Panna Cotta (+435%) estão em alta, à medida que criativos e profissionais de marketing buscam inspiração gastronômica perto e longe. O conteúdo que recebe mais engajamento inclui pretzels e cupcakes.  

Além de relatar essas seis tendências globais, a Shutterstock discriminou o relatório de tendências pela primeira vez para alguns de nossos principais mercados: Brasil, França, Japão, EUA e Reino Unido. Esses relatórios nacionais destacam cada uma das três principais tendências futuras desses países, como “A Arte de Viver” no Japão e “Dragon (On and On)” nos EUA, utilizando nossa pesquisa local e dados de materiais acessados.


Para o Brasil, as principais tendências apontam para “Piratas à Espreita”, “Flora e Fauna” e “Coma, Beba e Seja Criativo” -- sendo que as buscas têm aumentado através de palavras-chave como “navios pirata”, “animais de safari” e “queijo e vinho”. “É interessante notar que enquanto as tendências mundiais se voltam para cenários futurísticos, disruptivos e inovadores, no Brasil encontramos uma necessidade de olhar para o que é genuinamente nosso, a flora e fauna específica do país. Isso é um campo a ser explorado por fotógrafos que estão espalhados pelo imenso território brasileiro, fazendo com que os destaques naturais locais, muitas vezes esquecidos, se tornem visíveis para todo o mundo por meio do compartilhamento dessas imagens”, atesta Tosetto, que completa: “O mercado fotográfico sendo extremamente dinâmico exige que os profissionais se atualizem constantemente tendo a noção do que o mercado precisa e exige”.






Além disso, o relatório de 2022 também informa nosso público global sobre os principais termos de pesquisa local de 26 países diferentes, do Chile à Noruega.

 Explore o relatório completo de tendências criativas aqui.

 


Sobre a Shutterstock, Inc.

A Shutterstock, Inc. (NYSE: SSTK), é uma plataforma criativa líder global que oferece soluções de serviço completo, conteúdo de alta qualidade e ferramentas para marcas, empresas e veículos de mídia.    Para mais informações, visite o site da Shutterstock e siga a Shutterstock no Twitter e no Facebook. 


Janeiro Branco: as 3 principais mentiras que as pessoas contam sobre saúde mental

Com tantos mitos em torno de problemas e transtornos mentais, a psicóloga e CEO da BeeTouch, Ana Carolina Peuker, esclarece dúvidas importantes que ouviu ao longo da carreira
 

Expressão utilizada para descrever a qualidade cognitiva e emocional de um indivíduo, é assim que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define oficialmente o conceito de saúde mental. Sendo assim, o termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como equilibrar suas ideias, pensamentos e emoções. Com tantos mitos em torno do assunto, a CEO e fundadora da BeeTouch, mental healthtech que mensura e prediz riscos psicossociais por meio do uso de dados e da tecnologia, Dra. Ana Carolina Peuker, cita as três principais mentiras que as pessoas contam sobre a saúde mental.


 

1 - As doenças e transtornos mentais são para sempre

Em primeiro lugar, é importante entender que a saúde mental está relacionada ao estado do organismo que está em equilíbrio com o ambiente, mantendo as condições necessárias para dar continuidade à vida. Trata-se de um estado de bem estar físico, psicológico e social, não podendo ser considerada apenas a ausência de doenças. O conceito de saúde integral enfatiza que o corpo e a mente são uma unidade indivisível e que, assim, os fatores emocionais e físicos interagem e se correlacionam. Afinal, impossível ter um corpo são, sem ter uma mente em equilíbrio.  

Saúde mental e doença mental são coisas diferentes. O último termo refere-se a todos os transtornos mentais diagnosticáveis ​​- condições de saúde que envolvem mudanças significativas no pensamento, emoção e/ou comportamento e problemas que repercutem no funcionamento geral da pessoa, afetando as esferas social, laboral e/ou familiar. Pessoas com transtornos mentais, como por exemplo transtorno do humor bipolar, trastorno obsesivo compulsivo (TOC), déficit de atenção e hiperatividade, dependência de álcool e outras drogas são muitas vezes, incompreendidas, julgadas, excluídas e até mesmo marginalizadas, devido a ideias errôneas e preconceitos. Em muitos casos, as pessoas acreditam que estes quadros são sentenças vitalícias e que o doente nunca vai melhorar. Mas, ao contrário, quando bem indicados, os tratamentos realizados para doenças e transtornos mentais são eficazes, e algumas delas têm cura, por isso, esses indivíduos podem manejar sua condição e se recuperar completamente com auxílio profissional e tratamento adequado, em especial, quando há busca de ajuda precoce.


 

2 - “Personalidade fraca” ou “falhas de caráter” causam problemas de saúde mental
Os problemas de saúde mental não têm relação com ser preguiçoso ou ter personalidade fraca, e muitas pessoas precisam de ajuda especializada para melhorar o quadro, seja ele qual for. Muitos fatores contribuem para problemas de saúde mental, incluindo os fatores biológicos, como genes, doenças físicas, lesões ou química do cérebro; experiências de vida, como trauma ou história de abuso; história familiar de problemas de saúde mental.


 

3 - Pessoas com necessidades de saúde mental não podem tolerar o estresse de manter um emprego

Pessoas com problemas psicológicos são tão produtivas quanto outros colaboradores. Os empregadores que contratam pessoas com problemas de saúde mental relatam boa assiduidade e pontualidade, bem como motivação, bom trabalho e estabilidade no emprego igual ou superior a outros funcionários. Quando funcionários com problemas de saúde mental recebem tratamento eficaz, isso pode resultar em menor sinistralidade, maior engajamento, retenção de talentos e produtividade, índices de presenteísmo, absenteísmo e aposentadorias precoces mais baixas. 

Por isso, essas mentiras, aliadas à discriminação e ao preconceito, podem prejudicar a busca de ajuda, piorar os sintomas e aumentar a vulnerabilidade ao suicídio. Mesmo nos casos mais graves, é possível controlar e reduzir os sintomas através do tratamento e a recuperação é mais efetiva quanto mais cedo for a busca por ajuda e o tratamento começar. Portanto, não julgue, não questione, nem mesmo estigmatize. Dê suporte, atenção, empatia e acima de tudo, compreenda.



 
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Higiene Bucal: Saiba Se Você Está Cuidando Corretamente Das Suas Gengivas

A grande maioria das pessoas acha que saúde bucal se resume apenas aos dentes. Mas não é assim: A gengiva, a língua, os lábios, a parte interna das bochechas e os dentes, juntos, constituem a saúde bucal, a dentista especialista Dra. Bruna Conde alerta sobre a importância do cuidado com o todo regularmente. 

A atenção especial que a Dentista Antenada explica, é em relação as gengivas, o descuido pode trazer complicações e influenciar em dores de cabeça. A higiene nessa região precisa ser feita com muito cuidado, para não machucar, mas sempre eliminando qualquer resíduos de restos de alimentos presentes na região. “Gengivas com sensibilidade, vermelhidão ou que apresentam inchaço na escovação, são sinais de problema gengival.” explica a Dentista Antenada. “Essa inflamação ocorre pelo acúmulo de placa bacteriana, um dos principais problemas ocasionados pela falta de cuidados com a gengiva, que podem causar mau hálito, periodontite, problemas no suporte dos dentes e até mesmo o tártaro.” completa a Dra. Bruna. Manter os cuidados regulares com a sua gengiva faz toda a diferença na saúde bucal. 

A cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde compartilha algumas dicas de higiene diária para ajudar a evitar inflamações, mau hálito e tantos outros problemas desagradáveis que podem ser desenvolvidos:

É importante manter uma rotina de escovação, é recomendável escovar os dentes sempre depois das principais refeições e se possível fazer uma higienização depois dos lanchinhos, doces e refrigerantes. O segredo de uma boa escovação é não ter pressa nem fazer força. Os movimentos devem ser circulares e curtos. Uma dica antenada é passar a língua nos dentes e sentir se estão lisos. Dentes ásperos pode ser sujeira ou problemas bucais. O fio dental deve ser usado pelo me os 1x ao dia, antes de dormir. Outra dica é não exagerar no antisséptico bucal, não usar todos os dias, e evitar os que têm álcool.

Massagear a gengiva pode ser muito benéfico, pois auxilia a remover possíveis resíduos e previne possíveis inflamações. Porém tome cuidado caso a região gengival apresente sangramentos frequentes, geralmente o acúmulo de bactérias aumentam o risco de sangramento, a escovação não será sufienciente, é necessário fazer uma visita ao dentista especialista em Periodontia de confiança. 

Frutas fibrosas também podem ser grandes auxiliares para manter a boca saudável. A maçã, por exemplo, além de ser uma fruta de fácil acesso, pode ser encontrada em qualquer mercado ou feira é um superalimento quando o assunto é saúde bucal. Por ser fibrosa, ela auxilia na limpeza a cada mordida estimulando o fluxo de saliva na boca e participando na neutralização do pH dessa região. Isso ajuda na prevenção de doenças da gengiva e evita o surgimento de cáries. As fibras alimentares, de uma forma geral, auxiliam não só no processo de prevenção de doenças gengivais e cáries, mas também contribuem para a saúde do corpo como um todo. 

Uma atenção que se faz necessária, explica a Dentista Antenada, é após a ingestão de doces e carboidratos, é recomendado que se espere 30 minutos para escovar os dentes, é o tempo, até que o PH bucal seja neutralizado e a limpeza seja mais eficaz. 

Como já mencionado, o uso do fio dental é indispensável para o cuidado com a gengiva, pois remove restos de alimento e resíduos que não são visíveis ou limpos com a escova. O uso diário não é só recomendável, como é imprescindível. 

Limpeza adequada, menos chances de proliferação de bactérias, cuidados e higiene bucal frequentes. Combinação que só trazem bons resultados.



Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Remédios para ansiedade e antidepressivos desencadeiam delirium pós-operatório


Idosos que tomam um medicamento usado para tratar ansiedade e insônia, bem como aqueles que tomam antidepressivos, têm duas vezes mais chances de sofrer delirium pós-operatório após cirurgia de quadril e joelho, de acordo com um novo estudo australiano. 

A descoberta provocou pedidos de pesquisadores da Universidade da Austrália do Sul (UniSA) para que pacientes idosos consultem seus médicos para orientação de alternativas mais seguras antes de cirurgias. 

No estudo publicado na revista internacional Drug Safety, os cientistas da UniSA digitalizaram dados de 10.456 pacientes com 65 anos ou mais que foram submetidos a cirurgias de joelho ou quadril nos últimos 20 anos. Um quarto deles (2.614 pessoas) apresentou delirium após a cirurgia. 

Além do nitrazepam, cinco medicamentos -- comumente prescritos para depressão e vários transtornos de ansiedade, incluindo transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático -- foram associados ao delírio, embora não na mesma proporção. Eles incluíram mirtazapina, sertralina, venlafaxina, citalopram e fluvoxamina. 

O pesquisador-chefe, Dr. Gizat Kassie, diz que nenhuma ligação foi encontrada entre opioides para alívio da dor e delírio. 

"Nossas descobertas mostram que alguns tipos de medicamentos dentro das mesmas classes de medicamentos são mais arriscados do que outros quando se trata de causar delirium após a cirurgia, e quanto mais velhos os pacientes, maior o risco", diz ele. 

Tabagismo, uso de álcool, múltiplas condições de saúde, polifarmácia (tomar cinco ou mais medicamentos), ser do sexo masculino, idade avançada e cognição prejudicada também colocam as pessoas em risco. 

Muitos desses fatores não podem ser alterados, mas podemos fazer algo sobre os medicamentos. 

"O delirium afeta até 55% dos pacientes idosos submetidos à cirurgia de quadril e está associado a um risco aumentado de morte, internações prolongadas e declínio cognitivo. O delirium é caro para gerenciar e coloca um enorme estresse no sistema de saúde, profissionais de saúde e famílias", Dr. Kassie diz. 

Um estudo anterior descobriu que pessoas idosas que desenvolveram delirium após cirurgia de quadril tiveram uma taxa de mortalidade 10% maior em um ano em comparação com pacientes que não foram afetados. 

O estudo UniSA é o primeiro a investigar a ligação entre medicamentos específicos e delirium após a cirurgia. Estudos anteriores foram mais amplos, considerando uma série de fatores que predispõem pacientes idosos ao delirium. 

Os pesquisadores esperam que as recomendações baseadas em evidências possam ser implementadas na prática clínica para que o risco de delirium por medicamentos possa ser reduzido. 

"Em pessoas submetidas a procedimentos eletivos, deve ser prático diminuir os medicamentos específicos com bastante antecedência. É importante que as pessoas sejam ‘desmamadas’ dessas drogas mais arriscadas bem antes da cirurgia, porque a retirada abrupta pode ter consequências ainda piores", diz Dr. Kassie.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Gizat M. Kassie et al, The Risk of Preoperative Central Nervous System-Acting Medications on Delirium After Hip or Knee Surgery: A Matched Case-Control Study, Drug Safety (2021). DOI: 10.1007/s40264-021-01136-


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