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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

A violência obstétrica e a saúde mental da mulher


Pouco se fala sobre o parto traumático. Porém, nas últimas semanas o tema ganhou força e visibilidade, quando veio à tona a denúncia realizada por uma famosa influencer digital, Shantal Verdelho, dos abusos sofridos durante o trabalho de parto, por parte de um conhecido obstetra de São Paulo.

 

O caso serve para descortinar inúmeras situações de violência obstétrica não expostas. Uma violência caracterizada por abusos, maus tratos ou desrespeito ao longo da gestação ou durante o trabalho de parto, tanto de forma física quanto psicológica.

 

Infelizmente esse assunto é muito importante, mas ainda é bastante velado em nossa sociedade, apesar de ser um grande causador do sofrimento materno. Em média, 30% das mulheres descrevem o parto como traumático, com a prevalência de Transtorno do Estresse pós Traumático (TEPT). Mas um dos grandes pontos é que este transtorno não se resume apenas às lesões físicas, temos muitos relatos de dores subjetivas, relacionadas à inadequação na assistência médica durante os procedimentos de urgência.

 

Vamos entender melhor. A violência obstétrica é um tipo de violência de gênero, praticada durante o cuidado obstétrico profissional, caracterizada pelo desrespeito, abusos e maus-tratos durante a gestação e/ou no momento do parto, de forma psicológica, verbal ou física e, consequentemente, torna um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher em um momento traumático e devastador.

 

Compreende desde ter o direito de um acompanhante na hora do parto negado, falta de esclarecimentos sobre o procedimento, até intervenções invasivas desnecessárias, como também comentários constrangedores, ofensas, humilhações ou xingamentos e negligência. 

 

Mas quais são os impactos dessa violência para a saúde mental de uma mulher que vive um momento tão delicado como o nascimento de um filho? As consequências da violência obstétrica vão além dos danos imediatos, o trauma reflete seriamente na saúde da mulher, pois, é vivenciado em um momento decisivo em vários aspectos da vida e na saúde, física e mental, tanto do bebê como da mãe.

 

O parto traz grandes alterações físicas, hormonais, psíquicas, a mulher se vê diante de uma transformação dos seus papéis sociais e suas relações. Por consequência, existem possibilidades do aparecimento de um quadro de tristeza ou surgimento de transtornos psiquiátricos que interfere no vínculo afetivo saudável entre a mãe e bebê, que é potencializado no caso de violência obstétrica. 

 

O constrangimento é o primeiro sentimento que as mulheres enfrentam após a violência. A angústia é intensificada e podem desenvolver e potencializar uma sensação de inferioridade, medo e insegurança, através da humilhação, reforçando sentimentos de incapacidade, inadequação e impotência da mulher e do seu corpo. Outro ponto extremamente relevante é que, tanta dor e sofrimento podem desencadear o medo de uma nova gestação por causa da experiência vivida.

 

Aliás, essa é uma das principais queixas da mulher que sofreu esse tipo de violência. Em geral, a grande maioria aponta indícios de depressão pós-parto. Além disso, a vida sexual e a auto estima são afetadas, interferindo na sua imagem corporal e despertando incômodos físicos.

 

Neste sentido, é muito difícil a mulher responder de maneira imediata à violência sofrida, de forma a se defender, pois, é normal que, inicialmente, ela permaneça passiva por se encontrar totalmente desamparada. Isso faz com que, posteriormente, surjam sentimentos de indignação, revolta e de incapacidade por não ter conseguido se manifestar diante do abuso; o que acontece com grande parte das mulheres, já que nem todas conseguem ter essa consciência sobre o trauma.

 

Fato é que, as vivências experimentadas desse momento fazem parte dos sentimentos, pensamentos e das relações das mulheres no processo de construção do significado da maternidade, por isso, é preciso considerar o impacto que o trauma provoca em cada mulher. Ou seja, significa que as consequências de uma violência obstétrica atravessam o sentido de ser mãe e a própria história dessa gestante.

 

Portanto, diante de toda essa descrição, constata-se que muitas situações que acontecem durante o parto podem e devem ser evitadas. É preciso que as mulheres tenham consciência das circunstâncias desse trauma e verbalizem, denunciem e busquem ajuda de um profissional de saúde mental para que possam fortalecer o seu emocional a ponto de não ferir e prejudicar o desenvolvimento saudável da maternidade e do cuidado com o recém-nascido.

 

Apesar do trauma perinatal ou relacionado com o nascimento / parto ainda ser relativamente pouco estudado e divulgado, o caso da Influencier Shantal demonstra, além da real necessidade de denunciar e expor as agressões físicas e psicológicas, uma urgente demanda do preparo das equipes obstétricas para que não provoquem traumas e saibam entender a importância de um trato humanizado neste momento sublime da mulher, minimizando assim, o sofrimento e promovendo a qualidade de vida, tanto para ela quanto para o recém-nascido.

 


Dra. Andréa Ladislau -  Psicanalista


8 cuidados para evitar dores na coluna

Em especial a dor lombar, que ocorre na parte inferior da coluna vertebral, está entre as dores mais comuns afetando 8 em cada 10 pessoas

 

É muito comum ouvirmos que alguém está com dores nas costas, especialmente quando falamos de incômodos na coluna vertebral. E isso não é um mito. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que 7 em cada 10 pessoas têm ou terão problemas na coluna durante a vida.  

Mais importante do que qualquer atitude é um diagnóstico preciso para saber a raiz do problema e sobre como tratá-lo. O ACP (American College of Physicians, ou Colégio Americano de Médicos, em português) é a segunda mais importante associação de médicos dos Estados Unidos desencoraja, desde 2017, que as pessoas façam uso indiscriminados de medicamentos para este tipo de dor, para evitar dependência dos fármacos e, até mesmo, outros problemas que possam surgir em decorrência do uso exagerado.
 

Causa da dor

Muitas pessoas possuem problemas genético, hereditários ou até mesmo que contraíram no decorrer da vida e precisam de acompanhamento médico para que suas dores sejam tratadas de forma adequada. 

Contudo, outra parcela da população se queixa de dores nas costas, em especial a lombar, localizada na parte inferior da coluna, por posturas incorretas em diversos momentos do dia a dia.  

O neurocirurgião especializado em cirurgia minimamente invasiva da coluna, Dr. Lucas Vasconcellos, orienta oito cuidados para evitar que as pessoas sintam dores na coluna, podendo assim viver melhor e sem maiores riscos futuros.  

“Basicamente, as pessoas precisam ter boa postura, tanto no trabalho, quanto em casa e ao dormir; fazer fortalecimento com hipertrofia muscular, condicionamento físico com atividades aeróbicas, alimentação saudável e evitar fumar”, aconselha.  

O Dr. Lucas ainda faz alerta sobre quando as dores na coluna precisam de mais atenção. “São três os sinais de alerta que todos devem ter em mente: dores irradiadas para o braço (braquialgia) e para as pernas (ciática); dores crônicas que duram mais de 15 dias; e déficits neurológicos, como perda de sensibilidade, perda de força e alterações de reflexos”.
 

Como evitar estes problemas

Vasconcellos aponta que ter uma vida saudável mais ativa reflete positivamente para evitar que problemas nas costas sejam ocorrências constantes e, assim como uma alimentação balanceada auxilia no fortalecimento do corpo, práticas esportivas também são ótimas aliadas.  

“O que posso orientar é que as pessoas não sejam sedentárias e façam, ao menos, 30 minutos de atividades diárias, três vezes na semana. Além disso, é fundamental considerar pegar quantidades menores de peso e evitar esportes radicais e atividades de impacto”, pontua o Dr. Lucas.
 


Dr. Lucas Vasconcellos - Médico referência em coluna vertebral e neurocirurgia para prótese de disco. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, é especialista em cirurgia da coluna vertebral nos Estados Unidos, com aperfeiçoamento em cirurgia minimamente invasiva na Alemanha. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e da Sociedade Norte Americana de Cirurgia da Coluna.


Cuidado: odontofobia pode trazer sérios problemas a sua saúde bucal

Ouvir o barulho do motorzinho, deitar na maca do consultório, olhar pra cima e abrir a boca são coisas que causam fobia em algumas pessoas, por isso elas preferem não ir ao dentista. O medo de encontrar com esses profissionais é denominado odontofobia e, segundo os especialistas, é muito prejudicial à saúde bucal.

Muitas das vezes a resistência em ir ao consultório odontológico está associada a algum trauma de infância, dado isso o paciente prefere evitar o atendimento e o contato com instrumentos que às vezes chegam a assustar, como as seringas e alicates. Em alguns casos, quando o pânico acontece durante o procedimento, podem ocorrer desmaios, alteração na respiração e nos batimentos cardíacos.

Nessas situações, o dentista precisa ter muita expertise para tranquilizar o paciente e ajudá-lo a permanecer no atendimento. “A odontofobia precisa ser trabalhada com os pacientes, já que é um dos principais fatores da falta do acompanhamento odontológico. Superar um trauma não é fácil, por isso o dentista precisa saber conduzir o atendimento para que a consulta fique mais leve e não cause pânico em quem está sendo atendido”, explica o cirurgião-dentista Dr. André Luiz Pataro – doutor (PhD), mestre e graduado pela UFMG.

A ida ao dentista vai muito além da questão estética e deve se tornar parte da rotina dos cidadãos, uma vez que se for feito um acompanhamento o paciente tem grandes chances de evitar problemas bucais, como cáries, perdas de dente, gengivite, dentre outros.

“Os profissionais odontológicos estão capacitados para cuidar dos pacientes com um atendimento agradável, por isso é muito importante enfatizar para as pessoas desde a infância que é possível ir ao dentista e não sentir dor. Assim, será evitado que muitos cresçam com odontofobia e o principal, todos cuidarão da saúde bucal corretamente”, finaliza o Dr. André Pataro.


Nova onda da Covid-19 e casos de gripe aumenta busca por medicamentos nas farmácias

Especialista destaca os riscos da automedicação e as chances de um tratamento inadequado

 

Com o aumento da propagação de doenças como a Covid-19 e a Influenza no Brasil, o número de pessoas em busca de medicamentos que possam auxiliar no controle dos sintomas ou no fortalecimento da imunidade também cresceu. Algumas farmácias já registram a falta de remédios antigripais. No entanto, o uso de medicamentos sem orientação médica pode representar um risco à saúde. 

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, 77% dos brasileiros costumam utilizar remédios por conta própria. O cientista farmacêutico e professor do curso de Farmácia da Estácio, Lucas Silva, orienta sobre os riscos que a automedicação representa. O docente explica que, ao escolher o medicamento por conta própria, as chances de realizar um tratamento inadequado são grandes. 

“Quando estamos doentes, os profissionais de saúde buscam qual a verdadeira causa dos sintomas, para que seja prescrito o medicamento mais adequado. Se você escolhe o medicamento por conta própria, aumentam as chances de você está fazendo um tratamento incorreto”, afirma. 

De acordo com Lucas, as complicações podem variar, mas as mais comuns são reações alérgicas, intoxicação, resistência ao medicamento, agravamento dos sintomas, além da possibilidade de mascarar a real causa da doença. A atitude pode, inclusive, levar a internações hospitalares e, em alguns casos, até ao óbito. 

O professor alerta que os casos mais comuns de automedicação são de uso de medicamentos que atuam em doenças e sintomas que aparecem com bastante frequência, como os antigripais. “Antibióticos, por exemplo, são utilizados inadequadamente, muitas vezes, para tratar gripes e resfriados. Sendo que a grande maioria desses casos são causadas por vírus, onde o antibiótico não é efetivo, pois o seu principal alvo são as bactérias”, explica. 

Outras classes que costumam ser utilizadas sem orientação médica são as dos analgésicos, anti-inflamatórios e os medicamentos do trato gastrointestinal, para o alívio dos sintomas relacionados à azia e gastrite. No entanto, é preciso ficar atento, já que o mesmo remédio pode agir de formas distintas de pessoa para pessoa. 

“Se cada organismo é diferente, então é de se imaginar que os efeitos não vão ser exatamente iguais em todo mundo. Esses efeitos variam de acordo com a gravidade da doença e dos sintomas, com a idade das pessoas, o peso, o estado físico e mental, se o paciente possui sintomas de outras doenças, etc. Para se ter uma ideia, se duas pessoas ingerem comidas diferentes, dependendo do tipo do alimento e do medicamento, já pode causar diferença nos efeitos”, afirma o professor. 

Para evitar esse tipo de comportamento, o papel do farmacêutico é essencial para realizar a orientação dos consumidores. “Costumo dizer que o farmacêutico é o personal trainer dos medicamentos, pois sob a orientação desse profissional você vai usar os medicamentos da melhor forma possível e com menores chances de apresentar efeitos adversos, ou seja, tendo um melhor aproveitamento daquele tratamento. Por isso, a população deve buscar orientação dos farmacêuticos, um dos profissionais de saúde mais acessíveis, que está presente em todas as farmácias, em diversos horários”, conclui Lucas.


BASF: como se prevenir da dengue durante o ano

 A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti


As doenças virais causadas pela picada do mosquito Aedes aegypti, principal vetor transmissor da dengue, Zika e chikungunya, tornaram-se uma grande preocupação. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, o número de casos de dengue nas Américas aumentou nas últimas quatro décadas e 500 milhões de pessoas estão atualmente em risco de contrair a doença. 

E, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, casos de chikungunya no país tiveram um aumento de 30,8% em 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. 

Entretanto, a doença tem um padrão sazonal: a maioria dos casos no hemisfério sul ocorrem com a chegada do verão e início das chuvas. Portanto, devido ao risco que esta doença representa para a saúde humana, é recomendado tomar medidas preventivas para combater a propagação do mosquito Aedes aegypti.  

Jeferson de Andrade, pesquisador de Desenvolvimento de Produto e mercado da BASF, ressalta: "Para um controle eficaz do mosquito é essencial conscientizar a população através de medidas simples, como usar telas nas portas e janelas, colocar areia nos vasos de plantas, manter sempre a residência livre de entulhos e outros possíveis locais de criadouros de larvas e colaborar com os agentes de saúde pública para proteger toda casa contra o mosquito".
 

Como se prevenir do mosquito da dengue? 

Temos que começar controlando o vetor Aedes aegypti. É um mosquito doméstico que tem uma fase aquática e outra terrestre , aproveitando qualquer recipiente artificial ou natural que contenha água por um período de tempo que permita que as larvas de mosquito se desenvolvam dentro dele. Portanto, a medida de prevenção mais importante é a eliminação da maioria dos locais de reprodução de mosquitos em nosso ambiente.
 

Por que o Aedes aegypti está entre nós? 

A fêmea Aedes aegypti é responsável pela transmissão de doenças porque ela precisa de sangue humano para maturação de seus ovários e desenvolvimento dos seus ovos. Ela então põe seus ovos nas paredes secas de recipientes com água ou até mesmo em situações extremas colocar ovos em locais sem água, mas que podem conter água no futuro, pois os ovos podem resistir ao estresse hídrico e permanecer ativos por mais de um ano à espera de eclodir.  

Portanto, em áreas com atividade de Aedes aegypti e mesmo que não vejamos o mosquito adulto, devemos também considerar que o vetor está presente durante todo o ano, visto que eles passam o inverno com populações menores ou em estado de ovos adormecidos. 

Os recipientes ideais para a reprodução deste mosquito podem ser desde grandes a pequenos com água permanente ou que contenham água temporária. Portanto, é aconselhável:

  1. Remover frequentemente os recipientes que podem acumular água. Além dos sacos plásticos, tampas e também brinquedos ou demais objetos, que podem gerar acúmulo de água em suas dobras ou cavidades;
  2. Manter grades ou drenos livres de água, ou escoar a água acumulada a cada três dias;
  3. Os tanques de água devem ter tampas sem rachaduras ou aberturas, não importa quão pequenas sejam;
  4. As piscinas devem ser mantidas limpas e com cloro;
  5. Esvaziar piscinas fora de uso, mesmo no inverno ou outono para evitar que se tornem um local potencial de reprodução dos mosquitos;
  6. Nos telhados, verificar e limpar as tubulações de drenagem e calhas, especialmente quando a chuva está se aproximando;
  7. Manter os gramados podados, os terrenos limpos de plantas daninha e as gramíneas cortadas removidas;
  8. Adicionalmente barreiras físicas podem ser medidas adotadas, tais com telas mosquiteiras, cortinas de vento, entre outras;
  9. Para evitar ser mordido, utilizar repelentes autorizados, respeitando os tempos de ação indicados pelo fabricante.
  10. Controle químico: complementar as ações de prevenção, arrumação, limpeza e capinação com inseticidas da BASF. Os produtos são para uso profissional e devem ser aplicados por uma empresa licenciada de controle especializado de pragas;

Para o especialista da BASF, a medida mais importante contra a dengue é a prevenção. A soma das ações preventivas individuais e coletivas permitirá alcançar uma redução significativa na população do mosquito Aedes aegypti. A educação e a conscientização da comunidade são essenciais para prevenir a dengue.
 

BASF na Agricultura. 

Divisão de Soluções para Agricultura da BASF

Pergunte ao especialista: médicos da Doctoralia respondem a seis perguntas mais frequentes entre os usuários

Somente em 2021, foram recebidas mais de 96 mil perguntas totalizando mais de 500 mil questões e 720 mil respostas.

 

Ao sentir algo fora do normal em relação à saúde, é comum que muitas pessoas busquem informações na internet sobre determinado sintoma, doença ou algum assunto que gere vergonha e desconforto. Somente em 2021, na página Pergunte ao Especialista, um espaço gratuito para perguntas anônimas sobre saúde, que são respondidas pelos especialistas da Doctoralia, foram recebidas mais de 96 mil questões. 

As respostas mais acessadas em 2021 estão relacionadas à sexualidade e Covid-19. Com o objetivo de sanar as principais dúvidas da população, os especialistas IDr. Isnard Maul, pneumologista, e Dra. Aline Ambrosio, ginecologista e sexóloga, ambos membros da Doctoralia, retomam e esclarecem as questões. .

 

Qual o tempo normal de uma masturbação até a ejaculação? E se for menor que o tempo usual, é ejaculação precoce? 

Dra. Aline: Somente para efeito de estudos científicos que fixamos um tempo para definir se a ejaculação é tardia ou precoce. Se o homem se sente angustiado com o tempo que ejacula, causando sofrimento, ele deve procurar auxílio com um terapeuta sexual para tratar seu desconforto. A ejaculação precoce é definida quando o tempo de latência entre a penetração e a ejaculação é menor do que um minuto. E a retardada é quando ocorre após 25 minutos ou mais. Mas sempre é considerado uma disfunção sexual se trouxer sofrimento ao indivíduo ou ambos (ele e a parceira) repetidamente e por seis meses.

 

Qual remédio é o mais indicado para cortar a menstruação na hora? 

Dra. Aline: Antes de sair tomando remédio para cortar a menstruação, deve-se passar por uma avaliação médica, pois não são todas as mulheres que podem tomar hormônios sendo isentas de risco.

 

Quanto tempo após a relação sexual, o teste de gravidez da farmácia já pode confirmar o resultado? 

Dra. Aline: Depende da qualidade do teste. Alguns testes mais sensíveis podem dar resultados positivos até uns 5 dias antes da próxima menstruação. Porém, se realizar o teste nesta fase e der negativo, precisa-se repetir após o período de atraso menstrual para se ter certeza de que não teve um resultado falso-negativo e que realmente não está grávida.

 

Depois de quanto tempo a pílula começa a fazer efeito contra a gravidez? 

Dra. Aline: Geralmente, há um período de adaptação para qualquer método contraceptivo. Assim, recomendamos o uso de prevenção extra por pelo menos um mês, como o preservativo. Vale ressaltar, que os preservativos têm a função de evitar as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e são extremamente indicados nos contatos casuais.

 

Quanto tempo o paladar e o olfato costumam voltar ao normal depois de uma gripe? 

Dr. Isnard: Alterações do paladar e olfato são comuns durante quadro de infecções virais do trato respiratório superior e estas costumam melhorar após melhora do quadro agudo, mas em 6 a 13% dos casos podem persistir. Nessa pequena parcela que permanecerá com sintomas, estudos mostram que 81% dos pacientes terão recuperação em até um ano. Para os pacientes que possuem sintomas crônicos, pode ser realizado tratamento com treinamento olfativo.

 

Covid-19: Posso consumir bebidas alcoólicas mesmo positivado? E logo após a vacina? 

Dr. Isnard: Não, o consumo de bebidas deve ser evitado durante o tempo em que se está positivo. Nesse período devemos favorecer a recuperação do organismo, adotando hábitos saudáveis: repouso, hidratação e uso de medicações para tratamento dos sintomas de dor, febre, obstrução nasal. 

Também não é recomendado o uso de bebidas alcoólicas logo após a vacinação, pois as vacinas podem ter efeitos colaterais, tais como dor no corpo, febre, que serão mais bem avaliados e devidamente tratados na ausência do consumo de álcool.

 

 Doctoralia


Cuidados paliativos: hospitais SUS encontram alternativas e se tornam referência no acolhimento a pacientes com doenças graves

Cuidados paliativos colocam paciente com doença incurável no cerne do cuidado, respeitando até último momento seus desejos e sua individualidade
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Apenas 5% dos hospitais com mais de 50 leitos do país têm equipes capacitadas nesse tipo de tratamento; 50% deles são públicos


Todos os dias eles se dedicam a respeitar o tempo da morte, a lembrar que cuidar é mais importante que curar e a questionar-se sobre prolongar a vida ou aceitar o fim. Situações assim se repetem na rotina de profissionais da saúde que trabalham nos cuidados paliativos do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR). Quem chega para receber esse atendimento, muitas vezes tem poucas chances de cura, mas ao entrar nos corredores do hospital, logo se surpreende. Num lugar onde a morte é encarada de frente, há sempre alguém contando uma história e perto de quem ama. A tristeza é amenizada pela convicção de que não se está sozinho, nem para enfrentar a dor física da doença nem para lidar com a dor psíquica da proximidade da morte. 

Diante de uma doença incurável ou de um diagnóstico pessimista, é possível ter esperança e conforto. Um estudo americano que analisou a evolução de pessoas com câncer de pulmão avançado mostrou que aquelas que receberam cuidados paliativos precocemente, associados ao tratamento usual da doença, tiveram melhor qualidade de vida e menos sintomas depressivos do que as que receberam só a terapia convencional. E, apesar de ter se submetido a menos procedimentos agressivos no fim da vida, o grupo dos paliativos viveu quase três meses a mais. O experimento foi considerado um divisor de águas e influenciou a Sociedade Americana de Oncologia Clínica a recomendar a introdução dos cuidados paliativos ainda na fase do diagnóstico. 

É provável que boa parte das pessoas ainda não saiba o que são cuidados paliativos ou só entenda a sua real necessidade após receber o diagnóstico de uma doença grave. A prática é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a assistência promovida por uma equipe multidisciplinar de saúde que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e de seus familiares diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, da avaliação e do tratamento da dor e demais sintomas físicos, psicológicos e espirituais. “São medidas que devem ser feitas em conjunto com outras especialidades e o tratamento é indicado para qualquer paciente portador de doença grave, progressiva e crônica, não apenas próximo de sua morte”, explica a médica clínica-geral no hospital de Curitiba, Larissa Hermann Nunes.

Em todo o mundo, anualmente, estima-se que mais de 56,8 milhões de pessoas necessitem de cuidados paliativos, incluindo 31,1 milhões com doenças graves e progressivas e 25,7 milhões perto do fim da vida, de acordo com o Atlas Global de Cuidados Paliativos, publicado em 2020 pela Organização Mundial da Saúde e pela ONG Worldwide Palliative Care Alliance. Já no Brasil, em cada dez habitantes, nove enfrentam uma doença grave antes de morrer. E isso pode significar um longo e cruel percurso de sofrimento. Nesse cenário, ainda é escasso o acesso a serviços de cuidados paliativos no país, com apenas 191 unidades. Estima-se que somente 5% dos 2,5 mil hospitais com mais de 50 leitos oferecem cuidados paliativos. 50% deles são públicos. Os dados são do Atlas dos Cuidados Paliativos no Brasil, publicado em 2019. 


Paciente como protagonista

"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudar o paciente a morrer em paz, mas também para que ele tenha conforto até o dia de sua morte." A frase da médica Daniela Thomaz resume a abordagem que coloca o paciente com doença incurável no cerne do cuidado, respeitando até o último momento os seus desejos e a sua individualidade. E essa é uma das vertentes do trabalho que ela realiza na enfermaria de clínica médica do Hospital Universitário Cajuru, de atendimento 100% SUS. "De tempos em tempos, são realizadas reuniões para melhorar o serviço e trocar aprendizados. Hoje, nosso hospital é referência nos cuidados paliativos na capital paranaense", conta a profissional que atua junto à coordenação de cuidados paliativos da instituição.

Falar sobre a perspectiva da finitude, sobretudo no Brasil, ainda é tabu. Mas é preciso abordar a questão e olhar o paciente de uma forma mais humana, compartilhando suas dores. “Cuidar com qualidade passa por detalhes corriqueiros e por questões logísticas, como liberar o horário de visitas na UTI, pois o convívio afetivo melhora o desânimo e os desconfortos. E até por pequenas extravagâncias, como proporcionar um jantar especial a um idoso internado que está celebrando o aniversário", relata a médica Larissa Hermann. 

Os princípios dos cuidados paliativos são aliviar a dor, não antecipar a morte, respeitar escolhas e apoiar famílias. Para alcançá-los, o Hospital Universitário Cajuru lança mão de diversas abordagens, entre elas, as terapias com voluntários do grupo Anjos Solidários e cães da ONG Amigo Bicho, com interações que trazem ganhos importantes para pacientes. "O objetivo principal é humanizar o atendimento e dar dignidade em todas as fases de uma doença. Há casos em que o paciente, já sem esperança e vontade de viver, melhorou com os cuidados que recebeu, e muitos, até conseguem receber alta para voltar para casa", conta a clínica-geral Daniela Thomaz.

Nessa perspectiva, a espiritualidade pode ser um suporte importante para o enfrentamento do luto dos familiares diante do processo de adoecimento do paciente. Oferecer auxílio espiritual, independentemente da opção religiosa, é essencial para minimizar as dores do corpo e da alma. "A parte espiritual é um dos setores mais profundos do ser humano e se torna ainda mais importante num momento como esse. Por isso, não nos preocupamos apenas com a parte física, mas também com a emocional. Ao se sentir cuidado, a melhora do paciente já é perceptível", explica o analista de pastoral do Hospital Universitário Cajuru, Tiago Machado.

"Receber o diagnóstico de uma doença grave, não significa abrir mão da qualidade de vida", complementa Tiago. Mas é preciso fazer algo que quase ninguém quer fazer: pensar sobre a própria morte e se programar para ela. ”Conversamos com pacientes e familiares para ajudar a encontrar significado na dor e num momento tão delicado. Mesmo com pouco tempo para a preparação, fazemos de tudo para acolher a família. E, aos poucos, mostramos que pensar em como queremos morrer faz parte do viver", encerra.


De olho na volta às aulas, ortopedista pediátrica explica se mochila pode causar escoliose

Pais e cuidadores devem ficar de olho no peso do acessório para não prejudicar a saúde da criança ou adolescente


A volta às aulas presenciais ou no sistema híbrido se aproxima e, junto da preocupação com as medidas sanitárias vem uma dúvida constante de pais e cuidadores: a mochila pode causar escoliose? 

Segundo a Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM/SP), não, embora o uso incorreto do acessório possa desencadear outros problemas, como alterações posturais e lesões musculares e articulares que evoluem com dor. 

“As crianças e, principalmente os adolescentes, teimam em usar a mochila em um ombro só, mesmo superpesadas. Com isso, acabam se queixando de dores nos ombros, coluna cervical, torácica e lombar. Como muitas demoram a se queixar de dor, ao sinal da primeira reclamação é interessante consultar um ortopedista pediátrico especializado em coluna para investigar o motivo do desconforto”, orienta. 

A médica lembra que sintomas: dor, dormência, desconforto e formigamento são sinais importantes que precisam ser averiguados. Crianças mais tímidas, segundo a médica, são as que menos tendem a reclamar e por isso cabe aos pais e cuidadores observar o momento em que colocam ou retiram a mochila, já que são momentos em que podem demonstrar dificuldade ou dor. 

O peso da mochila também merece atenção, já que não deve ser superior a 15% do peso da criança. “É importante conversar com a criança para que ela entenda que o bom uso da mochila é importante para a sua saúde”, diz a médica, que cita que é o acessório deve ter alças largas e acolchoadas que devem ser usadas ao mesmo tempo e estarem firmes contra o corpo. 

“A criança deve levar apenas o imprescindível para o dia e, ao pegar a mochila do chão, não deve esquecer de sobrar os joelhos para distribuir melhor a carga”, orienta Dra. Natasha. A criança deve participar da escolha da mochila, que deve seguir algumas regras importantes:

 

- Ela deve ser adequada para o tamanho da criança;

- As alças devem ser largas e acolchoadas;

- Duas alças de ombro e outra na cintura;

- Costas acolchoadas;

- Vários compartimentos podem ajudar a distribuir melhor o peso;

- Mochila leve e, quando for possível, com rodinhas.

 

Dra. Natasha Vogel - Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo Brasil; Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético. Universidade de São Paulo, USPSão Paulo, Brasil; Especialização - Residência Médica Universidade de São Paulo, USPSão Paulo, BrasilTítulo: Ortopedia Pediátrica; Especialização - Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil - Título: Ortopedia e Traumatologia; Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJJundiai/SP, Brasil.


Alergista ensina como evitar picadas de insetos e explica as reações alérgicas mais comuns

 Dra. Brianna Nicolletti explica que existem dois tipos de reações diferentes, uma mais amena e outra mais perigosa e grave, para as diferentes categorias de insetos 



Adultos e, principalmente, crianças estão suscetíveis a desenvolver alergias decorrentes de picadas de insetos, os casos aumentam em decorrência do calor, chuvas e acúmulo de água parada, tão comuns no verão brasileiro. 

De acordo a Dra. Brianna Nicoletti Alergista e Imunologista pela USP, as reações a picadas podem ser de dois tipos:

A primeira e mais comum é a alergia às picadas de mosquitos (como por exemplo os pernilongos), pulgas, moscas e carrapatos.
 

O processo alérgico é causado pelo efeito irritativo da saliva do inseto injetada durante a picada e pode provocar uma pequena reação como vermelhidão, inchaço e coceira no local da picada. 

O perigo está no fato de que algumas pessoas podem apresentar uma reação de alergia mais grave e extensa.  

Em muitos casos, no local, surgem feridas que podem infeccionar. “A reação alérgica que pode acometer outras partes do corpo, além da picada, é conhecida como estrófulo ou prurigo estrófulo. O diagnóstico é clínico e as lesões apresentam um aspecto característico apresentando erupções e até pequenas bolhas. Uma única picada pode originar múltiplas lesões por disseminação sanguínea dos agentes inflamatórios e ainda deixar cicatrizes para toda a vida”, detalha Brianna. Essa alergia deve ser tratada com a vacina específica.

O segundo tipo de alergia relaciona-se às picadas de abelhas, vespas, marimbondos e formigas.

Neste caso não é a saliva que provoca alergia, mas o veneno injetado durante a picada. Todas as pessoas desenvolvem algum grau de reação, porém menos de 5% da população é realmente alérgica. Normalmente, após a picada, o indivíduo sente dor e o local fica vermelho e inchado.
Nos casos mais graves, as pessoas desenvolvem graves reações alérgicas que vão desde uma reação local de maior intensidade em uma grande área do corpo, até graves reações generalizadas e choque anafilático, que pode ser fatal se não tratado imediatamente.



Como prevenir?

“A melhor prevenção ainda é evitar estas picadas!”, explica a médica. Brianna enumera ações simples que podem evitar grandes problemas: 

  • Usar a prevenção mecânica, instalando um mosquiteiro na cama; telas contra insetos nas janelas; janelas e portas fechadas, principalmente no final do dia;
  • Passar repelente na pele, de acordo com a idade, e sem abusos; e inseticidas (também com muito cuidado pelo risco de intoxicação);
  • Para outros insetos, como formigas, muita atenção ao caminhar sobre espaços gramados pois é onde ocorre sua proliferação; e andar calçado.

    “Em caso de dúvidas, caso necessário, consulte um médico especialista”, finaliza a alergista e imunologista.


     
     

Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Janeiro Verde: 10 mitos e verdades sobre câncer do colo do útero que você precisa ficar de olho

No mês de conscientização da doença, que tem como principal causa o HPV, é preciso combater a desinformação. Especialista comenta informações relevantes sobre o tema

 

Câncer do colo do útero é assunto sério, mas a boa notícia é que ele pode ser evitado quando alguns cuidados são colocados em prática, como a vacinação de meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 a 14 anos contra o HPV - doença que ocorre em quase 99% dos casos por causa do Papilomavírus Humano. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é estimado que durante o triênio 2020/2022 hajam 16.590 casos de câncer do colo do útero no Brasil ao ano. De acordo com a Dra. Larissa Gomes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, as lesões pré malignas podem ser diagnosticadas precocemente evitando o aumento dos casos de neoplasia em si.  

"O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres no Brasil, em algumas regiões chega a ser o segundo. O exame Papanicolau, por exemplo, é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. O diagnóstico precoce é fundamental para que possamos agir o mais rápido possível para evitar o diagnóstico em estágios mais avançados.", comenta. 

Mas, mesmo com as mais diversas informações sobre a doença, é preciso ficar de olho quanto às fake news, que podem atrapalhar no entendimento do câncer do colo do útero e influenciar negativamente no diagnóstico precoce. Abaixo, a Dra. Larissa Gomes lista quais são os principais mitos e verdades sobre o tema:

 

Qualquer mulher ativa sexualmente pode ter HPV 

Verdade. Qualquer mulher que tiver relações sexuais pode ser exposta ao vírus. Apesar do HPV ser um vírus autolimitado - no qual a infecção é resolvida até os 30 anos - é estimado que 8 em cada 10 mulheres tenham contato com o vírus alguma vez em suas vidas, porém a grande maioria devido a sua imunidade consegue combater a infecção sem desenvolver uma doença ou lesão.

 

O câncer do colo do útero não é prevenível 

Mito! O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser prevenida através do rastreamento e diagnóstico precoce com a rotina ginecológica/Papanicolau ou através da vacinação contra o papilomavírus humano - HPV, protegendo assim contra os seus subtipos de alto risco (16 e 18).

 

Toda mulher com HPV terá câncer do colo do útero 

Mito! Pelo HPV promover uma infecção autolimitada, menos de 10% das mulheres irão desenvolver de fato o câncer do colo do útero. Aquelas pacientes que apresentam algum grau de comprometimento de sua imunidade como por exemplo, portadora do HIV, transplantadas ou sob tratamento que afetam a sua defesa podem facilitar a reprodução do vírus. Por isso, mais uma vez, a vacinação contra o HPV se faz essencial.

 

O Papanicolau é uma maneira de identificar o câncer do colo do útero 

Verdade. O exame, realizado dos 25 aos 64 anos de idade (anualmente e depois a cada três anos) é uma maneira de identificar lesões pré-malignas ou de realizar um diagnóstico precoce, ou seja, em estádio inicial. É importante ressaltar que a rotina ginecológica deve ser realizada mesmo se a mulher já for vacinada.

 

Os sinais da doença podem demorar para aparecer 

Verdade. Na maioria dos casos, o câncer do colo do útero é assintomático, mas pode ser possível notar dor na relação sexual ou sangramento ou, ainda, secreção vaginal com odor, quantidade ou aspecto diferente do usual. Quando a doença está avançada, a paciente pode apresentar dores mais intensas em região pélvica, alterações urinárias ou intestinais, perda de peso não justificada ou dores nas pernas e costas, ou cansaço extremo relacionado a perda sanguínea (anemia).

 

Usar preservativos impede a transmissão do HPV 

Mito. O vírus pode ser transmitido através de outras regiões da genitália, uma vez que também estão expostas durante a relação sexual. É estimado que a camisinha consiga proteger em até 70% o contágio do HPV. Além disso, vale ressaltar que o uso de preservativos pode evitar outras doenças sexualmente transmissíveis, por isso seu uso é fundamental. Vale frisar que a vacinação contra o HPV é capaz de proteger contra lesões pré malignas e neoplasias de colo uterino, vulva, vagina, ânus e cabeça e pescoço.

 

Mulheres jovens não precisam se preocupar com o câncer do colo do útero 

Mito! Apesar da maioria dos casos ocorrer após os 40 anos, é importante ressaltar que ele pode acontecer em qualquer idade e por este motivo, é recomendado que se faça o exame do Papanicolau a partir dos 25 anos ou quando a mulher começa a ter relações sexuais. Devido a falta de aderência a vacinação e aos exames ginecológicos de rotina vemos um aumento dos casos em paciente jovens, o que mais uma vez nos mostra que a prevenção é fundamental desde cedo.

 

Sangramento durante a menopausa pode ser um sintoma de câncer do colo do útero 

Verdade. O sintoma deve ser avaliado por um especialista, pois pode ter outras causas relacionadas, sendo o câncer do colo do útero uma delas.

 

Quem toma a vacina contra HPV não precisa usar camisinha 

Mito! A vacina contra o HPV não protege contra os mais de 150 subtipos do vírus, mas previne contra os tipos 16 e 18, que causam mais de 70% dos casos de câncer do colo do útero. É fundamental utilizar preservativos para evitar não só o HPV, mas também outras doenças sexualmente transmissíveis, além da realização periódica de exames preventivos.

 

Menos de 10% das mulheres infectadas pelo HPV podem desenvolver câncer do colo do útero 

Verdade. Apesar do HPV nem sempre evoluir para o câncer do colo do útero, é fundamental marcar consultas periodicamente com o ginecologista para acompanhamento. Por isso, é importante ter atenção e cautela.


Especialista do Hospital IGESP explica a Síndrome de Burnout


Para fortalecer a luta em defesa da saúde mental, Flávia Bering Santin, psicóloga do Hospital IGESP, explica a Síndrome de Burnout. Conhecida também como a Síndrome do Esgotamento Profissional, ela é um distúrbio psíquico caracterizado por exaustão, estresse e esgotamento físico, provocados por condições de trabalho desgastantes ou desemprego. "O estresse, a falta de motivação, a pouca vontade de sair da cama ou de casa, quando acontecem com frequência, podem indicar o início da doença", explica.  

Os sintomas presentes na Síndrome de Burnout são diversos e surgem de forma leve, levando as pessoas a acharem que é algo passageiro. Porém, pode piorar com o passar dos dias. Confira os principais sinais da síndrome: cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota, desesperança e incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais e alteração nos batimentos cardíacos.

 

Diagnóstico

Segundo a psicóloga, muitas pessoas demoram para buscar ajuda por não conhecerem a Síndrome de Burnout ou por não identificarem todos os sintomas, o que resulta em negligenciamento da situação. "Um profissional especializado em saúde mental é o responsável pelo diagnóstico da Síndrome de Burnout, sendo o psiquiatra e o psicólogo os mais indicados para identificarem os problemas e orientarem a melhor forma de tratamento", afirma.
 

Tratamento

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos como antidepressivos e/ou ansiolíticos. O efeito do tratamento pode acontecer entre um e três meses, porém depende de cada caso.

 

Prevenção

A melhor forma de prevenir o burnout é fazendo atividades que aliviam o estresse e promovem o relaxamento, equilibrando trabalho, lazer e vida social. Flávia cita algumas formas de aliviar a tensão: 

● Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;

● Participe de iniciativas de lazer com amigos e familiares;

● Pratique ações que não estejam na rotina, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema;

● Converse com alguém de confiança sobre o que está sentindo;

● Faça atividades físicas regulares, como academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação, etc.;

● Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, pois pioram a confusão mental;

● Descanse. Evite dormir poucas horas por noite.


 

Hospital IGESP


Dor nas costas pode indicar falta de água

Freepik

Ingerir menos líquido que o necessário atrapalha funcionamento dos discos da coluna vertebral


Tomar de dois a três litros de água por dia é a receita para amenizar muitos dos problemas de saúde enfrentados por milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive a dor nas costas. De acordo com a professora do curso de Fisioterapia da Universidade Positivo (UP), Christina Cepeda, o baixo consumo diário de água pode contribuir para que o organismo não consiga se recuperar das atividades realizadas no dia a dia, como andar, correr, se abaixar e pular.

Para funcionar corretamente, o corpo humano precisa estar devidamente hidratado. Somente com um volume suficiente de água é possível manter os órgãos funcionando, sejam eles órgãos internos, como o estômago e o pulmão, ou externos, como a pele e os olhos. Essa mesma regra vale para os ossos e as articulações, de acordo com a especialista. “A desidratação pode ocasionar dores nas costas e articulações, por exemplo, porque os discos da coluna vertebral também necessitam de água”, alerta.

Essa é uma necessidade em qualquer época do ano, mas, durante os meses de calor, o consumo de água é ainda mais fundamental, segundo Christina. “No verão e em dias de muito calor, as pessoas transpiram mais e por mais tempo, o que faz com que o volume de água no corpo diminua. Essa redução pode causar uma desidratação da cartilagem das articulações e provocar dor.”


Beber água ajuda na flexibilidade

Formada por uma série de vértebras, a coluna vertebral tem, além delas, os “discos intervertebrais”. Esses discos têm algumas funções primordiais. Uma delas é ajudar a amortecer os impactos causados na movimentação cotidiana do corpo. A outra é aumentar a flexibilidade da coluna. E é a desidratação desses discos que pode causar dor. “Normalmente, os discos intervertebrais perdem água ao longo do dia e voltam a se hidratar à noite, quando estamos deitados. Para que isso aconteça, no entanto, é necessário ingerir muita água”, detalha Christina.

Quando essa hidratação não ocorre porque o volume de água não é suficiente, os discos reduzem sua altura e, consequentemente, o espaço entre as vértebras. Além da dor em si, esse tipo de ocorrência também reduz a amplitude dos movimentos, ou seja, a flexibilidade da coluna.


Como evitar a dor causada pela desidratação

Somadas à ingestão de dois a três litros de água todos os dias, algumas rotinas contribuem para manter o corpo hidratado e funcionando normalmente. A especialista lembra a importância de praticar exercícios de alongamento regularmente e, para completar, manter uma alimentação saudável e equilibrada.

Diagnosticar a falta de hidratação como causa primordial da dor nas costas é tarefa para um profissional habilitado. Depois de uma avaliação física, ele pode solicitar exames de imagem, como a radiografia, e até uma ressonância magnética para verificar se a desidratação existe e, em caso positivo, qual o grau. Mas, segundo Christina, prevenir ainda é o melhor remédio. “Se você experimentar dor ou desconforto fora do normal, procure um profissional habilitado”, orienta.

 


Universidade Positivo

up.edu.br/


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