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sábado, 15 de janeiro de 2022

Campanha De Cara Com a Acne lança conteúdos informativos para a geração Z



Projeto aborda questões sobre a acne e outros assuntos relevantes para os jovens



A acne é um dos problemas mais comuns da adolescência, pois além das marcas na pele, também abala a autoestima e a confiança dos jovens. E para discutir o assunto de forma leve e simplificada, foi lançada a campanha De Cara Com a Acne, que aborda temas atuais, como skincare, alimentação, saúde emocional, entre outros temas relevantes para a geração Z. Presente no Instagram e Facebook, o projeto ainda conta com uma landingpage - decaracomaacne.com.br - que traz mais informações sobre o surgimento da acne, mitos e verdades, dicas, tratamentos e outras curiosidades sobre a doença.

Segundo o Jornal Britânico de Dermatologia, a acne é a oitava doença mais comum no mundo e pode surgir durante todas as fases da vida, com maior evidência na adolescência, devido às modificações hormonais. Fatores como genética, dieta inadequada (poucas fibras), tabagismo, ingestão de álcool, estresse e o uso contínuo de medicamentos ainda podem contribuir para o aumento do sebo e favorecer o aparecimento das espinhas e cravos.

Nascidos no auge da era digital, a geração Z possui uma relação maior com a internet em seu dia a dia e estão sempre atentos às novidades. Em busca de soluções milagrosas, recorrem a receitas caseiras e aos filtros das redes sociais, e acabam se frustrando com a autoimagem. A iniciativa De Cara com a Acne chega justamente para desmistificar o conceito de pele ideal e reforçar a importância do acompanhamento com o médico dermatologista para o tratamento da doença. Tudo isso dialogando com a linguagem da geração.

Com o apoio do grupo farmacêutico FQM, a campanha De Cara Com a Acne promove um canal com informações objetivas. A ação contará com a presença de especialistas e influenciadores digitais em conteúdos e lives, que vão debater com os jovens sobre os ideais de pele perfeita.


Reimplante de silicone é a nova tendência nas cirurgias plásticas para 2022, afirma pioneiro da lipoaspiração no Brasil

  Dr. Luiz Haroldo Pereira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), tem percebido que muitas pacientes estão retornando ao consultório para recolocar as próteses.


Em 2021 foi muito comum ver várias mulheres realizando a cirurgia de retirada de silicone das mamas. Porém, para 2022 a tendência é que muitas pacientes retornem aos consultórios para recolocar as próteses. O cirurgião plástico Dr. Luiz Haroldo Pereira, pioneiro da lipo no Brasil, está percebendo esse movimento de volta agora no início do ano. O médico, com mais de 40 anos de experiência, acredita que isso está ocorrendo devido a uma insatisfação de muitas mulheres com a falta de volume na região dos seios:

 

“Eu e outros colegas cirurgiões estamos percebendo, que muitas pacientes, que retiraram o implante de silicone no ano passado estão retornando aos consultórios médicos insatisfeitas ou arrependidas. Me lembro que há muitos anos várias pacientes queriam diminuir o tamanho dos seios e realizavam cirurgias plásticas. Depois de uns 20 anos, quando entraram as próteses mais modernas, essas pacientes voltaram aos nossos consultórios para realizar implantes, acredito que o mesmo esteja ocorrendo agora.”

 

Para aquelas mulheres que fizeram a retirada da prótese, o médico explica que não existe qualquer contra indicação, basta a vontade da paciente e claro um profissional de qualidade:

 

“É possível fazer uma incisão inferior, média ou em volta da aréola. Se for feito por um cirurgião experiente não existe nenhuma contra indicação para a recolocação do implante. Essa é uma cirurgia que a gente faz com muita tranquilidade.”

 

Tempo de espera, tamanho e cuidados.

 

Em qualquer cirurgia o tempo de cicatrização leva de 4 a 6 meses. Quem fez a retirada do silicone deve esperar para procurar um especialista para avaliar se é possível colocar outra prótese nas mamas.

 

Na hora de recolocar o silicone podem surgir dúvidas em relação ao tamanho. Uma das maiores referências nacionais em cirurgias como lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, Dr. Luiz Haroldo revela que na hora da retirada os cirurgiões costumam preencher o espaço vazio com um pouco de gordura, então a paciente poderia colocar uma prótese menor, mas isso não é uma regra:

 

“É necessário que o médico converse com a paciente sobre o tamanho desejado. Vamos supor que ela tivesse uma prótese de 280ml, possivelmente poderá colocar uma de 220ml ou 240 ml, isso é uma escolha dela com o cirurgião. Porém, ela também poderá aumentar ou diminuir o tamanho, sem problema algum.”

 

Para os médicos é preciso ter atenção em relação à escolha de onde será feita a incisão:

 

“Os cuidados para a recolocação são, primeiro ter experiência e ser um bom profissional. Segundo, saber que foi feito um corte naquela região, que tem um processo cicatricial e escolher a melhor via de acesso”.

 

Tamanho da cicatriz

 

Em relação a cicatriz, ele tranquiliza as pacientes. Segundo o cirurgião o corte na região dos seios não será maior ou do mesmo tamanho da anterior:

 

“Poderá até ser menor, somente utilizando uma parte da cicatriz da primeira cirurgia. Isto porque o implante é recolocado no subcutâneo ou no retro mamário, em baixo do músculo ou atrás da gordura e da glândula mamária.”

 

Cirurgia e pós-operatório

 

Para realizar o procedimento é necessário a internação durante 1 dia, o procedimento demora cerca de 1 hora e o tempo de recuperação é de 10 a 15 dias, em alguns casos até antes, dependendo da experiência do cirurgião e da resposta da paciente.

 

Dr. Luiz Haroldo ressalta que por ser uma operação que paciente já realizou anteriormente a recuperação pode ser bem mais leve:

 

“O pós-operatório nesse caso é mais simples e menos complicado. Como será feito um acesso e a colocação do implante, costuma ser um processo sem grandes problemas. Depois de uns 20 dias a paciente irá retornar a suas atividades normais, sem nenhum problema.”

 


Dr. Luiz Haroldo Pereira, que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. Ele se especializou na França, onde participou da equipe do Dr. Pierre Fournier. O médico tem mais de 25 artigos publicados nas mais diversas e importantes revistas nacionais e internacionais sobre cirurgia plástica e é autor de vários capítulos de livros sobre lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, sendo considerado fonte no Brasil para todos estes assuntos. Ele já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos. 

 www.drluizharoldo.com.br/

www.instagram.com/luizharoldopereira


Emagrecimento saudável: 5 dicas para diminuir o consumo de açúcar

Divulgação / MF Press Global
Além de dificultar a perda de peso, ingrediente prejudica a saúde bucal e intestinal

 

Uma pesquisa do projeto ConVid - Pesquisa de Comportamento, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que os brasileiros passaram a consumir mais doces e açúcar durante o período de quarentena, com destaque para as mulheres. O aumento do consumo foi de 7% a mais em relação ao período anterior à pandemia, sendo que mais da metade dos entrevistados (63%) assumem consumir doces duas vezes ou mais por semana.

 

O alto consumo de açúcar acarreta uma série de malefícios para a saúde. A substância dificulta o processo de perda de peso e também afeta a saúde bucal e o funcionamento da flora intestinal. De acordo com o médico ortopedista David Gusmão, o açúcar é capaz de prejudicar até mesmo a saúde das articulações: 

“Este adoçante (açúcar) é capaz de aumentar a degeneração articular, agravando doenças que envolvem os tecidos cartilaginosos, como a artrose, por exemplo. Para se ter ideia da dimensão dos efeitos do açúcar na saúde, pacientes que sofrem de artrose relatam alívio dos sintomas da doença após excluir o açúcar da dieta”, explica o médico ortopedista David Gusmão.

A única forma de se livrar dos malefícios deste ingrediente, é através da reeducação alimentar. Confira 5 dicas para diminuir o consumo de açúcar e obter uma dieta mais saudável: 

 

1. Leia os rótulos

 

A nutricionista Monik Cabral explica que nem tudo coincide com o que parece na embalagem: “é essencial ler o rótulo dos alimentos, porque muitos produtos que parecem saudáveis, na verdade são repletos de açúcares e conservantes. Como exemplo, podemos citar as barrinhas de cereais, granolas industrializadas, biscoitos e até mesmo geléias, que parecem naturais mas na verdade são muito calóricos e artificiais”, pontua. 

 

2. Atenção ao xarope de milho

 

Agora que você já sabe a importância de ler o rótulo, atente-se aos adoçantes utilizados pela indústria alimentícia: “o xarope de milho é adoçante artificial altamente calórico e associado com uma série de doenças renais e cardiovasculares. O aditivo chega a ser 1,5 mais doce que a sacarose”, contextualiza a nutricionista Monik Cabral. 

 

O xarope de milho está presente em refrigerantes, balas industrializadas e biscoitos. Esse adoçante repleto de calorias também pode ser encontrado pelos seguintes nomes: xarope de alta frutose, xarope de glicose e corn syrup. O adoçante não possui nenhuma propriedade nutricional - sendo ainda mais maléfico que o açúcar. Seu único benefício é adoçar.

 

3. Repense sua relação com açúcar

 

Entenda como o ingrediente age no seu corpo e porque todos nós somos propensos a gostar de doces: "quando você come açúcar, são liberados neurotransmissores associados ao prazer”, aponta a Coach de Emagrecimento Fernanda D’avila. “Portanto o cérebro direciona a pessoa a comer doces, pois o consumo destas substâncias está associado a sensação de bem estar e prazer instantâneo”, afirma. 

 

Entretanto, este prazer é meramente momentâneo: “dura somente alguns minutos (ou segundos) e aí a pessoa sente a necessidade de comer sempre mais e mais para sentir essa sensação novamente. Todavia, a longo prazo, o custo é prejudicar a saúde como um todo e dificultar o processo de emagrecimento saudável e definitivo ", explica Fernanda D'avila.

 

4. Aproveite o dulçor natural

 

As frutas maduras são mais doces, assim como as frutas secas, tais como tâmaras e passas. Ao preparar sobremesas em casa, aposte nas passas, bananas maduras por exemplo, para adoçar seu bolo. Assim você não terá a necessidade de usar adoçantes. Fica gostoso e seu paladar começa mudar. “Nutricionista Monik Cabral”

 

É fundamental considerar a questão comportamental em relação ao açúcar: “é preciso reeducar o paladar para consumir alimentos in natura e deixar de associá-los com a falta de sabor ou como alimentos sem graça. O fator mental influencia diretamente no processo de reeducação alimentar e de perda de peso”, alerta a Coach de Emagrecimento Fernanda D’avila

 

5. Não corte tudo de uma vez

 

“É importante ter uma mudança de comportamento gradual e profunda, pois dificilmente atitudes radicais irão te ajudar”, pontua Fernanda D’avila. “Não se trata de cortar o açúcar da noite para o dia, mas sim começar a pensar em substituições saudáveis e nutritivas para recompensar o cérebro de outra maneira”, explica a Coach de Emagrecimento. 

 

Fernanda D’avila dá dicas de como controlar o consumo de açúcar: “adoto um sistema de recompensa semanal com as alunas do meu Método de Emagrecimento Rápido. Juntamente com a minha equipe multidisciplinar de profissionais, nós constatamos que programar recompensas semanais faz com que a pessoa não sinta tanta falta de um doce, evitando assim a compulsão alimentar”, sinaliza. 

 

O indicado é sempre procurar um nutricionista para obter um planejamento alimentar: “reeducar o prato e a mente é o que irá te fazer emagrecer definitivamente. 

 

Adotando novos hábitos e se livrando de dietas restritivas sem resultados”, diz Fernanda D’avila.

 

 



Fernanda D’avila -Coach Comportamental formada pela IBC e Fisioterapeuta formada pela UVA com especialidade em estética, casada com Marcos Junior empresario, conhecido como Professor Junior, formado em Educação Física pela UFRJ, há mais de 20 anos. “No começo da pandemia desenvolvi um método de emagrecimento rápido e definitivo para salvar a minha mãe e o meu irmão do sobrepeso. Também  convidamos homens e mulheres de diversas idades para realizarmos um estudo de caso. Além de ter aplicado também em mim e no meu marido.” O resultado foi surpreendente e mediante, ela lançou o seu Programa de Emagrecimento Rápido e definitivo: Programa 6K7D. "Ajudo pessoas a emagrecerem definitivamente perdendo até 6kg já na primeira semana sem efeito sanfona", afirma Fernanda D'Avila. O programa conta com uma equipe multidisciplinar ( nutricionista, educador físico e suporte diário).


Ainda falando de férias: como ter tempo de qualidade com os filhos?

VGCOM - Pexels com Kampus Production - imagem free


Atividades fora de casa, com movimento, atividade física e interação social são as indicadas

 

Janeiro, ainda é um mês de férias e de alegria para as crianças, mas muitas vezes desespero dos pais, porque fica a dúvida do que fazer com a criançada. Para complicar, as férias de alguns pais não coincidem com as dos filhos, nem em termos de duração. O tempo destinado aos filhos ainda é um assunto que incomoda os pais. Na vida corrida, às vezes, é difícil conciliar as atividades diárias com o tempo para passar com eles. Por consequência, o sentimento de frustração, culpa e até incompetência é comum entre os pais. Por outro lado, as crianças sentem a ausência.

O período escolar exigiu muito das crianças em termos de confinamento e concentração, aulas on line e de pouca expansão. É importante priorizar as atividades nas férias que sejam fora de casa, viagens, praia, campo, skate, bicicleta, parques; tudo ao ar livre, que promova atividade física, que as crianças tenham movimento e interação social. “Isto, para contrabalancear esse excesso de período online que tiveram e pela tendência atual de muitos entretenimentos serem online como vídeo games, vídeos que gostam de assistir, televisão e boa parte dos relacionamentos socias que ocorrem muito pelas redes sociais”, explica a psicóloga clínica, Karin Kenzler.

Para os pais que não têm férias e dispõem de pouco tempo para curtir as crianças é importante zelar por um tempo junto de qualidade. Muitas vezes os pais oferecem uma programação intensa, mas sem estar com essa disponibilidade interna. Até levam os filhos para fazer muitas coisas, mas não estão totalmente presentes. “É comum ver o pai e o filho em um parque, mas a criança brincando sozinha com um gravetinho enquanto o pai está no celular. Não estão conectados”, exemplifica a psicóloga.

É possível conciliar tudo, já que não é preciso estar presente 24 horas por dia na vida do filho para ter um tempo de qualidade. Dentro do contexto, a frase qualidade é melhor que quantidade. “Pode ser pouco, cerca de meia hora, se for o caso, mas é necessário se entregar totalmente à criança, estar disponível, sem que celular ou televisão, por exemplo, desviem a atenção”, ressalta a psicóloga. Além de ser fundamental para o desenvolvimento de uma relação de companheirismo e confiança entre as partes, “esse tempo pode ajudar os pais a diagnosticarem o potencial e as dificuldades de cada filho, para poder contribuir na evolução das qualidades que desejam que eles levem para a vida adulta”, explica.

Ouvir, fazer coisas juntos, ensinar, aprender, abraçar, brincar, sentar no chão, assim deve ser aproveitado este tempo. E, não deve ser o que sobra, mas, sim, planejado e incorporado à rotina. A ideia é que esse tempo seja único e divertido na vida dos filhos, pois, bem provável, serão lembrados por muitos anos. Caso tenha mais que um filho, o ideal é tirar um tempo para cada, individualmente.

Tempo de qualidade com o filho é para ficar totalmente conectado com a criança, é estar atento às questões e ter paciência para ouvir as histórias. Não é o estar junto enquanto a criança se diverte e o pai trabalha. São tempos cada vez mais raros e são preciosos”, ressalta Karin. Vale lembrar que esse tempo melhora a relação, a autoridade, cria bom referenciais, torna a criança mais segura, melhora a autoestima e a disciplina. 

 

 

Karin kenzler  -   Formada em psicologia pela PUC SP e pós graduada em psicopedagogia pela Universidade Santo Amaro, Karin tem no currículo experiência profissional na Alemanha, em psiquiatria de jovens e adultos e no Departamento de Desenvolvimento Pessoal. No Brasil, trabalha com psicoterapia para casais, famílias, adultos, adolescentes e crianças. Já atuou em psicóloga escolar, atendimento clínico em Terapia Artística, projeto social com crianças e adolescentes da favela e psicologia do esporte. Tem formação em Psiquiatria e Psicoterapia de criança e adolescentes, Especialização em Psicanálise da Criança, Extensão em testes e dinâmicas de grupo em Orientação Vocacional e Extensão em Terapia de Casal e Família.

 

Covid-19 e hospitais lotados: "É importante manter a calma diante de diagnóstico e sintomas de resfriado, além de evitar se expor ao pronto atendimento", conta especialista

 

  • Coordenador Médico da Amparo Saúde, Dr. Lucas Gurgel, orienta sobre considerar a necessidade real de recorrer ao atendimento presencial, e aponta dicas diante novo surto da Covid-19 e influenza (H3N2)
     
  • A Amparo Saúde, especializada em atendimento coordenado e APS, viu o número de agendamentos de consultas quase quadruplicar na segunda semana do ano


 

O final de ano e a entrada de 2022 foram marcados pela superlotação de prontoatendimentos (PA) e hospitais, diante do crescimento exponencial de casos de influenza (H3N2) e da nova variante Covid-19, a Ômicron. O cenário traz grandes desafios ao sistema de saúde como um todo, e especialistas têm alertado sobre qual a melhor forma de agir neste momento e a importância de avaliar a ida presencial aos hospitais e pronto atendimento de forma cautelosa e responsável.
 

De acordo com o SindSaúde-SP, a cada 100 fichas, no mínimo 80 são de pacientes que apresentam sintomas gripais, sendo sua grande maioria, casos leves sem necessidade de intervenção. Mesmo assim, a espera por atendimento médico presencial somado ao tempo total de permanência do paciente no PA devido também a realização de exames, pode chegar a 10 horas no total ou mais. Com isso, o Dr. Lucas Gurgel, que atua como Coordenador Médico na Amparo Saúde, empresa especializada em atendimento coordenado e APS, percebeu um aumento de quase 4 vezes na demanda por consultas e elaborou dicas e informações com base nas novas recomendações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana. Confira:
 

1 - Primeiro de tudo, é fundamental ter em mente que não se deve deixar desesperar nestes momentos de sintomas ou de diagnóstico positivo. Este é um dos principais fatores que estão levando as pessoas aos PAs e contribuindo para as superlotações, e que podem ser evitadas com um pensamento responsável de cada paciente. A Covid-19 é uma doença que afeta diretamente o nosso sistema nervoso, mas não podemos deixar que isso seja o fator determinante.
 

2 - Se o paciente está apenas com sintomas leves, uma consulta de telemedicina é o mais aconselhável e trará todas as recomendações necessárias, sem precisar que o paciente se coloque em risco em hospitais e também exponha outras pessoas ao vírus. Optar pelo uso da telemedicina, que já foi comprovada como alternativa extremamente eficaz durante a pandemia, também garante que o paciente não "fure a fila" de quem realmente precisa de atendimento presencial - além de não sobrecarregar as equipes médicas do local.
 

3 - Em caso de sintomas leves, estar exposto a ambientes com muitas infecções e doenças, como hospitais, pronto socorros e PAs, pode ser muito prejudicial aos pacientes e, por isso, os atendimentos via telemedicina são os mais indicados nessas situações. É importante lembrar que no local terão pessoas com outros tipos de doenças contagiosas.
 

4 - Sobre o isolamento social: o ideal é evitar a exposição social enquanto ainda estiver com sintomas. É recomendado esperar os sintomas desaparecerem antes de sair do isolamento, independentemente da quantidade de dias que se passaram, e ir fazendo testes ao longo destes dias até sair um resultado negativo.
 

5 - Quando procurar atendimento presencial? Se a pessoa continuar com sintomas após dez dias de isolamento, o recomendado é continuar até 14º dia - já podendo considerar, a partir do décimo, o atendimento presencial - neste caso, para a possibilidade de haver alguma complicação.

 

O que o comercial da Alice nos ensina sobre Sharenting?


No final de 2021 o país todo conheceu Alice, uma criança de 02 anos com a linguagem que lhe é característica e que contracenou com Fernanda Montenegro para um comercial do Banco Itaú. Nele, Alice pedia "espelança".

 

Esperança de ser revelada na internet e colher apenas os bons frutos, logo ali, na internet, uma terra sem limites, gigante, que em segundos toma proporções estratosféricas.

 

Não demorou muito para que a Morgana, a mãe de Alice, pedisse em suas redes sociais que a imagem da filha não fosse associada a fins religiosos e políticos, uma vez que não havia autorizado o uso da imagem para tais fins.

 

Não é de hoje que a divulgação (muitas vezes descontrolada) dos filhos gera inúmeros debates no mundo jurídico, nas mais diversas áreas e é por isso que devemos falar sobre sharenting, que em uma tradução literal do inglês para português significa a junção da palavra share (compartilhar) e parenting (parentalidade).

 

Em resumo, trata-se da atitude representada pelo uso excessivo das redes sociais pelos pais para compartilhar conteúdo relacionado aos seus filhos. Em era de instagram, de publicações a um clique, quais os limites que devem ser impostos aos pais sobre a exposição exagerada de seus filhos menores na internet?

 

A era instagramável proporcionou aproximação entre pessoas do mundo todo e ao mesmo tempo a propagação de muitas informações a respeito da imagem e privacidade e que muitas vezes são associadas a outros fins, distorcidas e utilizadas para fins criminosos muitas vezes.

 

Mas até que ponto os pais, detentores do poder familiar, podem divulgar dados personalíssimos de seu filho nas redes sociais de forma descontrolada, sendo certo que estamos aqui a tratar da divulgação de dados tão íntimos e tão individuais de pessoa incapaz de se expressar? Sharenting....

 

O caso da Alice não é único. O que dizer dos incontáveis youtubers menores de idade (comportamento validado pela maioria dos pais) com milhares de inscritos em seus canais e que hipnotizam outras milhares de crianças na internet e de quebra auferem uma renda muito significativa?

 

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura à criança e ao adolescente em seu artigo 3º o gozo de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, senão vejamos:

 

Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

 

Não fosse somente isso, a Constituição Federal também garante que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

 

Sobre o direito inviolável à intimidade em especial, vale dizer se tratar de um direito de personalidade que nos é intrínseco, ou seja, que faz parte de nossa essência. Sendo então um direito inviolável, estariam os pais extrapolando os limites do direito constitucional? Ou estariam fazendo uso da tão falada liberdade de expressão, também garantida pela Constituição Federal?

 

Qual a consequência futura de uma infância amplamente divulgada e reconhecida? É um questionamento que intriga bastante.

 

 

Carolini Cigolini Lando - Advogada especialista em Direito das Famílias e Sucessões e Direito Homoafetivo, Associada ao Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM, Membro efetivo da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/SP.


Prazo para opção do Simples Nacional termina no dia 31 de janeiro

Sebrae esclarece dúvidas de empresários com dívidas e recomenda que a ME ou EPP excluída do Simples por dívidas tributárias faça nova opção pelo regime até 31 de janeiro


Os pequenos negócios que foram excluídos do Simples Nacional, por débitos tributários, podem optar por retornar ao regime até o dia 31 de janeiro. O Ministério da Economia calcula que 1,8 milhão de empresas estão inscritas na dívida ativa da União por débitos do Simples, o que representa um montante de R$ 137 bilhões.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a permanência no regime garante também a sobrevivência das empresas. “Os pequenos negócios ainda atravessam o período difícil de retração e são fundamentais para a recuperação da economia. Estar no Simples significa a sobrevivência do pequeno negócio, e para isso o empresário deve ficar atento aos prazos”.

Para aderir ou retomar a inclusão no Simples, é preciso regularizar os débitos tributários, seja com a Receita Federal do Brasil (RFB) ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O prazo para regularizar os débitos e ter a opção aprovada também é até 31 de janeiro de 2022. “Estamos, porém, solicitando ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), que prorrogue este prazo para 31 de março de 2022”, alerta Melles.


Fique de olho nos prazos:

  • Pedido de opção – para aderir ou para retornar ao Simples Nacional: 31/01/2022
  • Prazo para regularizar os débitos e ter o pedido de opção aprovado: 31/01/2022 (estamos pedindo prorrogação desse prazo)
  • Prazo para aderir à transação tributária – na PGFN – dos débitos fora do simples, inscritos em Dívida Ativa da União: 25/02/2022
  • Prazo para aderir à transação tributária – na PGFN – dos débitos do simples inscritos em Dívida Ativa da União: 31/03/2022 

 

É necessário renovar a adesão ao Simples Nacional todos os anos?

Não. A adesão pode ser feita apenas pelas empresas que foram excluídas ou pediram exclusão do Simples Nacional.  Em 2021, por exemplo, foram excluídas 342 mil empresas por débitos tributários, com vigência a partir de 01/01/2022. Essas empresas, caso queiram permanecer no Simples, devem pedir nova opção até 31/01/2022. Lembramos que o prazo de opção não será prorrogado. Quem quer aderir (ou retornar) ao Simples deve pedir a opção até 31/01/2022, mesmo que tenha débitos tributários. 


Como saber se a minha empresa está em débito com a Receita Federal ou inscrita na Dívida Ativa?

Para consultar os débitos do Simples Nacional que continuam em cobrança na Receita Federal o contribuinte deverá utilizar a opção “Consultar Débitos" no aplicativo PGDAS-D e DEFIS ou a opção "Consulta Pendências - Situação Fiscal > Débitos Pendências" no portal e-CAC. Já para consultar débitos inscritos em dívida ativa da União, o empresário deve acessar o portal REGULARIZE e clicar na opção Consultar Dívida Ativa.


O que fazer quando, ao fazer a opção pelo Simples em janeiro/2022, aparecerem débitos tributários?

Esses débitos devem ser regularizados, por meio de pagamento, parcelamento ou transação tributária. O prazo para essa regularização é 31/01/2022, mas há tratativas no sentido de estender esse prazo até 31/03/2022 – o que dependerá de resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional – CGSN. Os procedimentos para isso estão em andamento. Lembramos que, de acordo com a LC 188/2021, o SEBRAE passou a fazer parte do CGSN a partir de 2022, juntamente com a SEMPE e a CONAMPE/COMICRO – estas em regime de rodízio anual. 


Meus débitos ainda não foram inscritos na Dívida Ativa, mas tenho débitos na Receita. Como proceder para me regularizar? 

É necessário efetivar o pagamento dos impostos em atraso, de maneira integral ou parcelada. Débitos do Simples podem ser parcelados de forma online por meio do Serviço de Parcelamento no Portal do Simples Nacional. O MEI encontra o serviço na página do Simei, opção “Parcelamento - Microempreendedor Individual” (passo a passo aqui).


É possível parcelar as dívidas com a Receita? Em até quantas vezes?

Por enquanto a MPE pode renegociar os débitos na Receita Federal por meio de parcelamento ordinário, com prazo de até 60 meses. No entanto, estamos trabalhando pela derrubada do veto ao PLP 46/2021, que institui o Relp – o Refis dos débitos do Simples, que prevê prazo de até 188 meses. A expectativa é a derrubada do veto no retorno do Congresso Nacional, em fevereiro/2022. É por esse motivo que estamos trabalhando para que o CGSN estenda o prazo para regularização de débitos do Simples, para quem optou em janeiro/2022, até 31/03/2022. Isso dará tempo para que a MPE, caso o veto seja derrubado, opte pelo Relp/Refis. 


A minha empresa está inscrita na Dívida Ativa. Quais programas estão sendo oferecidos nesse momento?

A PGFN disponibiliza hoje mais de 8 oportunidades para negociação de dívidas por meio de transação tributária, instituto que possibilita a regularização fiscal com condições diferenciadas tais como entrada de 1%, parcelamentos em 145 meses e descontos de até 100% em multas, juros e encargos. Consulte aqui todas as oportunidades em aberto. Há opções específicas para as Micro e Pequenas Empresas e MEI, como as do Programa de Regularização do Simples Nacional e Pequeno Valor do Simples Nacional, que preveem parcela mínima a partir de R$25. Existem, ainda, editais destinados aos setores mais impactados pela pandemia, tais como o do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A adesão aos programas é feita totalmente de forma online.


A transação tributária serve para renegociar todas as dívidas?

Não. A transação tributária é um excelente mecanismo para renegociação de todos os débitos já inscritos em Dívida Ativa da União. Ela não serve, no entanto, para os débitos que estão na Receita Federal, pois os débitos do Simples, em sua quase totalidade, não têm contencioso administrativo, sendo oriundos de declarações. O prazo de adesão é até 31 de março de 2022.


A adesão à transação tributária pode ser feita apenas pelas empresas que querem aderir (ou retornar) ao Simples em 2022?

Não.  A adesão à transação tributária pode ser feita até 31/03/2022 por qualquer Microempreendedor Individual (MEI) e demais ME e EPP que tenham débitos apurados no Simples.  Segundo levantamento da PGFN, há 1,8 milhão de empresas com débitos do Simples inscritos em Dívida Ativa da União, das quais 160 mil são MEI. 


Qual a melhor opção: a transação tributária ou o Refis/Relp?

Por enquanto só temos a transação tributária. O Refis/Relp dependerá da derrubada do veto ao PLP 46/2021. De qualquer forma, se o débito estiver inscrito em Dívida Ativa da União, a transação tributária pode ser até mais vantajosa do que o Refis/Relp, principalmente para débitos de pequeno valor (até R$ 72.620), que têm descontos inclusive no principal. Lembramos que os débitos de pequeno valor são por inscrição. Uma empresa pode ter vários débitos que somados ultrapassam o teto, mas se todos individualmente são de até R$ 72.620, todos podem ser transacionados na modalidade de pequeno valor. Se o débito estiver na Receita Federal, será necessário fazer o parcelamento ordinário (agora), ou esperar a derrubada do veto para aderir ao Refis/Relp.


Para aderir à transação tributária anunciada pela PGFN a empresa tem que estar como optante pelo Simples?

Não. Basta que os débitos sejam do Simples, ou seja, de períodos em que o MEI ou a MPE tenha estado como optante.


E se os débitos não forem do Simples, é possível fazer transação tributária na PGFN?

Para os débitos que não são apurados no Simples, há outras modalidades de transação tributária, com prazo aberto pela PGFN até 25/02/2022.


Preciso de um contador para escolher a melhor opção?

O empresário pode fazer simulações no Regularize (https://www.regularize.pgfn.gov.br/) e escolher a opção que melhor se adeque à sua realidade. O acesso é individual e pode ser feito com certificado digital ou senha adquirida no momento do cadastro no Portal, feito no próprio site. Não é obrigatório utilizar o serviço de um contador. 


MEI também pode negociar as dívidas? Como?

O MEI pode negociar seus débitos na página do Simei, opção “Parcelamento - Microempreendedor Individual”, caso ainda não estejam inscritas em dívida ativa. Se já foram inseridas em dívida ativa, pode fazer a negociação por meio do Portal Regularize da PGFN, por meio da transação tributária. 


Caso o Congresso Nacional derrube o veto ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (RELP) posso trocar de opção de parcelamento?

Sim, o PLP 46/2021, que cria o RELP, prevê a possibilidade de renegociar débitos provenientes de parcelamentos anteriores por meio do novo programa. 



Quais os principais benefícios do Programa de Regularização do Simples Nacional?

Entrada de apenas 1% do valor total do débito, dividido em até oito meses. O restante poderá ser pago em até 137 parcelas mensais, com redução de até 100% dos juros, multas e encargos. Os descontos são graduados conforme a capacidade de pagamento do contribuinte, considerando, inclusive, os impactos gerados pela pandemia do novo coronavírus.


Quais os principais benefícios garantidos pelo edital sobre operações do Contencioso de Pequeno Valor do Simples Nacional, que abrange débitos já inscritos na dívida ativa?

Entrada de apenas 1% do valor devido, que pode ser dividida em três parcelas. O restante pode ser parcelado entre nove e 57 meses. Quanto mais curto o prazo para o pagamento, maior o desconto. Para a maior parte do público que poderá ser atendido, as parcelas mínimas são de R$ 100. Para os microempreendedores individuais (MEIs), a parcela mínima é de R$ 25. O edital da Transação do Contencioso de Pequeno Valor vale para as dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2021. Para aderir, o valor da dívida, por inscrição, deve ser menor ou igual a R$ 72.720 ou 60 salários-mínimos.


Quantos empreendedores poderão ser beneficiados pelas novas medidas da PGFN?

Atualmente, há 1,8 milhão contribuintes inscritos em dívida ativa por débitos do Simples Nacional, dos quais 160 mil são MEIs. São 2,9 milhões de inscrições de débitos, somando R$ 137,2 bilhões. O valor médio dos débitos dos MEIs é de R$ 4.147,21. Já o débito médio das microempresas e empresas de pequeno porte é de R$ 82.311,06. 


Há um quadro comparativo entre transação tributária e o Refis/Relp?

 Sim. Temos o seguinte quadro comparativo: 

Quadro Comparativo

Divulgação


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

ARTISTA VISUAL RAMO APRESENTA A EXPOSIÇÃO “VILÃO” PELA DIÁSPORA GALERIA A PARTIR DE 25 DE JANEIRO

Racionalizar a tirania colonizatória em contrapartida à resistência do povo preto pauta a origem da nova exposição do artista Ramo, “Vilão”, que entra em cartaz em 25 de janeiro e segue até 25 de abril, pela Diáspora Galeria, na Casa Preta Hub, em São Paulo. As 32 obras, entre pinturas, esculturas e objetos, provocam reflexão sobre a marginalização imposta à cultura negra para dar nova face ao processo de exclusão. Nesse contexto, o artista retrata um vilão que desafia a ordem imputada nos valores de nobreza e pureza do ‘brancocentrismo’ para existir e persistir em uma sociedade historicamente excludente.

Para construir a narrativa, Ramo opta por um conceito de ressignificação dos escombros sociais - periferias e favelas - que se tornaram abrigos para o negro, lançado para a morte, dor, prisão ou adoecimento. Essas ruínas, entretanto, transmutam-se em refúgio para um povo que, apesar de todas as dificuldades, sorri, dança, ama e partilha ao seu modo, preservando uma história negada pela narrativa instituída.

O grande ato de resistência, retratado em “Vilão”, está, de acordo com a curadora da mostra, Lorraine Mendes, “na construção de um sujeito que não se aparta de si. Ao contrário, remonta-se em meio aos escombros, habita a travessia do espelho e, no reflexo, percebe e acolhe o seu igual”. Segundo Ramo, “o racismo cobra do vilão, associado diretamente à figura do homem preto, um processo de intensa percepção de sua importância para a comunidade, principalmente junto aos seus pares. A experiência fragmentada é a mais comum a este vilão, e isso ocorre pelo fato de ele ser um alvo constante em diferentes situações e comunidades”. Neste aspecto, alguns materiais utilizados em suas obras remetem à situação de pressão e mutação, como no caso da argila utilizada para as peças de cerâmica. Expostas a um calor de 900Cº, as peças transformam-se nesse refinamento do conflito, que também enrijece e embrutece seus exemplares, o que é bastante percebido na figura do ser periférico, por exemplo.

A concepção da exposição também dialoga com a trajetória do trabalho artístico de Ramo. Com olhar voltado à construção de um legado para além de sua formulação estética, o artista busca usar referências da capoeira, da cultura quilombola e das atividades da Irmandade da Boa Morte para criar uma identificação real com seus pares, num movimento de contragolpe ao centenário da Semana de 22, que, de acordo com Ramo, ocorreu por parte de uma elite que não conhecia o seu próprio povo e o estigmatizava em suas obras.

“Vilão” é projetada em três núcleos. O primeiro deles diz respeito aos ‘escombros’, que, além do retrato do espaço ocupado pelos excluídos, também toma inspirações no período pandêmico e seus efeitos diante dessas populações. Parte das obras presentes nesse núcleo é feita em cerâmica e outras por resíduos de reformas de residência, baseando-se em colunas e vigamentos. Por sua vez, o segundo grupo é dedicado à bricolagem, com objetos construídos para proporcionarem diferentes níveis de interação com o público, tendo como ponto em comum a dessacralização do viés ocidental de arte e aproximação das sacralidades afro-ameríndias. Já no último núcleo há o diálogo com o movimento de intersecção da mostra com os propósitos feministas, contando com colaborações de parceiras que exaltam a força do coletivo na busca por igualdade, ou seja, no poder do aquilombamento em favor das lutas conjuntas.

 

Diáspora Galeria / Casa Preta Hub

Av. Nove de Julho, 50 – Bela Vista

www.diasporagaleria.com.br

Horário de visita: De segunda a sexta, das 10h às 18h

Quando: 25 de janeiro a 25 de abril de 2022

Curadoria: Lorraine Mendes


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