- Coordenador Médico da Amparo Saúde, Dr. Lucas Gurgel,
orienta sobre considerar a necessidade real de recorrer ao atendimento
presencial, e aponta dicas diante novo surto da Covid-19 e influenza
(H3N2)
- A Amparo Saúde, especializada em atendimento coordenado e
APS, viu o número de agendamentos de consultas quase quadruplicar na
segunda semana do ano
O final de ano e a entrada de 2022
foram marcados pela superlotação de prontoatendimentos (PA) e hospitais, diante
do crescimento exponencial de casos de influenza (H3N2) e da nova variante
Covid-19, a Ômicron. O cenário traz grandes desafios ao sistema de saúde como
um todo, e especialistas têm alertado sobre qual a melhor forma de agir neste
momento e a importância de avaliar a ida presencial aos hospitais e pronto
atendimento de forma cautelosa e responsável.
De acordo com o SindSaúde-SP, a cada
100 fichas, no mínimo 80 são de pacientes que apresentam sintomas gripais,
sendo sua grande maioria, casos leves sem necessidade de intervenção. Mesmo
assim, a espera por atendimento médico presencial somado ao tempo total de
permanência do paciente no PA devido também a realização de exames, pode chegar
a 10 horas no total ou mais. Com isso, o Dr. Lucas Gurgel, que atua como
Coordenador Médico na Amparo Saúde, empresa especializada em atendimento
coordenado e APS, percebeu um aumento de quase 4 vezes na demanda por consultas
e elaborou dicas e informações com base nas novas recomendações divulgadas pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana. Confira:
1 - Primeiro de tudo, é fundamental ter
em mente que não se deve deixar desesperar nestes momentos de sintomas ou de
diagnóstico positivo. Este é um dos principais fatores que estão levando as
pessoas aos PAs e contribuindo para as superlotações, e que podem ser evitadas
com um pensamento responsável de cada paciente. A Covid-19 é uma doença que afeta
diretamente o nosso sistema nervoso, mas não podemos deixar que isso seja o
fator determinante.
2 - Se o paciente está apenas com
sintomas leves, uma consulta de telemedicina é o mais aconselhável e trará
todas as recomendações necessárias, sem precisar que o paciente se coloque em
risco em hospitais e também exponha outras pessoas ao vírus. Optar pelo uso da
telemedicina, que já foi comprovada como alternativa extremamente eficaz
durante a pandemia, também garante que o paciente não "fure a fila" de
quem realmente precisa de atendimento presencial - além de não sobrecarregar as
equipes médicas do local.
3 - Em caso de sintomas leves, estar
exposto a ambientes com muitas infecções e doenças, como hospitais, pronto
socorros e PAs, pode ser muito prejudicial aos pacientes e, por isso, os
atendimentos via telemedicina são os mais indicados nessas situações. É
importante lembrar que no local terão pessoas com outros tipos de doenças
contagiosas.
4 - Sobre o isolamento social: o ideal
é evitar a exposição social enquanto ainda estiver com sintomas. É recomendado
esperar os sintomas desaparecerem antes de sair do isolamento,
independentemente da quantidade de dias que se passaram, e ir fazendo testes ao
longo destes dias até sair um resultado negativo.
5 - Quando procurar atendimento
presencial? Se a pessoa continuar com sintomas após dez dias de isolamento, o
recomendado é continuar até 14º dia - já podendo considerar, a partir do
décimo, o atendimento presencial - neste caso, para a possibilidade de haver
alguma complicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário