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terça-feira, 11 de janeiro de 2022

5 filmes infantis para dias chuvosos de verão


Atividade pode estimular a criatividade das crianças nas férias

 

Verão é tempo de sol, praia e mar, mas também de um longo período de chuvas. Longe das escolas as crianças costumam utilizar esse período para brincadeiras ao ar livre, seja em parques, praças ou nos condomínios. Mas e aqueles dias chuvosos? Qual a melhor opção para os pais e responsáveis na hora de escolher as atividades? 

 

As telas, que são sempre muito utilizadas por eles, podem servir de entretenimento para esses dias. Segundo a diretora do Marista Escola Social Irmão Lourenço, Andrea Aparecida Castro, existem muitos filmes que incentivam bons valores, a criatividade e o protagonismo das crianças e adolescentes. “Muitas histórias incentivam e promovem reflexões próprias do tempo da infância e da adolescência. Assistir filmes em família, ou com os amigos, é uma atividade prazerosa para as férias, sobretudo se tivermos uma boa escolha na hora dos conteúdos, que podem estimular ainda mais os bons sentimentos e a criatividade”, revela. 

 

Para ela o momento pode ser cercado de muito diálogo e até brincadeiras em família. “Uma sugestão é promover jogos, desafios após assistirem o filme ou desenho, esse pode ser um bom momento de ligação entre adultos e crianças”, reforça. 

 

A especialista dá dicas de 5 filmes infantis para os dias chuvosos de verão:

 

1 - Luca

Este lançamento da Pixar aborda a importância das amizades de infância e de aceitar quem somos e viver de acordo com o que temos no coração. No filme, Luca e seu novo melhor amigo, Alberto, compartilham aventuras enquanto aprendem mais sobre o mundo em um verão na Itália.

 

2 - A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

Nesta animação da Sony Pictures, todos os dispositivos eletrônicos do mundo se revoltam e causam um apocalipse robô. A família Mitchell é a única que pode salvar a humanidade dessa ameaça tecnológica.

 

3 - Detona Ralph

Com dois filmes, a franquia Detona Ralph traz o universo dos personagens de jogos de fliperama. Eles vivem suas vidas dentro das máquinas, até que a modernização dos videogames as coloca em risco. Enquanto assiste os personagens correrem para garantir que seus jogos continuem sendo jogados, o espectador aprende um pouco sobre o mundo da tecnologia.

 

4 - Meu Amigo Totoro

Também do Studio Ghibli, “Meu Amigo Totoro” aborda o que é ser criança e ter que lidar com uma situação que nos deixa com medo. Na história, as irmãs Satsuki e Mei se mudam para uma cidade no campo, mais perto de onde sua mãe está internada. Junto do pai, elas tentam adaptar-se às novidades e dificuldades com otimismo, enquanto convivem com a possibilidade de perder a mãe e desenvolvem uma relação de amizade com os espíritos da natureza que são seus vizinhos.

 

5 - Raya e o Último Dragão

Neste filme da Disney, a corajosa guerreira Raya e seus amigos se veem cercados de inimigos, com o mundo que conhecem destruído e as pessoas que amam transformadas em pedra. Sem saber se terão êxito, eles enfrentam muitos desafios para encontrar o último dragão ainda vivo, restaurar o equilíbrio do mundo e unir as tribos de sua terra.

 



Marista Escolas Sociais

https://maristaescolassociais.org.br/


Movimento "Todos a Uma Só Voz" incentiva a doação de leite materno no meio rural, com o apoio do projeto Lactare

Para ser uma doadora, a mãe que amamenta pode procurar os locais do banco de leite humano mais próximo da sua residência para entregar a sua doação


Ação busca levar informação às mulheres do campo enfatizando que toda lactante é uma possível doadora de leite humano

A ausência de estudos sobre o aleitamento materno na área rural não faz dela uma prática irrelevante. Afinal, o leite materno é a principal fonte de nutrição dos recém-nascidos e o único alimento recomendável até os 6 meses de idade do bebê.

Com uma composição química bem balanceada, o leite materno é capaz de suprir as necessidades fisiológicas do bebê. De fácil digestão, o alimento ainda mata a sede e provê a primeira proteção imunológica ao recém-nascido, ajudando a protegê-lo contra diarreias, inflamações no ouvido e doenças respiratórias. O ato de sugar também é um exercício importante para o desenvolvimento adequado da musculatura facial do bebê.

No entanto, a amamentação exclusiva aos filhos recém-nascidos nem sempre é possível. Desta forma, existem campanhas nacionais de incentivo à doação do leite materno excedente. Em 2020, por exemplo, mesmo com o novo coronavírus, o volume de leite doado foi 2,7% superior ao ano anterior, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com o órgão governamental, a partir da doação de 182 mil mulheres foram coletados 229 mil litros de leite materno, sendo que 157 mil litros foram distribuídos, beneficiando 212 mil recém-nascidos.

Doação de leite materno

Apesar do aumento, as instituições de saúde acreditam que é preciso avançar mais. Por isso, existem os bancos de leite espalhados por todo o País como, por exemplo, o Lactare, o primeiro banco de leite privado idealizado por uma farmacêutica, a Eurofarma. Criado há dois anos, o projeto social orienta as mães que estão em fase de amamentação e as estimula a doar seu leite excedente, ajudando a nutrir recém-nascidos internados em UTIs neonatais.

"A partir do momento que uma mãe doa o leite materno, ela está doando uma vida a mais para o recém-nascido da UTI. Existem comprovações que o bebê que recebe este alimento sai antes da internação. Isso já é um motivo de muito orgulho para nós", diz a idealizadora do projeto Lactare, Maíra Billi.

Desde o início do projeto, o Lactare coletou mais de 2,6 mil litros de leite, ajudando na recuperação de mais de mil recém-nascidos internados nas UTIs dos Hospitais Gerais de Itapevi, Cotia e Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Incentivo a doação no campo

Muito tem se falado sobre a presença da mulher no Agro, mas é preciso ter um olhar mais abrangente que transcenda o exercício laboral. Desde sempre a mulher é protagonista e contribuiu para que o setor alcançasse sua atual posição de liderança.

Entretanto, muito mais que a figura profissional, a mulher desempenha vários papéis, dentre eles o de ser mãe, tendo a amamentação como uma das grandes demonstrações de cuidado e amor pelos seus filhos.

Amamentar também é um ato de proteção e que precisa começar a ser preparado antes mesmo do nascimento do bebê. A alimentação e dieta adequadas, exercícios, aprendizado sobre assepsia e cuidados com os seios, são algumas das muitas informações que a futura mamãe precisa saber. Mas também precisa saber que a doação de leite materno constitui um ato humanitário.

Nesse sentido, projetos como o Lactare são tão importantes para a propagação de conhecimento e de ajuda, tanto para as mamães que precisam receber a doação de leite para amamentar seus filhos, quanto para as mães que podem doar.

“As mulheres do campo são verdadeiras heroínas que desempenham vários papéis: além de produtoras, são mães, educadoras e donas de casa. Muitas dessas mulheres, especialmente as que fazem parte da agricultura familiar - das micros e pequenas propriedades - têm limitação de acesso às informações sobre como doar e como receber a doação do leite materno”, declara o idealizador e mentor do movimento Todos A Uma Só Voz, Ricardo Nicodemos.

“Quando conhecemos o projeto Lactare nos encantamos com seus propósitos e entendemos que o nosso Movimento pode contribuir ajudando a disseminar as informações de uma iniciativa tão bonita e louvável como essa. Afinal, assim como o Agro é paz, o amamentar é vida e amor. E nós queremos propagar paz, vida e amor”, acrescenta.

Quem pode doar

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. Para ser uma doadora, procure os locais do banco de leite humano mais próximo da sua residência para entregar a sua doação.

Movimento Todos a Uma Só Voz apoia o projeto Lactare

O Movimento Todos a Uma Só Voz apoia o projeto Lactare. “É um projeto importante porque doar leite é doar esperança. Afinal, um grande gesto pode salvar a vida de quem mais precisa”, afirma Nicodemos.

Para saber mais sobre o projeto Lactare, acesse: www.lactare.com.br

Sobre o Todos a Uma Só Voz

Lançado oficialmente em fevereiro de 2021, conta com a ajuda de diversas associações, empresas e profissionais que trabalham unidos em prol de gerar e disseminar conhecimentos de boa qualidade e estimular a empatia da população urbana pelo campo e pelos produtores e produtoras.

O Movimento tem o apoio institucional da ESALQ-USP, ABAG, ABAGRP, ABCC, ABIA, ABIARROZ, ABIEC, ABISOLO, ABITRIGO, ABMRA, ABPA, ABRAFRUTAS, ABRALEITE, ABRASEL, AGRITECH UFLA, AGROLIGADAS, AGRORESET, AIPC, AMA BRASIL, ANDA, ANDAV, APROSOJA-RO, ASBRAM, CAPITALISMO CONSCIENTE, CECAFÉ, CICARNE, CLIMATEMPO, CONGRESSO DAS MULHERES, DE OLHO NO MATERIAL ESCOLAR, FENEP, GRUPO MULHERES DO BRASIL (COMITÊ AGRONEGÓCIO), IBÁ, IBRAHORT, LIGA DO AGRO, PECEGE, SAE BRASIL, SINDAN, SINDIRAÇÕES, SISTEMA OCB, SNA, YAMI. Conta com o apoio comercial das empresas Agroline, Attuale, Coelho&Morello, Companhia de Estágios, Lamarca, RCom, RV Mondel, TrahLahLah. E tem o patrocínio da CROPLIFE.

Para saber mais sobre o movimento, acesse: http://www.todosaumasovoz.com.br

 

Infectologistas esclarecem dúvidas sobre surtos conjuntos de covid-19 e influenza no país

Para especialistas, termo “flurona” é inadequado e a presença dos dois vírus não está ligada a sintomas mais graves

 

O cenário da pandemia nos últimos dias mudou rapidamente com o surgimento da variante ômicron e com os surtos de influenza fora de época em alguns estados brasileiros. Ainda há muitas dúvidas e confusões em relação ao que esperar dessas duas doenças, mas os médicos infectologistas do Hospital Brasília e do Exame Imagem e Laboratório tiram as principais dúvidas abaixo. Segundo eles, o termo “flurona” usado para definir a detecção dos dois vírus em um paciente é incorreto e não deve ser usado. Além disso, as medidas de proteção que já conhecemos devem ser reforçadas.

“O cenário atual da pandemia, com a variante ômicron se tornando predominante e com número recorde de infectados em alguns países, alerta para a necessidade de manter as medidas sanitárias que conhecemos bem: o uso de máscaras, higienização das mãos, evitar aglomerações e ambientes fechados”, conta o infectologista do Hospital Brasília/Dasa André Bon. “As mesmas medidas são importantes para conter a influenza, já que estamos vendo surtos fora de época em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, e aumento de casos no Distrito Federal”, continua.

 

Gripe x Covid 

Tanto a covid-19 quanto a influenza possuem sintomas muito parecidos, como febre, coriza, dor de cabeça e dor no corpo. Dessa forma, não é possível diferenciar as duas apenas pelo quadro do paciente, e é necessário realizar exames para confirmar o diagnóstico. Os grupos de risco também são muito semelhantes, com uma exceção: crianças abaixo de 5 anos não costumam apresentar casos graves da covid, mas possuem grande risco com a gripe.

“A variante ômicron, apesar de mais infecciosa, tem demonstrado muitos casos leves graças principalmente à vacinação em larga escala. Isso dificulta ainda mais a diferenciação entre as duas doenças, mas existem exames para isso”, diz o infectologista do Exame Imagem e Laboratório/Dasa José David Urbaez. “Identificar qual vírus está afetando o paciente é muito importante porque o tratamento para os dois é diferente. Medicamentos para reduzir sintomas como a febre e a dor são indicados para ambas as doenças, mas para a influenza existem medicações específicas, indicadas para o grupo de risco, e que reduzem bastante as chances de casos graves. Na covid, as medicações indicadas para casos graves, como corticoides, são usadas apenas após a internação”, continua.

 

Quando ir ao hospital? 

Uma grande dúvida das pessoas que apresentam sintomas respiratórios é se devem ou não buscar atendimento hospitalar, principalmente pela alta procura das emergências nas últimas semanas. Segundo os especialistas, pessoas do grupo de risco para as duas doenças devem buscar atendimento o quanto antes para iniciar o tratamento e diminuir as chances de complicação. São elas: idosos, gestantes, pessoas com comorbidades e crianças no caso da gripe. Para os demais casos, o ideal é monitorar a situação em casa, buscando o atendimento online se possível, e fazer o tratamento sintomático com antitérmico e com acompanhamento da oximetria – que pode alertar sobre o agravamento do comprometimento pulmonar. A recomendação para pacientes de menor risco é que só busquem as unidades caso tenham febre por mais de 4 ou 5 dias e em caso de piora respiratória, dos parâmetros de oximetria e do estado geral.

 

Coinfecção de influenza e covid 

Outra preocupação atual é a detecção em alguns pacientes de ambos os vírus ao mesmo tempo, o que vem sendo chamado popularmente de flurona. “Esse termo é muito ruim e não deve ser utilizado, porque dá a entender que é uma nova doença”, conta David Urbaez. “Não é o caso, é apenas uma coinfecção por dois vírus respiratórios, o que não é tão raro. Vemos isso com muita frequência entre vírus. Além disso, o que temos até agora é que essa infecção mista mostrada nos exames não significa uma doença mais grave, ou seja, não sabemos se ambos os vírus estão causando doenças ou se somente um infecta o paciente enquanto o outro está apenas presente. Isso vai ser cada vez mais comum na medida em que há a circulação tanto da influenza quanto do Sars-Cov-2”, finaliza.

Para os especialistas Dasa, vale sempre lembrar os aprendizados dos últimos quase dois anos de pandemia: o uso de máscara (de boa qualidade, preferencialmente a cirúrgica e em espaços fechados a PFF2/N95), a lavagem de mãos e evitar neste momento as festas e grandes eventos continuam sendo as formas mais eficientes de prevenir doenças.

 

Dasa

www.dasa.com.br


Com gripe e Covid em alta, veja 6 dicas para se proteger

Uma das dicas para evitar o contágio da Covid ou da gripe é a necessidade de não compartilhar fake news.


É bem difícil não conhecermos alguém que esteja com gripe ou Covid-19 — o número de casos no país explodiu e não para de crescer. Muitas cidades já anunciaram o cancelamento do carnaval com o temor de que os hospitais voltem a ficar lotados com doentes. 

Como, basicamente, gripe e Covid são doenças respiratórias, os meios de prevenção são praticamente os mesmos. 

Veja 6 dicas simples que a Dra. Ilce Menezes, médica Infectologista da Pró-Saúde que atua no Hospital Oncológico Infantil, em Belém, preparou para que você possa ampliar sua proteção contra doenças respiratórias. E lembre-se: conheça o blog Vida Saudável (https://www.prosaude.org.br/vida-saudavel/), da Pró-Saúde, e tenha acesso à informação confiável sobre como cuidar da sua saúde e bem-estar.

 

1. Use máscara

Sim. A máscara virou um acessório praticamente obrigatório desde a Covid-19. Como protege o nariz e a boca, a máscara ajuda a evitar a transmissão de gripe, Covid e resfriados. Mas essa proteção só funciona se a máscara estiver cobrindo boca e nariz por completo — nada de puxar a máscara para baixo ao falar ou deixar o nariz descoberto.

 

2. Evite aglomerações

Manter o distanciamento também ajuda a reduzir as chances de contrair gripe e Covid. Como são doenças que se transmitem por meio de gotículas que saem da boca, quanto mais distante estiver de pessoas, menor será o risco de transmissibilidade. Evite ficar em locais aglomerados. A Ômicron, nova variante da Covid, é altamente contagiosa — e tem sido o grande motivo do cancelamento de eventos, viagens mundo afora e também da alta procura de pacientes em hospitais.

 

3. Lave as mãos com frequência

Em qualquer situação, a higiene das mãos protege nosso corpo de várias doenças. Quando o assunto são doenças respiratórias, lavar as mãos é fundamental para a prevenir o contágio. Em geral, a transmissão do vírus da gripe ou da Covid acontece quando as mãos contaminadas tocam a mucosa da boca, do nariz ou dos olhos. Por isso, quando estiver em público, evite, ao máximo, ficar tocando os olhos, o nariz e boca. Lavar as mãos pode interromper a transmissão dos vírus.

 

4. Esteja em dia com a vacina da Covid e da gripe

Felizmente, a quantidade de mortes por Covid caiu bastante desde o início da pandemia. Isso porque as pessoas estão tomando a vacina. Quase 70% da população brasileira já tomou as 2 doses da doença, mas a quantidade de quem tomou a dose de reforço ainda é baixa. Portanto: mantenha a vacina em dia. A vacinação é a maneira mais eficaz de evitar evolução para quadros graves da doença.

 

5. Quando procurar um médico?

Se mesmo com todos os cuidados você apresentar sintomas como febre alta e dificuldade para respirar, hidrate seu corpo, e saia de casa apenas para ir a uma unidade de saúde.

 

6. Não compartilhe Fake News

Fake News colocam em risco a vida das pessoas e são um crime no Brasil. Compartilhar notícia falsa pode matar. Basta ver que, segundo as autoridades sanitárias, a maioria das mortes recentes por Covid acometeu pessoas que não tinham tomado a vacina. Por isso, tente checar a informação consultando sites confiáveis, seja de veículos de comunicação ou órgãos oficiais.


Seconci-SP chama atenção para a saúde bucal em diabéticos

Doença não tratada por levar à perda de dentes e cáries

 

Pacientes diabéticos requerem, entre outros cuidados, atenção especial à saúde bucal, alerta a dra. Joanna Rocha Penteado Assunção Campos, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Síndrome resultante da falta total ou parcial de insulina, o diabetes traz várias consequências deletérias para a saúde e pode prejudicar seriamente a dentição.

De acordo com a dra. Joanna, pacientes diabéticos sofrem mais de periodontite, grupo de doenças inflamatórias que afetam os tecidos periodontais, como aqueles que envolvem e fixam o dente. Com isso, há perda progressiva do osso alveolar em volta do dente, podendo ocasionar a perda dentária.

Outra consequência do diabetes costuma ser a destruição das glândulas salivares, provocando a xerostomia – sensação de boca seca. Esta alteração diminui a quantidade de saliva, que protege os dentes, propiciando a cárie, prossegue a dentista.

“O diabetes também é condição de risco para cirurgia oral e implantes dentários por estar associado à cicatrização tardia da ferida, prevalência de alteração microvascular e resposta prejudicada à infecção”.

Diante destes riscos, a dra. Joanna destaca que o tratamento do diabetes e o acompanhamento frequente da saúde bucal desses pacientes devem caminhar juntos. “O paciente com a doença controlada, assim como as demais pessoas, deve consultar o dentista a cada seis meses, mas se estiver com o diabetes descompensado, precisa comparecer em espaços menores de tempo, de até três meses”.

Ela recomenda a esses pacientes escovação dos dentes após as refeições e uso de fio dental. “Esses cuidados devem ser especialmente redobrados na escovação noturna, pois durante o sono o fluxo salivar diminui, e se os dentes não estiverem bem limpos, o risco de cáries aumenta”.

A dra. Joanna comenta que mundialmente cresce o número de diabéticos, o que também levará a um maior número de atendimentos odontológicos desses pacientes. “A porcentagem global de adultos com essa condição aumentou em 16% em 2021 em comparação a 2020. No ano passado, havia 537 milhões de pessoas em todo o planeta com diabetes, doença que resultou em 6,7 milhões de mortes”.


Especialista alerta sedentários para o excesso de exercícios no verão

Foto ilustrativa │ Divulgação
 A saúde é um projeto para a vida toda e não apenas para o verão, diz especialista 

 

O verão é a estação em que as pessoas buscam o 'corpo perfeito' e, nesta época, sedentários podem cometer excessos que levam ao desgaste físico e aumentam os riscos de lesões na coluna e outras articulações.

Segundo o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Antônio Krieger, existem dois perfis muito específicos de pessoas. O primeiro é daquelas que praticam atividades físicas regularmente e por conta das férias e viagens acabam mudando a rotina; e o segundo é dos sedentários que buscam se transformar em verdadeiros atletas sem o preparo físico adequado.  

"Os dois grupos precisam de cuidado. Para quem já pratica atividades físicas regulares, o exercício é como escovar os dentes. É importante manter algum tipo de exercício adaptado para evitar o ganho de peso e manter o condicionamento físico. No caso dos sedentários é preciso tomar cuidado para evitar lesões pelo excesso de esforço ou por ir com sede demais ao pote na hora de começar o exercício", afirma o especialista. 

Resultados rápidos e imediatos não são possíveis de forma saudável. A participação de um bom profissional de educação física e da nutrição são importantes para criação de um programa de treinamento e de dietas personalizadas que trarão resultado no médio e longo prazo de forma constante e progressiva. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade elevada por semana para adultos. Exercícios físicos feitos regularmente colaboram para a liberação de hormônios ligados ao prazer, como a endorfina e a serotonina, melhoram a qualidade do sono, aumentam a disposição, aliviam o estresse e a ansiedade.  

“Quem nunca fez exercícios e se empolgou em começar no verão pode levar o hábito para a vida. Que isso sirva de estímulo para 2022 e se torne rotina do dia a dia. O benefício que o exercício físico regular traz para a saúde é indiscutível. Melhora a qualidade de vida, o metabolismo, osteoarticular, cognição, mental e sem dúvida a sensação de bem-estar vale o empenho de se esforçar e praticar um exercício regular", comenta Krieger.
 

Dicas para evitar lesões - Segundo o ortopedista, a areia da praia pode enganar os desatentos e levar a uma série de problemas para quem não está acostumado aos esportes de areia. A areia da praia fofa, com desníveis, pode causar quadros como tendinites, entorses, dores nas costas e nas articulações do joelho e quadril. O risco é ainda maior quando se trata de idosos. 

"Idosos que começam a fazer caminhadas na areia da praia em um nível de intensidade maior ou que saem do costume de fazer em um piso firme, do concreto, asfalto ou do parque, aumentam o risco de dor no joelho, no tendão de aquiles. Não caminhar de chinelo ou descalços. Prefira o uso de tênis", reforça o ortopedista.

 

Cuidados extras em viagens longas - Viagens longas, de carro ou de avião, também podem trazer desconfortos e dores nas costas além de, em casos mais graves, causar até mesmo tromboses. O especialista reforça que fazer intervalos regulares e pequenas caminhadas evitam problemas que podem atrapalhar suas férias. 

"O ideal é levantar a cada duas horas sentado. Isso é importante para não ter quadro de dor nas costas quando chegar ao destino. Mesmo quem está no avião precisa fazer caminhadas no corredor para evitar o risco de tromboses. Movimentar os braços e pernas e alongar o pescoço previne dores na região cervical e lombar", diz Krieger. 

Para quem dirige, o encosto e postura também devem ser observados para evitar desconfortos ao chegar no destino. A distância correta do banco ao volante é capaz de evitar dores nas pernas, nos braços e principalmente na coluna. A lombar tem que estar totalmente apoiada no encosto. Evite curvar o corpo, o banco não pode ficar nem muito para trás, nem muito para frente. Ajuste o encosto da cabeça de acordo com sua altura, de preferência na altura dos olhos. Isso evita o efeito chicote e protege em caso de colisões.


Cartórios registraram 324 mortes de crianças de 5 a 11 anos por Covid-19 desde o início da pandemia

Crianças de 5 anos foram as que mais vieram a óbito em razão do novo coronavírus. Faixa etária que teve vacinação aprovada pela Anvisa contabilizou ainda 77 mortes por SRAG, 30 por causas indeterminadas e 57 mortes súbitas. 

 

Com vacinação recentemente aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as crianças entre 5 e 11 anos totalizaram 324 falecimentos por Covid-19 desde o início da pandemia. Este foi o número de óbitos para esta faixa etária registrados pelos Cartórios de Registro Civil brasileiros no período de março de 2020 à primeira semana de janeiro de 2022.  

O levantamento mostra ainda que as crianças mais afetadas pela doença foram aquelas de cinco anos, com 65 mortes registradas, seguida pelas que tinham seis anos, com 47 registros, pelas de sete e pelas de 11 anos, ambas com 46 falecimentos registrados. Crianças de 10 anos totalizaram 43 óbitos, as de nove, 40, e as de oito, 37 mortes. Foram 162 falecimentos de crianças do sexo masculino e do sexo feminino.  

Os dados contabilizados fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados que reúne as informações de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos 7.663 Cartórios brasileiros -, e que é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), retrata ainda que esta faixa etária registrou 77 mortes em razão de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 30 por causas indeterminadas e 57 por morte súbita.  

O ano de 2021 foi aquele que registrou o maior número de mortes cuja causa mortis consta como Covid-19 (174), enquanto que em 2020 foram 150. Na primeira semana de janeiro de 2022 não foram contabilizados óbitos por Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos, embora os Cartórios de Registro Civil tenham o prazo legal de até 10 dias para enviar os dados ao Portal da Transparência do Registro Civil.  

Entre os Estados brasileiros, São Paulo, estado mais populoso do país respondeu percentualmente por 22,8% dos óbitos de crianças nesta faixa etária, seguido por Bahia (9,3%), Ceará (6,8%), Minas Gerais (6,5%), Paraná (6,2%), Rio de Janeiro (5,9%) e Rio Grande do Sul (4%). Amapá, Mato Grosso e Tocantins foram as unidades que registraram o menor número de óbitos na faixa etária.  

“Os números compilados pelo Portal da Transparência, que disponibilizam os óbitos registrados em Cartórios de Registro Civil do Brasil como forma de informar a sociedade sobre o atual estágio da pandemia, mostram que, embora reduzidos, os óbitos de crianças fazem parte deste triste momento que estamos vivendo, e que a vacinação é o melhor caminho para que vidas sejam salvas e para que a doença, propagada pelas novas variantes, seja menos fatal a quem já estiver imunizado”, destaca Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.  

Contabilizando-se todas as mortes por causas naturais no Brasil, a faixa etária entre 5 e 11 anos 5.562 óbitos, sendo 2.776 em 2020 e 2.766 em 2021 -- com apenas 20 lançamentos de óbitos na primeira semana de janeiro de 2022. Dentre as causas de mortis segmentadas pelo Portal, Septicemia foi a causa de 717 mortes, Pneumonia (645), AVC (467), Insuficiência Respiratória (452) e Covid-19 (324). Importante constatar que os Demais Óbitos, que reúnem várias doenças não segmentadas no Portal, totalizaram 2.597 mortes.

 


Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil)


Joanete pode ser mesmo considerado inofensivo? Ortopedista comenta


Conhecido popularmente como joanete, o Hallux valgus é uma deformidade em um dos ossos no pé que causa uma saliência na região afetada e, como consequência, pode gerar um desvio na parte medial do dedo.

De modo geral, o joanete consiste na abertura ou desvio do primeiro metatarso — que fica localizado próximo ao dedão do pé. Com essa deformidade, o dedão passa a ser “curvado” para fora e sobrecarga todos os outros metatarsos. Apesar de ser algo comum, se não tratado, o médico ortopedista, Dr. Bruno Takasaki Lee, a capital paulista, alerta que o paciente pode passar a conviver com dores constantes na região que podem impedir até o simples caminhar, por exemplo. 

Entre os mitos e verdades que acercam as causas do joanete, o salto de bico fino não é tão vilão assim. Dr. Bruno comenta que ele não é o causador, mas pode sim fazer as dores na região serem maiores e aparecerem mais cedo”, contextualiza.

Já a parte que o problema acomete mais mulheres, em relação aos homens, o médico afirma ser verdade. “Há um conjunto de causas que possibilitam o seu surgimento. No entanto, uma forte carga genética é uma das causas mais comuns”, diz.

E ao contrario do que muita gente acha, joanetes podem variar de acordo com o seu estágio da deformidade e o desenvolvimento pode ser gradual. “Isso significa que pode evoluir para casos mais graves caso não exista um diagnóstico e tratamento mais cedo, por isso é tão essencial estar atendo ao surgimento de inflamação ou vermelhidão na região, dores no dedo, principalmente ao caminhar e aos possíveis inchaços. Ao serem identificados esses sintomas, o ideal é procurar um especialista”, ressalta.

A indicação mais efetiva para tratar é a intervenção cirúrgica, que atualmente já está bem mais avançada e o paciente consegue ter alta e vida normal dentro de poucos dias e o melhor -- com o problema e as dores solucionadas.
 


Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM: 120.229 - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo. Médico formado e Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés. Esta nova técnica, em sua opinião, revolucionou e continuará revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.


Especialistas da Omron explicam o que é o sedentarismo infantil e dão dicas de como evitá-lo

 Brincadeiras ao ar livre, como pular corda, correr no pega-pega, dançar ou se divertir no balanço, foram substituídas por tablets, smartphones e computadores em muitos lares. Além disso, com a pandemia e as aulas online, o tempo em frente à tela agravou o sedentarismo infantil 

 

Segundo os especialistas da Omron Healthcare, o sedentarismo pode ser definido pela falta de atividades físicas, o que leva a pessoa a ter uma redução no seu gasto calórico. É importante destacar que essas atividades não precisam, necessariamente, ser exercícios em academias ou a prática regular de um esporte. 

Quanto mais o indivíduo se movimentar, maior será a queima calórica e mais distante estará o sedentarismo. Vale esclarecer que o organismo queima calorias mesmo em repouso, para manter suas funções vitais. Isso é chamado de metabolismo basal. Porém, sem atividades físicas, esse gasto de energia se reduz e todos os alimentos (e guloseimas) consumidos se transformam em gordura. 

Várias condições levam as crianças a se movimentarem cada vez menos. As casas com grandes quintais e as brincadeiras na rua deixaram de fazer parte da realidade da vida urbana, seja por questões de segurança, seja por falta de espaço. O crescimento das grandes cidades é vertical e cada vez mais famílias moram em apartamentos. 

Por isso, o espaço para que a criança corra e se exercite, naturalmente, ficou menor. Hoje, outras atividades substituíram brincadeiras tradicionais, como pular corda ou amarelinha. As crianças começam a se distrair com tablets, jogos online ou mesmo desenhos na televisão.

Soma-se a isso, a vida atribulada dos pais, que acumulam inúmeros compromissos, como resultado da maior digitalização. Apesar das facilidades proporcionadas pela internet, a tecnologia faz com que as pessoas se sintam disponíveis para demandas de trabalho por mais horas diárias, reduzindo o tempo de atenção à família.

Essa prática acaba interferindo na rotina e, muitas vezes, levando a criança ao sedentarismo. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos, 74,7% dos brasileiros com mais de 10 anos utilizam a internet para enviar mensagens, fazer chamadas de voz, compartilhar imagens, assistir vídeos e jogar. O principal dispositivo utilizado é o smartphone.

Esse uso, que já era excessivo, acentuou-se durante a pandemia, devido à necessidade de aulas online e grande parte das famílias em home office. Com as restrições sanitárias e o distanciamento social, as opções de lazer ficaram restritas ao ambiente doméstico, limitando os exercícios. Por outro lado, existem alternativas para fugir do sedentarismo, especialmente quando se trata de crianças.


Quais são os riscos do sedentarismo para a saúde da criança?

O sedentarismo pode causar doenças como hipertensão arterial, obesidade, diabetes e aumento do colesterol. Embora essas enfermidades possam se manifestar somente alguns anos mais tarde, muitos dos fatores de risco surgem na infância ou adolescência, segundo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA).

O trabalho, que é um manual de orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria, destaca que mais de 50% dos jovens não praticam atividades físicas suficientes, sendo mais prevalente no sexo feminino. Como consequência, o risco de doenças crônicas aumenta.


Obesidade: um dos resultados da inatividade é a obesidade, que pode levar ao desenvolvimento de várias doenças no futuro. Além disso, uma criança obesa, que chega à vida adulta com excesso de peso, tem maior possibilidade de sofrer com problemas relacionados à autoestima e viver em guerra com a balança.

Má qualidade do sono: outro grande problema do sedentarismo é a má qualidade do sono, que interfere diretamente na produção hormonal, comprometendo, por exemplo, a liberação do hormônio do crescimento. As noites mal dormidas também podem causar apneia e cansaço no dia seguinte, desestimulando a atividade física.

Diabetes: entre as consequências do sedentarismo infantil, o diabetes é motivo de grande preocupação, pois causa resistência à insulina. Nessa condição, o organismo não transforma o açúcar em energia, levando ao desenvolvimento de outros problemas.

Dores e fraqueza muscular: outras consequências do sedentarismo são relacionadas ao desenvolvimento muscular e articular. Sem estímulos para se desenvolverem, os músculos se tornam fracos, causando dores e até condições mais sérias, como osteoporose e fibromialgia, que só serão diagnosticadas no futuro.

Inapetência: além de todas as doenças, a falta de atividade física leva à diminuição do apetite, que pode prejudicar o desenvolvimento da criança ou provocar práticas alimentares erradas.

Como evitar e combater o sedentarismo na infância? 

Para tratar e evitar as doenças, a criança deve ter acompanhamento médico e consultas de rotina, além de adotar hábitos saudáveis e controlados. Isso inclui tanto a alimentação quanto o estímulo à prática regular de exercícios. Algumas estratégias para combater o sedentarismo são:

  • Procure uma atividade física adequada à idade da criança e da qual ela goste. Natação, dança ou artes marciais são algumas opções;
     
  • Limite o tempo de lazer com o uso de dispositivos eletrônicos (televisão, computador, tablet ou celular). Mesmo em casa, as crianças podem ser estimuladas a brincar e se movimentar;
     
  • Use a criatividade para incentivar o movimento. Coloque músicas para as crianças dançarem, crie brincadeiras divertidas mesmo dentro de casa e, sempre que possível, chame-as para atividades ao ar livre;
     
  • Ofereça bicicletas, patins, corda, bola e outros brinquedos que estimulem os movimentos;
     
  • Dê o exemplo, praticando atividades físicas. Sabia que é possível fazer exercício físico em casa? Chame a família e pratiquem juntos!

Segundo os especialistas da Omron, crianças entre 3 e 5 anos devem fazer, no mínimo, 180 minutos de atividade física de qualquer intensidade por dia, de modo fracionado. Já para crianças e adolescentes entre 6 e 19 anos, o mínimo para evitar as consequências do sedentarismo infantil e juvenil são 60 minutos de movimento, de acordo com o estudo da Sociedade Brasileira de Pediatria.
 


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A segurança e eficácia da quimioterapia intraperitoneal com nanopartículas no tratamento da carcinomatose peritoneal

 


A quimioterapia intraperitoneal tem mostrado eficácia promissora no câncer de ovário com carcinomatose peritoneal, mas a rápida depuração e a toxicidade das drogas anticancerígenas utilizadas neste tipo de tratamento ainda são alvo de estudos em todo o mundo.

O mais recente, publicado no último mês no periódico Biomaterials, por pesquisadores da Korea University, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia (KIST), do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Samsung Medical Center e da University School of Medicine, todos eles em Seul, na Coreia do Sul, avaliou a utilização de nanopartículas de doxorrubicina específicas de catepsina B em câncer de ovário com carcinomatose peritoneal. 

Com especificidade de câncer aprimorada e tempo de residência in vivo, os pesquisadores apontaram que as nanoparticulas injetadas intraperitonealmente se acumulam eficientemente dentro da carcinomatose através de direcionamento de penetração direta, independente da circulação, e acumulação sistêmica associada aos vasos sanguíneos, dependente da circulação. 

Como resultado, o estudo concluiu que a quimioterapia intraperitoneal com nanopartículas inibe eficientemente a progressão do tumor, com efeitos colaterais reduzidos.

 

Carcinomatose Peritoneal

A carcinomatose peritoneal é a disseminação de tecidos cancerígenos na cavidade peritoneal. Esta manifestação é comum em cânceres do trato digestivo e ginecológicos, incluindo câncer de ovário, gástrico e colorretal. Estudos apontam que mais de 70% das pacientes com câncer de ovário evoluem para carcinomatose peritoneal, aumentando as taxas de mortalidade da doença e reduzindo consideravelmente a sobrevida destas pacientes. 

O manejo da doença recorrente, que se espalhou além do ovário para a cavidade peritoneal, é um importante desafio para o tratamento do câncer de ovário. Segundo os pesquisadores, a quimioterapia intraperitoneal no tratamento destes casos permite a exposição de altas concentrações de drogas anticancerígenas por um longo período de tempo, levando a uma regressão tumoral eficaz e resultados favoráveis. 

Para o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião geral e oncológico, coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo - BP, qualquer que seja a técnica utilizada, a cirurgia para a carcinomatose é extremamente agressiva e de alta complexidade, comparada a transplantes de órgãos. 

“O procedimento visa a retirar toda a doença, o que pode levar muitas horas. O paciente passa alguns dias na UTI e depois segue internado por mais algum tempo até a alta hospitalar. Devido a complexidade do procedimento, esta cirurgia só deve ser realizada em centros com experiência neste procedimento, por equipes igualmente experientes”.

 

Benefícios das Nanopartículas 

Segundo o estudo coreano, apesar do comprovado benefício clínico, a quimioterapia intraperitoneal não é amplamente utilizada devido à alta absorção tecidual de drogas anticancerígenas em direção aos órgãos não afetados, causando toxicidade local e sistêmica. Além disso, a penetração da droga também é limitada a 3 a 5 mm da região periférica dos tumores, limitando o procedimento a doenças residuais mínimas ou após a realização de cirurgia citorredutora.

No caso da utilização das nanopartículas, o objetivo é reduzir a toxicidade, permitindo o  aumento da exposição tumoral de drogas anticâncer e melhora da eficácia. 

Esta terapia pode ser melhorada através da quimioterapia em aerossol intraperitoneal pressurizada (PIPAC), que permite distribuição mais homogênea da droga, com penetração mais profunda nos nódulos tumorais peritoneais. 

Os pesquisadores alertam, no entanto, que a liberação rápida e não específica de drogas anticancerígenas de nanopartículas na cavidade peritoneal e na corrente sanguínea pode induzir não apenas a toxicidade local, incluindo dor abdominal, formação de aderências e peritonite química, mas também a disfunção orgânica grave atribuída à toxicidade sistêmica.

O estudo está disponível na integra em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0142961221005469?via%3Dihub


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